Um teste ao Note 7 inicial (não a versão de substituição) revela que as baterias entram em combustão quando o telefone sofre pressão em determinada zona. Mas toda a polémica parece estar para trás no que toca aos lucros e particularmente aos investidores.
Um laboratório em Singapura criou um teste controlado que mostra como uma pressão em determinada zona do Note 7 fazia a sua bateria entrar em combustão. Este problema acontecia com as baterias usadas antes da troca, devido a que perante a torção determinadas partes da mesma entravam em contacto, não sendo porém este teste válido para as baterias que se encontram disponibilizadas após a recolha.
Podemos ver a situação a ocorrer nas imagens que se seguem:
A situação em causa terá sido resolvida, não explicando assim o que terá acontecido com o relato que publicamos hoje de manhã, onde um Smartphone Note 7, supostamente já substituído, terá eclodido em chamas num avião.
Apesar de toda a polémica e das elevadas despesas que a Samsung teve com a recolha, a Samsung apresentou lucros de 7 mil milhões de dólares, apesar de uma ligeira quebra no volume de vendas globais. Os resultados devem-se em parte a resultados acima do esperado nas secções de semicondutores. – Fonte
Com estes valores, caso a Samsung consiga recuperar a a má imagem criada, os lucros deverão ter grandes subidas no próximo trimestre!
Mas foi nas acções que houve a maior supresa. Após uma quebra enorme após o conhecimento do sucedido com o Note 7, as mesmas recuperaram e atingiram máximos históricos. Sem dúvida algo surpreendente, mas não alheio ao facto que a imagem que passa é que o problema com o Note 7 não se deve ao telefone em si, mas sim às baterias usadas! Eis os valores das acções no passado dia 9.
Mas com os atuais relatos com os telefones de substituição, e onde as baterias já estão livres de problemas, a dúvida sobre o que se passa realmente com os telefones volta a surgir, levantando agora questões diferentes e levando a questionar se não haverá alguma componente electrónica igualmente envolvida.
Daí que a notícia da recolha, pela segunda vez de todos os Note 7, com o anuncio do término da produção (inicialmente temporária, mas agora definitiva), teve novo impacto nas acções da Samsung que caíram 7.5% em apenas um dia! (8% em dois dias, apesar de a variação do dia 10 ser apenas normal). Comparem o atual gráfico com o de dia 9 (em cima)
A quebra no valor, até ao momento da escrita deste artigo, não desceu abaixo dos valores atingidos quando da primeira recolha, mas a questão agora é até que ponto a empresa recuperará novamente, e se o fizer, com que rapidez, até porque, percentualmente, esta foi a maior quebra da Samsung nos últimos 8 anos.