A dependência da internet é real, em todos os aspectos. E tal pode ser encarado como um DRM.
A aposta da Microsoft no digital e no Gamepass é clara, e tal coloca sobre a consola uma elevada dependência na internet. Aliás a consola está dependente da internet mesmo em situações em que a sua concorrente mais direta não está.
Vamos ver o que existe agora, e como comparativo, metemos o caso da PS5:
Legenda:
A verde – funcionamento sem restrições
A amarelo – funcionamento com algumas restrições.
A laranja – Funcionamento mas sob condição, com casos que podem não funcionar.
A vermelho – Não funcionamento
A branco – Não aplicável.
O que vemos é que a consola tem de se ligar à internet para ativar. O motivo é que a Microsoft não permite que nenhum jogador possa ter uma consola usável sem ter uma conta ativa. Depois da instalação a ligação dispensa-se, mas como já foi referido, toda a aposta da Microsoft no digital, e nos serviços, fazem com que a Xbox praticamente se mantenha altamente dependente da internet.
Esta ideia é reforçada quando vemos que os jogos digitais não arrancam offline a não ser que a consola esteja definida como “Home Console”, o que não acontece por defeito, e mesmo assim, isso não garante que todos funcionem pois alguns jogos são mais dependentes de serviços que outros, pelo que esses mais dependentes continuarão a não funcionar.
A situação pode ser comparada a um DRM, e o que mais reforça essa ideia é que jogos obtidos no Gamepass (mesmo os comprados) ou obtidos na loja, sendo digitais, não podem ser revendidos como usados, pelo que a Microsoft está a conseguir um controlo de usados, tal como pretendia em 2013 com o seu DRM.
Aliás a instalação de jogos antigos físicos está igualmente dependente da internet. Isto acontece nos jogos retro, onde a inserção fisica do BD na drive, apesar de instalar o jogo, fica dependente da descarga de um patch para funcionar.
Num aspeto diferente, mas com a mesma consequência de não instalar sem internet, temos os jogos físicos que se apoiam no Smart Delivery, onde o jogo que se encontra no BD é apenas o básico e o comum a todas as versões, com as partes específicas a necessitarem de descarga antes do jogo poder funcionar.
Fica aqui como exceção os jogos dedicados à nova geração, sem Smart delivery, que esses sim, funcionam como se esperava que funcionassem, sem necessidade de internet para instalar.
Resumidamente, a Microsoft promove um tipo de uso onde a ligação à internet é uma necessidade. Sem impor o uso da internet, a forma como promove os serviços dependentes da mesma leva a que exista uma espécie de DRM quer no software, quer no hardware. É um pouco diferente do pretendido em 2013 com a consola a ligar-se à internet a cada 24 horas, mas a realidade é que as Xbox desta forma não conseguem fugir ao uso da internet, e o controlo dos usados está tambem garantido, pois com o digital, ele não existe.
Sem impor um DRM, como fez em 2013, e tornando a oferta mais atrativa, a Microsoft acaba por ter ativo na sua consola um sistema em tudo equivalente ao que pretendia em 2013. E se em 2013 a coisa foi muito mal aceite, o certo é que cobrindo aquilo que todos acharam como sem fel, com mel, os utilizadores foram sendo atraídos para aquilo que sempre foi o desejo da Microsoft. Um maior controlo daquilo que os utilizadores fazem e podem fazer de forma livre.
Eis um vídeo que demonstra o DRM acima descrito e atualmente implementado.
Sr. Mario, um artigo esclarecedor. A situação do Smart delivery é realmente um problema: o jogo completo não fica no disco, tendo que baixar uma parte dele pela internet. Boa parte dos jogos do Xbox One possui esse sistema. Infelizmente, em caso de encerramento dos servidores nda Microsoft, boa parte da biblioteca do Xbox one irá desaparecer. No entanto, espero que no Series, essa situação mude. Com Series S sendo totalm digital, não haverão versões de jogos para ele em mídia física, assim não haverão mais discos com Smart Delivery. Jogos cross-gen ainda possuem esse sistema, infelizmente.
O problema mais grave é a necessidade de conexão à internet na primeira configuração do console. Por que isso é necessário? Tudo bem que a comodidade de importar tudo do Xbox One facilmente é interessante, mas deveria haver uma opção para configuração offline. Um problema com solução simples, mas que continua existindo.
Eu não tenho um XSX, só que sempre tive uma grande dúvida. Queria saber se jogos de Xbox/xbox360 que você tenha em mídia física, mas que não estão disponível na live, eles funcionam se eu inserir o disco em um Xbox novo? Ou as mídias que funcionam são restritas às que já estão na loja online?
Com discos do Xbox Original e 360, não. Eles agem como uma licença: ao inserir o disco no console, ele irá baixar uma versão digital do jogo na loja e o console irá executar essa versão digital em um emulador.
Então a retro que é tão vangloriada pela Microsoft não passa de marketing.
Outro dia desses eu dei uma olhado a lista de jogos de Xbox/Xbox 360 pelo site da Microsoft e percebi que vários jogos que definiram gerações não estão disponíveis, como os Need for Speed underground 1,2, Most Wanted entre outros vários clássicos.
Acho isso muito problemático, porque esses clássicos ainda estão presos as gerações passadas ou de maneira não oficial através de emuladores e no meu ponto de vista não muda muito em relação a categoria de clássicos de PS2 que estão disponiveis na PSN. Claro no lado do Xbox a oferta é muito maior quando se fala do Xbox360, mas para Xbox original são poucos jogos e a maioria são de jogos medianos.
Não, a retro é maravilhosa. A grande maioria dos jogos de 360 está nela, mas realmente a oferta de jogos de Xbox og é bem pequena (tem uns 60 jogos), talvez por ser um projeto relativamente recente, inciado em 2017 e parado em 2019, para focar nos Series. Espero que com os series voltem a tornar retrocompatíveis novos jogos de 360 e Xbox (especialmente), bem como fazer versões enhanced.
