Se pensas que o teu assistente está seguro por estar fora do alcance de voz de terceiros, fica a saber que um laser o pode hackar.
Imagina que tens um sistema de segurança controlado por um assistente digital. Como ele está dentro de casa e inacessível à voz de externos, pensas que tudo está seguro. Não há como eles o usarem para desactivar as seguranças.
Pois bem, enganas-te. Apesar de o assistente não estar ao alcance da voz, se ele estiver no campo visual de terceiros, ele pode ser hackado. Como? Usando um laser!
A falha foi descoberta por um grupo de pesquisadores no Japão em colaboração com a Universidade de Michigan. Para o teste os pesquisadores subiram ao topo de da torre do sino de uma igreja e controlaram com sucesso um aparelho da Google colocado no quarto piso de um edifício situado a 70 metros de distância! Mas esse nem sequer foi o maior alcance conseguido pois com um laser numa teleobjectiva a coisa foi feita a 106 metros de distância.
Como é que um laser pode activar o assistente?
Basicamente o problema está no tipo de microfones usado que respondem à luz como se fosse voz. No interior dos microfones há um pequeno prato chamado o diafragma que se move conforme o som o atinge, e esse movimento pode ser replicado com um laser apontado a esse diafragma que converte a luz em sinais eléctricos. O resto do sistema depois responde como se estivesse na presença de som.
Todos os fabricantes de assistentes como a Tesla, Ford, Amazon, Apple e Google foram avisados da vulnerabilidade da luz, e estão agora a estudar como resolver o problema. Tal passará por um redesenhar dos microfones pois alguns já possuem um escudo anti poeiras que tapa o acesso directo da luz, e mesmo isso não resolve o problema.