Apesar de, à partida, a compra parecer cair dentro dos limites do aceitável, a União Europeia ainda não decidiu e quer ouvir terceiros, o que significa que tem dúvidas. Neste artigo vamos tentar perceber quais essas dúvidas, e se poderá ou não haver razão para elas.
A união Europeia deu a conhecer que até dia 5 de Março se irá pronunciar sobre a compra da Zenimax pela Microsoft, autorizando-a ou não. Recorde-se que nestes casos a compra pode ser autorizada, negada, ou autorizada mediante condições, e neste caso tudo parece ainda estar em aberto pois a UE quer ouvir a opinião de terceiros diretamente envolvidos, antes de se pronunciar.
As leis de proteção da UE, das mais rigorosas, e das que mais influenciam a legislação pelo mundo fora, surgem com o intuito de impedir táticas predatórias por parte das grandes corporações, dotadas de maior capacidade financeira.
O objetivo destas leis e regras é garantir que essas empresas não usam o seu poderia económico para prejudicar terceiros, criando assim as condições para conseguirem monopólios na industria em que estão envolvidas.
E é nesse sentido que a compra será analisada, percebendo se tal pode ser uma ameaça a outras empresas, ou não!
Repare-se que a compra de um estúdio por uma grande corporação não é o que está em causa. Aqui o que está em causa é que a Zenimax é uma distribuidora, das poucas existentes, e igualmente e das maiores do mercado, possuindo um total de 8 equipas que produzem alguns dos jogos mais sonantes do mercado e que até hoje sempre foram multi plataforma (Elder Scrools, Doom, Wolfenstein, Fallout, etc).
Daí que não interessa só perceber se a Microsoft com esta compra se coloca ou não numa posição dominante, mas até que ponto a compra pode enfraquecer empresas rivais pela perda destes títulos, o que indiretamente é um benefício para a Microsoft.
Se é certo que a Microsoft está longe de possuir, mesmo com a aquisição, uma quota de mercado que supere os 40%, aproximando-se de uma posição dominante na industria do Gaming, há outras vertentes associadas que é preciso analisar. Repare-se por exemplo que a ideia de que a Microsoft até libera os seus títulos para PC, tentando passar a ideia que este suporte “multi plataforma” vai contra a ideia de monopólio acaba por ser uma falácia. Não só a Microsoft entende a Xbox como uma plataforma que abrange consolas e PC, e como tal o que está em causa é a plataforma e não as máquinas, pois é ela que vai competir com as restantes plataformas do mercado, como tanto Xbox como PC são suportados apenas no sistema operativo Windows, um produto Microsoft, e um sistema operativo que, esse sim, já é dominante na sua área, e que com esta aquisição se torna ainda mais forte ao se tornar uma plataforma ainda mais privilegiada no domínio do Gaming.
E não se confunda o facto de a Microsoft deixar outras lojas vender os seus produtos, como a Steam, como algo que quebra esse monopólio ou domínio. A Steam é apenas uma loja, nada mais. Serve para entregar os produtos ao cliente, mas ela mesma funciona sobre o Windows, pelo que não escapa à questão de possível fortalecimento do monopólio da Microsoft nesta área devido ao Gaming.
É preciso igualmente ver outras questões que não são de análise tão direta. É que, como já referido, esta compra não só fortalece os estúdios internos da Microsoft, como rouba valor às outras plataformas que perdem esses títulos tão populares da Zenimax. A grande questão é que há outras consequências que essa primeira análise não revela, nomeadamente o facto que esses jogos populares que os terceiros deixam de ter, irão ser colocados no Gamepass ao preço da “uva mijona”, criando assim uma concorrência gigante num modelo de negócio que soa a insustentável com a qualidade atual dos jogos.
Basicamente o fortalecimento com um conjunto de equipas destas, não só cria as condições para que a Microsoft possa despejar títulos em quantidade a preços baixos no mercado, criando sérios problemas à concorrência que, sem o mesmo arcaboiço financeiro não consegue acompanhar, podendo assim perder mercado, como simultaneamente enfraquece a oferta da concorrência.
Esta é uma situação que pode ter consequências sérias na industria, especialmente pelo acumular das duas situações, e que como tal requer a devida análise e ponderação por parte da UE, até porque a decisão que tomar, seja ela qual for, abre uma jurisprudência, não se podendo depois de impedir que terceiros façam igual. E dessa forma os poucos distribuidores independentes podem acabar por ser todos absorvidos por Microsoft, Sony e Nintendo, sem que se possa fazer qualquer coisa sob pena de criação de desigualdades concorrenciais, destruindo o mercado independente e multi plataforma e fortalecendo um pequeno oligopólio que já existe. Afinal, como referido, estes distribuidores independentes com peso no mercado não são assim tantos como isso.
Estas situações não podem passar em claro, assim como não pode passar em claro a perceção do mercado a esta compra, pelo que tudo deverá ser devidamente ponderado e analisado, pensando-se devidamente na decisão a tomar e/ou nas restrições a colocar à compra. Repare-se que este assunto da já foi abordado pela PCGamer, pela GeekWire, e muitos mais, pelo que o receio da comunidade existe. Aliás o passado da Microsoft não abona a seu favor, e nesse sentido até há threads em foruns de gaming com o título “Qual o empresa que a Microsoft adquirirá a seguir?”, onde se especula tudo, e o argumento que a Microsoft tem dinheiro e o pode esbanjar para anular a concorrência é das coisas mais abordadas.
Nesse sentido, compreendem-se as dúvidas que possam estar a existir na UE, bem como o ouvir de terceiros. Acima de tudo, seja qual for a decisão tomada, o que se espera é que ela tenha sido devidamente ponderada e analisada, pois uma má decisão por ter implicações futuras no mercado dos videojogos.
Então o que acontece caso a UE não aprove o negócio?
A Microsoft avança na mesma só que não pode vender os jogos fruto dessa compra em território europeu?
Pessoalmente sou contra isto por dois motivos, um deles é que esta compra surge da necessidade de se igualar à concorrência devido a anos e anos de falta de estratégia e planeamento, portanto toca a puxar do livro de cheques, algo que a mim não me soa bem, não é digno de admiração, de competência.
O outro motivo é que a Microsoft já tem um certo historial de encerrar estúdios e/ou diminui–los criativamente o que leva ao eventual encerramento dos mesmos, o que me leva a crer que a Bethesda venha a ter destino semelhante porque não só a Bethesda não tem andado na sua melhor forma, como a sua compra tem o intuito de fortalecer o gamepass, modelo que não combina muito com AAA.
A UE aprovar o negócio é quase uma certeza… O que pode acontecer é impor condições! Quais exatamente não me atrevo a dizer, mas passaria certamente por impedir a exclusividade dos títulos.
E o mais certo seria outros países, incluindo os EUA seguirem a mesma regra, pois se a UE colocar restrições, Sony e Nintendo ganham um argumento para atuarem noutros paises.
Certamente sem certeza não é certamente ? É talvez.
Das definições de certamente:
– muito possivelmente, com grande probabilidade.
Não vejo muita probabilidade disso. E se você vê queria saber o porque dessa alta probabilidade. Regulação de bloco econômico mandando com quem empresa privada pode ou não prover seus produtos.
“Você é obrigado a continuar vendendo pra ele “.
Estava em dúvida até uns dias para trás. Mas fui convencido, de que Ms comprou Zenimax para ampliar seu catalogo first party dentro do seu serviço, a longo prazo vai lucrar mais assim. É o movimento que aparenta.
Lê o que foi escrito… É só o que posso dizer…
Hoje eu discordo dessa opinião de que Gamepass não combina com AAA. Lendo os artigos realmente a conta não fecha. Mas quando a Microsoft flexibilizou a questão dos exclusivos (Cuphead) eu vi que o importante é estar no Day One no Gamepass, depois vem Ps Store, Steam, Stadia, Epic, Nitendo…
Seguindo o raciocínio sonysta a X-Box vende pouco, o gamepass tem poucos inscritos / adesão, então não há prejuízo dos jogos estarem lá. O importante é não serem exclusivos e depois serem vendidos por preço cheio nas outras lojas digitais. Assim, pelo menos para mim, essa de que o modelo não combina com jogos AAA cai por terra.
