Ao contrário do que se diz, a Sony não planeia tornar-se third party, mas apenas expandir o seu negócio.
Numa recente entrevista, Kenichiro Yoshida, CEO da Sony teve as seguintes declarações:
There is computing. Users will be able to play their favorite games seamlesly. Gamers will be able to find a place to play in different spaces. While PlayStation will remain our core, we will expand our gaming experience to PC, mobile and cloud
Kenichiro Yoshida CEO of Sony ???? pic.twitter.com/D883tmWbP6
— JayRock (@JAAY_ROCK_) January 18, 2024
A interpretação dada por alguns a estas frases foi que a Sony planeia lançar os seus jogos em todos os dispositivos, tornando-se assim Third Party. Mass isso não corresponde à realidade!
O que Kenichiro na realidade se refere é aquilo que Jim Ryan já tinha dado a conhecer sobre o futuro da Sony:
A empresa vai apostar no lançamento de jogos Mobile, vai apostar em expandir o alcance do seu PSNow, e tem agora os seus jogos lançados, após dois anos de exclusividade no PC. Esta é uma aposta que se vai alargar com o lançamento dos jogos GAAS, que serão lançados no PC no mesmo dia que na PlayStation. A Sony aposta ainda que quer nos GAAS, quer nos jogos cloud, o jogador poderá passar a jogar em qualquer dos sistemas suportados, com o seu progresso a ser transferido.
A consola, essa continuará a ser o núcleo, com poucas alterações ao atualmente existente no que toca aos seus jogos não GAAS.
Convém que se compreenda que a possibilidade da Microsoft se tornar um produtor Third Party não surge da vontade da empresa. Surge devido às péssimas vendas da sua consola e à estagnação das subscrições no seu produto de aposta, o Gamepass. E tendo a Microsoft mais de 100 biliões investidos em estúdios e não tendo mercado para escoar os mesmos de forma lucrativa, a possibilidade de alcançar as consolas concorrentes fica em cima da mesa.
Ou seja, esta situação, a ocorrer, advém da necessidade e não da vontade da Microsoft.
Perante isso, pensar que a Sony, perante uma bem sucedida PlayStation, seguiria estes mesmos passos é absurdo, e pura e simplesmente não faz sentido. A PS5 é uma das consolas mais bem sucedidas da história, e perante a atual situação da Xbox poderá mesmo vir a ser a mais bem sucedida de sempre. Acreditar que esta abdicaria da sua consola perante esta realidade, de forma a seguir um caminho que a Microsoft apenas segue por pura necessidade, é um tipo de pensamento muito pouco coerente.
Agora naturalmente que a Sony planeia expandir-se a outros mercados. Isso foi deixado bem claro desde sempre por Jim Ryan, que adquiriu estúdios para a criação de jogos mobile, que apostou no crescimento do PSNow, e que apostou igualmente nos jogos como serviço que irão agora sair para PC.
Mas da mesma forma, Jim Ryan também apostou na consola. E como o próprio CEO da Sony diz, essa continuará a ser o núcleo da Sony. Muito ao contrário do que pode vir a acontecer com a Microsoft, que poderá vir a acabar com as consolas para jogo local, pelo simples facto que elas estão a vender cada vez menos.
De forma muito simplista, perceba-se que em 5 gerações de consolas, nada impediu ou impede a Sony, Nintendo ou Microsoft de se tornarem Third Party. Essa opção sempre esteve em cima da mesa, e se fosse verdadeiramente interessante, isso tinha acontecido.
Agora existe uma fonte de receita que se chama a consola. Uma plataforma que, tendo clientes, leva a que terceiros queiram publicar lá. E por cada produto vendido, o detentor da mesma ganha 30% sem fazer nada!
A plataforma é a principal fonte de receita dos detentores das mesmas. E permite-lhes inclusive subsistir em caso de os seus produtos exclusivos serem mal aceites.