Se o jogo não estiver no catálogo de jogos retro, ele não será executado no Xbox One e Series.
Apenas funcionam os jogos inseridos no programa de retrocompatibilidade da Xbox, não podes pura e simplesmente meter qualquer jogo que te apeteça.
Não depende de estar a venda na loja. Você tem que consultar a lista de jogos retro compatíveis. Se o jogo que você quer usar está lá, é só inserir o disco que o Xbox vai fazer o download dele independente do jogo ainda ser vendido na Live.
Mas sim, os dados do disco não servem pra nada, somente para ler a licença.
E onde eu consulto essa lista?
Xbox One Backward Compatibility – Xbox’s Major Nelson
List of backward-compatible games for Xbox One and Series X – Wikipedia
Jogos compatíveis com versões anteriores do Xbox | Xbox
A primeira coisa a se verificar é se o jogo é retrocompatível. Se for, rodará sem problemas, independente de estar disponível para compra na MS Store ou não. Inclusive existem uns poucos jogos de 360 que só são retrocompatíveis no One/Series usando o disco físico. Se não for, não rodará, ou na melhor das hipóteses, irá baixar a versão nova. Por exemplo, o GTA SA de Xbox OG não é retrocompatível, mas se vc inserir ele num XSX ou One, o console irá baixar o GTA SA de 360 (que é aquele port de celular, uma lástima).
Tanto andaram que lá conseguiram, o Don foi à guilhotina e o Phil não só acaba por fazer o mesmo como quase reduziu a pó a rede de estudios já existente, e ainda por cima é acarinhado de Tio…
O que mais me espanta é o recordar o backlash que foi na altura e hoje em dia não só os media como a comunidade, está complacente com isto, escrevem-se inumeros artigos acerca de coisas tão futeis e sobre isto nada.
O rol de desculpas segue dentro de momentos…
Provavelmente porque hoje em dia o DRM do Xbox é muito aceitável. Nunca vi alguém criticando iPhone e Android pq precisa de internet e vincular a uma conta na primeira configuração, por exemplo. Naquela altura, em 2013, foi um choque imenso, mas ainda bem que aconteceu, porque sem ele, provavelmente não teríamos o Phil, que revolucionou o Xbox e tornou a marca mais forte que nunca.
Comparar smartphones com consolas não é lá muito sensato até porque nunca vi ninguém preocupado com a sua biblioteca de jogos num smartphone e preservação dos mesmos, já nas consolas existe esse receio e temos razões para isso.
O Phil, é ———, um falinhas mansas que tem arruinado a Xbox, a sua pior fase tem sido aos comandos do Phil que está aos comandos da divisão desde o inicio da geração portanto não vale a pena culpabilizar o Don, o Phil teve tempo mais que suficiente para recuperar mas o que fez foi virar o foco para os serviços e quase reduziu a pó a rede de estúdios, o que ele faz muito bem é fazer uma bruta de uma lavagem cerebral a pessoas como tu que engolem sem filtros o rol de promessas, vocês vivem sempre do que está por vir, enquanto Nintendo e Sony vão brindando os fãs de jogos que definem gerações.
Mais forte que nunca?
Deves estar a falar do poder, da Bethesda, tudo coisas que ainda não produziram nada ou se destacaram, foram ou são só mais promessas, porque a realidade é que a Series da marca mais forte que nunca, é a única consola da história sem qualquer exclusivo de destaque, é uma caixa de 500€ para jogar jogos antigos e cross-gen com melhor qualidade.
Se houve alguém que revolucionou a Xbox e tornou a marca mais forte que nunca, esse alguém chama-se Peter Moore.
Nota: Comentário editado pela moderação
O pior de tudo é o Gamepass… Para a semana tenho um artigo que demonstra claramente a patranha que aquilo é, e como a Microsoft está a financiar aquilo ao extremo. A um ponto em que aquilo se pode definir de concorrência desleal para com toda a industria, e deveria ser investigado pelas autoridades.
Mas acredito que caso as coisas não mudem, isso vai acontecer, e que será uma questão de tempo.
Vistes que o diretor da NPD declarou que o GP não só não afeta as vendas, como pode as aumentar?
Mat Piscatella on Twitter: “Still no sign that Game Pass cannibalizes sales volume. Still signs that Game Pass may increase sales volume due to networking effect. The debates continue…” / Twitter
O que ele refere é que não há ainda dados que comprovem que as vendas são canibalização, mas isso deve-se à pandemia que basicamente aumentou os volumes de negócio em todas as áreas da informática. E devido a isso vai se difícil concluir-se seja o que for tão cedo.
E sim, já se comprovou que o Gamepass também aumenta vendas… De Indies. Foram já inúmeros os devs que disseram que graças a ele aumentaram o volume de vendas pois o jogo foi conhecido, coisa que de outra forma era complicado.
No momento não há indícios de que o GP afete a venda de jogos negativamente, mas há indícios de que as aumente. Concordo que é muito cedo para se tirar conclusões, pode ser que seja algo transitório, por causa da pandemia, pode ser que seja a situação de agora, em que o GP não tem uma adesão tão grande, ou pode ser que seja isso mesmo. Só que como as coisas estão agora, não vejo razão para tanta preocupação com os efeitos do GP na indústria, a ponto acusá-lo de gremlin que pode se transformar em um grande monstro.
Tens de ter em conta outra coisa. Eu tenho uma Xbox e um PC acabadinho de comprar, todo de gama.
E não uso o Gamepass. Qualquer jogo que me interesse… Compro-o.