Ennio… O que dizes é certo,. mas sob uma perspectiva errada.
A Xbox tem um mercado de aproximadamente 50 milhões de consolas… O gamepass tem supostamente 18 milhões de assinantes.
Mas recordo que é prática corrente a partilha de contas na Xbox, pelo que uma assinatura do Gamepass pode ser partilhada entre amigos que registem as suas consolas como sendo da mesma casa, pelo que apesar de ter 18 milhões de assinantes pagantes, não podemos afirmar que apenas 18 milhões de consolas tirem partido dele.
Para além do mais, 18 milhões de assinantes é exactamente o que?
Se eu assinar um mês e no mês seguinte em que eu já não assino contabilizarem, eu estou lá? Ou 18 milhões são os activos em simultâneo?
Porque sem se clarificar isso, podemos estar perante a quase totalidade do mercado Xbox a assinar, apenas não a assinar em simultâneo, mas apenas para irem buscar os jogos que querem jogar no período em que eles duram.
Mas o problema do Gamepass não pode ser visto assim. Tem de ser visto como a ameaça que ele é! Porque teoricamente, tenha 18 ou 25 milhões de assinantes, ele tem o potencial de alcançar os 50. E tem o potencial de ir buscar mercado a outras consolas.
Basicamente tem o potencial de destruir o mercado actual retirando as receitas aos criadores.
Se lanças um jogo num mercado de 50 milhões de potenciais compradores e ele vende 5 milhões de cópias em 4 meses, ele rende-te 350 milhões. Mas se esse jogo se acabar em um mês, no gamepass, se meteres os 50 milhões a pagar 10 euros para jogar e acabar o jogo, a receita é de 500 milhões… Mas 500 milhões a dividir por todos os jogos jogados nesse mês. Se consideressassemos que em média 25 milhões de pessoas, metade da população Xbox jogava apenas isso, seriam 250 milhões de receita, ou seja 100 milhões a menos.
Agora como vários jogos são lançados por mês, se houver vários de interesse, a coisa decai ainda mais.
A economia do Gamepass é muito complexa… É muito dificil dizer como a fazer render. O que é certo é que todas as contas simplistas iniciais mostram que o serviço, aparentemente, só pode ser mantido com financiamento, e que não consegue manter jogos AAA, sendo no entanto muito vantajoso para os indies. Mas o certo é que ele é uma ameaça ao mercado AAA pois podendo jogar um jogo por 10 euros, porque se pagar 70?
Para a coisa ser clara, a Microsoft precisava de ser clara nos números… E referir lucros… não receitas, mas lucros… E não da empresa como um todo, mas das partes. Tal e qual a Sony faz!
Continuo não vendo assim. Pois estou praticamente excluindo o número de jogadores X-Box. O importante seria a base da Steam e da Sony, vendendo bem lá, pronto, problema resolvido. Para os poucos jogadores de X-box, o gamepass viria a ser apenas um mimo.
Ennio, é muito complicado… Num exemplo:
Se tens restaurantes que facturam largos milhões por mês, outros tem problemas em manter-se abertos.
Ora se eu abrir uma cadeia que vai buscar comida a todos os restaurantes e vendo as refeições baratas, naturalmente que os pequenos restaurantes ganham projecção e podem fazer dinheiro. Já os grandes é mais complicado e ninguem vai pagar 70 euros por uma refeição se pode comer o mesmo a 10…
A consequência é que a comida mais elaborada desses restaurantes mais caros pode sofrer.
Este receio não é meu! Já várias empresas ligadas à área, e várias pessoas da industria o manifestaram! É um modelo de negócio complexo, que não se sabe bem que consequências tem, se é verdadeiramente rentável, ou quando será rentável. O que se sabe é que ele coloca em risco o modelo atual nos produtos de topo… e que uma vez este destruído, não há volta a dar!
Então você acredita que com o tempo as pessoas irão migrar para o gamepass para “comer” a 10??
Ennio… As pessoas compram o shampoo da televisão e acham-no melhor por ser mais caro, quando o mais caro se deve a ter de pagar a publicidade da televisão.
Basicamente as pessoas são atraidas pelo Marketing, e neste caso o Marketing mexe mesmo com os preços… É um buffet de tudo o que possas comer, a baixo preço. E naturalmente que as pessoas vão aderir.
Eventualmente as pessoas irão acabar por perceber que caso o modelo se expanda e a concorrência apareça ou vão ter de pagar vários serviços, gastando mais do que gastavam antes a comprar jogos, ou vão perder títulos que antes escolhiam livremente. E perceberão que criaram um vicio no mercado do qual não se podem agora livrar.
Isso já aconteceu com as Micro transações, o pay2win, e o pay2play, e muito mais…
Mas sim, as pessoas vão aderir… Quando os colegas de trabalho falarem que compraram um jogo a 70 euros, e o outro disser que está a jogar esse e outro por 10, as pessoas vão aderir. Sem pensarem que isso é insustentável, que está a ser financiado, e que estão a destruir os videojogos.
E é por esse motivo que escrevo e alerto!
Certo só queria a parte do: “Mas sim, as pessoas vão aderir…”. Entendo vamos assistir: exclusivos vs gamepass, essa geração vai ser interessante. Até o momento estou com a Sony, até cancelei a minha assinatura do Gamepass, não por achar o serviço ruim, é questão de gestão de tempo mesmo. Acabo que tem jogos demais, muitos jogos bons que eu já tenho, então resolvi economizar esse dinheiro.
Microsoft já sugeriu, meses atrás, que gamepass dá prejuízo! Greenberg falou claramente isso e que no futuro esperam o lucro.
Mas entendo a preocupação de vocês. É a de a Microsoft estar certa, e o modelo ser copiado. Ai sim, saberíamos de fato se é o fim da industria. Mas também não vejo assim, poucos tem a $$ para bancar esse serviço nesse momento, vai ficar só a Microsoft mesmo. Só quando o streaming for uma realidade geral é que esse modelo seria cogitado por todas as empresas.
Ao meu ver, a compra da bethesda tem a ver com o motor gráfico de Doom, que é o mais escalável da indústria e encaixa perfeitamente na proposta da MS de Pc e Xbox.
Sim, é um motor excelente que mete inveja a qualquer um!
No mais, eu concordo que não seria interessante essa compra. Frear a Microsoft em aquisições seria o certo a fazer. Ela é uma empresa que rebaixa qualidade onde coloca a mão e tem histórico de abandonar ramos do dia pra noite.
Isso meu amigo… é o mundo dos negócios… Pode acontecer… agora o que não pode acontecer é tirar-se valor a terceiros, apenas porque se tem o arcaboiço financeiro para isso. E é nessa perspectiva que se analisa se esta compra pode ser enquadrada aí ou não.
O que me parece é que dada a complexidade da situação e as muitas facetas da mesma que exponho no artigo, a UE quer ouvir terceiros para poder decidir em consciência, e sem prejudicar nem a Microsoft, nem terceiros.
Mario, no documento oficial da UE ( https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=uriserv%3AOJ.C_.2021.040.01.0021.01.ENG&toc=OJ%3AC%3A2021%3A040%3ATOC ) mostra que a Microsoft criou uma nova divisao que se chama Vault, e esta sera fusionada na e com a ZeniMax, o que fara com que esta seja uma marca a parte, e nao uma parte da divisao Xbox
Assim em vez da xbox, normalmente podera ser a Vault a casa mae dos estudios Bethesda Softworks, Bethesda Game Studios, id Software, ZeniMax Online Studios, Arkane, MachineGames, Tango Gameworks, Alpha Dog e Roundhouse Studios, ZeniMax Media
Tudo isto podera ser apenas uma maneira de a compra ser melhor aceite pela UE, mas tambem podera ser que com isto os jogos lançados por estes estudios possam sair nas outras plataformas como acontece actualmente e nao serem “obrigados” a entrar no gamepass
Eu sei disso… A ideia é mesmo contornar os problemas que a UE possa causar. Mas a UE não nasceu ontem, e sabe que a Vault tal como apareceu, pode desaparecer, e uma vez as empresas pertença da Microsoft, já nada há a fazer.
