Xbox Gamepass adicionou mais de 5570 euros em 2021. PSN Plus ofereceu 1230 euros em jogos.

Apesar de estes serviços não serem diretamente concorrentes, as diferenças entre ambos fazem com que as vantagens de um sobre o outro não permitam dizer de forma clara que há um modelo superior.

Nota introdutória. A ideia deste artigo é de fazer ver as diferenças e vantagens de desvantagens do Xbox Live Gold e do Gamepass. No entanto, agora que se sabe dados sobre a oferta do Live Gold verificamos que este ofereceu 49 jogos em 2021, com um valor total de apenas 947,5 euros. Dado o claro desinvestimento neste serviço, e aposta no Gamepass por parte da Microsoft, que em 2021, no inicio do ano, até tentou acabar com ele dobrando-lhe o preço, o que só não aconteceu por total desagrado dos Fans, resolveu comparar-se a oferta do Gamepass com a do PSN Plus. Mesmo sendo este um serviço da concorrência, a ideia é mostrar como um serviço desse estilo, ou seja o Gold, caso fosse devidamente pujante, poderia ser uma boa concorrência e oferta alternativa ao Gamepass.
Esta explicação torna-se necessária pois sabemos que mentes mais distorcidas, vão tentar entender aqui que estamos a comparar consolas, ou a tentar desmerecer os serviços XBox do Gamepass face aos Playstation, quando na realidade o que se pretende mostrar é que o Gamepass não veio realmente trazer mais do que escolha adicional, acompanhada de vantagens… mas igualmente desvantagens. Este artigo explica assim o motivo porque muitos utilizadores não largavam o Gold para passar para o Gamepass, o que levou à medida já referida de se tentar duplicar o preço do serviço, e ao desagrado da comunidade. Explica ainda o motivo pelo qual, com a existência de um Gamepass, o live Gold ainda resiste. E os motivos… apesar de menos fortes que os oferecidos no artigo que faz a comparação com um serviço não capado como o PSN plus, estão no artigo que se segue:

Antes de aprofundar esta notícia vamos deixar clara uma realidade. Uma promoção ou oferta só é vantajosa para o cliente, na medida em que este possa desfrutar dela.

Num exemplo, se me oferecem uma estadia em 500 hoteis à escolha, de nada me adianta somar o custo dos hotéis todos e dizer que me ofereceram X mil euros à escolha. Dado que eu não posso usufruir de todos, e no presente caso, apenas posso optar por um, a oferta real é a do custo da estadia nesse hotel.

Da mesma forma, de nada me interessa se quando for a um restaurante buffet, saber qual é o valor de todas as comidas que estão disponíveis. Mesmo que hajam 2 ou 3 mil euros de comidas diferentes para escolher, aquilo de que eu realmente usufruo é o custo do que comer. E dado que não posso comer tudo, aquilo de que beneficio é apenas do valor daquilo que comi.



Daí que nestas situações, como a do último exemplo, mais do que saber qual o valor das comidas disponíveis, interessa-me é saber outras coisa, nomeadamente o quanto pago para poder comer lá, e a qualidade do que comi. Porque afinal quantidade e qualidade são coisas bem diferentes e um prato mal confeccionado custa muitas vezes o mesmo que um bem confeccionado.

Ora com estes serviços, seja o Gamepass, ou o PSN Plus (ou o Live Gold, ou o PSNow, ou outro qualquer), a quantidade da oferta, e o valor da oferta, tornam-se pouco relevantes face à qualidade do ofertado, e do custo pago para aceder ao ofertado, e acima de tudo… ao que cada um pode consumir.

Acima de tudo, quando referimos que a PSN Plus ofertou 1230 euros em jogos em 2021, tal só se torna relevante por um motivo. Mesmo que a pessoa não jogue esses jogos, eles podem ser marcados, e ficarão associados à conta dessa pessoa para sempre. Isso quer dizer que, mesmo quando o jogo não está disponível no serviço, o jogo pode ser acedido.

Resumidamente, a pessoa adquire direitos sobre o jogo, quer o jogue, quer não. Ele fica como sendo seu, enquanto assinar o serviço. Eu pessoalmente faço isso com todos os jogos disponíveis todos os meses, o que só na era PS4 me permitiu amealhar mais de 288 jogos, por um custo oficial de 480 euros, ou 60 euros por ano (na realidade foi bem menos). Como vantagem adicional, quando o jogo era ofertado no serviço, e caso já o possuísse, isso permitia-me vender a minha cópia física, caso o quisesse, o que permitia descer o valor gasto.

Já no Gamepass a coisa é algo diferente. A oferta é claramente superior, sendo que o serviço oferece centenas de jogos que vão entrando e saindo do serviço. A grande diferença aqui é que os jogos só estão disponíveis aos utilizadores, enquanto estão no serviço, e uma vez removidos, a única hipótese de os manter disponíveis é procedendo à sua compra (a preços promocionais ao possuidores do serviço, mas mesmo assim uma compra). Mas a grande questão aqui é que se fosse comparar com o caso de cima, caso tivesse o serviço por 8 anos, no final desse tempo teria pago 1440 euros (ao preço oficial de 15 euros por mês, com acesso à internet incluído para equivalência), e na realidade não teria absolutamente nada na minha posse, a não ser que pagasse ainda mais para adquirir os jogos.

Por aqui se percebe que há uma diferença grande entre os serviços. Um oferece muito mais, o outro muito menos. Mas no que oferece mais, tambem se paga mais, sem permitir que o utilizador arrecade seja o que for. No outro paga-se menos, obtêm-se menos, mas o obtido mantêm-se na posse do utilizador enquanto ele assinar o serviço. Ou seja, num há disponibilidade, mas no outro… há posse do ofertado (mesmo que associada à continuidade da assinatura do serviço). Num, os jogos estão acessíveis enquanto estão no serviço, sendo necessário compra-los para os manter, no outro, os jogos estão na nossa posse enquanto se assinar o serviço.



