A Apple terá de abrir o iOS, tal como o Android. E isso será colocado no novo Regulamento dos Mercados Digitais, que pode também afetar as consolas.
Se há coisa que aprecio no funcionamento da UE é que aqui não se brinca. E as empresas ou cumprem com as regras… ou vão cantar para outra freguesia.
Ora uma empresa que gosta de ditar as suas regras é a Apple. O seu ecossistema é altamente fechado e controlado por si, mas isso é algo que a UE quer mudar, forçando a Apple a tornar o seu iOS numa espécie de Android, bastante mais aberto e acessível a terceiros, o que passa pela abertura de lojas não controladas pela Apple.
E isso será algo que vai ser imposto pelo novo Regulamento dos Mercados Digitais.
O regulamento já se encontra em vigor desde 1 de Novembro, mas a UE decidiu dar algum tempo às empresas para se ajustarem ao mesmo.
Não se sabe se estas regras afetam outros mercados, como os das consolas, mas o regulamento é de mercados digitais, pelo que Sony e Microsoft podem estar abrangidos por estas regras também. No entanto isso não é garantido pois os jogos da Xbox e da PS podem ser comprados, em versões digitais, em lojas de terceiros, sob a forma de códigos, o que não acontece com os smartphones.
Mas o certo é que o Regulamento dos Mercados Digitais define uma série de obrigações que todos terão de respeitar, e que os impede de adotar determinados comportamentos.
Vejamos exemplos dados pela Comissão Europeia:
- permitir que terceiros inter-operem com os próprios serviços do controlador de acesso em determinadas situações específicas;
- permitir o acesso dos seus utilizadores profissionais aos dados que geram quando utilizam a plataforma do controlador de acesso;
- fornecer às empresas que fazem publicidade nas suas plataformas as ferramentas e as informações necessárias para que os anunciantes e os editores possam efetuar a sua própria verificação independente dos anúncios alojados pelo controlador de acesso;
- permitir aos seus utilizadores profissionais que promovam as suas ofertas e celebrem contratos com os seus clientes fora da plataforma do controlador de acesso
Além disso, as plataformas dos controladores de acesso deixam de poder:
- classificar os seus próprios serviços e produtos de forma mais favorável do que os serviços ou produtos análogos oferecidos por terceiros na plataforma do controlador de acesso
- impedir os consumidores de terem acesso a serviços de empresas fora da plataforma do controlador de acesso
- impedir os utilizadores de desinstalarem software ou aplicações pré-instaladas se assim o desejarem
- rastrear os utilizadores finais fora do serviço essencial da plataforma do controlador de acesso para efeitos de publicidade direcionada, sem que aqueles tenham dado o seu consentimento efetivo
Claramente, pelo menos parte destas regras, afetarão igualmente as consolas, mas a maior parte do acima citado não se aplicará.
Já no que toca à Apple, esta é claramente a que mais alterações terá de efetuar.
Não sou muito a favor da abertura de sistemas dessa forma, embora a concorrência possa favorecer os preços aos clientes, abre-se espaço para o descontrole de qualidade e maiores riscos de segurança. Entendo que muita gente que opta por um sistema fechado o escolhe também por isso. Ou agora se compra um iphone porque tudo nele é mais barato?
Imposições dessa natureza podem levar as próprias empresas a diminuírem seu investimento interno em novas tecnologias já que não terão a vantagem de ter o seu sistema fechado para se capitalizar como antes.
Era o que eu iria comentar, na minha opinião isso afeta em inovação, pesquisa e investimento.
Sou a favor de que haja concorrência com propostas diferentes, mas impor alguém a funcionar de forma a perder dinheiro porque teve uma estratégia que deu certo mas não é a ideal “para o mundo” é algo complicado.
Até onde sei a Apple não impôs seu negócio a ninguém, muito menos fez esquemas sorrateiros para monopolizar o mercado ou conquistar sua posição de mercado.
Penso que se não há crime, ou tentativa de desvirtuar toda a concorrência ou mercado, não tem porque intervir nisso. E embora eu entenda o intuito dos reguladores, só não acredito que intervenções desse tipo, realmente, sejam o melhor para o consumidor.
Mas só uma ressalva, eu sou contra sobre o sistema proprietário, porém sou a favor da padronização no modo de carregamento, por exemplo obrigar a Apple a utilizar o conector do USB tipo C, pois se a função é só recarregar e transmitir dados (algo que o padrão USB já faz) por qual motivo espetar um conector proprietário?
Também sou, pois tem outras coisas por trás como questões ecológicas e práticas para os clientes, sem justificativa razoável, já que o “lightning” não oferece vantagens práticas.