Daí a análise que está a ser feita… e eventuais restrições que possam impor, se é que vão entender existir algumas!
Eu só espero que, saia daí o que sair, o mercado não venha a ser afectado… porque prezo-o demais, e a Microsoft é uma empresa predadora desde sempre!
Eu sem esperar nada, vou ficar optimista quanto a esta compra, pois talvez a Vault possa desaparecer assim tao rapido como apareceu, mas talvez tambem seja a maneira da xbox aumentar o seu mercado e vender jogos para as outras plataformas, pois vamos ser sinceros, mesmo se alguns dos jogos destes estudios possam vender consolas, nunca fera ganhar tanto se estes continuarem a sair nas outras plataformas, e acredito que a Microsoft possa ver as coisas nesse sentido, e sendo assim nada os proíbe de sair os jogos que quiser so na xbox, ou mesmo exclusivos temporariamente, mas bom, esperar para ver, pois com à Microsoft nunca se sabe
Sinceramente acredito que a UE aprova a compra. Não vejo porque não o fazer! Mas, caso entenda necessário, poderá impor que a Vault não seja desmantelada por X anos, e que opere livremente da Xbox.
Tambem nao acredito que a UE va bloquear a compra pois no fundo tudo e uma questao de $€, mas isso era uma muito boa ideia, ao menos era bom para todos, mas tambem nada impede a xbox, visto que seriam 2 empresas diferentes de “comprar” certas licenças para serem exclusivas
Eu gostaria de entender de economia para poder entender a proposta da MS com o gamepass, de todas as possíveis explicações que consigo imaginar não há uma que
que se sustente sem uma perda considerável de dinheiro ( não entro no mérito de o jogador ver o gamepass como atraente).
Há algum um tempo vi uma entrevista do Bill Gates e ele se dizia inconformado de não terem dado atenção a Apple e ao android e como consequência ficaram fora do mercado mobile, pode ser que para eles o mercado de videogames virou um jogo de póquer em que eles farão de tudo para ganhar.
também tenho essa impressão, eles viram que “o futuro vai ser streaming e todo mundo jogando 5G no celular” e entraram a toda nesse barco.
só que a ideia não foi provada já pelo mercado, igual foi quando a MS entrou no ramo de smartphones.
minha opinião é que a MS iria fechar o xbox lá em 2013, o phill não sabia o que fazer… não sabia se esse plano do xcloud/serviço daria certo, mas apresentou essa ideia pq “na pior o xbox sobrevive até 2028”
O Nadella embarcou pq esse plano parecia ter sido feito com o aprendizado do WP “não vamos esperar a concorrencia testar e validar o mercado para entrar”
Dentro da MS estava tudo otimo com esse plano, o Phill garantiu o emprego até sei lá… 2028 junto com a existência do xbox.
Para os engravatados da MS, tb daria certo pq para eles do mesmo jeito que musica e filme virou streaming, jogos tb vão virar…
acho engraçado que a Sony, lider no mercado de video games, com serviço de streaming já estabelecido, com grande atuação no mercado de Filmes e Músicas, onde comçou o streaming, não aposta na PS Now como a MS… quem tem mais conhecimento dessa area não da foco nela, mas a MS que nem Jogo consegue fazer, ahhhh essa sim “dita a tendência”
Eles tão perdendo bastante dinheiro na empreitada.
Isso é investimento pro futuro pra conseguirem aderir mais assinantes e assim tornando o negócio mais viável.
Na verdade vc ficaria surpreso ao saber a quantidade de empresas hoje em dia que tem modelo de negócios não sustentáveis mas que a proposta é promissora.
Exemplo disso é Uber que todo ano está perdendo dinheiro as vezes até mesmo no negativo pra competir com Lyft.
Até mesmo a Amazon uma empresa que vale mais de 1 trilhão com muito esforço consegue ganhar poucos bilhões por mês.
Não entende porque está lendo “falácias” a todo momento sobre a proposta do serviço Game Pass. Na verdade, é um modelo que permite uma arrecadação ainda maior que o modelo tradicional, receitas contínuas, melhor planejamento na produção de jogos, e risco menor.
Caro amigo… O que diz é tão falácia como aquilo contra o que argumenta, pois na realidade o que refere é apenas metade do cenário.
Mais receita? Sim! Mas mais lucro? Ninguém consegue responder a isso, a Microsoft esconde os dados. Mas não há muito tempo foi admitido que o Gamepass não dava lucro.
Receitas contínuas? Sim! Mas para quem? O que interessa não é encher os bolsos de uma empresa, mas sim alimentar e manter uma indústria. É a indústria que nos preocupa, não as receitas de nenhuma empresa em particular.
Melhor planeamento da produção de jogos? Talvez! Mas que jogos? Que jogos AAA a Microsoft lançou e poderia ter planeado que não sejam os três tradicionais IPs, Halo, Gears e Forza? E certamente não para terceiros, pois se esses tem um jogo AAA para lançar certamente vão temer lançamentos simultâneos de jogos Microsoft ao preço da “uva mijona” no Gamepass.
Risco menor? Aqui é que a porca torce o rabo. Se o risco menor advém de produzir jogos AA em vez de AAA, então sim. Mas e as thirds? E o risco que este serviço coloca ao mercado clássico que as sustenta a elas e a milhares de empresas quer de produção como de distribuição e venda de videojogos? E o risco colocado na sustentação de jogos AAA e manutenção da qualidade do que existe atualmente?
E o risco de o mercado se fragmentar completamente com vários serviços concorrentes cada um a manter exclusividades e a obrigar ao pagamento de várias mensalidades?
Pensou nisso tudo, ou comeu a descrição de falácia num argumento pré pensado por alguém que ignorou tudo isto para fazer valer uma posição de interesse?
Assinaturas também são receitas e coexistem com o modelo tradicional de vendas; e uma opção não exclui a outra. As receitas abastecem os estúdios também, independente se originadas de serviços ou de vendas.
No modelo tradicional você compra dois, três, cinco, dez ou mais jogos pra jogar ao mesmo tempo? Nos serviços é a mesma coisa, pode assinar um ou dois, a depender do seu perfil e consumo. Não precisa assinar todos ao mesmo tempo.
“Jogos AA em vez de AAA”, até o responsável pelo blog replica falácias; aí é complicado, vai atrair muitos fanboys pra este local agindo assim.
Halo Infinite, Forza Motorsport, Avowed, Everwild, Fable, Perfect Dark, State of Decay 3, Hellblade 2, Project Mara, Starfield, The Elder Scrolls VI, Indiana Jones, Age of Empires IV, Gears 6, Forza Horizon 5, Psychonauts 2, RPG AAA InXile, AA Compulsion Games, jogos de estúdios parceiros, como The Medium, Stalker 2, Crossfire X, The Ascent, Scorn, etc.; tudo no Game Pass desde o primeiro dia para os primeiros anos da nova geração… Estarei bem servido de “jogos AA em vez de AAA”, num console (Series X/S) que me entregará muito mais do que apenas meia dúzia de exclusivos numa geração toda (PS5). Este eu posso pegar em meio ou final de geração, quando esses jogos estarão até mais baratos, mas não como opção principal de jogos. Melhor estratégia.
