Há duas hipóteses: O jogo é da Sony e esta licenciou o universo Lego, ou é da Lego e eles licenciaram o universo Horizon da Sony.
Lego Horizon Adventures tem sido alvo de polémica. O jogo está anunciado com lançamento simultâneo na Playstation5, PC e Switch, sendo que a situação está a gerar uma onda de polémica com muitos a dizerem que a Sony está a lançar os seus jogos dia um em outras plataformas, e como tal a seguir a Microsoft.
A pergunta que surge é então: Será que é isso mesmo que está a acontecer?
Naturalmente que é natural que a situação gere esta confusão. Horizon é um IP da Sony, e a Guerrilla é um estúdio Sony, sendo que a Sony é quem vai publicar o jogo.
Basicamente com tudo isto metido ao barulho, a vontade que surge é de dizer que o jogo é da Sony e que a Sony está aqui a fazer experiências de mercado e a lançar os seus jogos, ou pelo menos alguns jogos, em outras plataformas. Mas será mesmo?
A resposta a essa pergunta eu não a consigo dar. No entanto, perante esta realidade, não consigo deixar de fazer uma comparação com um outro jogo, o MLB: The Show!
MLB the Show é um jogo que tem lançamento simultâneo na Playstation, PC e… XBox. É também ele criado por um estúdio first party da Sony e, igualmente, é publicado pela Sony.
A diferença aqui é que os direitos sobre o jogo não são da Sony, são da MLB! E como tal é a MLB que dita em que plataformas é que o jogo é publicado! Basicamente aqui a Sony vê o jogo ser pago para ser realizado pela MLB, ganha com os direitos de publicação e de criação, mas tem de publicar onde a MLB dita.
E sinceramente é algo semelhante o que vejo aqui acontecer com Lego Horizon Adventures. Um jogo que acreditamos ser da Lego, devido ao licenciamento realizado pela Sony junto da Lego, e que até já deu origem a sets Lego do universo Horizon, criado pela Guerrilla e publicado e com direitos comerciais da SIE.
A grande, grande diferença aqui face ao MLB, e eventualmente a causa de toda esta dúvida, é o facto de os direitos sobre o IP serem igualmente da Sony. Mas no entanto, como referido, pelo licenciamento que existiu, isso não invalida que o jogo possa ser da Lego, situação em que acreditamos.
Vamos tentar ser coerentes aqui, e ver quais as hipóteses que temos em cima da mesa. E aqui só temos duas!
Hipótese 1 – O jogo é da Sony
Hipótese 2 – O jogo é da Lego
Vamos analisar cada uma delas:
Hipótese 1
Na hipótese 1, o que temos aqui são uma série de implicações que vamos colocar de seguida:
- Ao ser este um jogo Sony, não foi a Lego que licenciou o universo Horizon, mas a Sony que licenciou o universo Lego à Lego, pagando-lhe as respectivas royalties. Algo que seria inédito nos estúdios Sony que sempre se pautaram pelos jogos originais, exatamente para não pagarem royalties a terceiros! Por outras palavras a Sony podia fazer algo dentro do estilo, mas sem a associação à Lego.
- Como consequência do lançamento de um jogo não GAAs em outras plataformas, Sony mentiu! E isso apenas alguns dias depois de Hermen Hulst vir a público dizer que apenas os GAAS sairiam em simultâneo na PS5 e em outras plataformas, sendo assim que com isto a Sony mostra a sua mentira ao apresentar um jogo que sai na PS5, PC e Switch no dia um. Terá assim acreditado que os fans perdoam como os da Xbox, ou que são burros e não se apercebem da coisa, esperando manter credibilidade junto dos mesmos após a mentira.
- A Sony, incompreensivelmente, tendo sido a Guerrilla a criar o jogo, e esta possuindo um motor proprietário criado por eles, o Décima, que já mostrou ser adaptável a outras plataformas, optou pelo uso do Unreal Engine 5, tendo de pagar royalties à Epic por cada jogo vendido. Isto claro, a somar às já referidas pagas à Lego.
Ora tudo o de cima pode ser verdade, o que seria um rude golpe na credibilidade da Sony. Ou alternativamente temos a outra hipótese.
Hipótese 2
- A Lego licenciou o universo à Sony, pagando-lhe as respetivas Royalties e, ao não possuir estúdios e tendo de subcontratar a produção, escolheu o Studio Gobo, apoiada pela Guerrilla, detentora do IP, para a realização do seu jogo, e obedecendo às regras e critérios Sony.
