Desde que o Gamepass foi introduzido que sempre reconhecemos o seu potencial valor para o cliente. No entanto sempre o vimos como uma ameaça para a sustentabilidade da industria. E é exatamente esse tipo de situações que ele está a causar, que o estão a matar.
Olhar para um negócio como o Gamepass tem sempre 3 perspectivas:
- A perpectiva do detentor do serviço
- A perspectiva do cliente
- A perspectiva do produtor.
Ora para o serviço funcionar estas três perspectivas tem de se alinhar. Afinal sem o detentor do serviço não há nada para ninguém, mas sem os clientes, o negócio não se sustenta, e sem os produtores de conteúdos, tudo vai por água abaixo.
E conjugar estas três perspectivas no Gamepass é algo difícil, senão mesmo impossível. Pelo menos, pelo que se tem vindo a verificar até hoje!
As perspectivas idílicas
A perspectiva idílica do detentor do serviço
Um serviço capaz de oferecer centenas de jogos a baixo custo terá de ser visto pelo detentor do serviço como uma mina. À primeira vista aquilo que se visualiza é que os clientes ocorrerão em massa, e que rapidamente o serviço terá milhões de clientes, afastando os clientes das plataformas rivais, captando o mercado, e gerando biliões de receita mensal.
É uma situação que só tem virtudes. E um motivo mais do que suficiente para se apostar no negócio.
Maior visibilidade aumenta as vendas, seja do produto, seja de conteúdos, traz maior engajento, maior aceitação de diversidades de gêneros de jogos, Ou pelo menos assim se anunciava!
A perspectiva idílica do Cliente
Para o cliente este negócio é um negócio da china. Porque pagar 80 euros por um jogo que se joga 3 meses, se 80 euros dá para 5 meses de serviço, com acesso a mais de 200 jogos, incluindo jogos acabados de lançar?
É claramente uma poupança enorme, e uma situação de todo o interesse para todos!
A perspectiva idílica do produtor
Falar de uma perspectiva idílica do produtor é um pouco mentir, pois na realidade, com excepção de pequenos produtores que facilmente pagavam o custo do seu jogo, um serviço como o Gamepass é dificilmente vantajoso! Mas para os pequenos, não só os jogos se pagam como alcançam uma visibilidade que nunca seria alcançada sem o serviço.
Já para jogos de grande custo, o Gamepass revelava-se um risco, e a adesão mais maciça no inicio aconteceu apenas devido aos dados revelados pela Microsoft de que o Gamepass aumentava vendas, visibilidade, engajamento, etc.
As perspectivas realistas
A perspectiva idílicas infelizmente não se tem revelado uma realidade, sendo que, pela reação até hoje, parece que só funciona num mundo utópico. E isto porque ela de forma alguma se enquadra com as outras duas perspectivas! Vejamos:
A perspectiva realista do detentor do serviço
Rapidamente a Microsoft, com o Gamepass apercebeu-se de uma realidade. A adesão ficou abaixo do esperado! E isto porque as perspectivas realistas do cliente e dos produtores, não se adequavam ao que a Microsoft dizia.
A Microsoft apercebeu-se rapidamente que o serviço trazia grandes volumes de receita mensais, mas que para manter os clientes a pagar… precisava de fazer despesa para manter o conteúdo sempre atualizado.
O grande senão dessa situação é que este serviço acaba por trocar um modelo onde a Microsoft ganhava 30% em todas as vendas realizadas na sua consola, por outra onde a Microsoft tem de pagar os jogos que entram no serviço que pretende vender.
E isso quer dizer que as receitas, apesar de altas, são acompanhadas por um acréscimo enorme de despesa, reduzindo assim as suas margens de lucro.
A piorar a coisa, o cliente foge ao pagamento, opta por 1001 esquemas onde não paga sequer o valor da mensalidade, aderindo por vários anos a esse custo, e tornando o crescimento do serviço problemático pois a receita já entrou no inicio, na altura do pagamento, por largos meses, mas depois não entra mais. Já a despesa… essa é constante, e crescente dado o aumento do custo de produção dos videojogos.
A situação torna-se um problema e implica que as produções dos estúdios da Microsoft diminuam a qualidade (que historicamente nunca foi a melhor), como forma de contenção de custos, e com excepção de alguns jogos já em produção quando da compra dos seus estúdios, os jogos produzidos revelam-se maioritariamente de menor interesse face aos da concorrência.