E lamento que use os termos AA e AAA de forma predatória e, mais uma vez, falaciosa, como se eles fossem sinônimo de qualidade em jogos; ainda mais nas circunstâncias atuais, em que estúdios estão dividindo equipes internamente pra trabalhar em mais de um projeto e de forma mais eficiente possível; ou seja, a tendência é que com os recursos financeiros utilizados há uma década atrás seja possível criar hoje jogos ainda melhores, proporcionalmente, em decorrência da evolução tecnológica e da eficiência.
Claro que os termos AA e AAA não são sinónimos de qualidade. Um Blockbuster também não é sinônimo de qualidade, como nada é sinónimo de qualidade.
A questão é que quando se fala de AA e de AAA o expectável é que a qualidade do AAA bata o AA pois o investimento é superior. Da mesma forma que quando se fala de um Blockbuster se espera que ele seja um sucesso de bilheteria.
Se depois alcança o pretendido ou não é outra história, mas isso é como ter a Renault e a Mercedes a construir um carro. A marca não é forçosamente sinônimo de qualidade, mas o espectável é que o Mercedes seja melhor, assim como um AAA será à partida sempre superior a um AA.
Daí que falacioso é tentar subverter a realidade das coisas e tentar passar a ideia que um AA será igual a um AAA, quando em 90% dos casos isso não acontece, e quando acontece é em projectos AA de maior investimento e AAA falhados.
Lamento discordar, Mário, mas vejo bastante jogos AAAs (bem mais do que a Sony está produzindo com seus estúdios first-party) sendo produzidos dentro do Xbox Game Studios, e não serão as falácias jogadas ao vento que mudarão essa realidade.
Como disse, e repito, as receitas contínuas e o potencial maior recurso a ser arrecadado (é importante colocar “potencial” pois estamos falando de um serviço recém criado, que está em expansão ainda, e cujo ecossistema Xbox ainda está em formação, com o xCloud em fase de testes…), o melhor planejamento no desenvolvimento e jogos e o consequente menor risco envolvido permitirá aos estúdios da Microsoft (XGS + Bethesda Studios) entrar num ciclo de lançamentos positivo e contínuo, e cujos resultados começarão a aparecer com força a partir de 2022.
É importante colocar também que esses estúdios estão desenvolvendo jogos de todos os tipos, para gostos diversos, sejam eles AAAs ou AAs, sejam eles singleplayers ou multiplayers. E como consumidor eu vejo isso de forma positiva, pois sou eclético e gosto de jogar jogos variados.
Caro Amigo… AAA é uma designação dada a jogos onde todos os padrões de produção e qualidade são elevados. Isso não define a qualidade do jogo, mas define os padrões de qualidade e de produção.
Um jogo AAA é um jogo que se espera ter elevados padrões em todos os aspectos.
Um jogo AA é um jogo que tenta alcançar padrões de qualidade elevados, mas com um investimento inferior, o que há partida lhe condiciona os padrões de qualidade que pode alcançar. Nada impede um jogo AA de ser tão bom ou melhor do que um AAA. Até um Indie o pode fazer, mas no entanto isso é a excepção e não a regra.
E desculpe não alterar uma definição criada pela indústria para tentar agradar a uma agenda que possa ter ou algum tipo de imagem que queira passar.
Quanto às minha suposta falácia fico a aguardar a sua lista de jogos em produção pela Microsoft e pela Sony, dado que afirma saber o que ambas as empresas produzem e que a Microsoft tem muitos mais.
E não inclua jogos da Zenimax pois a empresa ainda não foi adquirida, não se sabe se os seus jogos serão exclusivos e não foram produzidos sob alçada da Microsoft ou com orçamentos aprovados pela mesma.
Ficamos então todos a aguardar…
PS: Quanto ao potencial do Gamepass estamos de acordo. O Netflix dá prejuízo ano após ano, mas tem potencial.
Além do que foi dito pelo Mário, tem uma diferença importante.
A Microsoft mostrou o planejamento de médio e longo prazo, com parte dos jogos em estágio inicial de desenvolvimento. É só averiguar quantos trailers foram terceirizados com a Blur Studios. A Microsoft na maior parte dos casos basicamente te contou que está fazendo o jogo, mas sem mostrar nada dele além de um vídeo promocional.
O que foi mostrado pela Sony foi o planejamento de curto e médio prazo. Viste um trailer de Horizon Forbidden West in-engine, mostrando variações de inimigos, cenários, explorações. Isso mostra claramente um jogo em estágio relativamente avançado de desenvolvimento. Ratchet and Clank e Gran Turismo 7 possuem gameplay. Returnal e Kena estão para sair. Mesmo Project Athia mostrou trechos de gameplay, mostrando que existem etapas já concluídas.
Quais são os jogos da Sony para longo prazo? Não sabemos exactamente.
E de qualquer forma, o que conta no final não é quantidade, mas sim qualidade. Creio que todos aqui somos adultos com responsabilidades no dia-a-dia e tempo limitado para jogar. Diante de limitações, priorizações são necessárias, e cada um vai buscar algo de qualidade que lhe agrade.
Netflix pode ter mais títulos. Se os que são do seu agrado em qualidade estão no Prime Video com menos títulos, não é a quantidade que te fará escolher Netflix.
O GP certamente terá grandes AAA, porque ao contrário do que foi a geração passada (de relativamente pouco suporte em jogos), essa é a aposta principal da MS. O serviço precisa passar por uma percepção de qualidade do público e da crítica. Isso porque, quando a MS mudou as regras do jogo e decidiu lançar seus jogos day one, o foco passou a ser nas suas próprias produções. Entretanto, ultimamente os jogos não tem tido o nível que se espera dos jogos first party dela, o que deixou a ideia de que “na MS os jogos são mais baratos, mas não terei jogos tão bons” e que “ali (Playstation/Nintendo), eu pago caro, mas os jogos valem o que custam”. Por causa dessa percepção, a Sony já adotou a precificação de US$70 e ninguém reclamou, ao passo que a Ubisoft enfrenta resistência para fazer o mesmo.
Dito isso, a única maneira de a MS reverter essa percepção é lançando ela própria vários jogos de quilate triple A, de preferência com IPs novas. E se tem uma empresa com dinheiro suficiente para fazer isso é a MS, pelo que me parece o curso de ação que tomarão, considerando a aquisição da ZeniMax e do investimento em estúdios.
Com a MS tem muito desse “agora vai mudar”.
Não tem muito do “aqui está”
O problema que os fãs da marca já parecem felizes assim, esperando a “segunda volta de Cristo”
É claro que a MS precisa se consolidar e provar que sabe fazer jogos bons, não disse o contrário. Só que agora ela tem a faca e o queijo na mão, além de ter a necessidade para isso, se pretende apostar no GP. Quantidade e variedade, já mostrou que terá, neste ano já superou Sony e Nintendo. Agora falta a qualidade.
Finn… Tu não consegues facilmente lançar jogos AAA e colocar os mesmos a dar lucro apenas com o Gamepass.
Imagina 4 jogos num ano… Cada um a custar 75 milhões.
Se cada jogo vendido a 70 euros vender 5 milhões, cada um arrecada uma receita de 350 milhões, pagando-se e pagando o desenvolvimento de outros jogos.
Ora num mercado nem todos os jogadores são igualmente activos. Há quem gaste muito dinheiro e quem não gaste nada e acabe uma geração com 2 jogos na consola.
Teoricamente podes obter esta receita com apenas 5 milhões de clientes, bastando que cada um deles compre os 4 jogos. São as chamadas baleias.
Ora com o Gamepass, os primeiros a irem são exactamente os que mais tem a ganhar… E quem tem mais a ganhar são os que gastam mais pois são os que poupam mais. Se estou a gastar 280 euros por ano para 4 jogos, pagar 120 por anos por 200 jogos é bem melhor…
Logo tens aqui quebra de receita para menos de etade, apesar de um fluxo mais constante de entrada fixa.
