Porque na realidade… Todos os jogos são basicamente feitos no PC!
Desenvolver um jogo não é fácil. E por esse motivo os programadores gostam de usar uma máquina que seja para eles fácil de usar quando estão a criar um jogo.
E nesse aspeto, o PC surge como a máquina de eleição. É uma plataforma com quase 40 anos, conhecida de todos e fácil de usar!
No entanto, durante o desenvolvimento de um jogo, e sabendo que este vai suportar consolas, estes não ignoram as limitações das mesmas e tem em conta que esta possuem limites de CPU e GPU que os PCs não tem. Mas, estando numa fase de desenvolvimento e liberdade criativa, usar um PC nesta fase experimental permite liberdades enormes e passar todos esses limites para se testar alternativas e outras situações.
O que isto quer dizer é que a maior parte dos jogos começam o seu desenvolvimento no PC. E basicamente, até 80% do jogo pode ser desenvolvido no PC.
Mas são os 20% que ficam em falta que contam e que depois fazem a diferença. Até porque aqui os valores podem inverter-se, e estes 20% de jogo podem representar 80% do trabalho total, especialmente nas consolas, pois é aqui que o jogo é afinado e optimizado! No PC apenas o que é comum a todas as plataformas é que é implementado, bem como rotinas próprias, mas não finais, que permitam testar o que existe.
Estes 20%, já efetuados forçosamente nos devkits, é que é a optimização consola, e a parte que garante que o jogo rende corretamente, que corre nos parâmetros desejados, que não crasha, etc. É aqui que o código é optimizado ao hardware, é analisada a sua ocupação e chegando-se mesmo a substituir partes inteiras de código de forma a optimizar a performance para o hardware da consola. Aqui, dependendo do nível de optimização empregue, pode-se usar rotinas mais genéricas, ou fazer chamadas ao metal, explorando as capacidades específicas e mesmo únicas daquele hardware.
Esta parte, por ser dispendiosa a nível de tempo e dinheiro, vai ter um nível de qualidade que vai depender do orçamento, meios humanos, e necessidade de colocar o jogo no mercado, de quem desenvolve.
É nesta fase que tudo se complica quando se pretende depois voltar a colocar o jogo no PC. As rotinas e usos específicos do hardware podem tornar o jogo incompatível com o PC, podendo obrigar a re-escrever de novo rotinas que já haviam sido alteradas quando vieram do PC, mas agora por vezes bem diferentes e com muito melhor performance. Aliás muitas vezes o que está na consola foi tão alterado que é completamente incompatível com o PC, obrigando mesmo a re-escrever do zero enormes partes do código.
E isto acontece particularmente porque no PC temos hardware mais genérico onde certas rotinas, mesmo que possam ainda ser compatíveis, podem não funcionar em todo o hardware ou combinações de hardware existentes. Mais ainda, partes que vão ao metal, não funcionarão da mesma forma e nem conseguirão ser tão optimizadas, obrigando a retrabalhar as mesmas para o PC.
E isto é especialmente válido em shaders e rotinas específicas do GPU que ficam optimizadas para o GPU específico da consola.
Mas caso a ideia inicial seja logo desenvolver também para PC, isso não impede a optimização consola, apenas obriga a que se marque todo o código que foi optimizado para revisão posterior e eventualmente ser refeito. A Sony, por exemplo, tem uma equipa especializada, a Nixxes, que se vai encarregar depois disso!
É aqui nestes 20% que aparece o termo “Plataforma principal de desenvolvimento”, que é basicamente o sistema para o qual se faz a primeira optimização, e que serve depois como base para a conversão para os restantes.
Essa plataforma principal de desenvolvimento por norma poderá ter primazia nas performances, pois é para ela que a optimização é pensada, apesar que tal não implica forçosamente a penalização das restantes. Tudo vai depender mais uma vez do tempo e recursos disponíveis, bem como da projeção de vendas na plataforma.
Explica-se assim o facto de Wolverine ter uma versão PC jogável… E isso não significa que o jogo não saia o melhor optimizado possível para a consola!
Agora o que eu explico aqui, deveria era vir da Sony, pois certamente muitos não compreenderão a situação, e irão pensar que esta está a colocar a consola em segundo plano!