E vemos assim a Microsoft precisar de lançar jogos rapidamente e consequentemente, devido a essa necessidade de pressa, inimiga da perfeição, vimos-la a afundar um dos maiores franchising do mercado, como era o caso de Halo, e a lançar jogos exclusivos como Redfall e Crossfire X (lançado a 10 de Fev 2022, e com os servidores encerrados a 18 de Maio de 2023), que nunca deveriam sequer ter visto a luz do dia dado o estado miserável em que se encontravam.
Outra perspectiva que a Microsoft negligencia é a canibalização das vendas, quer dos jogos no serviço, quer dos jogos fora dele, e que, tem agora levado alguns produtores a questionar o interesse de suportar a Xbox dadas as fracas vendas de jogos na plataforma.
O resto… é uma pescadinha de rabo na boca! Sem vendas de jogos, e sem os exclusivos de elevada qualidade, o suporte cai, a optimização torna-se pior, e a Xbox torna-se uma consola de segundo plano. Tal tem consequências nas vendas, e a consola cai a pique, com alguns mercados relevantes a mostrarem que o interesse na consola está tremendamente baixo.
A Microsoft basicamente esqueceu aqui a fórmula mágica das consolas que é:
– O interesse de ter uma plataforma é o ter receita sem custos, o que era obtido pelas royalties de 30% dos jogos de terceiros vendidos. E trocou isso pela receita de um serviço onde paga para colocarem os jogos.
– Os exclusivos existem para que o cliente opte pelo seu produto em detrimento de outro, fazendo o ponto anterior funcionar.
A perspectiva realista do Cliente
Já referimos em cima o que aconteceu ao cliente. O cliente Xbox ou se habituou ao serviço, querendo pagar pouco e que tudo seja lançado nele, descendo o seu volume de compras de jogos fora do mesmo, levando às consequências acima referidas, ou nem sequer adere ao serviço perante a consciência que o mesmo não é tão interessante como isso.
Ora uma realidade do lado do cliente que as páginas web e foruns parecem ignorar, é que tanto páginas como fóruns lidam com um nicho de mercado dentro do mercado das consolas. E este não é nem mais, nem menos do que o mercado mais activo e que mais joga de forma diversificada, e investe.
Mas o grosso do mercado das consolas não é assim. Olhando para a PS4 vemos que o attach rate da consola foi de 16 jogos vendidos por cada consola vendida. Ora eu quase que apostaria que quase todos os que lerem este artigo e que tenham tido essa consola (e o raciocínio aplica-se igualmente a todas as outras), facilmente perceberão que, somando jogos físicos e digitais, pagos e/ou gratuitos, passam o valor do attach rate anunciado (sejam possuidores da PS4, Xbox, Switch ou outra consola, comparando com os attach rates da mesma).
Com isso percebem a realidade de que quem anda ativo por estas bandas não é o cliente médio, mas sim o cliente anormal que gasta mais dinheiro (as chamadas baleias). E que o grosso do mercado das consolas, na realidade investe muito pouco na mesma, comprando apenas uma mão cheia (ou menos) de jogos em toda a vida útil da consola.
Ora essas pessoas não aderem a mais jogos pelo simples facto que são jogadores mais casuais. Pessoas com vida, cujo tempo para jogar é mais limitado. E como tal pessoas às quais a adesão a serviços pagos mensalmente e que não dão pleno uso, é algo que não interessa.
Por outras palavras, quando se fala que o mercado das consolas é um mercado de 200 milhões de clientes, esperar que mais do que os 25 milhões de assinantes existente no Gamepass apareçam do pé para a mão é utopia. Uma grande fatia deste mercado, senão mesmo a maior, nunca estará interessada num serviço de pagamento mensal que não vai utilizar.
Mas temos ainda mais situações a referir:
Um estudo recente veio referir uma realidade que os detentores destas plataformas tinham obrigação de ter analisado antes de se meterem numa aventura dessas. E o estudo refere que, “60% de todo o tempo dedicado aos jogos, foram para jogos com 6 ou mais anos de idade“.