Se depois conseguires ir buscar mais pessoas das que gastam pouco pelo atractivo do preço, podes receber mais… Mas 5 milhões de pessoas extra (o dobro) ainda não cobririam a perda daqueles 5 milhões de baleias.
Ou seja, para garantires lucros o número de assinantes tem de ser enorme… E aqui só conto com o igualar as receitas daqueles 4 jogos e não com a despesa de se manter no serviço pelo menos mais 200 jogos.
É uma economia muito, muito complexa, e acima de tudo demasiadamente incerta. O Gamepass tem neste momento os assinantes que tem porque há uma pandemia. O próprio netflix também ganhou imensos assinantes. Mas e quando isto passar? As pessoas vão voltar a ter rotinas e menos tempo, pelo que as assinaturas vão quebrar, ou pelo menos deixar de ser a tempo inteiro.
Naturalmente que eu estou a ver por uma perspectiva negativa e tu por uma positiva, mas a minha ideia não é que tu aceites a minha perspectiva, mas apenas mostrar que a economia de um Gamepass é extremamente complexa, volátil e acima de tudo perigosa. E que as análises simplistas que vocês aqui colocam são erradas.
A única coisa que joga a favor do GP é conjuntural. O COVID criou uma crise enorme… e muitas pessoas foram afetadas, com muita perda de emprego! Naturalmente que isso vai afastar as pessoas completamente das despesas supérfluas, e para quem tem uma consola, um Gamepass é mais atrativo que 70 euros…
A questão é que uma mensalidade é bem mais perigosa para a economia das famílias do que as despesas fixas, e sobre isso há incontáveis estudos que mostram como devido a elas as famílias se endividam e atingem pontos de rotura.
Sobre o Covid, vai ter um contra fluxo nisso… Aposto para vc que depois de passar a pandemia esses serviços de assinatura vao cair para números inferiores que pre pandemia.
Todo mundo vai ficar “louco” para sair de casa, e o cara vai preferir gastar 30 reais a mais em um dia no bar que assinar um mês inteiro de Netflix.
Inclusive se eu fosse qualquer empresa que teve boom de aumento por causa da pandemia, já estaria me preparando para o contra fluxo.
A minha representação simplista foi só para provar que o GP pode gerar muito mais receita e tem potencial maior e que o atual modelo, não pretendi abordar a conjuntura completa. Realmente é uma economia muito complexa para se fazer melhores especulações, para bem ou para mal. Podes dizer que tens incerteza quanto a viabilidade e lucratividade do negócio, mas pelo mesmo motivo não podes provar que não é lucrativo ou viável.
Sobre o crescimento, me parece bastante sólido, de quase 1 milhão de usuários por mês. Não me surpreenderia se conseguir chegar ao final da geração com 100 milhões de usuários.
Sobre a frase inicial “tu não consegues lançar jogos AAA e colocar os mesmos a dar lucros apenas com GP”, eu não discordo. Na realidade, se leste o que eu disse antes, sabes que eu não defendo e nem acredito num sistema de assinatura que se pretenda completo e autônomo, descartando totalmente o modelo de vendas.
Hahahahah
Vemos bem isso, do esse ano chefe da i343, teh coalition e intiative saíram fora.
Claro, o Halo Infinite realmente indica falácias
Aposto que o sujeito viu alguém falar em falácia, tipo vender 100% da base, e resolveu copiar o vocabulário.
Eu particularmente acho a fragmentação de serviços excelente, quanto mais opções e concorrência, melhor, isso faz com que os preços abaixem, as empresas invistam mais em conteúdo e melhorias e o consumidor se beneficie no final do dia. Por exemplo, seria péssimo ter todos os filmes da Disney na Netflix, mas nenhum The Mandalorian e Wanda Vision.
Rodrigo, parece que entendeste o GP, me explique então como e viável financeiramente!
Quando olhamos para o mercado hoje, é normal pensar que o que está posto e funciona no momento está garantido e quem inova com serviços de assinatura é quem está assumindo muitos riscos. Só que na visão da MS (e minha) é precisamente o oposto. Esse modelo está em franca decadência, tem menos lucro que o PC e muito (muito mesmo) menos que smartphones, então algo não vai bem e as coisas ainda tendem a piorar – com o aumento do custo para se fazer jogos e do aumento do preço da nova geração em geral, leia-se consoles e jogos – a menos que haja uma mágica ascenção desse mercado de quase 50 anos (que nunca ocorreu na história, só piorou da geração do 360/Wii/PS3 para cá), que as pessoas consumam mais dessa indústria e que seu poder aquisitivo aumente proporcionalmente aos aumentos. Somado a isso, tem-se a questão tecnológica e a substituição de modelos, é só olhar todos os outros exemplos da indústria do entretenimento, televisão, música e filmes foram tomados por serviços de assinatura e é impensável voltar atrás.
Quanto ao lucro do GP, eu não tenho noção de como mensurar e seria difícil até especular, mas uma coisa é certa: o GP gera muito mais receita que o modelo atual.
Para provar, o PS4 teve 10 jogos por console vendido em 7 anos (e sabe-se que a venda de consoles é muito pouco lucrativa, quando não dá prejuízo), cada um vendido a 60 dólares (sendo bastante generoso, porque a média deve ficar muito aquém), temos 600 dólares/7 = 85,7 dólares gastos por consumidor por ano. Agora, o Game Pass a preço cheio custa 120 dólares por ano.
Isso considerando apenas o GP, mas também há um fator fundamental que todo crítico cego do GP insiste em ignorar: os jogos first da MS e todos os third party que lá estão são vendidos normalmente no mínimo no console e no PC. Por exemplo, Sea of Thieves vendeu no Xbox e vendeu muito bem no PC, o mesmo com Halo MCC, Grounded, Gears, Forza e certamente acontecerá o mesmo com Halo Infinite, novo Forza, Fable, Hellblade 2, etc. E esse é um aspecto que não existe nos outros serviços de assinatura, como Netflix e Spotify, porque eles se pretendem completos e sequer vendem os filmes e músicas por fora da assinatura.
É por isso que eu acredito que a Sony apostou em uma fórmula de sucesso no passado que não se sabe até quando se sustentará num mercado que tende a transformações e a MS tem um caminho que embora não seja certo, é sólido e está sendo construído desde 2017.
Na ótica do jogador, acredito que não preciso explicar como é um serviço maravilhoso e muito vantajoso.
Aproveitando o textão, é por isso que a filosofia da MS me interessa muito mais que a da Sony. Uma aposta em inovação, inclusão, acessibilidade e serviços e outra aposta no oposto, no caminho elitista, na privação dos consumidores, na exclusividade e na tradição.
Finn… estás a analisar as coisas de uma forma muito pouco independente.
Deixa-me começar pelo fim:
A Microsoft só vende jogos fora do serviço… porque nem todos os clientes aderiram ao serviço… Mas a realidade é que os dois mercados são incompatíveis! Se adquires um cliente para um lado, ele deixa de consumir do outro, e esse é o problema! Pouco ou nenhum interesse tens em comprar um jogo quando o tens de borla, e apesar que ainda há muito cliente que os compra mesmo estando no serviço, essa tendência tende a terminar pois rapidamente as pessoas se vão aperceber que com o grande fluxo de novos jogos, não há tempo para re-jogar antigos e como tal não justifica adquirir.
É por isso um modelo que é perigoso. De momento gera mais receita, mas lá está… que argumento é esse da receita sem se saber os lucros? A Tesla gera enorme receita… sobe na bolsa como uma louca… mas dá prejuizo! O netflix tem enormes receitas… mas dá prejuizo!
E esse tipo de coisas só são mantidas com investimento e especulação na bolsa… mas um dia acabam, porque sem lucros não há negócio que resista!