Naturalmente que caso a ideia seja deixar de assinar, essa vantagem desaparece. Fica só então a oferta de mais… mas igualmente pagando mais. Neste caso 3x mais por ano!

Mas não podemos ignorar uma outra realidade. O facto que não é fisicamente possível para alguém jogar a totalidade da oferta. Claro que como em tudo há totais obcecados e malucos que jogam bem acima da média, mas a realidade é que a maior parte dos jogadores não joga 40 jogos por ano, quanto mais a totalidade da oferta do Gamepass.

Naturalmente que há vantagens… Se o PSNow oferece 40 jogos fixos, no Gamepass são vocês que escolhem os jogos. E há inclusive alguns bons jogos lançados no dia um, apesar que nem de longe nem de perto o Gamepass cobre os melhores lançamentos. E isto sempre lembrando que se paga 3 vezes mais por ano, o que certamente, mesmo assim, é uma clara mais valia.

No entanto a realidade é que o valor médio dos jogos ofertados na PSN+ foi de 36 euros, e o valor médio dos jogos ofertados no Gamepass, foi de 37 euros, o que implica que não é no valor dos títulos que encontramos a real diferença. E será de notar que o valor acrescentado ao Gamepass em 2021 foi uma anormalidade, pois a totalidade dos jogos da Bethesda foi ali colocada a custo zero pela Microsoft, dada a sua aquisição. Será de se notar uma outra diferença, pois dado que o Gamepass oferece jogos Dia um, para uma média de custos equivalente implica que há igualmente muita oferta de jogo de baixo valor.

Basicamente com este artigo não se pretende de forma alguma desmerecer qualquer dos serviços. Eles não só não são concorrentes (na realidade o PSN+ concorre com o Live Gold (que substitui neste artigo), e o Gamepass com o PSNow), mas ocupam o mesmo mercado, pelo que são alternativas. E são alternativas bem diferentes, com vantagens e desvantagens para cada um.



O Gamepass oferece mais jogos, oferece mais valor, e oferece jogos acabados de lançar. O PSNow é mais limitado na oferta, oferece menos valor e não oferece jogos acabados de lançar.

Mas por outro lado, os jogos ofertados no PSNow e assinalados pelo utilizador ficam disponíveis para sempre, enquanto este assinar o serviço, ao passo que os jogos do Gamepass desaparecem após algum tempo, obrigando à compra. E o custo da PSN plus, pelos valores oficiais, fica três vezes mais barato.

Como semelhanças, ambos os serviços oferecem jogos, e o valor médio do ofertado, é muito equivalente.

Como pontos negativos, nenhum dos serviços impede a compra de jogos fora do serviço, pois nenhum deles cobre todos os lançamentos mais apetecíveis.

Daí que sim, há vantagens e desvantagens para cada lado. E apesar que pode ser claro para cada um qual o serviço que mais lhe interessa, torna-se difícil de, falando globalmente, dizer que um é realmente melhor que o outro. E menos se torna claro, quando a questão da viabilidade econômica de um serviço como o Gamepass é algo que sempre questionamos. Mas isso agora fica apenas como nota.



 

 



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Sparrow81
Sparrow81
26 de Dezembro de 2021 16:16

Não sustentarem nunca esse serviço artificial. Microsoft comprando todo mundo e a galera só pensa em consumir. Eu joguei tudo que tem no gamepasss que eu queria e mais barato. Minha pira é nos exclusivos Sony, que estão acima de qualquer coisa na indústria.

Eraser
Eraser
Responder a  Sparrow81
31 de Dezembro de 2021 8:50

E eu a pensar comprar uma series s por 250 paus para jogar forza, halo e outros.
Mas ao ler o teu comentário desisti logo da ideia. Obrigado pelo esclarecimento.

Sparrow81
Sparrow81
Responder a  Eraser
31 de Dezembro de 2021 12:58

Pra você talvez compense, já que gosta desses jogos. Mas duvido que assine por mto tempo, pois se esgota rápido o potencial de interesse, visto que em poucos meses já se jogou ou testou o que interessa. Vai focar pagando preço full pra jogar o que te empurram? Só sendo um idiota.
Talvez um dia seja interessante se entrar muita coisa nova todos os meses. O que o serviço se mostra é que não é tão vantajoso como parece. Até grandes jogos que se tem lá já tiveram promoções aqui por 40,00 reais, o que não daria nem 10 euros. E se comprou, é seu, não um aluguel.

Eraser
Eraser
31 de Dezembro de 2021 8:48

O gamepass é o foco da MS atualmente. Normal ter mais jogos e jogos de qualidade day one.
Bem pena tenho eu de não ter game pass, mas talvez isso mude brevemente.

Hennan
Hennan
31 de Dezembro de 2021 12:27

Na teoria é como você diz. O serviço não é tão barato assim. Apesar de que para quem utilizar o cloud, fica quase grátis. A questão é que na prática ninguém paga o preço real. Sempre assino por 5 reais. E essa é minha maior dúvida. O número de assinantes seria o mesmo se cobrasse preço full para todos?

Hennan
Hennan
Responder a  Mário Armão Ferreira
31 de Dezembro de 2021 17:29

Mesmo o preço cheio é subsidiado. Minha intenção é de mostrar que o número de assinantes atual, provavelmente não reflete a realidade. Quantos tem coragem de pagar preço cheio? Adoraria conhecer os números da Microsoft. Pena que enquanto der prejuízo, nunca serão revelados.

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