Chile, Hong Kong e Israel estão a ter uma descida no preço do Gamepass.
De acordo com o Website VentureBeat, a Microsoft decidiu descer o preço do Gamepass em três zona do mundo, nomeadamente no Chile, Hong Kong e Israel.
A situação ocorre não porque a Microsoft pretenda descer o preço nos outros locais do mundo, mas por questões associadas à moeda local e poder de consumo. Ou por outras palavras, de forma mais simplista, numa tentativa de tornar o produto mais apetecível em zonas onde as adesões não estão dentro do esperado.
E na realidade não será apenas o Gamepass a descer de preço, pois o Live Gold terá igualmente um corte.
No Chile a descida passa o custo do Gamepass Ultimate de 11900 pesos Chilenos (algo como 15.05 dólares)para 7990 pesos, ou certa de 10 dólares por mês (recorde-se que falamos do preço do Ultimate). Em Hong Kong a coisa passa de 119 dólares de Hong Kong (ou 15.29 dólares), para 79 dólares de hong Kong, o que mais uma vez atira para os 10 dólares Norte Americanos. Já em Israel, atualmente paga-se 55 Shekels, ou 17.12 dólares, e o preço vai descer para 40 shekels, ou 12.25 dólares. Em todos os casos a descida é de aproximadamente 5 dólares, apesar que nem todos ficam a pagar o mesmo.
A VentureBeat refere que o Gamepass é parte da estratégia da Microsoft no sentido de se implementar de forma mais vincada no mercado dos videojogos, afirmando porém que o serviço está longe de dar lucro. Refere ainda que, apesar de o serviço ter cerca de 20 milhões de assinantes, de acordo com fontes, a Microsoft está a gastar biliões de dólares a adquirir conteúdo, e que como este corte de preço sugere, a Microsoft está neste momento mais interessada em atrair clientes do que em fazer dinheiro.
Mas isso, para nós não é uma novidade, dado que sempre pensamos dessa forma. E o que nos preocupa é o que vai acontecer se um dia o serviço tiver sucesso, e tiverem o mercado na mão, e depois pensarem “ok, o mercado é nosso… agora vamos pô-lo a dar lucro”, com o cliente, quer goste, quer não goste das subidas de preço e/ou medidas adotadas, a ficar sem alternativas para aderir.
Porque sem ovos não há omeletes, e neste momento o que se paga… não chega para os ovos de todas as omeletes que se fazem.
Se o GP não domina o mercado do jeito que está até hoje, só se a Sony cruzar os braços e não lançar mais nada e nem a Nintendo.
Não sei se a Microsoft tem alguma informação privilegiada, mas este me parece um produto que fede a fracasso.
O problema é insistirem no negócio e comprarem Square, EA, Activision, Ubisoft… Ou outras terem a mesma brilhante ideia e acabarem-se os thirdie parties em várias plataformas. Lembrando que o mercado de jogos não vive graças ao PC, e sim de diversos ecossistemas coexistindo, e que o mercado de consoles já sofreu um crash por queda de qualidade e mesmice dos jogos.
Nos últimos dias estou a ler que o GP alcançou 30 milhões, porém conhecendo a MS, já teria feito alarde com esse valor.
Essa notícia é falsa …
Isso foi uma piada mandada pelo CEO da Take Two, uma pessoa que já referiu publicamente que não considera o Gamepass viável, numa altura em que estava em conjunto com o Phil Spencer da Microsoft numa entrevista ao GameSpot e abordaram o Gamepass e como ele ia. Nessa altura o CEO da Take Two, antes da resposta de Phil interveio e referiu que ia bem… E que já teriam certamente algo como 30 milhões de assinantes.
Phil Spencer não confirmou e referiu que o último número oficial era 18 milhões.
Ora se tal fosse verdade, porque iria Phil esconder?
pois é, foi isso que coloquei na 1ª resposta, conhecendo a MS se este número fosse verdade já teriam tweets comemorando
falando assim, parece até deboche
“e ai, já ficou rico com bitcoin?”
“e ai, já tem 30 milhões de usuários então?”
Gamepass é uma maravilha, mas a conta vai chegar, pois ele desistimula qualquer negócio de compra de games e, pior, é uma falsa impressão que você tá pagando barato. Tá pagando barato hoje, amanhã vai ser caríssimo, pois a Microsoft não vai financiar isso eternamente!
