Rumor: Sony planeia apostar em CPU + GPU discreto para PS5 de forma a subir performances e descer custos.

A Xbox One X foi lançada a 499 dólares. E isso apontaria para que uma possível PS5 com uma performance superior, caso esta fosse lançada em 2018 ou 2019 pudesse custar bastante mais. Mas será que é mesmo assim?

Comecemos por dizer que caso a Sony lançasse uma nova consola em 2018 ou em 2019 (apenas teoricamente de forma a analisarmos o rumor), seria dificil prever o seu custo sem sabermos especificações exactas. Seja como for, uma consola de nova geração teria de inovar bastante o suficiente face ao que existe, e nesse sentido, mesmo sem falarmos em valores de especificações, sabe-se à partida que a consola teria de bater a Xbox One X, e como tal, seria consequentemente, muito mais cara.

Mas será que tal terá de ser forçosamente assim?

Na realidade a coisa não é assim tão linear…

Para começar é difícil prever a evolução de custos do hardware, especialmente quando se sabe que o mesmo desce de custo de forma radical de ano para ano. E isso quer dizer que em 2019, uma consola bastante superior à Xbox One X não teria forçosamente mais cara que o custo atual desta, dependendo da tecnologia usada. Mas há algo mais que aponta que os custos de produção de uma PS5 podem descer face aos custos atuais de produção, e isso é substanciado pelos últimos rumores que apontam no sentido de a Sony estar a ponderar uma opção que tornaria, à partida, a sua consola bem mais acessível às carteiras dos seus clientes.



PS4 e Xbox One optaram por um APU baseado no Jaguar por questões de consumo energético, bem como pelo suporte a uma série de características ainda não existentes nos computadores de secretária, nomeadamente o suporte à memória unificada e ao hUMA que permitiam o uso de memórias GDDR como memória de sistema.

Outras características criadas à medida foram por exemplo os acessos mútuos aos caches entre o CPU e o GPU e os dois canais de comunicação, o rápido que é o Onion e standard, denominado Garlic, existentes na PS4, ou a inclusão de uma memória eSRAM embutida no APU.

Sabe-se por exemplo, que o desenvolvimento do APU da Xbox One custou mais de 3 mil milhões à Microsoft.

Mas se em 2013 havia essa necessidade de hardware super customizado, e do acréscimo muitas destas características que foram durante muito tempo exclusividades das consolas, agora em 2017, isto são características basicamente standard nos APUs AMD, e mesmo os Ryzen. A eSRAM tornou-se completamente desnecessária, e as novidades da PS4 com os seus canais são  uma realidade nos Kaveri e mesmo os Ryzen, que apesar de não os possuírem da mesma forma, acabam por suportar de forma idêntica ao terem uma cache L3 coerente, o que, para todos os efeitos, permite o mesmo que o canal Onion.

Associemos a isto a necessidade energética necessária para se alimentar um sistema de elevada performance como uma consola de nova geração, e percebemos é que a necessidade de um APU deixou de ser imperativa. E é exactamente isso que o rumor mais recente sobre a PS5 refere, que esta consola abandonará o APU, a favor de um CPU com plenas capacidades, e um GPU discreto.

Esta situação, que não invalida eventuais alterações proprietárias às partes, particularmente aos canais de comunicação e motherboard ou o segundo processador de comandos gráfico, seria uma excelente medida na redução de custos. Dado o uso de hardware recente e standard, esta situação desceria tremendamente os custos de desenvolvimento e produção, bem como a necessidade de se manterem linhas de produção específicas na produção de algo que a AMD já não suporta (o Jaguar está descontinuado pela AMD, o que obriga a que haja linhas de produção dedicadas para o hardware das consolas). Basicamente aqui teríamos apenas mais um modelo de CPUs Ryzen, e de GPUs Vega/Navi, mas cujo destino seria exclusivamente a PS5.



E perante uma descida de custos, isso poderia levar a que o custo final da consola descesse igualmente, o que permitiria à Sony um produto a um custo bem mais atractivo.

Esta solução, seria não só mais eficiente a nível de custos, mas igualmente de performances, uma vez que uma vez abandonado o conceito de APU para se passar a um PC, e tendo a performance em mente, os consumos ficariam um pouco em segundo plano, e poderiam-se  aplicar velocidades de relógio mais elevadas, permitindo assim o uso de hardware não limitado face aos equivalentes PC, mas também traria uma redução térmica nos componentes individuais que não se sobreporiam. Seria basicamente um PC optimizado, mas que neste caso não seria um PC uma vez que estaria fechado no ecossistema Playstation.

Este rumor é por isso visto com muitos bons olhos por muitos, e levou mesmo a que surgissem questões sobre o motivo pelo qual a Microsoft não fez já isso com a Xbox One X. Teria certamente conseguido já uma consola bem mais potente e a um custo que até poderia ser inferior. Mas aqui a compatibilidade hardware com a Xbox One necessária pelo facto de ser uma consola de meio de geração terá pesado na escolha. Não quer dizer que uma consola com CPU + GPU discreto não pudesse correr jogos da One, mas requeria conversão de comandos para o seu hardware, e basicamente uma emulação de sistema que não tornaria a compatibilidade tão simplificada.

Naturalmente tudo isto não passa de um rumor, mas diga-se que as virtudes de uma escolha como esta são tão evidentes e grandes que se torna difícil não se acreditar que o mesmo tenha uma ponta de verdade. Esta situação não tornaria forçosamente uma PS5 e mesmo uma “Xbox One Next”, numa consola mais barata que a Xbox One X, mas certamente ajudaria a descer bastante os custos de produção, e como tal ajudaria a que os custos de de futuras consolas não disparassem na proporção atual.



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