A proporção de jogos de terceiros vendidos face aos exclusivos é gigante. A PS4 por exemplo recebeu, segundo o Google, 10388 jogos. O número total de exclusivos de first e second party na consola foram 288. É uma proporção de 36:1 que com 30% de margem em tudo o que é vendido representa uma fonte de receita gigante e sem risco (não contabilizando hardware de terceiros). E uma proporção ainda maior se só tivermos em conta os jogos first party que seriam os aqui envolvidos.
Basicamente somente a necessidade em caso de a plataforma se estar a afundar, levaria uma empresa a abdicar da plataforma apostando em outros mercados que pudessem perigar a mesma. A aposta Third Party traz receitas adicionais, mas só e apenas se o jogo for um sucesso. Mas quantos jogos multiplataforma já não foram lançados que foram um flop?
Ser third exige investimento e que os produtos vendam. Sem isso, as empresas passam por problemas, e já vimos a Square, a Capcom e outras nessa situação. Até a Tencent, a maior produtora do mundo está atualmente em cortes e a fechar estudios! Ora com uma Sony que tem a consola melhor sucedida atualmente no mercado, porque motivo iria, nesta fase arriscar isso e entrar num mercado de maior risco onde os principais players estão em cortes?
Quem escreve notícias sobre a Sony estar a querer seguir o mesmo caminho da Microsoft, ou o faz para tentar desculpar aquilo que se passa com a Microsoft, ou não está certamente a ponderar as diferenças de realidade das duas empresas. Uma é líder, está em crescimento disparado! A outra está a vender menos consolas do que nunca e, perante essa realidade, e o investimento em estúdios, não consegue rentabilizar o seu investimento. A piorar a coisa não está a conseguir aumentar os clientes dos seus serviços.
Não há por isso comparação possível entre as duas empresas, pois a Microsoft, ao ver a sua plataforma a afundar-se pondera salvar o investimento de biliões apostando em jogos nas restantes consolas. Já a Sony não tem esse problema, e o que pretende é apenas expandir-se dentro daquilo que já era conhecido, e que já faz há anos.
É tão simples quanto isso.
Desde algum tempo atrás reconheço a parcialidade com que determinados sites tratam de determinados assuntos, seja por gosto pessoal ou outros considerandos à parte. Qualquer deles fere gravemente o dever do código deontológico que o jornalista deveria seguir. Mas hoje em dia vale tudo e a definição de valor foi mandado às urtigas.
A Eurogamer Portugal é um exemplo do que errado se faz por esse mundo fora. Ela tem a particularidade de estar a aumentar o grau de parcialidade ao sentir-se intocada do que tem vomitado para fora.
Basta analisar apenas os últimos títulos como “PlayStation adotará modelo da Xbox. Jogos em qualquer dispositivo” ou “Indiana Jones é um FPS com uma soberba qualidade gráfica”.
Tudo vale em nome da opinião pessoal e da liberdade, esquecendo-se que no lugar que ocupam deveriam passar outra informação de valor, imparcial, para que os leitores possam fazer e tirar as suas conclusões.
OFF: Posso estar com um problema grave na página que posso não conseguir resolver, e me impedir de colocar novos posts. Não sei se é algo no WordPress ou no servidor, mas novos artigos estão a ser rejeitados.
Terei de ver o que se passa e tentar resolver, mas perante a minha atual falta de tempo, se não conseguir resolver a coisa facilmente, a possibilidade de fechar o website é uma possibilidade.
Que pena. Boa sorte Mário.
Não testei ainda meter um novo artigo… até estou com receio. Mas estive a apagar artigos mais antigos, e comentários mais antigos, e percebi que o nível de comentários está absolutamente exagerado.
No espaço de um mês apaguei 2500 comentários!
Essa situação pode estar a causar saturação na base de dados, e por isso peço que evitem conversas desnecessárias e off topic, limitando a conversa ao tema do artigo em questão. Caso essa seja a situação, e se comprove, poderei ponderar acabar com os comentários na página!
Tentei meter um artigo… tive sucesso!
Peço por isso, mais uma vez, contenção nos comentários desnecessários.
Mário, não têm como comprimir comentários de artigos de muitos anos ou mesmo apagá-los sem prejudicar os próprios artigos?