E aqui, neste hipótese. nada mais há a dizer. Nela não há mentiras, não logros, e explica-se o uso do Unreal Engine pois esse é o motor que a Lego usa à anos e que já tem licenciado. Recorde-se que a Lego é já conhecida por licenciar universos, tendo licenciado o universo Marvel, DC, Star Wars, Harry Potter, Fortnite, e mesmo o de Horizon há alguns anos, e, como referido, até já lançou sets Lego baseados nele.
Para além do mais isso explicaria a necessidade de dois estúdios, neste caso o Estúdio Gobo, uma vez que se a Guerrilla nunca precisou de estúdios de apoio para os seus jogos, bem mais complexos, também não precisaria dele agora. Basicamente a Guerrilla apareceria aqui, não como o estudio principal criador do jogo, mas como apoio da Gobo. Algo que até é referido no tweet que se segue de um analista de mercado.
Guerilla mainly developing their next game the main developers of this game is studio Gobo they were created to be able to develop LEGO games. No one is saying guerilla isn’t helping.
— William R. Aguilar (@WilliamRAguilar) June 13, 2024
A realidade é que os dois cenários estãoem aberto, e cada um é livre de optar por acreditar em qualquer uma das opções de cima. No entanto, aqui na PCManias, pela coerência da coisas, e enquanto houver em cima da mesa a hipótese 2, muito mais lógica, coerente, e que acima de tudo que não põem em causa a honestidade das pessoas, vamos adoptar a mesma até que, eventualmente, está se venha a comprovar como falsa.
Perguntei ao chat GPT e ele disse que esse game pertence a lego Group.rs
Vou perguntar porque o Lego Group no o quis no Xbox, nem no PS4! Lol
Não precisa perguntar o óbvio! Xbox não é o público destinado a esse game, além de já ter uma cultura dentro da plataforma de não pagar por games, muito menos, games infantis!
A Xbox é facil de responder. Foi imposição da Sony no licenciamento. É detentora do IP e pode impor isso.
PS4 terá sido escolha da Lego.
Acredito que como publicadora do game da Sony é mais provável terem vindo as duas escolhas, penso que pra Lego é muito mais interessante ter seu nome levado pra todos os lados, já pra Sony vale a ideia de fazer os fãs de PS que ainda estão no PS4, migrarem do PS5 (mesmo parecendo uma ideia mesquinha). Lógico, mas falo disso sem saber o quanto cada um ter de participação financeira no projeto, e certamente a Lego banca alguma coisa, assim como a Sony. Mas vemos sempre isso quando a publicadora de games como a MS é que no fim diz onde vai e não vai sair o jogo, até que se mude de publicadora pra poder sair noutras plataformas.
Duvido muito que alguém sairia do ps4 para o ps5 por conta do lego Horizon, sinceramente…
Também duvido, mas também já duvidei de tanta coisa na indústria e agora estou vendo acontecer.
Xbox não vende nem mais os próprios jogos, precisa lançar no playstation
O que eu fico surpreso ainda é a imensa maioria dos multis terem versão xbox… achava que estaria já com uns 20% dos multis saindo somente no playstation
Deto, a MS é dona do Windows, e ninguém que faz software quer encreca com o dono do Windows.
Isso fora o bando de gente que pôs os jogos no Gamepass com acordos financeiros devido aos bolsos fundos da Microsoft.
A ideia que tenho e sempre tive é que os jogos da Lego… são da Lego.
E o que a lego faz é licenciar universos que depois usa para o lançamento de sets e de jogos. Marvel, DC, Harry Potter, Pirates of the Caribeans, Fortnite, são licenciados pela lego para o lançamento de jogos que… são seus.
E nesse aspeto não vejo porque Horizon seja diferente.
Exatamente, Mário!
Indiscutivelmente os jogos são da Lego pois carregam a marca lego, mas nada impede que quem decida onde será lançado é a publicadora, do mesmo jeito que quem permite as condições de uso daquilo que foi licenciado, por exemplo, duvido muito que a Marvel não restrinja o uso de suas marcas ao que não queiram, ou no mínimo não tenha um poder de reprovar o produto, tipo manter o controle finalístico do negócio.
Normalmente licenciar funciona mais como uma parceria boa para os dois lados do que pagar pra uma marca e usá-la do jeito que entender.
Mas veja, normalmente a publicadora tem muito poder, por isso até hoje não se tem Ori no PS, por exemplo.
