Reguladores Europeu e do Reino Unido vão lançar segunda fase de investigação ao negócio de compra da Activision

No prazo fornecido, a Microsoft não entregou nenhum documento que pudesse tranquilizar os reguladores quanto às suas preocupações.

Conforme notíciamos à alguns dias, o regulador do Reino Unido mostrou sérias preocupações com o negócio da compra da Activision pela Microsoft, mostrando receios que a Microsoft com a compra pudesse usar a sua posição já dominante no mercado dos serviços de subscrição, Cloud e Streaming, para esmagar a concorrência, pretendendo garantir que jogos como COD se mantém multiplataforma, e que todas as empresas no ramo dos videojogos possuem igual acesso a este jogo para acréscimo nos seus serviços de subscrição.

Basicamente o que isto quer dizer é que Call of Duty não se poderia tornar um jogo exclusivo Xbox, e que a Microsoft não poderia oferecer no seu Gamepass sem oferecer aos outros, a preços normais de mercado, a possibilidade de estes o terem tambem nos seus serviços de subscrição, neste caso o PSN Extra.

Perante estas preocupações o regulador deu um prazo de 5 dias para que a Microsoft pudesse apresentar documentação em que se comprometia a fazer isto mesmo, dando assim garantias que tal não aconteceria.

Mas findo o prazo… a Microsoft nada apresentou, o que vai levar a que este regulador irá agora iniciar uma segunda fase, que atrasará a aprovação da compra, caso venha a existir, por um prazo que pode ir até aos 7 meses.

Será de notar que o título refere que os reguladores Europeus irão igualmente dar início a uma segunda fase, sendo que no entanto os mesmos nunca se pronunciaram sobre a primeira fase. No entanto estes vieram comunicar que não o fizeram pois a Microsoft ainda não submeteu o processo a Bruxelas, mas que, independentemente do que ali for entregue, pela complexidade que este regulador vê no processo, o mesmo referiu que irá avançar sempre para uma segunda fase de averiguações, tal como no Reino Unido.

A investigação será assim entregue a entidades independentes, que irão agora recolher dados e proceder a um estudo de mercado que verifique se os receios dos reguladores tem ou não razão de ser.

Será de se referir que ao mesmo tempo em que a CMA referia explicitamente que tinha receio que a Microsoft se aproveitasse dos jogos da Activision para promover o Gamepass deixando a Sony de lado, algo que reconhecia ser apenas um receio pois nunca nenhum dos jogos tinha sido anunciado no serviço, a Microsoft anunciava no seu serviço esses mesmos jogos.

Recorda-se igualmente que o histórico da Microsoft junto de união Europeia por incumprimento de acordos é muito mau, tendo esta empresa levado com algumas das maiores multas alguma vez aplicadas pela UE a empresas.

E nesse sentido, as coisas poderão ter subitamente tomado um caminho pouco desejável para a Microsoft, sendo que, de um momento para o outro, aquilo que parecia ser algo totalmente a correr sobre carris, encontrou um obstáculo que poderá ser ultrapassado, mas que poderá igualmente “parar o comboio”.