E convêm não esquecer que o gamepass terá o mesmo destino do Netflix, com a concorrência a apertar. A Disney neste momento está a gerar mais séries de interesse que o Netflix e tal vai obrigar a uma de duas coisas:
– Uma escolha
– O dobro dos gastos
Não vejo aqui nada de bom…
Mas agora indo ao início da tua mensagem, ela parte de uma premissa totalmente errada. Eis as receitas geradas por segmento gaming em 2020:
O sector que gerou mais receitas foram os smartphones, com 40% da receita gerada, logo seguido pelas consolas com 28%, e só depois aparece o PC com 21%.
Ora apesar destes valores, a coisa não representa a situação real, pois a realidade engloba dados não presentes naquele gráfico.
E que dados são esses?
Bem, um que a Microsoft refere… que há 2.7 mil milhões de gamers no mundo!
Pois há! O que não há é nas consolas, que são cerca de 200 milhões…
E ver 200 milhões a gerar uma receita de 28% de um mercado de 2,7 mil milhões de gamers, onde a maior parte está nos smartphones, logo seguida dos PCs, com as consolas a serem um pequeno nicho de mercado, eu diria que as suas receitas são assombrosas, e o mercado mais lucrativo.
Um mercado que a Microsoft quer nivelar por baixo ao o tratar como os restantes.
Basicamente a Microsoft está tão cega com a ideia de conseguir receitas vindas de todo o mercado que nem dá real valor ao que tem… Afinal desses 28% num mercado tão pequeno, a Microsoft tem uma grande fatia, e o que está a arranjar com tudo isto é a possibilidade de a perder.
Mário, o meu ponto e a premissa inicial não é a de que o mercado está decadente, pode até ser que não esteja em termos de receita e o ano passado tenha sido bom, com a pandemia, que aumentou o consumo, e o lançamento de novos consoles, estando os anteriores no máximo histórico de base instalada. Mas o meu ponto é que o PC e Smartphones estão muito melhor posicionados, tem maior potencial e também que os consoles (que nunca na história ultrapassaram a marca juntos de 300 milhões de unidades vendidas, o que é mais ou menos 11% dessa fatia de 2,7 mil milhões de gamers) nunca irão ser acessíveis para a maior parte das pessoas se não for por algo como o GP, porque é um modelo elitista e muito custoso para a quase totalidade da popuação mundial. Qualquer dia irei optar por um modelo que pretende tornar mais jogos acessíveis para mais pessoas.
Tens dois raciocínios na minha visão equivocados.
O primeiro é considerar o GP um serviço de streaming, o que não é. E está bem claro que a MS está focada no GP e usa o XCloud como um plano futuro, tanto que não há serviço separado do XCloud, é apenas um bônus para quem assina GP Ultimate.
O segundo é se preocupar com lucros de terceiros, porque a MS obviamente não vai subsidiar eternamente esses jogos, então ficarão lá os que acharem o modelo interessante e viável financeiramente. O mercado se regulará sozinho e o GP não pretende acabar totalmente com o modelo de vendas, até porque depende disso. Então muito provavelmente só colocarão seus jogos lá quando já tiverem tido proveito econômico e o potencial de vendas cair. Quanto aos jogos first party, são o foco da MS, com a aquisição de estúdios. Como expliquei antes, eles também tem ótimas vendas, mesmo com o GP.
Meus maiores receios com o GP eram dois:
Como colecionador, fiquei com medo que isso tornasse regra os jogos digitais, mas isso já é uma realidade e o mercado vem sinalizando nesse sentido há tempos, independente do GP.
O segundo é que os consoles acabem e vire tudo serviço. Só que eu já me convenci de que o modelo de vendas nunca irá acabar, mesmo com streaming e serviços, porque é dependente dele e tem mais lucro assim, até o Stadia vende jogos. Os consoles acabarem me parece algo inevitável quando a tecnologia e a computação em nuvem superarem os hardwares e os tornarem dispensáveis. Mas, não vou sofrer por antecipação, é um futuro minimamente distante.
Quanto Blu Ray assinante do Netflix compra por mês?
E quantos filmes/séries em blu ray ou em formato digital a Netflix lança para venda, de produções próprias e de terceiros? Exatamente, nenhum. Ela não tem interesse em vender seu conteúdo e não tem direitos numa venda em conteúdos de terceiros. O que é totalmente diferente de ser uma das três plataformas de consoles que lucra com todas as vendas de conteúdos de terceiros.
Finn… O mercado físico é concorrente do streaming… E o Netflix sabe disso pelo que ao apostar num dos lados, não aposta no outro ou está a fazer concorrência a si mesma. A única que faz isso, é a Microsoft.
Não é questão de concorrência a si mesma, porque ela lucra das duas formas. Acho que essa é a principal dificuldade que os críticos do GP tem de entender.
Finn, mercado em franca decadência? Só se for para a MS, pois Sony e Nintendo estão bem na foto. Como empresa capitalista e de gigantesco poder econômico a MS quer ganhar o mercado e arrasar com a concorrência pois só assim terá algum tipo de sustentabilidade. É inegável que o GP é atraente para uma parcela dos gamers, mas para outros é abrir mão de jogos de qualidade. Desculpe mas para mim é um jogo de póquer em que se tem carta medianas e se tenta dobrar a aposta para que os advesários desistam do jogo.
A questão da qualidade é uma discussão à parte, mas como eu vejo, não só a qualidade tende a subir, como também a quantidade e variedade de jogos. Isso porque esse modelo do GP não depende só de vendas diretas, permitindo sair do padrão da indústria, que já descobriu mais ou menos o que vende e se pauta por isso, não pela mais pela criatividade, lançando uma gama enorme de jogos “enlatados”, então as inovações costumaram ficam por conta de jogos indies e AA, até porque é difícil fazer algo arriscado e custoso, porque se não vender bem, a dev fica mal das pernas em uma única falha. Muitas franquias acabaram assim. No GP, pode-se fazer jogos sem a preocupação constante pelas vendas, bastando fazer um bom jogo que atraia as pessoas – e grande parte delas vai jogar jogos que não comprariam normalmente, mas se interessaram quando viram no catálogo e resolveram dar uma chance, pois é de graça. Isso é impossível no modelo atual, com a esmagadora pressão por vendas e considerando um modelo no qual as pessoas compram no máximo 10 jogos por geração.
10 jogos por geração… É muito pouco, ou pelo menos parece.
Mas na realidade estás a falar de 10 mil milhões de jogos vendidos. E estás a falar de vendas que representam 28% do dinheiro gerado pelo mercado de videojogos.
Mas agora vê a coisa de outra forma. Quantos jogos tens?
Com os jogos ofertados tenho cerca de 50 na PS4 e cerca de 30 na Xbox. Estou bem acima dos 10… E tu? Estás acima ou abaixo?
E as restantes pessoas que aqui andam, tem mais ou menos que 10 jogos?
Eu diria que todos tem mais de 10, o que significa que há muita, mas mesmo muita gente que tem menos de 10.
Ora essa é a questão que eu te referia hoje. As chamadas baleias, e olha que há baleias muito muito grandes, são quem mais tem a ganhar com estes serviços pois são quem mais poupa.
E uma pessoa que gasta 370 euros em jogos anuais (5 jogos) aderindo ao Gamepass deixa de precisar de gastar tanto para ter ainda mais jogos. E isso acontecendo não só dá 230 euros de quebra nas receitas, como deixa o mercado físico para quem pouco ou nada compra. Olhando na perspectiva das thirds, isto é terrível…
Já quanto aos prejuízos, um jogo de 75 milhões que venda 5 milhões de cópias a 70 euros gera 350 milhões. Dá para aguentar a empresa em mais de 4 flops consecutivos e ainda sobra dinheiro.