Eu creio que o serviço deve ter uma rotatividade bem grande, pois ninguém fica pagando preço cheio por muito tempo esperando se sai algum jogo que quer jogar. Você pode pagar um mês, jogar o que entrou naquele mês e cancelar. Quando entrar algo novo, assina de novo. E com as gambiarras que a Microsoft vem permitindo, o cenário é ainda pior do que se imagina.
Pois é, não curto o modelo de negócio do gamepass por ideologia, vislumbre de no que vai dar… mas a grande falha do esquema deles como negócio é que não conseguem fidelizar clientes.
Tô curioso para saber por quanto tempo a MS vai sustentar o GP…
Windows Phone acho que durou 2 ou 3 anos…
Assim que o relatório dizendo que casual de celular não vai assinar Xcloud chegar na mesa do Nadella, a gente vai descobrir.
O serviço é viável. Pelo menos para o detentor da plataforma. E nesse sentido eles não vão desistir tão cedo e terá de ser o resto do mercado a dar-lhes para trás.
Eu acho que os 7 BI da Bethesda o xbox/GP não vai precisar pagar… É tipo um patrimonio para a MS, faturamento de assinatura não vai precisar cobrir isso.
Agora sustentar as dispensas correntes, a isso eu acho que o GP/Xbox terão que sustentar.
Então acho q é 3 ou 4 anos mais, se o GP/Xbox nao começar a cobrir as despesas da MS pelo menos, a MS vai cortar.
Isso é só minha suposição.
O Amadnejad falou que precisavam de uns 50M de assinantes para empatar os custos… Então eu não acho que o Xcloud vai chegar nisso cobrando preço real.
Deto… Sabes que certos imóveis estão avaliados em milhões ou biliões. Mas depois vemos notícias que eles foram vendidos por muito menos do que valem.
O motivo é simples. Acima de uma certa gama de preços os compradores são poucos, e não aparecendo interessados ou se aborta a venda ou se vende abaixo do valor real.
7 biliões por uma empresa de jogos pode ser o seu valor de mercado. Mas o que lá tens? IPs.
Daí que pode ser muito complicado vender uma Bethesda pois se calhar poucos dão esse valor. Há alternativas mais baratas e com igual património. Olha a Insomniac… Produzem como loucos, mas não tem IPs.
No entanto tudo o que produzem torna-se ouro, e se lhes derem liberdade criativa criam-te facilmente um IP de sucesso.
Basicamente a Bethesda é um valor contabilístico que pode ser difícil traduzir em dinheiro. A Microsoft também vale 1 trilião… Mas quem é que a pode comprar?
Percebes onde quero chegar?
Património a Bethesda é… Mas caso fosse preciso vender duvido que alguém aparecesse a compra-la por esse valor.
Quanto ao Gamepass as contas são muito complicadas. 50 milhões de utilizadores requerem ainda mais oferta e investimento. Aumentar os utilizadores aumenta a receita e o lucro, mas requer igualmente mais investimento para os manter.
É complexo…
Não sei, Mário, o problema da MS nunca foi só se tomar prejuízo, e sim bastando já ter lucros pífios. Com o Xbox, o único motivo pra que vejo insistência é ser uma marca consolidada. Mas a MS não se conforma com pouco, basta ver que a divisão já passou por riscos e passou por ultimatos (Gamepass Ultimate vem daí?). A última do Satia foi dizer que era um tudo ou nada, isso sugere uma questão de sobrevivência.
Eis a coisa como um todo que eu vejo…
Estratégia 1 – Expandir a plataforma ao PC, mantendo a consola para não desagradar aos mais hardcore.
Estratégia 2 – Expandir a plataforma ainda mais, tornando-a num serviço. A ideia é mostrar algo barato para adesões, mesmo admitindo prejuízo, e depois de ter o controle, rentabilizar devidamente o produto.
Estratégia 3 – Converter a plataforma em algo sem custos físicos que possa alcançar qualquer sistema (X-cloud). A consola torna-se desnecessária perante isto.
Estratégia 4 – Windows 11… Criar no PC um novo sistema seguro, com hypervisor e um nível de segurança que permita impedir a pirataria. Tal permitirá manter os hardcore anti streaming, mas mesmo assim abandonar a consola. No meio de tudo isto o custo de produzir uma consola, que são largos milhões, não justifica. E menos justifica quando o produto que se oferece a dispensa e só necessita ser mantido para os mais hardcore, que a terão no PC.