Ora quando 60% do tempo dispendido por todos os jogadores é em jogos como Grand Theft Auto V, Counter-Strike 2, Roblox, Minecraft, Rocket League, Apex Legends, Fall Guys, Valorant, e Call of Duty (antigos), percebe-se que estas pessoas não estão interessadas num serviço de pagamento mensal. Até porque estes jogos que jogam são maioritariamente gratuitos, e os que não o são, estão a preços irrisórios.
A grande questão depois é perceber até que ponto este tempo de jogo usado nestes jogos se sobrepõem com o mercado de clientes mais activo, pois se são esses os que podem estar interessados em pagamento de serviços que lhes desçam os custos, se eles jogam estes jogos, o interesse pelo serviço decai ainda mais.
Basicamente, o interesse por um serviço como o Gamepass mostra-se de alcance questionável, e perante aquilo que vimos serem as consequências nas vendas e na própria consola, está longe de ser algo desejável.
Assim sendo, não admira que a Microsoft, perante uma Xbox decadente, venha procurar vender os seus títulos nas consolas rivais. O fosso que cavou foi de tal forma, que as alternativas para cobrir a despesa de forma imediata eram escassas.
A perspectiva realista das empresas
O que as empresas rapidamente perceberam foi que, ou a Microsoft abria bem os cordões à bolsa para colocarem lá os seus jogos, ou o Gamepass não era um serviço de interesse.
As noticias eram aos magotes:
83% das vendas fisicas de Outriders foram na Playstation
86% das vendas de Talkes of Arise foram na Playstation
82% das vendas de Life is Strange foram na Playstation
73% das vendas de NBA 2K3 foram na Playstation
93% das vendas de Hades foram na Playstation
Apesar de todas estas noticias dizerem apenas respeito a vendas físicas e ao mercado do Reino Unido, esse é o segundo maior mercado do mundo, e mostravam já em 2021 o impacto que o Gamepass estava a ter nas vendas.
E estava longe de ser bom!
Para quem achar que o mercado Europeu não é o mais relevante, desengane-se! Porque para muito jogos é mesmo o principal mercado! Tekken, por exemplo, tem um total de 55 milhões de unidades vendidas em todas as versões até hoje lançadas deste jogo. E dessas cópias, 51% foram conseguidas no mercado Europeu, com o mercado Norte Americano a representar apenas 30% das vendas.
Por aqui se percebe que este mercado pode ter mais peso na venda de alguns jogos do que o Norte Americano, e que o insucesso aqui pode ditar muita coisa no que toca à representatividade futura e qualidade ou mesmo continuidade do suporte de uma consola.
Basicamente a XBox, sem vendas relevantes, torna-se uma consola de pouco interesse para suporte, que mantém o mesmo por um motivo que é um trunfo seu. A compatibilidade do OS e APIs com o PC!
Mas as ultimas noticias que chegam não são assim tão boas, pois como Christopher Ding da Gamesindustry.biz nos deu a conhecer, na ultima Game Developers Conference, eram várias as empresas a ponderar o suporte futuro à Xbox.
Tudo consequência de más vendas, e de tudo o acima exposto. Que tem como base… a insistência no Gamepass.
Conclusões
A velha máxima que sempre vendeu consolas mantem-se uma realidade: Grandes jogos, vendem consolas
A Microsoft apostou em vender consolas não com grandes jogos, mas com muitos jogos. Não com qualidade, mas com quantidade, algo que as necessidades do Gamepass em manter clientes pagantes ativos exige. E o tiro, pelo exposto acima, saiu-lhes pela culatra.
A imagem da XBox está num baixo histórico, o que se percebe pelas vendas, onde apesar da existência de uma consola de baixo custo, estão piores do que as da Xbox One, e se com os seus jogos dia um no PC, a consola já perdia a maior parte do seu atrativo, com a colocação dos mesmos nas consolas rivais, a consola torna-se um produto de muito pouco interesse.
E percebemos isso claramente quando vemos que face ao que existia antes, e que criou este descalabro, tudo o que mudou… Não foi para melhor! A consola Xbox atualmente é um produto perfeitamente dispensável, sendo que a sua não posse não impossibilita que não se desfrute dos jogos que saem para ela… No dia 1.