Se lês fóruns vês muita gente a dizer o mesmo. Receios do que ele pode fazer à indústria, e de se pagar por algo que não é nosso, um serviço dependente de uma pass, que pode ser hackeado, do qual podemos ser banidos, que pode ter problemas, enfim, um rol de situações.
Basicamente os grandes fans do físico, continuam no físico. A Xbox tem 50 milhões de consolas e 20 milhões de assinantes do Gamepass. Isso implica 30 milhões que a quererem jogos os pagam.
Depois a Xbox desde há alguns anos que está maioritariamente virada para as vendas digitais. Ou seja, as vendas físicas são realizadas pelos mais resistentes. E o Matt só vê essas! Vendas essas que se devem manter por serem de resistentes, e que podem até ter aumentado pela pandemia.
É prematuro dizer.
Mas se te fizeres a pergunta:
Tu tendo o Gamepass que te oferece os jogos, continuas a pagar 70 euros por eles?
Tens a resposta…
Até podes comprar o jogo, mas vais esperar que ele das do serviço e o possas comprar mais barato.
Pura e simplesmente não tem lógica comprar algo que já tens.
Eita, isso vai dar o que falar… Sempre lembrando – Quando a esmola é demais o santo desconfia – no aguardo Mário
A comparação é justa, porque ambos são dispositivos eletrônicos e ambos têm o mesmíssimo requerimento (precisar de internet e vincular o dispositivo a uma conta na primeira configuração). Qual seria essa preocupação com preservação de jogos? Eu destrinchei todas as hipóteses em um comentário abaixo e digo que a CMOS bomb é bastante mais preocupante nesse sentido, porque impede que se rode até os jogos digitais e físicos já baixados. A necessidade de configuração inicial poderia afetar…talvez colecionadores que consigam comprar um Series novo daqui a dezenas de anos?
Sobre o Phil, discordo. Acho que ele é, de longe, o melhor gestor da história da divisão Xbox. Foi na gestão dele que salvou-se o One do fracasso, estruturou-se a retro, criou-se o GP, o One X, criou-se a filosofia de levar mais jogos a mais jogadores (inclusive com o lançamento de um controle para pessoas com deficiência), de ouvir o consumidor e ser mais transparente. Além, claro, de o Xbox indubitavelmente ter a maior quantidade de estúdios em sua história. Na época do 360 e início do One havia vários jogos exclusivos, mas a imensa maioria era second party, só uns 4 ou 5 estúdios first faziam jogos para eles, sendo que os de peso eram apenas a trindade do Xbox. Sim, lançar um console sem nem ao menos um jogo first é ridículo, mas a questão é que o XSX é um console que facilmete rivaliza com o PS5, sendo melhor que ele em alguns aspectos, bem diferente do que foi com o One vs PS4. Sim, os jogos ainda são uma promessa e terão de se provar, mas eu duvido muito que os próximos lançamentos triple A sejam ruins. E haverão mais jogos que nunca. Eu acho até um pouco difícil discutir se o Xbox está mais forte que nunca ou não, a resposta me parece muito clara. Mas claro, o Phil cometeu erros também, como prometer coisas que não cumpriu, fechar vários estúdios (sendo o Lionhead o mais marcante em minha opinião), pecar nos jogos da geração One (só se recuperou perto do final) e em apagar o Kinect da história.
Entre os dois, pelo menos nesta fase, tenho de concordar com o Galvão.
E isto porque o que ele refere são coisas que já aconteceram e como tal são factuais e tiveram consequências reais. Quanto ao que dizes é também tudo verdade, mas a realidade é que as novas equipas ainda não tiveram consequências na consola e nada nos garante que venham realmente a ter, até efectivamente o terem.
A Microsoft tem mais estúdios que a Sony, a Microsoft tem mais dinheiro que a Sony, a Xbox está mais forte que nunca. Diz-se, mas até ao momento, em seis meses, a Sony lança no mercado quatro exclusivos para a sua consola de nova geração, e fornece também jogos exclusivo de nova geração na PSN+.
De resto lança outros três exclusivos PS, cross gen.
A Microsoft o que teve? Exclusivos não teve nada pois o único que teve, The Médium, saiu para PC (foi quando muito um exclusivo consola). O que efectivamente teve foi muita e muita Retro, e a única exclusividade que se viu foi um contrato de dois anos com a Dolby. Algo que de relevante tem muito, muito pouco.
Nesse sentido, apesar que poderás ter toda a razão, a realidade é que já se passou meio ano e até ao momento não se viu nada da Xbox, sendo que o previsto até final do primeiro ano, de nome e verdadeiramente desejável, é, quando muito, o Halo Infinite.
Se pensares que as consolas Duram entre 5 a 8 anos, 1 ano só com esse nível de suporte é muito tempo. E mesmo que o suporte nos anos seguintes seja excelente, daqui a um ano a consola poderá ser mais barata, e quem pagou preço de lançamento teve este tempo todo sem tirar grande partido da consola.
Resumidamente… Tomo este partido porque sou adepto do ver para crer e não vou em show offs, mas sim em resultados. Resultados que até ao momento… São zero.
Não há como negar que é a MS quem deve mostrar resultados e justificar o valor dos últimos investimentos e aquisições dela, pelo que não discordo do teu comentário. Mas, na minha opinião, a situação como está (mais de 20 estúdios, sendo 7 já consagrados da Zenimax, anúncio da maior lineup de sempre, GP se consolidando e investimentos grandes no geral) já demonstra que a marca está mais forte do que nunca. Pode ser (de maneira muito improvável) que a maioria dos estúdios first party fracasse, mas nessa altura, eu diria que a marca já é mais forte que o 360, época em que a maioria dos jogos exclusivos eram second. Quanto a jogos third, eu nem considero exclusivos de facto, porque eles podem muito bem sair em outras plataformas posteriormente. Aguardemos a E3 para ver se a MS vai começar a justificar seus investimentos.
