Após ter lido as queixas de muitos dos que se queixam sobre a história de The last of us 2, quer-me parecer que as suas razões ou são xenófobas, políticas, ou pura e simples decepção por a história não ter seguido o rumo que estes esperavam. Daí que, ignorando isso, escrevo um pequeno artigo sobre Tlou parte II que mostra como o jogo evoluiu face ao primeiro.
The last of us foi um grande jogo. A sua história é realmente fantástica e enternecedora. Mas um jogo que teve um início, um meio, e um fim. Aquela história começou e acabou ali, e daí que a segunda parte e o que ela continha era um mistério.
Eis que a segunda parte nos chega, e a história é uma continuação, mas não nos mesmos moldes da primeira. Sai a ternura e entra a violencia, a vingança. A temática do segundo jogo é bastante profunda, complexa, e diferente. Mas acima de tudo é radicalmente diferente da do primeiro jogo, e aqui é-nos mostrado um mundo os as acções tem consequências, onde os NPCs tem também sentimentos e vida própria.
No entanto não é minha intenção falar da historia. Aceita-se as queixas de quem acha que a história deveria ter sido diferente, que as personagens mereciam outro destino, etc. Apenas abordo essa situação pois nada disso altera uma outra realidade: A história deste segundo jogo, cumprindo com expectativas ou não, não deixa de ter o seu valor. É uma grande história!
Mas histórias à parte, Tlou ficou reconhecido como um dos melhores jogos da geração passada. E Tlou II acrescenta sobre isso. Eis em que:
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Som e grafismo
Se o primeiro jogo impressionou com algo que parecia superar as capacidades da PS3, este novo jogo alcança patamares que. mais uma vez, puxam a consola ao limite. A qualidade das texturas, das modelações, tudo é fantástico e acompanhado pela impressionante obsessão pelo detalhe da Naughty Dog. A vegetação melhora a luz melhora e tudo o resto melhora.
Um pequeníssimo exemplo da atenção ao pormenor deste jogo
O som teve tambem melhorias significativas. O uso do som para se navegar continua a ser fundamental, cada inimigo faz ruidos diferentes e o som dos clickers continua a causar arrepios. Estamos perante um ambiente sonoro ao nível do que de melhor se faz, inclusive no cinema.
Dentro desta questão do som e pormenor temos a questão da guitarra. Ellie pode tocar guitarra, colocando os dedos nas cordas certas de acordo com os diversos acordes. E perante isso, é possível tocar-se milhares de músicas usando o jogo.
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Melhorias no combate
A inteligência artificial do jogo levou grandes melhorias. O jogo mostra-nos algo inédito até hoje num videojogo. Inimigos com amizade uns pelos outros, que se tratam pelos nomes, que se protegem, que chamam e dialogam constantemente, que usam cães com os quais também tem relações de amizade, que sofrem com o que sucede aos companheiros e cães.
O mundo está cheio de histórias de pessoas que habitaram os locais, os nossos companheiros de viagem tem reacções assombrosas ao que vão vendo, com caras de riso, nojo, e comentários. Chegam mesmo a pedir desculpa quando ao se movimentarem são detectados, etc.
Basicamente este é um mundo mais vivo do que o normal. E onde o que se faz tem mais consequências do que nunca. Um jogo onde nos tentam fazer sentir mal com as nossas acções tal o realismo e o sentimento colocado em cena.
Os inimigos se capturados, desarmados, e ameaçados com a arma, suplicam pela vida, mas num detalhe perfeito, se estes se apercebem que a arma não tem balas, debatem-se soltam-se e iniciam combate corpo a corpo.
Isto tudo requer uma IA aprimorada. Os inimigos flanqueiam, comunicam. É possível desmembrar com tiros bem colocados, e o inimigo ajusta-se à sua realidade. É fantástico.
- Mundo semi aberto com exploração
Se o primeiro jogo é 100% linear, o segundo não é. E em determinadas partes o mundo abre, podendo-se andar livremente a pé ou a cavalo numa cidade abandonada, explorando o seu conteúdo. Os pontos de interesse são marcados no mapa, há comentários e dicas sobre o que fazer, e o mapa é actualizado com novos dados de acordo com o que vai sendo descoberto e sendo feito.
