Um relatório do Departamento da Cultura, Media, Comunicação e Desporto refere que alguns representantes da indústria dos videojogos mostram uma preocupante falta de honestidade no que diz respeito a este assunto. E nesse sentido o governo pretende intervir.
As loot boxes são uma praga cada vez maior nos videojogos, introduzindo uma componente sorte que nada tem a ver com aquilo que o gaming é, e introduzindo componentes gambling neste meio.
As loot boxes são usadas como mecânicas, muitas vezes até pagas, de progressão. Mas a componente sorte causa desequilibro naquilo que deveria ser competição, introduzindo assim a vontade de mais aquisições, pagas, para repor esse equilíbrio.
Os prémios das loot boxes nunca podem ser previstos com precisão, e isso quer dizer que, mesmo indicando o tipo de prémio que se irá ter, estas ficam sempre dependentes da componente sorte, e como tal podem ser consideradas como mecânicas de jogos de sorte e azar.
Alguns países consideram as loot boxes como ilegais por isso mesmo, e o Reino Unido pode ser o primeiro dos grandes mercados a proibi-las. O motivo é um relatório do Departamento da Cultura, Media, Comunicação e Desporto que, de forma preocupante, referem que há falta de honestidade nesta prática, sendo que estes não divulgam dados sobre que possíveis vícios estes mecanismos podem causar.
Sinceramente entre um jogo oferecer um caixote com algo que se desconhece, ou dizer logo à partida o que ele contêm, mesmo que gerado aleatoriamente, torna-se preferível. Mas a questão é que se isso funciona com loot boxes ofertadas aleatoriamente, quando há venda de loot boxes, esta situação não se torna desejada pelos produtores. E sendo as loot boxes uma grande fonte de dinheiro, a situação torna-se preocupante.