Estou a trabalhar com a média, que é de 10 jogos, não interessa para essa análise os outliers que compram 2 jogos ou os que compram 50. Eu compro cerca de 30 a 50 jogos por geração em todas as plataformas e mais vários digitais. No mais, tens um medo infundado de que se o jogo saiu para o GP, nunca mais irá vender nenhuma cópia, o que é equivocado por duas questões: os jogos de terceiros do GP são temporários; e que existem outras plataformas onde as vendas continuam sendo feitas normalmente, algumas com resultados muito bons, inclusive na própria loja da MS. É uma questão de trade-off, deixar de ganhar dinheiro apenas no modelo tradicional para ganhar dinheiro nos dois. E isso, quem regulará e apontará qual é melhor é o mercado. Novamente, especular com mais propriedade sobre isso é complicado. Mas, teoricamente, o GP tem mais potencial para fomentar quantidade e variedade que o modelo normal. A sua análise também desconsidera todos os custos de se manter uma desenvolvedora e os outros custos que se tem com os jogos, como marketing e distribuição (afinal, o jogo obrigatóriamente precisa vender) que às vezes são maiores que o próprio custo de desenvolvimento. Na prática o que se viu é que um flop basta para acabar com uma franquia, como por exemplo, no caso da Crytek e Crysis 3.
Finn… Queres negar que há malta a assinar o GP por um ou dois meses para jogar um jogo, gastando assim 20 euros em vez dos 70?
Quanto à Crytek a história é bem mais complexa. E o Ryse Son of Rome é um dos culpados do que se passou.
Mas o que eu pretendo com os meus argumentos não é provar A ou B, mas apenas mostrar que há situações que fazem com que a economia do Gamepass seja questionável e duvidosa, sendo uma incerteza o seu sucesso. Pode haver quem assine Gamepass e compre o jogo na mesma, mas não o vai comprar full price e nem menos 10 ou 20 euros, pois isso não compensa.
Uma pessoa que assine o GP por dois meses durante toda uma geração de jogos é tão excepcional quanto quem compra um ou dois jogos por geração. E convenhamos que full price é no máximo nos primeiros 3 meses, nem mais triple A mantêm full price depois disso, só a Nintendo. Eu nunca disse que o GP é fácil e certeiro, pelo que não discordo dos teus argumentos, o meu ponto é que não tem sentido rechaçar algo com mais potencial que o que está aí com base em incerteza, fosse desse modo, não haveria tantas mudanças tecnológicas.
Eu também não discordo dos teus argumentos. Agora o que quero é que juntos os teus argumentos aos meus, e percebes que a coisa é muito complexa… Muito mesmo.
OFF FUD IS BACK
“PS5 SoC Die Shots Reveal RDNA 1.1 GPU and Zen 2 CPU Cores w/ Cut-Down FP Units”
https://www.hardwaretimes.com/ps5-soc-die-shots-reveal-rdna-1-1-gpu-and-zen-2-cpu-cores-w-cut-down-fp-units/amp/?__twitter_impression=true
LeviathanGamer2 está mostrando na thread abaixo que o artigo assume muitos pontos que podem estar errados: https://twitter.com/LeviathanGamer2/status/1362184573128474630?s=20
Onde saiu esse site? Nunca vi.
Acho que nem o Tom Warren e Windows Central vão repercutir essa groselha no twitter… Já tá todo mundo zuando o Warren por causa das groselhas de “9TF” e o WC por causa do “ps5 pegando fogo”. Acho q eles vão ficar bem quietos
Vai ficar do para os lunáticos do YouTube caixista… Certo que se o Zorze do DelírioClub vai copiar e postar se ele descobrir essa notícia.
uhauhauhauh
os fanboys do xbox não querem hypar isso ai pq no artigo ele fala que VRS e Sampler Feedback pode rolar até em RDNA 1.0
uhauhauauhuhah
“ain, se falar mal do xbox tb não vale… so valia pq eu achei que falava mal somente do PS5”
Se eu entendi bem, esse Areej que está no twitter foi quem fez a matéria.
Olha o LeviathanGamer2 dando uma aula para o camarada sobre como o artigo está errado. Já pegaram esses tweets do LeviathanGamer2 e espalharam no GAF
https://twitter.com/LeviathanGamer2/status/1362193091415994368?s=20
E além do mais, essa discussão de RDNA 1 e 2 está estúpida. Olha esse sujeito mostrando como vários componentes da GPU do Xbox Series X herdaram de RDNA 1.
https://twitter.com/TechNoir_Talks/status/1362361646673502210?s=20
Isso é irrelevante…
E é preciso ser mesmo fanboy para não se compreender isso!
Com a evolução do hardware as coisas avançam e evoluem. Mas numa consola, tu tens um sistema fechado, com especificações fixas. Por exemplo, um GPU PC pode ser colocado a 4K, 8k ou mesmo 12K… Mas numa consola ele nunca vai passar dos 4K em jogos puxados, e a consola é concebida pensando nisso. É feita uma análise da performance, do que se pretende e conclui-se:
OK. temos aqui um GPU que pode dar 8k em jogos Indie, 4K em alguns jogos, mas que acima de tudo tem de ter performances para 8 anos a 1440p re-escalados após a evolução do grafismo (estes valores são da minha cabeça).
E baseado nisto, que não é uma ciência fixa, até porque muita coisa depende do talento das equipas, mas é uma base, dimensiona-se o GPU, tirando-se tudo o que for supérfluo para cima daquilo que o GPU vai alcançar. Assim, vários componentes podem não ser da mesma geração do global do GPU… pura e simplesmente porque não são precisos, porque chegam para o pretendido, e porque isso permite preços.
E os preços são essenciais… um GPU de 12.5 Tflops não fica a 100 euros porque a Microsoft faz milhões… Os GPUs de PC fazem igualmente milhões e custam 600, 700 euros. Eles são mais baratos porque são customizados. Melhorados em algumas partes, cortados em outras, tudo no objectivo de se aliar a performance com o custo, e a redução de consumos.
E desde que as performances estejam lá, o resto é supérfluo…
A Xbox tem inclusive componentes pré Navi 10… Há um vídeo muito bom sobre esse assunto!
Mas isso é irrelevante! A consola não ficou nem melhor, nem pior por se saber isso!
Ah cara, fui olhar o perfil desse sujeito, mais um “fã” de e PC procurando defeito no PS5.
Não entres por aí…
Pá… Tudo treta… A disposição dos workgroup processors é idêntica aos do RDNA1, mas igualmente idêntica aos do Navi 21. A semelhança com o Navi10 acaba por ser maior pelo número de CUs e pela ausência de infinite cache.
Seja como for ambas as consolas, por questões de compatibilidade, custo, e ajuste à realidade do que são as consolas e do que se pretende delas possuem um misto de blocos RDNA1 e RDNA2. Aliás a Xbox tem até blocos anteriores ao RDNA e usa o mesmo Southbridge da One.
A questão é que isso da Xbox já se sabe desde a Hotchips e nem peguei nesse assunto porque pura e simplesmente achei que só ia servir para alimentar guerras uma vez que o relevante é a performance, e nisso as consolas estão a par e a obter o que se esperaria delas. E curiosamente não vi artigos de fans da PS a atacar as Xbox por causa disso.
Mas agora que saiu o mesmo da PS… OMG… Está tudo na ânsia de tentar provar alguma coisa…
A discussão do AVX-256 também estava acalorada, e eis que um Engenheiro da Microsoft aparece e ajuda a esclarecer as coisas:
https://twitter.com/JamesStanard/status/1362259599697473542?s=20
O AVX-256 no Xbox pode ser completo como o de PC por vários motivos.
Especula-se que seja pelo X-cloud e Xbox Series X atuando em servidores, e também pela retro que é virtualizada e precisa bastante de CPU.
Esse engenheiro acaba por elogiar o que foi feito…
Aliás há quem lhe pergunte porque a Xbox não fez igual… e ele não responde… Mas a resposta é simples: Como a Xbox usan o mesmo hardware para servidores, não pode.
Numa outra nota, apesar que o corte da FADD seria pouco significativo, a coisa nem sequer foi assim. As unidades estão todas lá, apenas se cortou no espaço para registos. Como a PS5 tem caches mais rápidos e com maior largura de banda, associados aos motores de coerência e cache scrubbers, tal pode ser feito ser grande penalização.
