TVs 3D estão mortas. LG e Sony anunciam planos para fim de produção.

Os amantes do 3D podem dizer adeus ao suporte. As TVs 3D, pelo menos tal como as conhecemos, estão condenadas a desaparecer.

Não posso dizer que não é com pesar que dou este notícia. Mas o 3D está condenado a desaparecer!

Confesso que sou um amante do 3D. Tenho uma boa colecção de filmes 3D e prefiro ver estes em vez da versão standard! O 3D traz toda uma imersão e um realismo adicional aos filmes, e que pessoalmente gosto de sentir.

Mas a reacção no mercado não foi nesse sentido. E agora as Tvs 3D estão prestes a desaparecer.

Não podemos deixar de dizer que grande parte da culpa do desaparecimento do 3D acabou por ser dos próprios fabricantes e produtores de conteúdo, que tentaram com este mercado encher um pouco mais os bolsos.

Com excepção da LG que apostou numa tecnologia passiva e para a qual se poderia obter óculos funcionais a pouco mais de 2 euros, todas as restantes marcas optaram pelos óculos activos, com custos superiores aos 100 euros.



As vantagens deste sistema activo existiam, mas eram verdadeiramente justificativas do custo? Claro que não! E esta tendência do mercado para os óculos activos, condenou o mesmo.

Mais ainda, os fabricantes de conteúdos tomaram o 3D como uma forma de lucro adicional. Quando um filme custa 25 euros, a versão 3D custava 35. Não porque fosse verdadeiramente mais cara de produzir, mas porque era vendida em conjunto com uma versão standard, obrigando a que se pagasse por um dois em um. E este custo adicional, afastou mais uma vez as pessoas da compra do 3D.

Diga-se que dentro dos males, essa situação acaba agora por ser vantajosa, pois com o fim do 3D, ao menos fica a versão standard, mas convenhamos que essa ideia não esteve na origem da criação do pacote e na não venda da versão 3D em avulso (apesar de algumas excepções).

Actualmente apenas a Sony e a LG produzem TVs 3D, e ambos anunciaram os planos para as descontinuarem devido às fracas vendas. A aposta passa agora para os 4K, o HDR, o QLED e o OLED.

Naturalmente a decisão esteve baseada no volume de vendas que ficou perto dos 10% do total. E com tendência a baixar, como mostram os dados que veem a ser obtidos desde 2012! (40% em 2012, 25% em 2015, 11% em 2016).

Naturalmente a tecnologia em si tambem apresenta problemas que afastam muitos da compra. Para se usufruir do 3D é necessária alguma distância da TV, e a experiência perde-se para quem não está directamente em, frente à TV. E tudo conjugado, esta situação acabava por se previsível!



Mas é pena! Especialmente porque poucas pessoas utilizaram a capacidade de dual play destas TVs, que permitiam que, por exemplo, em jogos de consola, duas pessoas com óculos com polarizações diferentes (um com duas lentes positivas e outro com duas lentes negativas), jogassem em simultâneo, em ecrã total, cada uma vendo uma imagem diferente da outra, ambas a 60 Hz. E isto é algo que se tivesse sido mais explorado poderia ter ditado outros valores de venda para as TVs!



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