A marca está em grande aposta… E como verás para a semana num investimento louco no GP. Há forma de não pagar o GP, e há formas de se pagar uma ninharia pelo GP. Todas elas legais e suportadas pela marca. E mesmo assim… O GP não atrai todos.
Ora se olhares para o historial da Microsoft percebes que sempre que ela entre num segundo investimento em força é porque a coisa estava mal. E este segundo investimento representa o tudo… Ou o nada!
Se a coisa falha agora, a Microsoft desiste. Historicamente sempre foi assim!
Isso é preocupante por um lado, mas ver o investimento relaxa por outro. Agora o que eu não vejo é uma base de utilizadores pagantes capaz de sustentar 21 First Partes. E também não vejo que com a ideia de uma Xcloud, as 21 do vão produzir jogos de grande qualidade. Quando te metes e misturas tudo em mercados onde pequenos jogos podem dar muito dinheiro, vais criar grandes jogos?
Depois temos as afirmações do Greenberg que refere que os estúdios vão maioritariamente apostar nos AA.
Há muitas questões no ar. Eu parece-me prematuro falar sobre o futuro da Microsoft. Recordo que em 2013 ela tambem tinha mais equipas que a Sony, e fechou-as. Tinha uma aposta de 1 bilião em novos IPs que nunca chegaram a aparecer. Tinha planos para entrar em todos os países com um serviço de TV que nunca chegou a existir, e nunca entrou em país nenhum. Pretendia verdade 1 bilião de consolas e vendeu 50 milhões.
Pá planos são uma coisa… Resultados outra. Meio ano depois das Series ainda não vi absolutamente nada. E isso é a única coisa que nesta fase é palpável.
Que vai haver algo… Vai! Se vai ser extraordinário ou se vai sequer a tempo, não sei. Há falta de componentes para tudo, seja na consola, seja no PC. Vê-se na Sony um esforço para aumentar a produção e dominar o mercado. Na Microsoft a ideia é entrar no mercado dos smartphones com o Xcloud. Esse é um mercado bem diferente a nível de exigências, e onde as pessoas nem sequer querem jogos complexos e morosos.
Qual será o melhor para o pessoal das consolas? Esperemos para ver, mas não me quer parecer que consolas e smartphones combinem lá muito bem.
Essa história do CMOS é no minimo ridicula, e surgiu como muitas outras histórias, regra geral em alturas pouco movimentadas para puxar o clickbait, e começa quase sempre por um tipo qualquer no twitter a dizer algo ”revelador”, e é sempre um insider ou alguém que conhece alguém ”lá dentro”, depois os sites e os youtubers sensasionalistas pegam na ”informação” e amplificam-na de forma a que seja o assunto do momento, assunto esse que é sempre comentado por pseudo-especialistas e engolidos pelo público em geral, especialmente os fanboys, e isto ganha uma proporção tremenda porque a maioria das pessoas não usa aquele orgão vital que tem entre os ouvidos e informa-se acerca do que lhe é vendido pelos media, youtubers e ”experts” da matéria, e esta história da CMOS não é diferente, e ainda por cima acrescentam termos como BOMB para melindrar a comunidade.
Eu não sou nenhum expert na matéria, mas uma coisa sou, alguém que não gosta de se manter ignorante e que gosta de se informar e aprender acerca de um determinado assunto porque não aceito de bandeja tudo o que sai da boca destes sensacionalistas, e depois pensar por mim próprio.
A bateria CMOS, é algo que está presente em praticamente tudo o que é PC e consolas, e serve acima de tudo para providenciar energia à BIOS onde estão guardados settings basicos quando o sistema está desligado, a minha Saturn tem CMOS, a Dreamcast, Gamecube e PS2 têm CMOS, até os próprios cartuchos da NES, SNES e N64 têm CMOS onde se guarda os saves, e pelos vistos isto nunca foi um problema, mas como vivemos na era da indignação onde impera o histerismo e a Playstation é a lider de mercado, agora é uma BOMBA.
A ”questão” da Playstation 3/4/5, é que a CMOS além de guardar os settings da BIOS, também guarda as licenças de todos os nossos jogos, sejam eles fisico ou digitais, se a bateria morrer, basta substitui-la e ligar a consola à PSN para revalidar as licenças, a parte da BOMBA é se a bateria morre e se a PSN morre de vez, e é aqui que se deve usar a massa cinzenta.
Em primeiro lugar, acredito plenamente que a PSN ainda dure muitos anos, a PS5 é mais um sucesso tremendo e mesmo que a PS6 seja uma desgraça, vão-se tentar redimir numa eventual PS7 ou quiçá tudo a correr na cloud, de qualquer das formas, acredito piamente que temos PSN pelo menos durante mais 20 anos.
Em segundo lugar, uma bateria CMOS pode durar entre 15, 20, 30 ou mais anos, ou seja no minimo temos CMOS que dura pelo menos duas ou mais gerações, dito isto, antes da CMOS entregar a alma ao criador, já a drive, fonte de alimentação, motherboard ou outro componente qualquer, ditou a falência da consola, e andamos aqui feitos parolos a falar em BOMBAS, portanto se isto é muito mais grave do que o que a Microsoft está a fazer, então não sei o que te diga.