E também sou um adepto de software livre e etc, porém não sou um utopista, e não acho que tudo deva ser igual, e também quero as pessoas possam escolher entre modelos, sobretudo que podem oferecer diferenças práticas; fora que não podemos negar que o dinheiro é a maior motivação da inovação tecnológica, algo que acho importante que exista sempre (inovação em busca de melhorias).
É também não sou a favor da abertura de sistemas…deve haver opções de sistemas fechados e outros abertos, o consumidor que escolha o que se adapta melhor a sua realidade.
Já que se fala em UE, é engraçado constatar como a comunidade Xbox está a lidar com o escrutínio feito pela UE ao negócio da Microsoft, como não fica muito bem classificar a UE como estando a ir ao encontro dos interesses da Sony, como se disse da CMA, há que atacar e ridicularizar os argumentos dados pela UE, e temos de tudo, desde o tipico fanboy que não sabe do que fala, ao youtuber mais intelectual e conhecedor como o Virtual Legality, que apesar de ter bom conteúdo, é demasiado tendencioso para o meu gosto.
Já esteve mais longe isto da Microsoft se tornar num flop.
Infelizmente estamos num mundo cheio de fanáticos e pessoas que flexibilizam os próprios princípios e conhecimento adquirido em prol de interesses escusos, tudo muito lamentável!
Verdade juca, o José felizmente não faz parte conheço a sua imparcialidade há mais de 2 décadas.
Verdade Rui, mas aquilo que o Juca disse, assenta-te que nem uma luva!
Colegas, o que falei não foi direcionado a ninguém aqui, é só uma percepção de mundo, de cunho pessoal. Não criemos animosidades desnecessárias. Um bom dia pra todos!
OFF TOPIC:
Não sei se já falaram aqui mas a EA está a fazer uma gestão que me faz lembrar outra empresa…
Comprou a codemasters e agora cancela projectos e IP´s miticas a torto e a direito…
Project Cars infelizmente já era e aparentemente DIRT também..
O fundador da Slightly Mad Studios supostamente já está a contratar ex funcionarios do project cars para novo projecto…
(fonte eurogamer)
Compra-se uma Codemasters e deita-se fora IP´s pelos quais pagaram e têm uma legião de fãs enorme….haja dinheiro.
Essa é que é a maior sacanagem que existe, comprar a concorrência para acabar com os projetos dela.
Simplesmente não tolera que existam opções a seus jogos e usa dinheiro pra acabar com a concorrência.
Até hoje acho uma pena a Sony não ter comprado a Criterion… A EA praticamente comprou toda a concorrência para matar. O que circula é que além de Project Cars, também cancelaram DiRT.
E já haviam “matado” Burnout!
Não acho uma boa abrir.
para opções de “celular aberto” temos o Android.
talvez o argumento de “subsidiamos o console” tenha algum efeito na UE… pq que eu sabia a Apple não subsidia o Iphone.
off:
quem manja ai, a AMD tá usando coerência de cache nas CPUs de servidor igual o PS5?
https://youtu.be/BeBDVQNqV0o?t=300
Já deixei no tempo certo
Mario, olha a parte do determinismo
O consumo fixo e o clock variável
https://youtu.be/BeBDVQNqV0o
Tem tb a parte dos motores de coerência na parte do CXL, no 5:00
Nas novas CPUs de Servidor da AMD
OFF
Após cerca de 6 horas, tive as seguintes impressões iniciais de GOW Ragnarok (sem spoilers)
1) GOW 2018 e GOW Ragnarok foram projetados juntos, com certeza.. o mesmo roteiro separado em 2 jogos, para poder contar a história com a riqueza de detalhes necessária.
2) Graficamente achei um pouco melhor que o GOW 2018. Não se tem o mesmo salto gráfico de Horizon Zero Dawn para Horizon Forbidden West. Achei que foi algo tipo evoluir de Uncharted 2 para Uncharted 3, ou de Batman Arkham Asylum para Batman Arkham City. Sem salto geracional. É a continuação normal de dois jogos projetados para o mesmo hardware (PS4). A versão do PS5 seria como o PC no ultra rodando um jogo de PS4. É sempre importante lembrar que são “apenas” 4 anos separando os dois jogos. Hoje em dia isso é considerado um ciclo relativamente curto.
3) O jogo te deixa muito no hype para o que vai acontecer. É daqueles jogos que se você começar a jogar, pode reservar tempo livre porque você vai querer evoluir na história o mais depressa possível para saber onde isso vai dar. 😂
4) Embora o jogo possua aspectos técnicos que nos remetem ao GOW 2018, a dinâmica do Ragnarok é diferente, porque o primeiro jogo possui uma preocupação maior em nos ambientar para a entrada no Kratos para a mitologia nórdica. Já o Ragnarok não tem esse tipo de compromisso, logo assume outra dinâmica, explorando outros biomas em novos tipos de desafios. Então ao invés de chamar o Ragnarok de DLC, faz mais sentido chamar o GOW 2018 de um “aquecimento” para o GOW Ragnarok.
