É difícil de prever o que será o futuro dos videojogos. E a realidade virtual não nos parece que reúna as condições para o fazer. Mas que ela bate tudo o que já foi feito até hoje… isso sem dúvidas!
Continuo a dizer, a realidade virtual necessita de ser usada com moderação. Não prevejo longas sessões de uso da mesma, e o seu uso, se não for moderado, poderá acarretar graves prejuízos para os olhos. Para além do mais, a realidade virtual pode causar confusão a certas pessoas pelo facto de os restantes sentidos não acompanharem aquilo que o cérebro está a ver.
Apesar de pessoalmente me sentir bastante confortável com o uso de óculos de realidade virtual, não posso negar que senti extremo desconforto, e mesmo náuseas fortes, quando experimentei o Driveclub VR. A sensação de velocidade era fantástica, mas as travagens e as curvas, não acompanhadas pelos restantes sentidos do corpo causam enorme desconforto. Digo que se não tirasse os óculos da face, poderia mesmo vomitar.
Mas de resto tenho experimentado tudo sem grandes problemas. E posso dizer que estou maravilhado com o VR. Mais especificamente, com o Playstation VR!
A experiência VR é impossível de ser descrita. Podia tentar explicar aqui e não ficava nem perto de conseguir descrever o que aquilo é! Se já alguma vez usaste uns óculos VR para veres filmes 360 graus no teu telemóvel, então… ESQUECE! É que não tem nada a ver!
Usar os óculos VR dentro de um universo 3D é algo fantástico. A sensação de se estar lá é… completa! O universo existe à tua volta, tem volume, e reage de acordo com os teus movimentos, sendo que podes interagir com ele. É qualquer coisa, e uma sensação que ver videos no Youtube não consegue de forma alguma traduzir.
Quem já usou óculos 3D na sua TV sabe como o efeito de profundidade e volume pode existir. E ali temos exactamente o mesmo! Mas a diferença é que não estamos limitados à dimensão do ecrã. Estamos dentro do mundo, e ele rodeia-nos! É como se tudo existisse!
O mais fantástico é a forma como podemos interagir com ele, mas de forma pura e simplesmente perfeita! Apontar uma arma é um movimento natural, alcançar um objecto é um movimento natural, tudo soa a natural. Os movimentos do corpo traduzem-se em igual distância de movimento no mundo virtual, pelo que, por exemplo, alcançar uma gaveta, corresponde a um movimento de braço ajustado à distância que vemos. Tudo bate certo e nada é anormal, sendo que os comandos MOVE da PS3 são as ferramentas adequadas e ergonómicamente adaptadas a tudo isso. São basicamente perfeitos para este tipo de situações!
Depois dentro dos jogos há sensações para todos os gostos. Jackal Assault e Battlefront – X-Wing mission VR metem-nos dentro de uma caça espacial e a sensação de estarmos realmente nesse universo e dentro do cockpit é pura e simplesmente gigante. Podemos interagir com os comandos, pressionar as teclas, espreitar para os lados, para trás, etc. Acreditem… é surreal!
Driveclub VR faz o mesmo com os automóveis. Ali temos os interiores dos carros como se fossem reais, e com os mostradores plenamente funcionais. Infelizmente aqui o jogo perde qualidade face à versão standard, mas também precisamos de ver que estamos perante um jogo que foi problemático, que não tem já suporte, e cuja equipa de desenvolvimento já não pertence à Sony tendo abandonado o desenvolvimento desta versão VR à algum tempo.
Mas experiências como Batman: Arkham VR são a nata da nata! Aqui somos o Batman, sentimos-nos o Batman, podemos usar os gadgets do Batman, e mesmo ver as suas naves e automóveis. Pena que a equipa não nos tenha deixado entrar dentro deles, e que a experiência seja curta, mas o VR é ainda um produto acabado de aparecer. Mesmo assim, este jogo é das experiências mais fantásticas que já experimentei com o VR.
O que posso dizer é que estou vidrado no VR. Resoluções 4K, HDR ou outros… tudo isso são migalhas à beira do que o VR pode oferecer! E poder experimentar isso nesta fase… é algo de fantástico. E o futuro, mesmo que possa vir a ser adaptado e ajustado, certamente passa por aqui.