Também tenho alguma dificuldade em perceber como é que se conjuga o melhor gestor da história da Xbox, com as Xbox menos apelativas da história…
Realmente existem pessoas fazendo terrorismo com isso de bateria CMOS e alardeando como se fosse algo muito grave e preocupante, quando agora não há motivos para tanto. Mas de facto é algo ruim e que pode significar no futuro um problema em termos de preservação de jogos no PS4 e 5 (li em algum lugar que o PS3 não corre esse risco, mas não sei da veracidade da informação), caso nada seja feito. Um adendo: essa bateria dura em média 5 anos, mas pode muito bem chegar a 10. Só que em termos hipotéticos, é algo com potencial mais danoso que essas opções mínimas de DRM feita pela MS, pelo que não vejo sentido em tratá-las como se fosse também algo perigoso e fazer alarde por haver necessidade de se conectar a internet uma vez. Quanto aos Xbox Series, o console em si me parece ser o mais apelativo de sempre, mas em termos de jogos, não há apelo algum. O mesmo com o PS5. Por enquanto, os melhores loadings, dualsense, RT e jogos, como o DS e Returnal não me convenceram a comprar um ainda (e mesmo que quisesse, provavelmente não conseguiria). Vou ficar com meu PS4 Pro e X1X por enquanto.
Finn… Este problema de que falas, existe igualmente nas Xbox.
Menos falado pois isto surgiu 3 foi espalhado como FUD à PS mas a realidade é que no caso da Xbox a coisa ainda é mais grave que na PS. Na PS a coisa pode ser reparada de forma manual usando jailbreak, e acertando o relógio o que permite jogar, mas na Xbox não. Na Xbox ligar aos servidores é a única solução.
https://gameblur.net/news/xboxes-also-have-a-cmos-battery-problem/
https://gameblur.net/news/games-news/news-ps4-cmos-battery-failure-is-a-ticking-time-bomb/?utm_source=ReviveOldPost&utm_medium=social&utm_campaign=ReviveOldPost
Eu realmente não consigo entender entender essa linha de raciocínio, me parece algo forçado para dizer que o Xbox tem um problema igualmente ruim. Na minha visão, a “Cbomb” é claramente pior. Já detalhei em um comentário abaixo, mas vou explicar novamente. Conjugando as duas coisas, a necessidade de autenticação online dos troféus + bateria CMOS, caso os servers sejam totalmente desligados, o PS4 ficará brickado quando a bateria morrer, porque não será possível jogar jogo algum, nem físico nem digital, nem para usuários antigos que já os tinham antes ou novos. Aparentemente o PS5 ainda rodará alguns jogos físicos (a primeira versão, a do disco), mas os digitais serão igualmente brickados, tornando a versão digital do PS5 um peso de papel. No Xbox, é perfeitamente possível jogar qualquer jogo offline se cumprido o requisito de obter a licença online uma única vez, então os usuários antigos nunca serão afetados. Até os jogos físicos da retro funcionarão, desde que seja cumprido esse requisito e seja no mesmo tipo de sistema (console). Quanto aos novos usuários, pós fechamento dos servers, realmente não poderão jogar nos Xbox One e Series, nem físicos e obviamente nem digitais, já que não será possível baixá-los (e isso acontece com qualquer outra plataforma com jogo digital). Essa crítica à primeira configuração online é sem sentido, porque num futuro mais distante, todos os consoles que restarão serão usados, ou seja, não precisarão de internet para o primeiro setup. Isso só afetaria algum colecionador que conseguir comprar um console novo daqui a dezenas de anos. Em resumo: em caso de CMOS bomb, o PS4 não funcionará para ninguém e o PS5 funcionará só em alguns jogos físicos. Em caso de desligamento dos servers, os Xbox funcionarão normalmente para os antigos proprietários que tenham cumprido os requisitos uma vez, mas não funcionarão jogos físicos para novos usuários, os digitais já não funcionariam em sistema algum na mesma hipótese de usuários novos e desligamento dos servers. Além disso, o Xbox também pode ser brickado para colecionadores que comprarem um novo pós fechamentos dos servers. Não vou entrar no mérito de hackear o console, porque provavelmente haverá algum meio de contornar essa situação nos dois consoles. Qual situação te parece pior?
PS5 CBOMB Issue: Initial Tests Show Physical Games Can Be Played, But There’s a Catch (ign.com)
These offline, disc-based games require an online check-in on Xbox Series X | Ars Technica
Cara esse “fim do mundo” chamado cbomb pode ser resolvido com um update de firmware, mas para te acalmar até hoje o PS3 pesquisa na net sobre novas firmwares, um aparelho de 15 anos.
Teoricamente, sim. E eu espero que seja resolvido mesmo. Me parece que o PS3 não sofre da CBOMB, porque não precisa de autentificação online dos troféus, mas não sei da veracidade da informação.
Finn… adoraria discutir isso contigo… E teriamos aqui muito o que discutir.
Mas a questão é que para o Cbomb acontecer teriamos de estar perante um caso onde a PS4 não se pudesse ligar à PSN. E isso não aconteceu ainda, não há previsão de quando vai acontecer, e a situação pode perfeitamente ser corrigida com um patch a ser lançado se e quando um dia a PSN cortar o acesso à PS4.
Nesse sentido estarmos a falar disso é algo irrelevante pois abordamos um problema que é teórico e que poderá nem sequer acontecer.
Eu não disse o contrário. Sempre deixei claro em meus comentários que não há motivos para preocupações por agora nem com a Cbomb e nem com a DRM do Xbox, ambas são situações hipotéticas e que podem nem vir a ocorrer, pois a MS teoricamente também pode lançar um firmware que não necessite de primeira configuração online e nem autenticação de jogos, como fez antes de encerrar os servidores do MS Money, retirando a necessidade de autenticação online. O meu ponto é que, hipotéticamente, a Cbomb tem potencial mais danoso que esse DRM do Xbox e existem pessoas o colocando no mesmo patamar ou como pior, quando claramente não o é. Ter um console praticamente brickado, que não roda jogos novos ou já instalados (em mídia física o digital) é a pior situação possível.
