Rumor: Microsoft trabalha numa consola de 60 dólares para streaming

Será um produto barato, que poderá correr os jogos disponibilizados no XCloud.

Os rumores de uma consola de baixo custo criada pela Microsoft estão aí de novo. O rumor parte de Brad Sams da Thurrott.com que refere que o projecto está em desenvolvimento.

A consola funcionará ligada a uma TV e usará um controlador XBox para funcionar, tendo um poder de processamento reduzido.

No entanto, ao que tudo indica a consola não se limitará a fazer streaming. Esta lidará com o mundo 3D e a navegação no seu interior, mas não fará qualquer colocação de texturas ou rendering do mundo 3D, sendo que todos esses dados serão fornecidos pelo streaming. O mundo 3D serve apenas para garantir alguma solidez no processo de streaming.

O custo desta consola será de 60 dólares.



Não há ainda informações sobre uma possível data de lançamento.

Comentários

A aposta da Microsoft é clara, ao tencionar alcançar as duas alternativas de mercado. No entanto se percebemos claramente a existência desta consola, não podemos deixar de pensar que nos parece existir algum contra-senso na criação e comercialização simultânea de uma consola de 500 euros. E o motivo porque pensamos assim já foi abordado aqui na página.

Se bem se recordam, uma das possíveis consequências na industria da informática da entrada em força do streaming prende-se com o facto que, caso este apresente qualidade, o streaming coloca em causa a necessidade de se ter hardware dispendioso para videojogos, uma vez que com um hardware barato é possível ter-se o mesmo que antes necessitava forçosamente de hardware de milhares de euros.

Daí que a questão que não podemos deixar de colocar é exactamente sobre a aquilo que é a real coerência de se criar um serviço de streaming, uma consola barata para ele, e ao mesmo tempo uma consola de topo que custará 500 dólares.

A questão que surge imediatamente é: Se o streaming apresenta qualidade ao ponto de se tornar atractivo. E não podemos deixar de pensar que o fará dado o investimento de milhões que várias empresas tem colocado na área, e que estarão activas e em concorrência por este mercado, não sendo por isso possível a quem entra relaxar sob pena de o investimento flopar, quais as vantagens que existirão numa consola de 500 euros, que justifiquem a sua compra.



Qualquer mérito que esta consola possa ter não pode passar por um demérito da outra. Se a Microsoft não explorar a sua consola de 60 euros, outros o farão, criando consolas que corram sob o serviço. E a qualidade desta consola não pode colocar em causa todo o conceito do Xcloud,

Daí que os dois extremos sejam bem diferentes:

Um caso tem um investimento de 60 euros, o outro de 500.

Um caso por 500 euros tem a consola e quase 4 anos de acesso ao serviço de streaming (aceitando um preço de 10 dólares como no Gamepass), o outro pelo mesmo preço só tem acesso à consola. Para acesso aos mesmos jogos, pelo mesmo tempo precisa de pagar 940 dólares.

Poderá surgir aqui uma comparação com a realidade dos smartphones. Afinal as empresas tambem apostam em topos de gama, e modelos de entrada de gama, sem que se prejudiquem.



Mas será que podemos comparar isso com este caso?

Na realidade não parece! Porque se num smartphone há claras diferenças entre os modelos entrada de gama e os de topo, aqui aquilo que é o ponto forte de vendas de uma consola (os jogos e a qualidade do jogo), serão semelhantes. O que há a mais, como o leitor de BD, a performance, a memória, o melhor GPU, na prática traduzem-se numa mão cheia se nada, uma vez que o produto inferior deverá apresentar resultados e capacidades semelhantes mesmo sem isso. Algo que nos smartphones não acontece.

Resumidamente, sem se deixar de reconhecer que uma consola superior pode trazer vantagens, a questão é: Elas valem 440 dólares?

Esperemos que sim. Certamente a Microsoft terá ponderado tudo isto e terá diversificado a sua oferta de forma a tornar ambos os produtos atractivos, e simultaneamente não concorrenciais.

A esperança no meio de tudo isto é que o streaming ainda seja prematuro, tornando assim a compra do hardware em algo que justifique. Mas será que as empresas andam mesmoma investir milhões e milhões de dólares em algo que não vai ser atractivo?



 

 



error: Conteúdo protegido