Estratégia 5 – Aos poucos tornar o PC obsoleto, ou tambem ele totalmente dependente de serviços cloud. É nos serviços que está o dinheiro!
O problema de tudo isto está nas consequências paralelas que não foram devidamente analisadas.
Logo no ponto 1 vemos que a situação criou não só desagrado, como os mais hardcore não largaram a consola.
O ponto 2 tambem não está a ter o sucesso que poderiam prever. O gamepass não alcançou a totalidade dos utilizadores Xbox e desagrada a muita, muita gente. Aliás muitos estão a usar o serviço, aproveitando-se eles da microsoft e das ofertas, não pretendendo ficar por lá se tiverem de pagar. Pior ainda, o Gamepass está a quebrar as vendas físicas, e sem vendas físicas as lojas não querem nada a ver com a consola. E sem lojas a vender a consola ou os jogos, a coisa torna-se uma pescadinha de rabo na boca, onde acabamos com uma consola que só tem serviços, mas não há exatamente diversidade de lojas onde comprar a consola. Se é que eventualmente no futuro haverá alguma (e perceberão isto melhor lá para o fim da semana, com outra notícia que não quero abordar já).
O ponto 3 poderá não sair como esperado. Eu adoro jogos de consolas, eu tenho telemóvel e jogo imenso nele… Jogar jogos de consola no smartphone via streaming??? Nem sonhar! Daí que questiono quantos dirão wow, estou ansioso!
Ponto 4… eu pessoalmente não estou disposto a trocar performance por segurança (algo em que tocarei na notícia de amanhã). E nem sequer quero o meu PC controlado pela Microsoft ou um sistema fechado.
Perfeito, Mário concordo com tudo, e vc ainda me abriu os olhos pra algumas situações que eu não havia vislumbrado. Não duvido da insistência da MS pra dominar um mercado importante, aliás, xbox está fazendo 20 anos. Só me pergunto até quando vai a insistência com o plano sem funcionar direito? Ela já mostrou não ter paciência com outras áreas igualmente estratégicas como o phone, e os sites de videostreaming, ou mesmo seu buscador web… E penso ainda o quão custosa é sua briga com a Sony, que enquanto estavam nessa, perderam o barco do SO dos mobiles e dispositivos portáteis…
Aqui no Brasil o Gamepass Ultimate custa 5 reais o primeiro mês (~0,9 dólar) e depois passa a custar 45 reais (~8,20 dólares). Não sei se houve corte de preço, é o que está sendo cobrado hoje.
Brasil é dificil de falar pq o real cada dia fica mais desvaloridado. Ano passado a live e GP tiveram aumento de preços. live de 149,99 para 199,99 e gp 39,99 para 44,99.
Se o real continuar a ser desvalorizado duvido nada da ms subir o preço por aqui para ficar nessa próximo dos 10 dol.
Se fizer a gambiarra da conversão fica por volta de 16. As vezes menos, dependendo de quanto pagar na live Gold.
não entendi. É possível conseguir o Gamepass por menos do que 45 por mês? Ptz.. Então o buraco da Microsoft é mais fundo ainda. Meu ponto era só mostrar que o número de assinantes não é um bom parâmetro para medir o lucro que a Microsoft tem com o Gamepass.
Nos EUA consegues o Gamepass de borla, bastando perder alguns minutos por dia com os Microsoft rewards.
E houve quem assinasse o Gamepass por 3 anos a 1 euro por mês, alguns até por 50 cêntimos pois dá para partilhar a conta.
O Gamepass tem ofertas de 7 dias de serviço, acumuláveis, oferecidas em cereais, nos EUA.
Ao longo dos tempos houve muitas formas de se conseguir o Gamepass quase de borla, algumas delas por 3 anos, o que quer dizer que ainda estão em vigor.
Ainda hoje, se fores ao CD Keys, consegues 3 meses de Ultimate que deveriam ficar por 45 euros, por 16.