5) Graficamente falando, acho que um dos grandes diferenciais de GOW 2018 e o Ragnarok é o trabalho artístico que é impecável, sem fazer uso de geração procedural, como é comum em jogos de mundo aberto. Então mesmo não possuindo técnicas avançadas como Ray Tracing, o altíssimo nível do trabalho artístico compensa e muito.
Eu estou a adorar o jogo e concordo com essa perspectiva.
Estou na fase de só querer jogar jogar jogar para ver onde isto nos vai levar! Do melhor que se faz nesta industria e do melhor na arte de contar historias!
O meu livro de arte de GOW chegou ontem e foi direitinho para a minha colecção, Rafa Grasseti é um dos melhores artistas dos nossos dias que já vi.
Quem gosta de jogar, de arte e entretenimento só pode adorar GOW.
Poxa, graficamente estou a me impressionar no nível de detalhes e qualidade visual, não é obviamente uma filmagem, mas está tudo muito lindo! Estou a jogar no prioridade de qualidade imagem e alto fps, logo, presumo 4K@40.
Somos dois, prioridade de qualidade e alto fps!
Também estou impressionado com o nível de detalhes do Ragnarok, mas GOW 2018 já é impressionante visualmente falando. Então o que percebi foi um refinamento natural. Por exemplo, ao olhar de perto, Uncharted 3 possui refinamentos gráficos muito interessantes se comparados com Uncharted 2: a cidade perdida, o incêndio do Chateau, o naufrágio, a queda do avião, etc.. possuem níveis de detalhes que não vimos em Uncharted 2. Mas com certeza é uma evolução natural entre os dois jogos, e não um salto geracional como ocorreu de Uncharted 3 para Uncharted 4.
Horizon Zero Dawn já se trata de um game que tinha mais “margem” para evolução gráfica, mesmo no PS4. As expressões faciais por exemplo evoluíram tremendamente.
Lembro na época, quando a ND falou das melhorias gráficas, dando o exemplo do incêndio de Chateau, onde o fogo estava em um nível muito alto para época. Uncharted 3 é o meu favorito de todos! Sei que a mioria gosta mais do 2 e do 4, mas o 3 está no meu coração, pois foi o primeiro que eu terminei e tecnicamente era impressionante!
O meu favorito ainda é Uncharted 2.
Só que Uncharted 3 possui o momento mais “wow” que tive em toda a IP.. . a queda do avião e a caminhada até a cidade perdida. Aquilo ali foi espetacular, uma experiência singular que tive com essa IP.
Uncharted 2 é o melhor na história, Uncharted 3 é o melhor em qualidade gráfica e que tirou leite de pedra do PS3 (qeria saber o quanto ele conseguiu puxar do CELL)
Um amigo me perguntou por que a versão do PS5 de GOW Ragnarok ocupa menos espaço que a de PS4, e os loadings continuam “demorados” para o PS5 (cerca de 10 segundos).
Eu acredito que a versão de PS5 ocupa menos espaço porque a versão de PS4 deve possuir assets duplicados, algo como o Mark Cerny explicou no Road to PS5.
Como o PS4 faz uso de HDD, a única forma de garantir um tempo de leitura constante é colocar os assets em formato sequencial no HDD. Caso os assets estejam espalhados de forma aleatória no HDD, o tempo de leitura irá oscilar. Como GOW Ragnarok está cheio de “masked loading areas” (ou seja, aquelas paredes em que você demora para atravessar, pois disfarçam um loading), presume-se que o PS4 precisa de um tempo de leitura constante para entregar o novo cenário em tempo.
Como no PS5 isso não é problema, já que o tempo de leitura do SSD é constante independente do local onde os assets estejam armazenados, a Santa Monica deve ter feito um trabalho de eliminar as duplicidades, logo o jogo é menor no PS5.
Então não acredito que seja uma questão de compactação, pois caso fosse, o loading no PS5 deveria ser muito mais rápido do que 10 segundos.
O jogo é de PS4. Isso foi deixado claro naquela entrevista do programador. Na PS5 usa o dualsense o som 3D e maior resolução, fps.
Usar o Kraken implicava uma compactação que não é comum às duas consolas, ou seja, duas versões.
O SSD é por isso tratado como um HDD, apesar de mais lento, mas a descompressão deve ser feita no CPU porque é aí que a PS4 a faz, justificando os tempos.