Brickado é quando tens um aparelho que em nada reage, você morre de apertar power on e ele em nada reage, um peso de papel. Um PS4 com a bateria desgastada e sem acesso a internet con segue ser ligado e apresenta tela, permitindo o acesso local das contas dos usuários cadastrados, logo não é um console brickado, nem praticamente.
Brickado significa que o console foi reduzido a um tijolo, um peso de papel. De maneira literal até pode ser que signifique originalmente algo que nem sequer liga, mas por extensão, é algo que não serve mais para sua principal função. E é isso que é um PS4 ou PS5 que não roda jogo algum. Quem teve um PS5 Digital banido pela Sony naqueles esquemas da Plus Collection tem hoje um PS5 brickado, ao meu ver, embora ligue e sirva para outras coisas.
A questão é que o CBomb é algo que não existe ainda e poderá nem existir. É apenas uma possibilidade que muito certamente nem existirá. O DRM é uma realidade que existe e está em prática.
Comparar os dois, não faz sentido.
Concordo em número, gênero e grau Galvão.
Espera um pouco, desde quando tive conhecimento sobre smartphones sempre foi dito que estes dependiam de internet(e de uma conta) para justamente fazer o download dos apps, já os consoles não nasceram com essa obrigatoriedade.
Comparação sem sentido.
Do mesmo modo que é de conhecimento geral que desde a geração retrasada é necessário internet para baixar jogos (opcional), DLCs, patches, jogar online, etc. Então desde a geração do PS3/360/Wii, a internet é algo muito presente nos consoles, ao contrário da geração do PS2/GC/DC/Xbox, em que a conexão a internet era apenas uma feature e tudo poderia rodar offline sem prejuízo.
É a diferença entre dizer que vai fazer e pura e simplesmente fazer. Se tivesse dito que ía fazer caía o Carmo e a trindade, como fez pela calada, o que ainda é mais grave, não se passa nada e o mais engraçado é que só agora é que começaram a falar disso, também vi esse vídeo ontem e achei muito estranho, a consola já foi lançada há oito meses e só agora é que deram conta!!!
Como não tenho Xbox nem penso vir a ter, tenho PC e PS, não me faz diferença, e se a Sony continuar a meter exclusivos no PC e/ou adotar este sistema de estarmos sempre conectados, by by Sony.
Sou da velha Guarda não gosto nem jogo online, só jogos single player e esses não precisam do online para serem jogados.
Não entendo o porquê desta cisma da Microsoft, pirataria talvez, mas depois coloca os exclusivos no PC!!
Vai se lá entender, ou eles são muito inteligentes e estão a ver á frente de toda a gente, ou gostam de fazer burrice atrás de burrice.
Acho que esse problema faz parte do legado do Xbox One. Acredito que ele foi construído inicialmente dessa maneira, e mudar essa infraestrutura a essa altura do campeonato já não seja mais possível. O que me dá esperança é que existem jogos mídia física no Series X que não possuem os problemas do One, então quando passarmos da barreira de jogos cross-gen, esse problema talvez não exista.
Aos amigos do site fãs de Xbox, o Matt Hargett (ex-engenheiro do PS5) postou algo bastante interessante.
fonte: https://twitter.com/syke/status/1398719829272453122?s=20
Caso se confirme, aqueles efeitos path tracing que vimos em Minecraft serão habilitados automaticamente em alguns jogos retro.
Entretanto, cabe lembrar que o full path tracing no Minecraft reduziu a performance deste jogo para 1080p 30fps no Xbox Series X. Então é possível que serão efeitos mais discretos para não destruir a performance dos jogos mais pesados.
Interessante. Ele é ex-engenheiro do Ps5 e possui acesso a esse tipo de informação no Xbox?
Ele não possui informação. Ele tem noção do que é feito e vê isso como possível.
Mesmo sendo ex-engenheiro do PS5, ele está dentro da indústria, tem amigos, tem contatos.
De qualquer forma, é como o Mário falou no comentário acima. Creio que é mais algo que ele vê como plausível de acontecer do que um leak de verdade.
Acho isso péssimo. Incrível como tudo que eu não quero a MS implementa, aí fica muito difícil
Mas hoje com praticamente todos os jogos sendo lançados com patch day one, trocentos patches de correção, jogo sendo lançado pela metade, quem em sã consciencia vai pensar em console sem internet???? Pra mim isso é tempestade em copo de água
Isso são outros trezentos. A questão é se podes ou não fazer uso da consola sem internet.
Bom fiz o teste aqui com meu Series X, o Resident Evil Village, The Medium, Cold War, Assassins Valhalla e o Gears 5 Hivebusters funcionaram sem internet, os jogos retro digital também funcionaram, os retro midia fisica não funcionaram e os do gamepass obviamente não
Porque se calhar não foi a primeira vez que correste esses jogos portanto já tinhas a autenticação feita.
Me disseram que os jogos do GP precisam de uma ativação on line por mês.
O GP então é sempre online?
O GP só funciona online mano
O GP seria como a loja da Sony.PStore
Você não consegue acessar sem internet,
Não entendo,concordo com o Molina que quem em sã consciência hoje compraria um console sem ter internet,muitos jogos são dependentes do On em ambas as consolas,sendo necessário ligação a internet para rodar vide Need for Speed 20015 e afins.tenho certeza que o cara compra sabendo das diretrizes de cada marca.sem mais nem menos.Eu mesmo coloco meu Xbox como principal e todos os jogos rodam ofline,tamto que quando adquiro novo jogo eu desligo a conexão para jogar sem atualizar.
Exato mano, esse negócio de console sempre online não me preocupa, o que me preocupa é saber quando teremos os jogos verdadeiramente next gen a usar todos os recursos que os consoles tem, e agora com a ultima declaração do Jim Ryan de que vão estender o suporte a grandes jogos pro PS4 até 2023, até sabermos o que ele quis dizer com grandes jogos, pelo jeito vai demorar
Concordo o que faz valer são jogos e gostos o resto é resto
Comprei o XSS sem saber deste detalhe aí.