A Microsoft parece estar desesperada para conseguir novos assinantes. Nesse momento todas essas promoções parecem estar dando certo, pelo menos por aqui. Só que vai ser difícil vender esses números para investidores, está claro para todo mundo todas as artimanhas usadas para alcançá-los. Parece aquele ditado, uma coisa é chegar no topo, outra coisa muito mais difícil é permanecer lá. Esta guerra do streaming é um capítulo muito importante para a Microsoft. Acho muito difícil eles continuarem no ramo de jogos se perderem essa frente. Se vencerem, o mercado é deles.
No geral, muita gente ainda usa de artifícios para jogar, até mesmo ficar criando contas novas pra ter acesso ao desconto inicial. Fora isso, a MS nos últimos anos têm feito promoções de fim de ano onde as pessoas podem assinar pelo valor promocional inicial.
Vi aqui que se você assinar o teste do crunchyroll premium (de graça), ganha gamepass de pc por 3 meses. Se você ativar esse código do gamepass e só depois assinar o gamepass ultimate por 5 reais, vc transforma esses 3 meses em ultimate e os soma ao novo mês assinado, ficando com 4 meses de gamepass ultimate por 5 reais. Tá praticamente de graça.
Mesmo que pagasse mais, e tivesses de pagar o Crunchyroll, a realidade é que para o Gamepass ia o mesmo dinheiro. A Microsoft oferece os seus jogos e os de terceiros com isso, ou seja corta nas suas receitas e nas dos terceiros que nem tem nada a ver com isso.
E isto não é uma oferta de 14 dias ou um mês… São 4 meses… Dá para se jogar muita, muita coisa.
É por estas e por outras que eu considero isto terrível para a indústria.
É uma prática bem questionável da Microsoft, insustentável. Tudo indica que só os medalhões vão se vender no lançamento (e só os de outras plataformas, já que a Microsoft coloca até os seus lançamentos no Gamepass). Parece o aquecimento global, estamos nos matando aos poucos, mas enquanto isso é só diversão.
Para mim a questão de o Gamepass dar lucro ou poder vir a ser sustentável é uma questão paralela. Mesmo que eu concedesse que isso seria possível, o que me custa imenso acreditar pois não consigo ver a vantagem económica disso fora do detentor da plataforma, tal aposta mudaria o mundo dos videojogos como o conhecemos, e eu questiono de no final de tudo iríamos pagar menos do que agora.
Para começar os dlcs e monetização dos jogos de empresas mais pequenas seria uma realidade. Iríamos entrar num esquema estilo smartphone, só que aqui, em vez de os jogos serem de graça, por serem melhores, pagar-se-ia os 10 euros (e sim, é 10, pois os 5 extra do ultimate são só para a Microsoft e mesmo os 10 uma boa parte é para eles).
Teríamos jogos inundados de micro transações, pay to play e pay to win.
Para as equipas maiores, um Gamepass de sucesso daria origem a serviços concorrentes. Não julguemos que iríamos ter jogos da EA, Ubisoft, Take Two ou outros no Gamepass, pois eles iriam estar nos seus serviços. E esses jogos são nucleares pois o grosso dos grandes jogos são das grandes thirds. Ou seja, teríamos uma fragmentação do mercado com vários serviços paralelos, tal como agora tens a Hulu, a HBO, o Netflix, a Apple TV, o Disney+, o Amazon Prime, a Rakuten TV, etc. E para continuares a jogar aquilo que sempre jogaste, desembolarias uma fortuna.
As pessoas não percebem o monstro que isto é, e o serviço seria altamente compensador se pura e simplesmente não andasse a pagar para ter jogos no serviço, se não pensasse em lançamentos Day One, e se limitasse a ser um repositório de jogos mais antigos, mas mesmo assim bons e desejáveis, e um chamariz para as consolas e as vendas full price físicas e digitais, ou alternativamente o mercado de usados.
Eu vejo a coisa assim, e creio que qualquer pessoa que se sente e pense um bocado de forma racional sobre isto forçosamente pensará da mesma maneira.
E curiosamente, após alguns anos a dizer isto, nunca me apareceu ninguém a apresentar argumentos convincentes do contrário, e tudo o que ouço são uns risonhos aqui, uma piadas ali, e uns links a mostrar que o serviço cresceu, como se isso alterasse alguma coisa face a esta possível realidade futura.
O serviço cresce porque é barato e está financiado. Mas isso não altera as consequências futuras e muito menos o facto que não se vai manter financiado para sempre.