Outra, Mário, todos os meus comentários com mais de uma semana você pode apagar de boa, não fico fazendo discurso retórico a mencionar algo passado que escrevi, então, pra mim é de boa, se ajudar aí de alguma forma, pode apagar todos os meus comentários mais antigos.
Estou a apagar comentários de 2020, altura em que a página não tinha a atividade de agora. No espaço de um mês tinha 2500 comentários.
É brutal!
Vou apagar tudo até ficarem só os dois últimos anos.
Há neste momento 53640 comentários na base de dados.
Uma dica, use indexadores nas tabelas, vai aumentar muito a performance, já que a massa de dados está ficando grande.
Depois que eu comecei a trabalhar com tabelas de 6 e 7 digitos de tamanho isso foi fundamental pra mim.
Eu não posso alterar a estrutura da base de dados por questões de compatibilidade com os plugins.
Seja como for, o problema não é performance, mas sim dimensão face à estrutura do servidor.
não tem um “auto excluir” ?
já deixar configurado para depois tempo X, todos os comentários são excluídos?
E o Disqus?
O Diquz se tem essa opção, nunca reparei nela. Mas creio que ele não apaga nada!
Acho que 2 últimos anos está razoável.
Particularmente, não levo isso a mal, a maior parte dos sites, levam, vez por outra, matérias bait, seja pelo título da chamada, seja pela polêmica que o artigo gera. infelizmente eles vivem de monetizar-se com acesso e essas coisas geram acesso. Concordo que isso é questionável quanto a questão ética, mas infelizmente, quase todo site é assim, e muitos assuntos têm interpretações diversas. Muitas vezes vi a eurogamer ser chamada de eurosony, então, penso ser normal alguns artigos puxarem pra um lado ou pra outro. O Adolfo, que acho ser o responsável pela eurogamer.pt, acredito que seja um pcgamer mais que um consolista, então também acho natural que tenha um ponto de vista mais puxado para o que de bom a xbox tem feito pelo PC que pelos consoles, da mesma forma que provavelmente ele acredite que a Sony seguirá os passos da MS melhorando as coisas pro PC. Talvez haja um pouco da vontade dele na interpretação dos dizeres do chefão da Sony.
OFF: Juca, fiz um teste no The Last of Us 2 Remake.
Nada de novo, o jogo tem resolução 4k no modo 30 FPS e 1440p de saída no modo 60 FPS.
Também dei uma olhada na versão de PS4 rodando no PS5 com o último patch que lançaram para dar uma melhorada no PS5, exatamente a mesma resolução …
Acho que a maior diferença técnica mesmo seria os tempos de loading, estão bem menores no remake.
Interessante, Hildo… Até porque, pensei que a versão PS4, mesmo no PS5, só ia a 1800p.
Fico surpreso de ser também, totalmente nativo com aqueles gráficos, pensei que usavam checkboarding em algum nível.
E você consegue contar os fps no modo frames destravados ou seu dispositivo de captura é apenas 60Hz, também fico curioso pra ver como ficam em 4k@40fps e 1440@120Hz, pra ver se realmente ficam estáveis de alguma forma e se o modo 120 fica muito perto dos 60, ou se mais pros 100?
Esse assunto de fazer contagem de FPS com VRR é polêmico. Alguns falam que se você capturar com uma placa usadas hoje os dados não são confiáveis , já outros falam que os dados são aproximados e dão uma noção bem boa como está o frame rate. Eu particularmente acho que o resultado é bem próximo do real, então não teria problema de fazer a contagem com uma captura de placa normal com sinal VRR. Contudo, eu ainda estou pesquisando sobre esse assunto e ainda não cheguei em uma conclusão definitiva.
Você pode ver a análise que o NX gamer fez pra ign, lá ele mostra a performance do modo vrr. Modo 40 FPS fica perto dos 45 e no modo 120 hz fica uns 80 FPS.
A declaração dele serve para acabar com a hipótese de que era tudo culpa do Jim Ryan. Como se um CEO tomasse todas as decisões sozinho.
Muita gente acreditava que as decisões do Jim eram monocráticas.
Ou seja que ele tomada de forma independente.