Esta área permite descobrir histórias de ex habitantes e explorar vários estabelecimentos, sendo que essas situações são completamente opcionais e dependentes do tempo que o jogador quiser destinar a explorar o espaço.
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Novas mecânicas
Algumas mecânicas do primeiro jogo foram abandonadas, mas outras apareceram em seu lugar. Uma delas é a mecânica de cordas, que se usa para se conseguir explorar o mapa. Algumas vezes essas mecânicas são obrigatórias, outras são opcionais e dão acesso a lugares de outra forma inacessíveis que podem ser explorados para itens.
Outra mecânica passa pelos pequenos puzzles com a electricidade, os vidros que podem ser partidos, e as diversas formas de colocação das cordas que podem ter mais do que um uso.
Acima de tudo há agora muitas mais mecânicas verticais que antes, e o modo stealth foi melhorado, com os inimigos a perderem-nos de vista novamente caso estejam algum tempo sem nos visualizarem.
Basicamente se o primeiro jogo era já um colosso, este segundo melhora em tudo face ao primeiro. A forma como mexe com emoções, sejam para se odiar ou para se amar o jogo é algo único que pouco jogos até hoje conseguiram. Acima de tudo este é um jogo de reflexão, que dá bastante o que pensar, e um dos melhores jogos da geração em todos os formatos.
Como já disse anteriormente, para mim este jogo destaca-se de tudo o resto. É impressionante a vida que a ND deu ao jogo sendo que estão limitadas com o hardware da ps4. Com isto em mente não consigo parar de imaginar o que poderá ser feito na ps5, com mais processamento e com o disco super rápido que poderá levar as texturas e o ambiente carregado a níveis nunca antes visto.
Mas voltando ao tema para mim game of the year sem dúvida.
Mário o que muita gente não entende é que quando chega ao fim do jogo vê uma história vulgar, mas apenas veem isso pois não param para pensar…
Quando começas a olhar para a história e para os eventos todos, percebes que a história é super complexa, inclusive após terminar o jogo andei uns dias meio baralhado com a história, é impressionante a maneira com que o jogo te passa os sentimentos de raiva, tristeza e solidão.
E claro se comparares com o primeiro jogo os sentimentos eram basicamente o inverso e claro, gera automaticamente revolta perante este novo jogo.
Para além disso o jogo mexe com muitos tabus na sociedade mais uma razão para a revolta de algumas pessoas.
Contudo para mim, visto que estes tabus não são tabus, e como parei para pensar na história e em todos os seus promenores definitivamente amei o jogo.
Abraço
Comigo, o jogo precisou ser digerido de forma consciente após terminar…. Ele te faz pensar e mais que isso, ele te faz se redescobrir. O game chega a te manipular e tem horas que eu me questionava: “opa, pera aí, eu não sou assim. Pq estou sentindo isso”. Nenhum game, na minha vida, tinha me provocado tantas sensações complexas ao mesmo tempo. Não é a toa que as pessoas discutem e essa era a intenção do jogo, provocar. Não te deixar feliz e satisfeito com a história.
E quando alguém vem falar que tá um lixo e quer impor seu ponto de vista, eu discordo e ninguém vai me fazer mudar de opinião, assim como eu TB não sou capaz de mudar a opinião de quem achou ruim. E é exatamente sobre isso que o jogo conversa. Que coisa fantástica. Hehe
Minha opinião: Um marco técnico no mundo dos games. Técnicamente é mto difícil achar alguma outra empresa para bater de frente com rockstar e ND. Já na parte de criatividade e ousadia, a ND está no topo e não vejo outra que chegue ao mesmo nível.
Azar dos jogos que virão depois, pois terão que se esforçar mais. Ghost of Tsushima já é o primeiro a sofrer com isso. Mesmo sendo incomparáveis por razões óbvias, alguns revisores rebaixaram bastante a nota do game por causa de expressões faciais, iluminação, grafismo, movimentação de personagens, inteligência artificial. Se comparar ghost com a maioria dos jogos, ele está acima da média. Inclusive melhor que alguns que receberam média 90+ no metacritic. Vejo que esse game sofreu o pós TLoU 2. Graças a ND, os jogos tendem a evoluir mais uma vez. Não só em grafismo, mas em narrativas mais ousadas, deixando de seguir a receitinha pronta e cansada da maioria dos games. Por exemplo: Games da Ubisoft não tem mais espaço aqui em casa faz algum tempo e vendo um pouco de AC Valhalla e Watch Dogs Legion, não vai ser dessa vez que terão. São jogos que nasceram cansados, com fórmulas batidas e que não me despertam nenhum interesse.