A nosso ver, a aposta intensiva num serviço de subscrição ao estilo do Gamepass foi a pior coisa que poderia acontecer aos videojogos, e a Xbox tem vindo a pagar isso bem caro! E esta afirmação não será novidade para quem nos acompanha pois vimos a dizer isso há vários anos, e a prever que no meio de um serviço com estas características, algo teria de ceder.
Agradeçamos por isso que as restantes empresas do mercado tenham tido a consciência disso mesmo, e apesar de a Sony ter apostado igualmente num serviço de subscrição, os moldes são bem, mas mesmo bem diferentes dos do Gamepass, tornando a sua oferta uma alternativa, mas não um concorrente ou ameaça às vendas tradicionais.
No meio de tudo isto, lamentavelmente, pode-se perder a Xbox… Uma consola que na era 360 se revelou um must-have, e que poderia ter crescido exponencialmente se as politicas aplicadas na altura se tivessem mantido. Mas infelizmente a Microsoft só vê domínio de mercado e lucros, pelo que se atira de cabeça na perspetiva de dominar. O tal All-in que Satya Nadella refere, e que podia ter sido efetuado com um investimento na qualidade e não na quantidade.
Felizmente para eles, são demasiadamente grandes para se afundarem, pelo que quando a coisa corre mal, apenas mudam o rumo… mesmo que isso implique sacrificar muita coisa pelo caminho. E como contam com um conjunto de seguidores evangelizados (usando a definição interna da Microsoft), que faça a empresa o que fizer, para eles está tudo bem, a empresa passa entre os pingos da chuva.
Mas se a luta entre David e Golias ficou na história, certamente que no futuro o que se passou até aqui, com esta queda da XBox, também ficará… E se na primeira história o David ganha por explorar um ponto fraco do Golias, aqui a Xbox cai por erros próprios, pois a pequena Sony, essa na realidade nunca teria qualquer hipótese. E não fosse a falta de competência interna de um senhor chamado Phil Spencer, que incompreensivelmente ainda se mantém no cargo, e nunca percebeu realmente o que faz mover a industria das consolas, a história atual poderia ser bem diferente!
O Futuro próximo da Xbox infelizmente vai ser:
Sem exclusivos, sem consola e sem mulheres bonitas!
Tudo aponta que sim
Confesso que a Sony me preocupa um pouco também, embora eu compreenda algumas atitudes dela – seja pra ser responsiva a concorrência ao mercado, seja pra tentar expandir-se – algumas ações parecem de pura ganância e inconsequentes, e salvo pela Nintendo, não descarto um novo crash de mercado, porque como os lucros da Sony indicam, qualquer erro pode mostrar-se quase fatal. E se perder a mão, pra voltar aos trilhos é bem difícil.
Sobre o artigo em si, se o Gamepass tivesse funcionado, teria engolido toda a indústria. Os Devs ficariam escravos dele como principal meio de rentabilizar-se e provavelmente se venderiam quando, por quanto e para a MS assim como ela quisesse. Ainda bem que não deu muito certo e a um tempo em que ainda pode ser percebido sem destruir muito.
Coisas bem diferentes.
A Sony tem um investimento mais alto que qualquer outra empresa pois os seus produtos são de altissima qualidade. O apostar no PC e nos serviços é algo que se revela uma necessidade! E a Sony teve de o fazer, mas de uma forma bem mais responsável e menos danosa. Agora fugir a isso… perante os custos atuais, ou implicaria jogos a 120 euros, ou optar por atitudes identicas.
Já a Nintendo não se preocupa com isso. E não se preocupa porque vende a 60 euros jogos cujo custo de produção é uma bagatela. Onde a captura de movimentos, não existe, onde o grafismo foto realista não existe, etc. E porque vende, 7 anos depois do seu lançamento, uma consola com hardware de telemóvel, e cujo atual valor de mercado desse hardware não deverá passar os 80 euros, a 350 ou mais euros.
Basicamente a Nintendo sempre explorou os seus clientes. Não que seja a mais cara, mas porque perante o que produz e o hardware que usa, se usasse as mesmas margens de lucro, seria bem mais barata!
Não quero com isto dizer que não critico muitas escolhas da Sony… e uma delas é o suporte adicional ao PC, bem como o facto de exigir PSN na consola e não no PC. Mas o certo é que face ao que a Microsoft faz, a coisa é bem diferente.