E também a outra teoria depois que ele saiu que surgiu por ai afora é de que fariam uma volta a 180 graus pra ser “como eram antes”.
Ambas teorias destruídas.
Nada mudou na Sony face ao anunciado em 2020 quando o Hermen Hulst assumiu o seu cargo.
A diferença é apenas que agora a coisa está prestes a ser implementada.
Eu não vi ninguém afirmando que a Sony daria um 180 e não colocaria mais jogos no PC depois da saída do Jim Ryan. Você viu onde isso? Linka aí pra gente ver os delírios!
Tem certeza que vc não está apenas no “a sony tb” ?
Queria lembrar que o “sony tb” não aconteceu com o Bloqueio de Usados e Sempre on Line do xbox one.
Já dá pra ver que vc vive em antros fanboys kkk
Então, vou me preparar pra queimar o próximo Ceo como eu queimava o Jimbo. Lol
kkkkkkkkkk
Esse lance de jogo ir pra pc já vinha sendo discutido bem antes do jim, mas como foi na gestão dele que os jogos começaram a sair a galera pegou ele pra alvo.
A questão é: antigamente pensar em meter os jogos das consolas no PC era algo completamente impeensável. Afinal ao PC era o concorrente das consolas.
A Xbox One veio mostrar que afinal essa situação não era tão incompatível como se pensava pois a consola até continuou a vender apesar dos jogos estarem a sair no PC. Sendo assim a Sony viu ali um potencial de mercado em que poderia meter os jogos no PC e receber algum dinheiro extra.
A grande questão é que estamos agora alguns anos depois a ver as consequências na Xbox das suas decisões. E se é uma verdade que a PlayStation ainda não foi apanhada a verdade é que pode vir a ser, isto apesar das políticas de suporte ao PC da Sony não serem exatamente iguais às da Microsoft. Nesse sentido todas as suporte que estamos a ver agora há outras plataformas pode inclusiva no futuro vir a acabar. Tudo vai depender dos lucros que daí advierem pois a as consequências para a consola vão existir quer se queira, quer não.
A Sony já tem MLB, Destiny e futuros jogos da Bungie em outros consoles e publicará jogos no PC. Ou seja, ela já tem práticas de Third Party, só não é tão aberta quanto a Microsoft, que também manterá alguns jogos fora de outros consoles (alguns sites também fizeram clickbait dando a entender que a Microsoft lançaria todos seus jogos no PlayStation).
Sobre elogiar Indiana Jones, isso vai de gosto pessoal, pois o jogo também tem partes bonitas que podem ser elogiadas por várias pessoas (assim como vejo que tem partes para melhorias), acho que tá longe de ser ruim ou abaixo de um triple A, mas claro que isso talvez seja dispensado em uma notícia jornalística.
MLB é produzido pela Sony, mas não é da Sony. E destiny é da Bungie, uma produtora que pertende à Sony mas publica de forma independente.
A Sony já foi third no passado. Atualmente os jogos dela que estão em outros consoles são devido a jogos cuja IP pertence a terceiros e não a Sony.
A Sony tinha um ramo Third. Que fez uma série de jogos multijogador. Eram os GAAS do passado, só não se chamavam assim.
Malditos Everquest e DC Universo Online! Lol
Os Astroturfing do xbox estão a todo vapor tentando normalizar os jogos do xbox saindo no PS5 e Switch e tentando empurrar “a sony também”
https://www.neogaf.com/threads/verge-why-microsoft-might-be-considering-xbox-exclusives-on-playstation-and-nintendo-switch.1666055/
Noticia do Tom Warren, o super astroturfing da MS, no topico tem o resumo da notícia para não dar page view para esse sujeito…
Lembra bastante “a sony tb” sobre o bloqueio de usados e sempre on line no xbox one, até hoje tem sujeito “imparcial” pela internet arrotando que “a sony tb ia botar sempre on line e bloqueio de usados, mudou de última hora”
Não fanboy babão, do mesmo jeito que a Sony NUNCA teve planos de implementar bloqueio de usados e sempre on line, a sony também NÃO tem planos de lançar Last of Us 3 “day one no PC” e muito menos tem planos de lançar no xbox watever