Pelo que vi, a mim soa que o desenvolvimento parecia bem adiantado no PC, e que a Nixxes terá pouco trabalho, (talvez a Insomniac não queira dividir o mérito e o dinheiro no PC, vai saber!). Sei que não deveriam ter uma versão de PC compilada por uma engine própria nessa altura e que desenvolvedores próprios deveriam ter seus próprios devkits pra rodar as versões dos jogos para análise… Custa crer que tenham um jogo versão windows, rodando em DirectX, ao invés de num SO próprio similar ao do PS5… uma coisa são modelagens 3D, texturas, esquetes e etc usando um PC, uma versão jogável, mesmo pré-alfa, deixa complicado o negócio. Só se agora usam uma engine genérica como Unreal ou Unity… Mas claro, explicação há para tudo, só que é uma ideia difícil de se engolir.
Na geração PS5 não existe um jogo da Imsoniac que não tenha depois saído para o PC.
Acho que já ficou claro o modo que trabalham os títulos.
Spider 2 virá, este Wolverine virá…a seu tempo
Não percebi. Estás a tentar negar algo do que está escrito no artigo?
Espero que não, pois como programador, mesmo que não nesta área, tens certamente noção de tudo isto, e ficar-te-ia mal.
Só estou dizendo que parece pelo que já foi lançado e pelo que há indícios. De que a pratica de lançamento PS5 e depois PC continuará nesse estúdio. A Sony tem mudado sua percepção com o PC.
Não posso negar as evidencias. Mas o certo é que a Sony não publica todos os seus jogos no PC. Daí que apesar de coerente o que dizes, tal não é uma garantia.
No entanto, Wolverine tem um contrato que prevê o seu lançamento no PC, e Spider Man 2, sendo um best seller, certamente também sairá!
É tipo eu dizer que o console Xbox vai encerrar, embora tudo indique nesse sentido, não posso afirmar isso como uma verdade sem que digam da parte da empresa, oficialmente, que encerrará. Lol
“Mas é certo que a Sony não publica todos seus jogos no PC”
Quanto a essa afirmação eu não sei Mário, talvez seja precipitada. Se a 4 anos alguém falasse que veriamos God of War 2018 no PC seria chamado de louco. Esse é o principal título do PS.
Não colocaria minhas mãos nas chamas falando algo assim.
Acho que qualquer jogo pode sair no PC nessa altura .
Eu não falo disso. Porque isso foi uma mudança de políticas. Falo do conceito que a Sony deu a entender ir praticar. Basicamente ir buscar receita ao PC e cativar o cliente PC a vir para a consola com o lançamento de jogos Ps, mas não todos os jogos PS.
Seja como for, nos próximos tempos o Spider e o Wolverine sairão no PC, pelo que a falhar alguma coisa não serão estes dois.
Me explica Mário como se cativa um jogador de PC que tem jogos e Xbox e PS mesmo com um gap de 2 anos a comprar um PS5.
É a melhor plataforma gamer do momento. Pois tem o melhor de dois mundos.
E nós não somos imediatistas, sabemos esperar um jogo chegar aqui.
E como eu disse pelo que a banda toca, QUALQUER jogo de PS pode ser lancado aqui até em shadow drop.
Eu não sei esperar Saber. As baleias não esperam. Quem ama este mercado e investe fortemente em jogos não espera por eles. Investe para os ter no dia um.
E é isso que faz com que as pessoas tenham simultaneamente consolas e PC.
Eu não esperaria dois anos por um jogo. Estaria a jogar jogos que já todos jogaram nas vésperas de sair um novo que só dali a dois anos é que jogaria.
Isso para mim é o mesmo que receber um carro usado como novo. É o mesmo que ver uma série de TV que todos já viram e discutiram, dois anos depois.
Não deixaria de usufruir, não deixaria de gostar. Mas não era a mesma coisa que o estar na crista da onda.
E ter uma máquina cara e de topo para jogar jogos com dois anos… Para mim não faz sentido.
A aposta da Sony não é em jogadores que compram jogos aqui e ali e que até pirateiam os mesmos. É em jogadores como eu. Jogadores como a maior parte dos que frequentam esta página.
Esses são os que dão dinheiro e importam manter.
E no PC há muitas pessoas assim. Eu sei pois sou uma delas, onde toda a minha vida o PC foi a máquina número um. Até chegar a PS4…
Eu mudei para o PS3 ainda… lembro de ver os gráficos HD em uma TV HD e pensar “já está bom, já da para jogar em vídeo games”
Além do fato de na epoca eu precisar trocar todas as peças do PC, acho que até a fonte tinha que ser trocada.
