A possibilidade de a PS5 vir a ser apenas 9.2 Tflops é uma realidade não descapotável… E se tal aconteceu, a culpa foi da Sony não ter sabido ajustar a consola, quando a decidiu adiar!
Dizem os rumores que a PS5 foi adiada em 2017 quando a Sony soube das especificações da Xbox One X. A ideia original da Sony seria lançar a sua consola em 2019, com uma performance de basicamente o dobro da PS4 Pro, e alguma margem adicional.
No entanto, vendo o que a Microsoft fez com a Xbox One X, para além de alguns problemas ainda existentes com a retro compatibilidade, surge a decisão, ainda durante o ano de 2017 de adiar a consola, para a lançar em 2020.
Ao longo dos tempos temos visto alguns chips associados à PS5, começando pelo Gonzalo que corria a 1 Ghz, e que mais tarde passou a 1,8 Ghz. Acredita-se que o Gonzalo era o nome de código do protótipo da PS5 que estaria pronto em 2017, sendo que a versão a 1.8 Ghz seria já a Ariel que seria o GPU a lançar em 2019.
Mas com o adiamento, o chip passou a Oberon, e subiu a sua velocidade de relógio ainda mais, para os 2 Ghz.
Ora 2 Ghz com 36 compute units é o que muitos acreditam que a PS5 poderá apresentar, o que significa que a Sony, quando adiou a sua consola, não a soube ajustar. Com 3 anos pela frente, mais do que suficente para ajustar o seu GPU, e com a AMD a fornecer tecnologia que permitia perfeitamente passar os limites de 36 CU da consola, se a Sony se limitou a ajustar velocidades de relógio, caso ela não tenha reajustado o seu silicio, ela parece ter cometido um erro enorme, que a poderá atirar para segundo plano numa guerra de performances para a próxima geração.
Naturalmente, como já explicamos em outros artigos, só podemos comparar sistemas perante as especificações totais dos mesmos.
Mas atualmente o Techpowerup, apesar de referir serem dados baseados em especulação e fontes online, refere o seguinte:
Xbox série X
RDNA 2.0
52 CU
1700 Mhz
11.3 Tflops
24 GB ram
Baseado em especulação…
PS5
RDNA 1.0
36 CU
2 Ghz
9.2 Tflops
16 GB ram
Igualmente baseado em especulação
De notar que o Techpowerup referira 12 Tflops com 56 CU na Série X, tendo mudado agora esses valores. Provavelmente algum dado novo que obteve e que os leva a acreditar mais nessa alternativa, mas o certo é que qualquer um dos casos é baseado em especulação, e mesmo o leak do Github não comprova estarmos perante aquela que será a versão final da PS5.
Mas sendo esses os únicos dados existentes, e perante eles, não pode os deixar de considerar como uma possibilidade bem real que a PS5 apenas apresentará 9.2 Tflops, contra eventuais 11.3 Tflops (também ainda não confirmados) na Xbox One X. Mas temos igualmente de ter em conta que essa diferença de Tflops se baseia em dados especulativos, que mesmo que reais poderá não ser significativa dependendo de outras implementações usadas na consola, como é o caso do Ray Tracing, que consumirá muitos, mas mesmos muitos desses Tflops.
Ora com estes dados, onde vemos a PS5 como RDNA 1.0 e a Xbox como RDNA 2.0, das duas uma, ou a PS5 não tem verdadeiramente aceleração hardware para Ray Tracing, o que teria sido um tiro no pé de todo o tamanho, ou a solução RT da Sony é proprietária (caso não fosse, porque não usar um GPU RDNA 2.0). E sendo esse o caso, bastaria por isso que a Solução RT da Sony fosse mais eficaz, para que essa diferença pudesse desaparecer ou mesmo ser ultrapassada.
E isto não é especulação, é uma constatação caso tal aconteça. Nunca se pode comparar a performance de dois sistemas sem se saber se eles são comparáveis. Porque como já referimos e explicamos em outros artigos, o rendimento interno do sistema é o que faz toda a diferença, e sendo o Ray Tracing uma tecnologia que absorverá tremenda performance e largura de banda, uma eficiência diferente entre os sistemas pode fazer a diferença. E 9.2 Tflops podem mostrar-se mais eficazes que 12 Tflops, podem mostrar-se próximos de 12 Tflops, ou, pelo outro lado, podem ser uma diferença gigante caso a eficiência do RT seja superior na Xbox serie X. Apesar que a situação mais coerente para a não escolha do RDNA 2 é acreditar-se que a solução que possui, se é que se a possui, é superior.
Ou seja, o que está em causa aqui não é apenas a possibilidade de os 9.2 Tflops da Sony poderem aproximar-se dos 11.3 ou até 12 Tflops da Microsoft (segundo outras fonte), é também a possibilidade dos 12 Tflops da Microsoft se poderem distanciar ainda mais dos 9.2 Tflops da Sony, mas tomando sempre em conta que nada disto são certezas e que nada nos garante que o que se sabe da PS5 diga respeito à sua última versão.
Neste momento está tudo em aberto… e apesar de a especulação ser que a solução RT da Sony é mais eficaz, nada nos garante que isso não sejam meras palavras de fanboys que tentam minorar o impacto da informação actual (não confirmada) sobre os Tflops, ou que tal não diga apenas respeito a patentes proprietárias aplicadas sobre tecnologias iguais.
Basicamente está tudo em aberto… mas o certo é que pelos rumores actuais, e sem quaisquer mais dados, a Sony aparenta estar em maus lençóis… E tudo porque não se soube ajustar ao adiamento!
Mas para certezas teremos de aguardar por mais informação sobre o real hardware das consolas, e acima de tudo, vinda de fontes seguras.
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Nota de última hora: Caindo que nem ginjas para este artigo, Komachi, que nos deu a conhecer os vários nomes de código e revisões dos APUs da PS5 e mesmo os da Xbox, deu ontem perto do meio dia a conhecer um suposto salto gigante no Stepping (revisões) do Oberon. Os documentos do Github referem que o Oberon era o que possuía o desenvolvimento mais avançado (porque ia sair em 2019), fazia referência aos seus dois últimos steppings, o A0 e 0 B0 (por norma os produtos AMD são finais no stepping C)
No tweet entretanto apagado, Komachi deu a entender é que um APU costumizado teria entrado no Stepping E0 (algo imediatamente associado ao Oberon por ser o que já possuia mais steppings e o que mais ajustes requereria). Isto quer dizer que o que se conhece do Oberon, relativo ao A0 e ao B0 poderá já não ser aplicável, especialmente por existirem dois steppings como o C0, o D0 e agora o E0 dos quais não se conhecem as melhorias aplicadas. Note-se que pequenas revisões aplicam-se na segunda casa (B0, B1, B2), mas revisões de maior peso implicam a mudança da letra.
Este é mais um dos motivos pelos quais se volta a insistir no que tem vindo a ser dito neste website: Que só saberemos o que o hardware realmente vale quando ele for dado a conhecer de forma oficial e completa.