Kkk
Se tenho uma IP, quero expandi-la para vários públicos, tornando-a mais acessível, principalmente para crianças, logicamente que iria licenciar com alguma marca infantil ( nesse caso foi o lego por ter vários games e ter sucesso no meio das crianças e famílias), vender principalmente onde há o maior público que quero atingir ( nesse caso o Nintendo Switch), podendo ainda vender em outras plataformas. Sinceramente, acho a estratégia da Sony perfeita e que a Nintendo olhe coisas assim e faça o mesmo, principalmente com games como Astral Chain que poderia estar em outras plataformas claramente. Games hj são caros e se puder expandi-los, msm que depois, que façam! O importante ainda é ter um mercado saudável com bastante jogos de qualidade e sinceramente, para isso acontecer, a expansão dessas marcas serão cada vez mais necessárias, mas infelizmente há uma galera que ainda não saiu dos anos 90 e 2000 e ainda prefere a famosa listinha de exclusivos para discutir com amiguinhos do que entenderem o real problema e necessidade da indústria atual. Só em 2024( olhe que estamos em junho) já demitiram mais devs do que em todo 2023.
A Nintendo já faz isso no celular, mas ao contrário da Sony tem feito, ela lança algo pensado pra aquele público pra atrair pro seu console, dando uma experiência divertida e diferencia como aperitivo pra aquilo que realmente é seu comércio principal. E todo o resto a emulação já faz, e quem queria pagar pelos jogos da Nintendo, já paga.
Edson, reduziu a ideia de defender exclusivos e plataforma a mero clubismo infantil é não entender o motivo da própria existência dos consoles, a razão dos consoles existirem não é um jogo chegar em todos os lugares, é trazem gente para o console.
Cabe às empresas é ver se os jogos que antes eram exclusivos, mas que agora serão portados para todos os lugares e não mais trarão jogo para o seu console e sua loja, vai valer a pena. Negócios são riscos. Console é um risco. Ter vários ports é um risco. Mas entenda, prefiro consoles, mas sem diferencial de outras coisas, o consumidor também faz suas escolhas. E não há amor que dure se você não sente que as escolhas que faz são especiais a cada minuto, ou ao menos de tempos em tempos.
A Nintendo lança no celular games bem mais baratos, mas falo no que a Nintendo vai enfrentar daqui para frente, jogos bem mais caros de serem produzidos e provavelmente uma concorrência maior, com possíveis plataformas de Xbox e Playstation portáteis podendo chegar em algum momento. Talvez assim, ela pense duas vezes lá no futuro em diminuir suas safadezas como cobrar preço cheio por Luigi’s Mansion 2 HD, um game de 3ds.
Capaz da Nintendo lançar no novo console o super Luigi’s Mansion 2 4k e cobrar preço cheio. lol
Não duvido e digo mais: O grande culpado disso é o consumidor que fica pedindo Zeldas do Cube, Wii até hj e dispostos a pagarem preço cheio por isso. É ridículo, irmão!
Vocês precisam entender é que o valor das coisas está em ser ou fazer o cliente sentir-se especial, e que os clientes não têm culpa se o único modo que algumas empresas têm pra fazer isso é colocar um hardware caríssimo e subsidiar ou fazer jogos extremamente caros pra ter apelo. Se a Nintendo vende seus jogos a 80 dólares ou sei lá quanto por jogos que vocês julgam não valer é porque há quem veja valor naquilo e se sinta especial com aquele jogo.
A questão é e sempre foi entregar valor, e a Nintendo entrega, e sem abrir mão do seu modelo de negócios. Prova disso é que domina o Japão e terá, em breve, e em tempos atuais o console mais vendido de todos os tempos, e em tempos bem mais difíceis, com emuladores a torto e direito, megacorporações rivais que injetam centenas de milhões em um único jogo, cloud gaming, jogos de celular e muito mais. Ache-se ruim ou não, a Nintendo sabe que faz um bom produto, conhece seu público e tem constância no que faz, e isso, há décadas. Esse sim é um modelo a ser copiado. E o próximo Nintendo vem cá pra casa, como sinal de apoio a isso, nem que seja pra jogar apenas os Zeldas remasters. Lol
Juca, com todo respeito, Para vc, fazer alguém especial é explorando-a? É como entender que um agressor agride uma pessoa pq acha a mesma especial. Vc falar de Nintendo para mim é como ensinar padre a rezar missa, não pq eu saiba mais dela do que os outros, mas sim, pq estou muito tempo nas plataformas dela. Sou muito fã de vários games da Nintendo, mas não consigo ver valor em exploração. Nintendo tem bom produto, mas a Sony tbm, a MS tbm e isso não faz com que elas abusem dos consumidores, colocando produtos baratos a preço de ouro. Conhecer seu cliente? eu enxergo como falta de concorrência e tirar tudo que ela pode, criando uma plataforma fraca, vendendo-a ao msm preço de lançamento, 7 anos depois, limitando seu produto a concorrência interna de software para prevalecer seus jogos a preço cheio com promoções pequenas, depois de anos de lançamento desses jogos, cobrando um serviço online de quinta categoria a preços exorbitantes, vendendo um controle que dá drift a torto e direita custando mais do que um dual sense… Sinceramente, não vejo isso de forma saudável. Terei o switch next gen? possivelmente, mas muito mais pelo coração do que pela razão, pq se fosse pela razão, ficaria apenas no ps5 por se tratar de um produto melhor. Sim, a Nintendo faz bem mais exclusivos, porém o mercado é muito mais do que isso
Este modelo a ser copiado também propõe reduzir os custos de produção dos jogos first-party e manter seus preços de lançamento ao longo dos anos?