De certo que isso devera preocupar alguns, a mim não. Felizmente caso eu não consiga jogar no meu XSS é só ligar meu PS5 e já estará tudo ok hehehe
Sobre o Smart Delivery eu tenho um relato a deixar.
Quando comprei o XSS eu já tinha o One Fat, lá eu copiei diversos jogos que tem otimização pro Xbox Series no HD externo, um deles foi Forza Horizon 4.
Bem, na minha cabeça eu achava que era só esperar o HD Externo no console e ele iria identificar que estes jogos e baixar assim os Patchs Específicos. Pois bem, como esperado o console avisou que tinham atualizações para estes jogos, eu estranhei o tamanho dos Patchs, mas puz a baixar. Quando terminou de baixar o do Forza Horizon 4 eu pensei, deve ter atualizado o que estava no HD externo né, isso é óbvio, mas não, o console baixou uma versão específica para o XSS deste jogo ficando assim uma cópia do jogo no console e a outra no HD externo, eu achei bizarro mas só apaguei a do HD externo e pronto.
Quanto as atualizações dos outros jogos eu cancelei para poder entender melhor como tudo funciona.
Um colega meu me falou o seguinte. Como estes jogos otimizados para o Xbox Series só podem rodar no SSD logo ele baixou a versão específica ao invés de atualizar a que estava no HD. Não sei até que ponto isso procede.
Mas taí uma contribuição a materia da notícia.
Mas essa não é a filosofia da MS? Eu pelo menos ESCOLHI a marca por isso, pq eu gosto de jogar online.
Eu entendo que soa até ofensivo para quem gosta de single a ideia de ser OBRIGADO a se manter online para jogar e desfrutar de seu console, mas para mim que gosto de consumir multiplayers online isso é comum, e inclusive foi fator de escolha quando eu saí do PC e fui para o xone. O artigo que li antes da escolha dava a entender o seguinte:
Multiplayer = Xbox
Singleplayer = Playstation
A escolha feita aquele altura seguindo a lógica do artigo não me trouxe arrependimentos, óbvio que tenho vontade de jogar alguns exclusivos de extrema qualidade da Sony, mas algumas experiências multiplayers que vivi no console da MS eu só encontraria igual no PC.
Como nota de rodapé gostaria de salientar que mesmo não me sentindo afetado, não concordo com a política. A empresa que tanto prega a INCLUSÃO e a LIBERDADE dos jogadores não pode em momento nenhum limitar suas posses.
Ninguém diz que multiplayer é mau… Mas podes ter multiplayer sem teres estás restrições. A PS5 também tem multi e não tem estas restrições. E o que está em causa são as restrições, ou DRM que te impede de ter a liberdade total no uso do teu produto. Não vamos tentar divergir daquilo que é a realidade das coisas.
Eu super concordo contigo Mário, políticas restritivas devem ser abolidas, só não sei ao certo qual seria a alternativa ao DRM, não sei por exemplo se há algum tipo de liberdade em jogos comprados na Steam.
E o que eu quis dizer é que o Xbox sempre tentou ser um meio termo entre o PC e o console tradicional, de modo que esse caminho em direção à “digitalização” não deveria causar espanto.
João… Vir dizer que se pode roubar porque o outro também roubou não é argumento. Se o Steam tem DRM também, é um problema dele. A questão é que ele não é preciso, e a PS prova-o. E nesse sentido não há desculpa.
A aposta no digital não é e nem deveria ser um problema, e apenas é focada nesta caso por dois motivos cumulativos:
1 – É a somar ao existente.
2 – Por defeito não consegues jogar offline os jogos digitais que tenhas na consola. Tens de alterar um paràmetro para isso.
Novamente concordo contigo Mário, em momento algum quis justificar um erro com outro, foi uma pergunta sincera, sou ignorante quanto a mídia digital no PC e quis exercitar a criatividade, pois será que não teria como ser criada uma Key que validasse a mídia digital de forma offline, de modo que até conseguissemos transferir essa Key caso quisessemos vender ou emprestar nossas mídias? O mundo caminha em direção a extinção da mídia física, e Spotify, Netflix e YouTube já criaram suas soluções para consumir seus conteúdos mesmo offline, queria saber se algo assim já se desenha nos consoles. Sou ignorante quanto ao PlayStation também, caso já exista tal solução gostaria de saber.
Essa é uma das situações em que começo a duvidar da minha própria inteligência. Não sei se existem muitas pessoas cegas ou se sou eu o cego. Ou, para ser mais literário, mesmo vendo o rei nu, começo a duvidar se realmente está nu, por causa da reação das pessoas. Já vi várias pessoas tocarem nesse ponto, em comentários internet afora, no twitter do does it play (que por algum motivo acha esses DRM mínimos comparáveis à CMOS Bomb), em vídeos, etc. Do meu ponto de vista atual, o comparativo com o DRM de 2013 (de always on + disco de uso único em só um console) é risível. Odeio apontar dedos, mas sinceramente não vejo outro motivo para alguém com as mesmas informações que eu criticar essas escolhas específicas da MS a esse respeito a não ser por simpatia à pirataria/compartilhamento de contas, interesse em pegar no pé da MS quando não há o que criticar, então procuram pelo em ovo ou pessoas traumatizadas com outros DRM, como o Denuvo (ou a própria apresentação do One em 2013). Vou analisar todos os cenários e explicar o porquê não vejo absolutamente nada demais nessas escolhas.