Ainda tenho dúvidas sobre esses custos, Mário, sobretudo do quanto deles são resultados de má gestão, ou estão pouco explicados.
Mas presumindo que sejam verdade e resultado de boa gestão, pouco se explicam, sobretudo no caso de Spiderman 2, que é um excelente jogo, mas não revolucionário, não há uma engine nova por trás nem nada disso a justificar custos de 300mi de USD.
Por fim, a necessidade de ir ao PC, pra mim soa mais como um desejo de expansão mesmo e o de agradar e atrair acionistas, que no fim querem mais lucro, mas se a coisa não vingar no longo prazo (evasão do console), quem mais perde, não serão eles, será a empresa mesmo. Vamos ver como isso corre ao longo do tempo e transcorrer das gerações.
esses orçamentos inflados parece ser um negocio que Hollywood também estava fazendo recentemente.
“Despeja dinheiro que o público vai notar o valor gasto e assistir/comprar”
Sabe aqueles filmes com o The Rock, Jango não sei o que que foi um baita flop?
200M de orçamento
E Duna 2? foi 190M
Agora assisti o trailer de ambos… O Jango não sei o que parece um episódio de Série de TV perto do Duna 2.
Então a verdade que eu acho que o pessoal da Sony liberou muita grana para os jogos e o pessoal gastou tudo mesmo no jogo e pronto….
Gastou com coisa que ninguém percebeu ou nem precisava pq o sujeito que fez o jogo queria fazer.
É igual tu liberar orçamento infinito em qualquer área que o sujeito faz o negocio pq gosta e pq quer, além de ser o trabalho dele… O orçamento vai lá para cima.
Quando tu for ver, no Spider2 tem coisa feita que ninguém viu ou jogou…
Efetivamente eu concordo que é incomprêensivel como um jogo que se apoia sobre todo um trabalho existente e que pega numa base já existente, tem subitamente um susto de 300 milhões, e por muitas voltas que dê, a coisa nem sequer faz um minimo de faisca no que toca à coerencia e lógica.
Mas boa ou má gestão, o custo está lá… e não duvido dele. Daí que com esses custos, há que se rentabilizar o produto.
Acredito porém que será possível reduzir-se esses custos. Os programadores e as equipas por detrás dos jogos tem de perceber que estão a colocar-se a si mesmo em risco ao desenvolverem a estes custos. E que arriscam a irem todos para o desemprego.
Isto porque um descalabro na industria não lhes dá alternativas para onde irem trabalhar, especialmente numa altura em que os seus postos de trabalho podem ser colocados em causa devido à IA:
Daí que acredito que a Sony irá conseguir cortar nos custos… Aliás, tem mesmo de o fazer sob pena de um flop poder implicar fechos de estúdios, mas teremos de ver.
Só pra deixar claro, eu não duvido da informação, questiono é se ela é realmente um fato, já que resulta de fuga de informações da empresa e não de pronunciamento oficial, então é complexa a questão, e presumindo que isso seja totalmente verdade, pois a Sony se calou, assusta um bocado.
[OFF] Ao ler um artigo de entrevista de um dos representantes da Epic, acho surpreendente atribuírem aos demais, agentes externos, problemas inerentes de sua ganância e limites próprios, que são conseguem perpassar. Soa-me “engraçado”, pra não dizer absurdo, os ditos “liberais na economia” ainda vibrarem com intervenções estatais (diga-se de novas leis sobre domínio econômico e resultados de sentenças judiciais) que invadem a propriedade privada e conquistas alheias, sim porque o iPhone é um ecossistema construído pelo mérito de uma empresa, a Apple. E pior, acho um absurdo que estejam construindo um sistema fechado, mas que não se baseia em hardware próprio, como Fortinite, em que, lá dentro, no fim, é um sistema fechado como outro qualquer em que não existem lojas de terceiros pra venderem outros jogos, mundos e acessórios e etc., lá não existem lojas de terceiros que não pagam comissões ao único detentor detentor da plataforma, tudo é deles; assim, como desejam a quebra da Apple, com uma loja lá dentro desse ecossistema, ou melhor, um ecossistema dentro de outro ecossistema, pegando pra si, toda e qualquer comissão daquele que construiu aquele primeiro ecossistema. É uma sociedade hipócrita onde cada um só vê seu lado (generalização), essa conversa é um completo engodo. E digo mais, tão logo consigam isso, avançaram pra cima da |Sony e da Nintendo, para destruir o negócio alheio e ganhar qualquer comissão sobre jogos que hoje fique na mão dessas, porque mesmo sem ganhar qualquer comissão, tendo lucro 0 em suas lojas, conseguem quebrar as receitas do negócio alheio.