Ou seja, um Spiderman 3 deixaria de custar 300 milhões de dólares para ser feito por menos de 100 milhões, e seria vendido pelos mesmos 70 euros pelos próximos 5 anos após ser lançado?
Para isso acontecer, o consumidor de Playstation permitira um Spiderman com aspecto de desenho animado? duvido muito!
Pois é.
Se a idéia é que façam essas mudanças para eu ter o argumento de exclusivo na lista, então prefiro que lancem Spiderman 3 no PC, no Xbox e no Switch 2.
Professor, estou a defender a proposta da continuidade da existência de consoles, não se um jogo deve ou não ter supergráficos e continuar exclusivo.
Ademais, com todo o respeito, o mundo não tem só propostas dicotômicas como a sua colocação faz parecer.
Respeito e até admiro a sua defesa. Mas não acredito que ela precisa ser feita a qualquer custo, inclusive colocando o modelo da Nintendo como referência para isso. Porque se colocarmos a Nintendo na mesa, precisamos abraçar o pacote, com o bônus e o ônus. Caso contrário estaremos sendo utópicos.
E de certa forma nem tem muito o que fazer. Se o público gamer de amanhã resolver mudar as regras, toda a nossa defesa será em vão. Só sei que, 350 reais só saem do meu bolso para produtos que julgo ter qualidade. E se abrirem mão da qualidade visando enxugar orçamentos, então não compro, como tenho feito com vários jogos de alguns anos pra cá. Simples assim.
Bem, Professor, as coisas se resumem justamente a ver valor nas coisas, e ver valor está no campo da subjetividade.
Factualmente, o que se vê é o modelo da Switch tendo sucesso estrondoso e o da Sony “pedindo penico”, pelo menos essa é a desculpa propalada, a de não conseguir se sustentar seu modelo.
Eu entendo o apelo dos realismo nos jogos, algo, que assim como muitos geeks, categoria na qual acredito me enquadrar, sempre anseiamos, mas a lógica da existência dos consoles passa pela questão dos exclusivos, querendo-se ou não, para que possam e pudessem existir. Se a lógica da empresa mudou, é porque simplesmente o console perdeu a devida importância de outrora pra ela e não porque a lógica de ter um console mudou.
No fim, somos só consumidores, e pagaremos um pouco mais por aquilo de que gostamos e/ou que pra nós traz valor e nos parece uma escolha especial ou melhor. Mas sempre haverá quem prefira mais sal, menos sal, mais açucar, menos açúcar… espero ter me feito entender.
Para a Nintendo alcançar o sucesso que você citou, precisou acontecer uma mudança de foco, que difere do que a Sony tem feito nos últimos 30 anos. Diante disso, inevitavelmente entramos em um trade off. Se o melhor dos mundos fosse sempre possivel, a Nintendo certamente estaria fabricando hardware com 10 Teraflops.
Eu não acho que seja pré-requisito que um jogo custe 300 milhões de dólares para valer os meus 350 reais. Mas é certo que maximiza e muito as chances de valer. Logo eu prefiro esse modelo.
Como sempre Carlos, as tuas palavras vão de acordo ao que penso.
Pedindo pánico? Vamos lá a ver, as receitas da Sony são superiores às da Nintendo e Microsoft… Juntas.
A questão aqui é que um jogo PS5 com a qualidade dos seus first party custa largos milhões, obrigando a um volume de vendas enorme para haver retorno. E isso tem atirado as margens de lucro para baixo.
