Após uma fase onde os artigos sobre as vantagens da PS4 pareciam estar em voga, eis que aparecem os artigos sobre as vantagens do PC face às consolas. E nesse sentido resolvemos meter a colherada nesse barulho.
Qual será melhor? Uma Consola ou um PC?
Esta é a discussão eterna. Quase em tudo semelhante à do Ovo e da Galinha. É que se é lógico que a Galinha nasceu de um ovo, também é lógico que alguém teve de o por (apesar de que como sabemos isto não é bem assim 🙂 ). E aqui as lógicas são em tudo semelhantes.
Se é certo que um PC é melhor que as consolas, é igualmente certo que as consolas são melhor exploradas que os PCs. E nem precisamos de ir muito longe para chegarmos a essa conclusão uma vez que basta percorrer a história dos videojogos para nos apercebermos dessa realidade.
A Xbox foi lançada em 2005, a PS3 em 2006. Mas vamos até ser benevolentes com esta análise e falemos do software de 2008. Nessa altura os PC’s possuíam processadores i7 e as placas gráficas eram duas gerações mais recentes que as das consolas.
A questão surge então de forma clara. Eram os jogos PC da altura melhores que os jogos das consolas actuais?
E a resposta é um rotundo NÃO.
Existem vários motivos para esta resposta e que mostram claramente as vantagens das consolas face aos PCs. E vamos enumerar as mesmas de seguida:
1 – O custo de um PC
Um PC topo de gama não é barato. Pode custar mais de 2000 euros. É certo que é um sistema potente e que durará vários anos, mas a um custo nada competitivo e nada acessível à maior parte dos utilizadores. Quer isso dizer que os PC de qualidade não estão acessíveis a todos, e sendo os jogos realizados para serem vendidos em quantidade, há que se abranger o maior número de máquinas possível. E isso significa nivelar por baixo e limitar as potencialidades que um sistema melhor pode oferecer.
2 – A pirataria e as fracas vendas do software PC
Desenvolver com o PC em mente é algo que se está a tornar uma raridade. A pirataria no sistema é a um nível tal que as vendas acabam por ser reduzidas. A solução passa pelo uso de DRM’s castrantes que limitam os utilizadores causando problemas que podem chegar a tornar a experiência de jogo uma frustração. E bons exemplos foram Diablo III e Sim City.
Desta forma, pensando em cobrir os lucros associados à criação de um bom jogo, as consolas surgem como primeira opção. E tal, mais uma vez, limita as potencialidades dos PCs.
3 – O que pode ser obtido por igual custo
Mesmo que Xbox 720 ou PS4 venham a custar 600 euros (e deverão custar menos), o que se pode no mercado PC obter com esse valor?
Na realidade muito pouco. Podemos certamente montar um sistema com uma potência equivalente ou mesmo superior à anunciada pela Sony, mas estamos com isso basicamente a igualar o que a PS4 pode oferecer, e não a mostrar superioridade. Mas depois aplica-se tudo o que foi dito acima nos pontos 1 e 2 ao estarmos a nivelar o mercado PC por baixo, e ao termos menos suporte de jogos do que se investíssemos numa consola.
4 – A salgalhada do harware PC
Não se julgue que um sistema PC, ao ser mais potente que uma consola, facilmente mostra essa superioridade. É que no caso das consolas, todas são iguais. Quer dizer que se uma situação pode ser optimizada para o seu hardware, ela será optimizada para todas. Já nos PCs essa realidade não existe. Milhões de combinações de hardware, incompatibilidades diversas, níveis de suporte diferente do hardware (Dx 8, Dx 9, Dx10, Dx 11, etc), e uma quantidade enorme de outros factores, levam a que não seja tão fácil garantir a performance em todos os sistemas.
5 – O rendimento que se tira das consolas.
As consolas actuais estão equipadas com hardware de 2005 e 2006. E a realidade é que, com mais efeitos ou menos efeitos, estão a executar software do mais complexo e mais belo alguma vez criado. Quer isso dizer que estamos perante um aproveitamento do hardware como nunca foi visto no PC. Comparativamente, nunca nenhum PC com a potência da PS3 ou Xbox 360, e equipado com uma placa gráfica equivalente, alguma vez apresentou jogos assim. E mesmo que tenham algum desses sistemas lá por casa, eles actualmente não conseguem executar as versões PC dos jogos actuais, e que se executam sem problemas na consolas. É uma questão de optimização e do conhecimento profundo de um hardware que ao longo dos anos deixa de ter segredos.
Qual é então melhor? Uma consola ou um PC?
Falando estritamente da perspectiva de máquina de jogos, o PC é certamente superior. Mas o preço pago por essa superioridade poderá não compensar. E mais ainda é um sistema que tem um futuro bastante incerto neste campo devido à pirataria actual.
O facto é que quem comprou um PC em 2005 com uma potência igual à das actuais consolas não só pagou bem por ele como certamente já o trocou uma ou mais vezes. Já as consolas continuam a dar e vender, mostrando que para jogos são certamente a melhor opção possuindo uma vida útil superior e um aproveitamento do seu hardware sem igual.