https://www.eurogamer.net/epic-games-mobile-gatekeeping-is-at-the-heart-of-why-the-industry-is-in-a-rut
Essa EPIC tá com uma acessória de imprensa da MS é? Uma versão totalmente na agressividade mesmo.
Ficam dando entrevista para ver se a Apple responde “em fórum público” igual o Phill Spencer gosta tanto de fazer?
A EPIC perdeu, perdeu na UE, perdeu o processo no EUA e agora foram chorar para o Departamento de Justiça junto com a MS.
Não adianta ficar indo a público encher o saco para ver se consegue alguma coisa… Era tudo que faltava, ativismo político “pro consumidor” vindo de empresa?
Sem qualquer relação com o que dizes, vou só dar a conhecer como vai a minha experiência com o iPhone.
E mato já qualquer curiosidade… Reconhecendo que o iPhone é um grande telefone, estou incapaz de o aceitar por, pura e simplesmente achar que ele está bastante atrás do android, particularmente após o Android 15 e as alterações que estão anunciadas existirem.
Eu engoli a questão dos toques, porque são coisas que não se fazem regularmente.
Fiquei podre, mas engoli, com a falta de sistinção de volumes para o sistema, os jogos, os toques e os alertas. Basicamente o iPhone só separa o som de toque de tudo o resto… e mesmo isto, tem de ser activado pois não acontece por defeito.
Abominei quando tentei remover um objecto de uma foto e percebi que o iPhone a nível de edição de imagem não faz nada por defeito exceto aplicar filtros às fotos, obrigando a software externo, mas engoli.
Passei-me dos carretos quando alguns amigos trocavam fotos e vídeos entre eles, mas não me conseguiam nadar nada de forma simples, porque o iOS e o android não se ligam um ao outro, mas engoli.
Quase arranquei os cabelos quando percebi que algumas aplicações, mesmo para se usar as componentes gratuitas, activam uma subscrição que tenho de manualmente desligar, ou a cobrança vai ocorrer, mas engoli.
Desesperei quando números estrangeiros me começaram a ligar sem caller ID e percebi que o iOS não tem uma opção para bloquear números anónimos, e a opção que existe para bloquear números desconhecidos bloqueia absolutamente tudo que não está na lista de contactos.
Mas quase atirei o telefone à parede quando percebi que queria comparar duas faturas enviadas por e-mail e o iphone não permite nem abrir duas instancias do mesmo programa, nem (desde o ios 17) colocar o ecrã em modo dividido.
Basicamente se isto está bem para outros, para mim não dá!… Não dá mesmo!
E se queria o iPhone porque desvaloriza menos, recuar alguns anos nas capacidades para ter essa benesse, é algo que não quero.
Eu entendo perfeitamente, Mário, mas aí que está a beleza da concorrência, poder ter um que faça diferente ou melhor. A Apple decaiu muito em inovação pós Steve Jobs, e não sou nenhum fã da empresa, embora reconheça que são bons produtos, seguros (não falo de cloud de gente descuidada) com ótimo pós venda. Agora, não podemos negar que o que a Apple construiu é mérito dela, mesmo não gostando dela. Eu, por exemplo, prefiro Android também, mas aqui em casa temos 2 velhos ipad com mais de décadas ainda funcionando e com telas em perfeito estado, minha esposa tem iphone e é sem queixas, já com Android passamos por Asus, Xiaomi e Samsung que me lembre, a que mais me cativou foram os Xiaomi, baratos e duráveis, mas Samsung tivemos más experiências com TVs e celulares, um S8 que minha esposa teve aqui numa atualização danificou e a empresa não se responsabilizou, fora meu histórico de TVs com a Samsung não é dos melhores, embora eu ainda tenha uma plasma aqui de que gosto muito, é uma marca que tendo a evitar, mas é algo pessoal mesmo. Então compreendo a sua situação, mas os clientes que a Apple conquistou e mantém é mérito dela, independente se pra nós, o que ela apresenta nos parece inferior. Ao menos, é como penso.