Mário, porque tanto segredo com detalhes técnicos se as consolas já foram apresentas?
Há a possibilidade de algo do hardware não revelado ser copiado pela concorrência?
Ou tudo é questão de marketing?
A Sony não revelou o que a sua consola suporta. E nem é a veres um RaioX que adivinhas. Podes identificar lá aquilo que conheces, mas não identificas o que não conheces.
Porque motivo não se revela, uma vez que as consolas estão lançadas? Não sei! Mas o certo é que está a funcionar, pois os fans andam todos loucos atrás de descobrir coisas, hehehe.
Hardware não tem como voltar atrasz né? O Xbox usa muito software para compensar coisas que onos5 faz via hardware. O descompressor Kraken faz o papel de 9 núcleos zen 2. O Xbox faz isso utilizando cpu, pois usa Software.
Não.. a Xbox tem descompressores por hardware, tal como a PS5.
Tem um ponto interessante nisso.
Em um jogo retro, é provável que o PS5 tenha desvantagens no loading por causa do AVX-256 e a descompressão feita pela CPU, correcto?
Mas claro que em jogos feitos nativamente para a consola não devem possuir impacto, já que se utiliza a nova arquitetura com kraken e co-processadores sem precisar da CPU.
Os jogos Retro não usam AVX 256! Aliás o AVX é pouco usado em jogos.
Sinceramente esta questão está a tirar-me do sério… Isto está a ser uma repetição do passado, mas com ataques desta vez vindos da malta dos PCs…
O pior é que há análises a ambas as consolas que mostram que ambas possuem elementos RDNA 1, e alguns até antes disso, o que sinceramente não tem problema nenhum dado que se adequam perfeitamente às necessidades da consola, mas do lado da Xbox nem se fala de nada e insiste-se na teoria do RDNA 2, do lado da PS5, já é RDNA 1.1.
Na realidade ambas as consolas tem como base o RDNA 2.0, mas são personalizadas para custo e performance adequadas a uma realidade, usando outros componentes.
A questão é que, muito sinceramente, não estou com vontade a bordar a situação…
Sim.
Hoje saiu a análise de Immortals Fenyx Rising. PS5 e Xbox Series X rodando igual, em todos os aspectos. Xbox Series S está bem, mas a resolução pode cair para mínimos de 720p rodando em 60fps.
Então pra mim, o flame pode dizer o que quiser, mas o importante é o resultado. Se está igual, então é sinal de quem tem poder suficiente para equilibrar a performance.
Sei que ainda tem muito o que evoluir na geração, mas geralmente consolas com diferenças consideráveis de poder já apresentam melhores versões desde o começo.
Foi assim com PS4 vs Xone, XoneX vs Ps4 Pro.
O FUD não tem a menor tração mais.
Principalmente depois dos fanboys profissionais do Xbox ficarem queimados por terem feito FUD do PS5 (Tom “9tf” Warren, Windows “ps5 pegando fogo” Central).
Carlos…. Imagina um BMW X6 e tu vais construir um carro baseado nele.
Basicamente há duas coisas que tens de usar para ser essa a base, o motor e o chassis. De resto podes mudar tudo…
Podes trocar as suspensões, podes trocar o radiador, podes trocar os tubos, enfim podes mudar tudo… O carro final pode nem sequer ter nada a ver… Mas não deixa de ser um BMW X6 alterado, porque aquilo que é a sua génese que o define, está lá…
Com as consolas é o mesmo… O RDNA 2 define-se pelos baixos consumos, pelos altos MHz e pelo suporte RT. Isso está lá. Depois vais construir o teu APU trocando as peças restantes pelo que bem entenderes, criando um produto.
A qualidade do mesmo define-se pela performance, pelas personalizações e alterações, e não pelas peças usadas, e nesse aspecto nada há a dizer pois a performane está lá.
Nesse sentido, para mim, todos estes vídeos e conversas sobre a realidade da série X e da PS5 mostrando que nenhum é RDNA 2 é conversa da treta.
Até podia ser GCN, se as performances estão lá, se o suporte às tecnologias estão lá, o resto é treta.
E os devs tem elogiado a PS5, pelo que nesse aspecto nada há a dizer.
Rdna 1 consegue passar de 2ghz? Não. Então aí já cai todo o argumento.
Impressionante como a microsoft incomoda.
Não vejo essa briga quando a EA compra tudo ou a Sony compra estudios.
A mídia inteira debatendo sobre exclusividade dos games.
Antes o XBOX não tinha exclusivos e agora não pode ter.
A sony comprou vários estudios durante sua historia e nunca foi contestada.
Ela pode colocar o spider man exclusivo pagar exclusividade mais a microsoft nãoooo. Ela quer monopolizar mimimimimi….
Eu duvido que se fosse a sony no lugar da microsoft se a mídia estaria brigando pela exclusividade.
Não é uma questão de compra de uma equipa, mas sim de um editor, algo que nunca aconteceu antes. E a notícia surge porque a União Europeia revelou um documento onde mostra que quer saber mais sobre o assunto e ouvir terceiros antes de decidir.
Mas podes ter a certeza que o facto de ser a Microsoft ajuda, pois ela já teve táticas predatórias e atitudes dominantes no passado, pelo que o seu historial conta.
A Sony restringir jogos num único console é positivo, faz parte do jogo; mas a Microsoft restringir num console, PC e xCloud é perigoso. Bateu o desespero…
O amigo não percebeu que não está aqui em causa a aquisição de uma equipa, algo que é normal e só teria intervenção se a mesma pudesse criar uma posição maioritária no mercado dos videojogos, algo que não acontecerá tão cedo.
O que está em causa é a aquisição de um produtor distribuidor. Alguém que no mercado da produção de videojogos é basicamente um concorrente da Sony e Microsoft ao possuir diversas equipas e produzir diversos IPs. É um total de 8 equipas… A Microsoft em 2011 pouco mais do que isso tinha.
Mas há aqui outro dado. A compra de uma equipa priva terceiros da mesma, mas de um produtor e distribuidor, que não há muitos, há um grande golpe no mercado (não só nas empresas que beneficiavam dos seus jogos, mas igualmente nos clientes), e vários IPs de sucesso passam para a Microsoft podendo passar a exclusivos. Isto é inédito e nunca aconteceu na história, pelo que é apenas lógico que a situação tenha de ser bem ponderada pelo precedente que abre. É que uma vez tal autorizado sem restrições, então qualquer um pode fazer o mesmo, e restringir depois criaria uma situação de injustiça e desigualdade.
Se isto é difícil de perceber… não sei o que lhe diga.
Sobre a questão de bater o desespero, eu no seu lugar reavaliaria essa questão. Segue um link para a sua reflexão: https://gamingbolt.com/is-xbox-slowly-being-abandoned-by-most-japanese-third-party-developers-and-publishers
Você leu a matéria, nobre colega? O que está posto aí nada mais é do que o que já acontece desde sempre no mercado japonês, onde o Xbox tem pouca ação, e o Playstation (e a Nintendo) recebe exclusivos “de graça”, sem qualquer atuação da Sony. O processo que está acontecendo é justamente o oposto, o Xbox, através da atuação da Microsoft, em especial do Phil Spencer, vem tentando melhorar a sua imagem frente a essa “cultura” no mercado japonês, inserindo o Xbox em mais jogos. Mas por se tratar de uma questão cultural arraigada, a mudança é lenta. E na própria matéria aí cita exemplos que isso vem acontecendo. Você lê a manchete, apenas, ou o conteúdo que está posto?
Eu é quem te pergunto se você leu, já que embora o artigo cite exceções, aborda a situação com olhares diferentes da sua resposta.
Quando foi mesmo a última vez em que uma consola Xbox ficou sem jogos como Final Fantasy ou Street Fighter?