Antes de tudo, é preciso ter em mente alguns conceitos iniciais: os jogos hoje em dia são compostos pelos arquivos que os compõe + sua licença, para se rodar um jogo é preciso dos dois, necessariamente. No Xbox, há três locais em que as licenças são encontradas: 1 – no disco, 2 – no console em si, 3 – nos servers online associados a tua conta. Para conseguir a licença 2, é preciso ajustar o console como o “Xbox doméstico” e rodar o jogo ao menos uma vez enquanto online. Existem dois tipos de licença, a temporária, como nos jogos do GP e jogos do final de semana livre da Gold e existem as licenças permanentes, que são as adquiridas (na loja ou por código). É perfeitamente possível jogar todos os jogos offline nos Xbox One e Series, bem como copiar qualquer jogo, de Xbox OG, 360, One, Smart Delivery, Series, para um drive externo e rodar de lá ou copiar de volta para o console para rodar (o que for aplicável), tudo totalmente offline, desde que a pessoa tenha o disco inserido ou tenha se certificado de obter a licença no console, no caso dos jogos digitais; e desde que, também o jogo tenha sido copiado do mesmo tipo de console que o rodará, então se copiares um jogo do 360, One ou Series S e tentares rodar offine dessa forma em um Series X, provavelmente será preciso ficar online. Dito isso, vou passar para as análises:
1 – Quanto à necessidade de conexão para fazer o primeiro setup e vincular o console a uma conta MS
1.1 – Agora: Ok, isso pode ser um problema para algumas dezenas de pessoas no mundo que não têm acesso à internet, mas por algum motivo têm consoles de nova geração. No entanto, pode ser contornado de alguma forma, levando o console na loja onde foi comprado ou com algum esforço para se usar a internet uma única vez. Enfim, os iPhones e Androids também têm o mesmíssimo requerimento para se fazer a primeira configuração (é preciso estar online e vincular o smartphone a uma conta) e eu nunca vi na vida alguém criticá-los por esse motivo.
1.2 – No futuro: A não ser por uma catástrofe, eu acho impossível que a MS feche os seus servers durante a geração ou pelo menos 10 anos depois do seu fim, então basicamente todos os Series que restarão num futuro distante serão usados, ou seja, não haverá necessidade de configuração inicial. Talvez algum colecionador que consiga comprar um Series novo daqui a dezenas de anos seja prejudicado, mas quem liga?
2 – Quanto ao DRM dos jogos
2.1 – Agora: Como expliquei anteriormente, cumprido os requisitos uma vez, é possível jogar todos os jogos sem nunca precisar ficar online novamente e inclusive copiá-los para um armazenamento externo e jogar no teu console ou no de um amigo (desde que ele tenha uma licença do jogo). Ok, isso pode ser um problema para as mesmas pessoas do ponto 1.1, mas espero que algum dia elas consigam usar a internet ao menos uma vez.
2.2 – No futuro: Continuará sendo como é hoje para os usuários existentes. E para os novos usuários? Também, a menos que os servidores da MS caiam permanentemente. Só que nesse cenário:
2.2.1 – Jogos digitais para novos usuários pós fechamento dos servidores: só serão jogáveis os jogos já baixados, isso para todas as plataformas, Steam, outras lojas de PC, Nintendo, Playstation e Xbox.
2.2.2 – Jogos físicos para novos usuários pós fechamento dos servidores: No PC mal existem, se os servers da steam fecharem permanentemente, só por meio de pirataria ou algum hack para ter os jogos. No Playstation: existem jogos de PS4 e imagino que de PS5 também que requerem uma primeira utilização online por motivos não relacionados à DRM, como baixar patchs, assets ou por uma instalação corrompida ou incompleta. Na melhor das hipóteses, podes jogar a versão do disco, ou seja, a primeiríssima, sem sequer patches day one e imagino que sem as DLCs. Isso considerando a resolução do problema da CMOS Bomb, porque colocando ele na análise, tanto o PS4 quanto o PS5 não rodarão jogo algum assim que a bateria CMOS morrer (e ela irá) ou for retirada. No Xbox também não será possível jogar jogo físico nessa situação.
Algumas correções na tabela: Os jogos digitais já instalados e com o console configurado como “home console/Xbox doméstico”, após a primera vez rodando online, sempre rodarão offline (qualquer jogo, a não ser que seja um jogo puramente online, mas nestes casos, o jogo nunca rodará em plataforma alguma, dispensa comentários), no vídeo, não foi feito o download da licença na primeira utilização online, por isso o jogo pediu para ficar online. A segunda observação é que eu não percebo diferença entre a segunda utilização e as demais, tanto no X1X quanto no PS4 basta rodar o jogo enquanto online uma única vez para poder jogar offline sem problemas de DRM. Nesse sentido, não tem razão de ser a planilha laranja na segunda utilização de jogos smart delivery, se o jogo foi rodado pela primeira vez enquanto online, ele irá funcionar offline depois. Por fim, existem outros motivos não relacionados ao DRM que exigem ficar online na primeira utlização, como o download de patches, assets ou algum problema na instalação.
TL;DR: Não existe problema algum com o DRM do Xbox nos dias de hoje, muito menos dependência de internet. Mas se queres ser um ermitão/monge ou se precaver para um apocalipse zumbi/Ragnarok/arrebatamento/Nibiru/singularidade (a depender da crença), os melhores consoles são os os da geração Wii/360/PS3 para trás ou então um Switch com cartuchos (desde que não seja um dos jogos que não cabem no cartucho e precisam de download), caso queiras algo mais recente.
[OFF] é ou não é exclusivo??? Que confusão!!
https://www.eurogamer.pt/articles/2021-06-02-microsoft-esclarece-que-nao-tem-exclusividade-dolby
A tê-lo, não quer dar a conhecer, pois sendo o Dolby um standard altamente popular tambem não lhes interessa estar associado a exclusividades.