A pergunta é de certa forma se questionar quando que a MS começou o declínio de fato com os seus conteúdos exclusivos, porque se pegarmos a 360 no final da vida, já não tinham tantos jogos lançados exclusivos para a plataforma, o que se esperava era que talvez “tinham” em produção iria para a One o que não se confirmou na altura. O mercado na época e o público em geral esperavam um embate entre as 3 e forma que que foi na geração passada, mas a MS com políticas nada popular acabou se jogando no mar com a corda presa numa âncora.
Posso estar enganado e as vezes a memória me trai, mas no caso da marca Xbox, pelo que me lembro foi o péssimo anúncio do Xbox One como uma central multimídia de entretenimento da sala de estar para toda família, um hardware mais fraco que o ps4 e mais caro por conta do Kinect. Ali começou a sair do rumo que foi construído com o Xbox 360. E essas ideais são viagem da cabeça de gestores em empresas (que se apaixonam pelas próprias ideias) e querem ser disruptivos, inovadores, antecipar o futuro…querem brilhar. Daí, com o perdão do termo, fazem a cagada e após algum tempo todo mundo abandona o barco furado que eles mesmos ajudaram a afundar. Àquela altura ainda seria possível salvar a marca, mas aí contrataram o tio Phil, um infiltrado da Sony para tocar os negócios lol. As pessoas só queriam um bom hardware e bons jogos, me pergunto será que é tão difícil assim?
Na minha humilde opinião, a line up inicial de Xbox One era melhor que a de PS4 e isso se prorrogou por alguns meses, a transição para o Phil parece ter complicado as coisas, eu diria que o queda mais sentida foi no cancelamento de Scalebound e num Halo 5 que não foi aquilo esperado por muitos. E Embora Forza Horizon e até Gears tenham continuado a corresponder as expectativas, Forza Motorsport começava a sentir o peso da mesmisse com lançamentos muito próximos sem grandes diferenças. Aliado a isso, jogos com maior potencial como o da Remedy não fizeram o sucesso esperado, daí começo a vir uma leva notável de AAs como Battletoads e fiascos como Crackdown 3. Então eu diria que um ou 2 anos após o Phil assumir, o negócio degringolou.
GP falhou e o netflix dos games também, xcloud.
Agora o plano é windows phone total… lançar os apps (jogos) nas plataformas concorrentes.
Achei super esquisito o Nadella falar que se arrependeu de abandonar o Windows Phone fiquei pensando “pq falar sobre isso agora?”
Pois é… Porque o plano do xbox agora é fazer o mesmo que o Windows Phone tentou… “estar em todas a telas” e por isso ele já tinha que de cara admitir que o “windows phone era uma boa ideia, a gente que errou abandonando”
https://www.neogaf.com/threads/in-the-event-that-ps5-pro-does-release-in-2024-but-there-is-no-new-xbox-series-console-because-there-is-already-series-s-x.1654173/page-10#post-269098854
Quero só ver, mais uma “ideia genial” do Phill… Com certeza se tivessem barrado a compra da Activision o xbox iria acabar, mas agora é grande de mais para cair…
Duvido que a Sony tenha aceitado os jogos do xbox no playstation sem a MS ter convencido eles que o “xbox não vai mais concorrer com o playstation”
Devem ter mostrado os planos de concorrerem com o Steamdeck e switch “2” e prometido “todos os jogos” do xbox no playstation.
Não vejo problema em aceitar jogos do concorrente, Deto, problema é quererem reciprocidade por acharem que o PS está “em dívida” por isso e tem alguma obrigação. Jogo no PS é dinheiro sem esforço pra Sony, não tem porque negar.
A Sony não pode impedir ninguém de lançar jogos na PS.
Bom Artigo.A MS quase destruiu a indústria se isso tivesse virado a regra….e está se auto-Destruido.
Imagine um mundo onde os produtores de jogos não pudessem mais contar com o controle e venda de jogos ….seria uma quebradeira geral!Seria o fim de muitas empresas e tipo de jogos…. Cenário Apocalíptico