Problemas que tenha com a evolucao da historia a parte, este jogo e um portento tecnico. Ele puxa a frente de tudo IA, desenho de NPCs e iteraccao com o mundo, puxa isto a um nivel nunca antes visto. Equiparavel so mesmo a Rockstar e a sua atencao ao detalhe com as personagens nos seus muito completos mundos abertos. Mas nada se equipara ao sistema de animacoes que a ND tem a funcionar aqui.
Claro… vais a foruns e afins e nunca ninguem ira referir isso. Alias a narrativa e que o que a ND faz nao tem nada de mais… Mais uma vez a quantidade de pessoas que se esforcam por negar a realidade dos factos nunca me deixa de espantar.
Ghosts por seu turno tambem e um portento tecnico, embora nao tanto como o que a ND fez. Graficamente esta soberbo e o design nao deixa de ser espantoso. E pensar que tens estes dois a correr num GPU 7970 de 2013… a 1080p fixos e a 30 fps.
E pensar tambem que tinhamos aqui uns genios a jurar a pes juntos que evolucao grafica esta gen so reduzindo a resolucao para 720p.
Não dá para negar que as equipes First party da Sony conseguiram tirar tudo do hardware PS4 no fim da geração. Ingenuidade ou até burrice achar que a atual geração ainda tem muito a dar em termos de evolução. Meu PS4 pro “sofreu” em mtos momentos de TLoU 2.
Em tempo, como os corpos colidem com vários objetos no cenário (caixas, muros, paredes) eu nunca tinha visto algo parecido. Você mata um npc perto de algo e o corpo cai se escorando em paredes, carros e outras superfícies de forma MTA realista. Não há outro jogo a fazer isso.
Também tem uma parte do jogo que usaram de um truque de streaming que foi genial para a cena. A parte onde estamos na chuva com Abby capturada pelos serafitas e iluminação de tochas é simplesmente um primor e uma aula de direção e grafismo. Ali o jogo limita sua visão ao máximo para brilhar nos detalhes gráficos e iluminação com tochas. Simplesmente algo absurdo tudo que foi feito naquela tomada
Tecnicamente é sem dúvidas o melhor da geração, não gostei muito da história, mas não tem como não se render ao capricho aos detalhes da ND, imagino o que ela fará com o PS5
Alguém já jogando o Ghost of Tsushima?? na espera do meu, mas pelo jeito o Submarino não vai entregar hoje
Pela amazon o meu só chega na terça =/
O meu chega daqui a pouco.
O meu já cá mora, deixei a instalar, quando sair do trabalho vou até ao Japão Feudal
Já estou jogando… E o início está realmente bem prazeroso se explorar e os combates são bem legais… Acho que alguma análises exageraram, pois o que percebi até agora é queno game busca muita inspiração nos filmes antigos de samurai, que é algo teatral. Para quem curte Kurosawa e outros, é um prato cheio.
TLU Parte 2 o melhor da geração, capaz de me surpreender a todos os niveis!
Adorei a Historia embora algumas partes tenham custado a digerir..
A excessão da história, todo o resto é fantástico. O mais bonito que já vi.
O que pode melhorar de mais importante, pra mim seria a inteligência dos inimigos que são completamente burros. Não apresentam uma ameaça verdadeira, e no modo mais difícil no primeiro que me lembro o que se fazia é que qualquer tiro te mata, mas eles continuavam estúpidos.
Nesse 2 eu realmente não sei pois não quero jogar nunca mais e não vou experimentar mais nada.
No primeiro game era preciso terminar para ter o MODO PUNITIVO… Nesse qualquer dificuldade é punitivo Lol
Ao menos dê algumas risadas com o game kkkkk
https://youtu.be/MNXuAH16zq0
Kkkk valeu bro, esse vídeo ficou hilário, vou até baixar.
PS: sim, mais pro final acho que meu rage da chata da Ellie estava como punitivo mesmo ;p
A IA dos inimigos melhora mto nas dificuldades mais altas. Jogar esse game na dificuldade normal, sem condições pra mim.
