A Deco alerta para a existência de inúmeras exclusões presentes no seguro que por norma os tornam inúteis na hora de serem activados.
Se é certo que um smartphone pode ser um grande investimento, e que um acidente ou roubo poderiam ser um rombo muito grande, a realidade é que os seguros que se vendem como sendo uma salvaguarda para o cliente em caso de um desses problemas, servindo igualmente como extensão da garantia, tem vindo a ser alvos de inúmeras queixas por se revelarem inúteis no momento em que são activados.
Segundo a Deco, os clientes não são informados de todas as condições contratadas, especialmente as partes menos boas que rodeiam esses seguros, e que nem sempre são claras, o que em alguns dos casos tornam esses seguros completamente inúteis.
Segundo a jurista da DECO, Maria João Ribeiro, em entrevista dada à TVI 24, a melhor garantia é a de dois anos dada pelo fabricamye, que cobre por norma todo o tipo de avarias inerentes ao equipamento.
Aquilo que a garantia não cobre são situações de má utilização, quedas ou situações de furto.
Ora quando as pessoas aderem a estes seguros elas olham para o mesmo como uma extensão de garantia, que pode ir de mais um até mais 5 anos, mas a realidade é que nem todos os seguros abrangem situações fora do próprio âmbito da oferta do fabricante.
Nesse sentido, e porque nem todos os seguros são iguais, caso decidam ativar uma extensão de garantia, a Deco recomenda que leiam bem as cláusulas de exclusões e ponderem sobre se as mesmas interessam. Por norma, situações causadas por picos de tensão eléctrica, e falhas e defeitos que não sejam cobertas pela garantia original não são cobertas, da mesma forma que roubos sem a utilização de força sobre os utilizadores, roubem dos quais não há testemunhas ou roubos em locais públicos ou de fácil acesso também não são cobertos.
Mas a realidade é que estes seguros anunciam coberturas que não estão previstas nas garantias originais, e isto para além dos dois anos legais. A DECO analisou as ofertas da Fnac, Media Markt, Phone House, Rádio Popular, Staples e Worten, dando nota negativa a todos uma vez que a associação considera que estas ofertas das lojas têm exclusões que as tornam inúteis, sobretudo por exigirem elevados meios de prova que ficam do lado do consumidor, colocando-o numa posição de fragilidade.