Tinha Slot AGP e DDR1 e o socket da CPU também tinha que ser trocado
Placa de vídeo já tinha mudado para PCI-E, memória DDR2 e outro socket da CPU.
Ai acabei comprando um PS3.
Coincidentemente os exclusivos AAA do PC morreram mais ou menos na mesma epoca… ainda joguei Doom3, HL2, Far Cry 1, tentei rodar Crysis… mas ai um pouco depois acabaram os exclusivos de PC.
Adoro PC, por N motivos, mas é como ter uma segunda família, por vezes nos trazem dificuldades à toa , nos dando momentos de irritação, e vez por outra nos dá uma grande bordoada financeira. Lol
Hehehe!
E porque o jogo também será lançado no PC também
Comentei faz alguns dias que tive meu ps5 furtado. Queria uma opinião dos senhores, será melhor esperar o lançamento do ps5 pro, monto um PC gamer ou compro novamente um ps5?
*Detalhe, nunca tinha pensado por esse lado, mas acho que agora só vou comprar jogos digitais, levaram todos meus jogos junto com o console.
Boa noite Júlio
Antes do mais, lamento a tua perda.
Quanto ao que fazer, vamos analisar as várias hipóteses.
1 – PS5 atual
A vantagem é que é o que existe, e é uma boa compra.
A desvantagem é que a existir uma Pro, deixa de ser o sistema mais adequado. No entanto, tendo tido em toda a geração passada as consolas de base e nunca tendo comprado as de meia geração, digo-te que nunca me senti mal servido.
2 – PS5 Pro
Vantagens, seria um sistema mais potente e que se calhar não custaria muito mais.
Desvantagens é que ela nunca foi confirmada. E podes estar a esperar pelo rei d. Sebastião que nunca chega.
3 – PC
A vantagem é que seria eventualmente o sistema mais capaz.
Levarias ainda jogos PC, Xbox e PS, esta última com dois anos de atraso.
A desvantagem é que seria caro, e com as consolas ainda nem a meio do seu ciclo de vida, seria uma máquina obsoleta para a futura geração. Resumidamente duraria o mesmo, por muito mais dinheiro.
Desvantagens ainda é o desfasamento temporal nos jogos PS, que não só não seriam garantidos, como demorariam 2 anos.
O plug and play é para esquecer também. Incompatibilidades hardware e software, problemas diversos com atualizações, anti vírus, popups, reboots do windows para atualizações, etc., passarão a ser a tua ordem do dia.
A decisão terá de ser tua.
Quanto aos jogos digitais, eu diria que a probabilidade de te hackarem ou hackarem o servidor que regista as tuas compras não será menor que a de te roubarem de novo. Ficas ainda dependente da internet e do servidor para qualquer jogo.
Obrigado pela resposta Mario. Abriu minha mente para tomar uma decisão até o final do ano.
Pelo visto o Pc gamer realmente não é pra mim, não tenho paciência para configurar tudo, instalar jogo, resolver problemas de compatibilidade etc
Júlio, um bom PC tem suas vantagens, sobretudo se vc precisa dele pra trabalhar, daí aproveitar e investir mais um pouco pra jogar faz todo o sentido, agora, na boa, só pra jogar só vale a pela pra quem tem muito dinheiro sobrando e não se incomoda de vez por outra ter de resolver algum probleminha de computador. Console é ainda muito mais prático, e tem um investimento inicial menor, embora os jogos no geral possam ser um pouco mais caros nele, no geral. Mas vale você avaliar se pra você vale manter a biblioteca de PS, se não liga muito pra esperar jogos da Sony, e talvez nem jogá-los e etc.
Na sua situação, se você sempre joga, imagino que uma plataforma pra jogar faça falta, se fizer, talvez as melhor opção ainda seria comprar um PS5 mesmo e depois vendê-lo se quiser um Pro. Mas é mera opinião minha. Se não fizer tanta falta ficar sem um tempo, era esperar pra ver se vale a pena um PS Pro ou um slim. Mas vale lembrar que o Pro ainda é visto como rumor e que a Sony pode adiar ou até cancelar esse seu plano e partir direto pro PS6.