[OFF]
Isso é um mal sinal, estamos falando de um jogo da geração atual.
https://twitter.com/UbisoftSupport/status/1284100933459349505
Amanhã!
Lol, Não entendi direito….
Estou com 20h e poucos minutos de jogo, chegando a área da roda gigante, nem sei se estou pelo meio do jogo ou já perto do final (não precisa falar qual a minha situação), embora eu creio que ainda estou pela metade e pelo tudo que vi até o meu último save às 01:59 da madrugada de hoje está em conformidade com o conteúdo do artigo.
O som dos estaladores me arrepia com facilidade(algo que só é comparável ao barulho da Lisa no P.T.) e há áreas que fico apreensivo. O jogo tem uma facilidade de te assustar, me assustou mais que os atuais filmes e jogos de suspense.
Um mundo maior ao qual ainda não me acostumei, quando chego em uma área cheia de NPC fico esperando a hora certa de atacar, como se houvesse somente a direção a frente para seguir, quando elimino todos e começo a vasculhar a área percebo que existem locais em que eu poderia ter acessado e ter finalizado os NPCs com menos tempo. Fora a vidraça da janela que pode ser quebrada, bem como de outros equipamentos como geladeira, tenho por mim que deixei de vasculha áreas por não ter percebido o vidro.
A IA é outro ponto forte, ás vezes você fica na dúvida se executa primeiro o cachorro e depois o dono dele ou vice-versa.
A única reclamação que tenho é da Ellie ficar constantemente a falar quase a mesma frase/palavra ao executar cada NPC em um momento de stealth.
O sentimento de raiva e justiça/vingança, percebi no desenrolar da história fora a IA da Dina que pediu desculpas após ter sido visualizada 2x pelos NPC (Sim, aquele erro do personagem secundário passar correndo na frente do NPC sem que o mesmo seja detectado foi corrigido)
Por mais tudo no jogo está me agradando, se não fosse isso não estaria jogando-o até às 2h da madrugada.
Para mim esta um grande jogo que gostei imenso de jogar, uma vez começado nao da para parar com a imersao que se tem, agora melhor ou nao que o anterior penso que sao coisas que para mim nem se deviam comparar pois nao foram feitos para a mesma consola, sao 7 longos anos que separam os 2 jogos, e normal que em nivel de grafismos, sonoro e a maneira de jogar evoluissem
quanto a historia e como tudo o resto, ha sempre quem discorde e cada um tem o direito de discordar, mas discordar apenas porque estao “presos” a ideologias do “passado”, a essas pessas nem se devia dar credito
eu sinveramente nao vi trailers nem nada que me pode-se dar indicios do jogo, nao estava a espera de nada como no primeiro, mas sabia que podia fazer confiança a naughty dogs e sinceramente nao sei que mais o pessoal estava a espera visto como estava a sociedade no fim do primeiro, e um mundo cruel onde todos fazem de tudo para sobriviver e fazer reinar as suas ideologias
ja agora quem quiser ver, ja ha as primeiras imagens da dualsense em açao
https://www.youtube.com/watch?v=3nMDnRhqSaA
Sabe o que acho interessante? A atenção que dão ao PS3, nessa demo do Astro com DualSense o Geoff pode ter tido a sorte de ter pego o PS3, mas no The Last Part2 você vê uns 3 PS3 nas casas, mas não vê nem o PS2 e nem o PS1.
Eu acho que eles usam muito o PS3 em TLoU por causa da data mesmo. O surto no game foi em 2013, último ano do console e TLoU surgiu no PS3 né?!!
Off Topic.
Não sei se já foi falado aqui, mas tem um canal de entrevista famoso no youtube brasileiro chamado flow podcast e ontem a entrevista foi com Rafael Grassetti que é Art Director do God of War 4; foi ele o responsável pela arte do Kratos e Atreus. Pode ser interessante assistir, tendo em vista que é um dos cabeças do Studio Santa Mônica.
Eu assisti. Mto bom mesmo. 400 cabeças envolvidos em god of war do ps4 no ápice. É muita gente para nada. Andei sabendo que existem Studios a fazer triple A com 40 pessoas. 😂😂😂😂
Não me farto de jogar este jogo, que delícia. É um jogo marcante e que servirá como termo de comparação nos jogos futuros. Como dizia alguém, nos vamos cobrar às produtoras se elas não oferecerem algo semelhante, em qualidade, ao que a ND fez.