É uma atividade altamente arriscada, onde um clip pode colocar em causa a estabilidade da empresa. Ou seja, não estamos a falar de a Sony estar a ter sucesso ou não, mas sim do custo de produção dos seus produtos.
A Nintendo essa está bem da vida, os seus jogos mais caros custam algo na casa dos 70 milhões e são vendidos a 70 euros como eram os da Sony de 250 milhões.
Basicamente, e isso é uma realidade, a Nintendo é a empresa que mais explora os seus clientes face ao custo de produção que tem.
Estão jogando é Sea of Thieves, Edson… E estão “permitindo” é o engodo do PC, Switch e Xbox recebendo jogos feitos pela Sony.
Desculpem pela analogia que vou usar, mas a diferença entre o que a Microsoft fez com o Xbox e a Sony está fazendo com o console dele é a mesma entre o cuspe e um gel lubrificante famoso.
O tanto de jogo que se vê com gráficos de primeira até daqueles feitos por uma única pessoa sem gastar 200 milhões, não tá de brincadeira.
E por favor, não menosprezem a Nintendo, que refundou essa indútria, lá pode não ter o que gostam, mas não acho que enganem seus clientes mais que os outros. Seus jogos são arte jogável, e eu acho o Salvador Dali ou a arte renascentista muito a frente do que fez o Picasso ou Van Gogh, mas tudo ali é arte e tem o seu valor.
Se essa for a solução, que seja, mas a Nintendo não foi pra trás, é bom que se deixe isso claro, o investimento da Nintendo é crescente e os jogos são estão mais bem feitos cada vez mais, o que você está a comparar, professor, é o modelo diferente de duas empresas.
Os clientes da Sony não pedem a empresa pra se matar financeiramente, aluás, nem pedem que ela lance jogos como serviço, isso é ideia das empresas, uma aposta exclusivamente dela, ninguém pediu a Sony pra fazer jogos de 200mi, as pessoas querem que a coisa evolua, melhore, fique mais bem feita não que a empresa entre em algo o qual ela não possa bancar.
Juca, sei que foi para o Carlos a sua pergunta, mas eu o indago: Se a Sony fizer um AAA de 10 horas de gameplay (para cortar custos) ou de menor qualidade, a chance de vc não gostar será grande ou estou errado? Infelizmente, não há como fazer algo de alto nível hj com custo pequeno ou médio.
Eu comprei The Order 1886 e gostei. O jogo não é melhor não é por causa da duração, é porque é repetitivo ao extremo e engessado, mas mesmo assim, ainda gostei dele. Se ele entrega valor pelo preço cheio, acho que não, mas o maior problema ali não foi a duração.
O ponto é que um “The Order” next-gen certamente custará várias vezes mais caro que o “The Order” do PS4, e o tamanho do público consumidor que irá comprá-lo é tecnicamente o mesmo.
Professor, estou comprando jogos de VR ultra malfeitos e curtos e em muitos casos, me divertindo muito, mas também sou desse mesmo público tecnológico que gosta de gráficos, então, gráficos tém seu valor, mas jogos não se resumem a isso, e certamente nem é o principal deles e todos sabemos disso, senão, Senua Sacrifice será GOTY, e cá entre nós, acho que pouca gente acredita nessa possibilidade.
As coisas não tem um só caminho…
No começo dessa geração ouvi conversas de que o SSD rápido iria permitir o uso de assets de filmes e outros bancos 3D o que permitiria baratear jogos e etc. No fim, isso parece ter sido esquecido e nem a IA que estão usando com a mesma desculpa agora vai servir pra isso daqui um tempo. Essa bolha que estão criando, pra mim é desculpa, o resto é questão de gerir negócios e ir esticando a corda pra abocanhar mais, por isso se ouve tanta desculpinha da MS e da Sony nos últimos tempos. Só acho que as escolhas deles acabarão com os consoles, como têm acabado.
Os custos altos dos jogos não são desculpa. Eles realmente estão caros, e pelo visto o público não é grande o bastante para bancá-los.
E o ponto aqui não é somente sobre gráficos. O ponto é sobre tecnologia no geral. GTA 6 pode até sair um jogo inferior graficamente à Hellblade 2, mas será um jogo dezenas de vezes maior e com muito mais possibilidades de exploração. E isso certamente vai beirar custos de 1 bilhão de dólares. E alguém vai ter que pagar a conta. Se os custos forem diminuídos, a qualidade vai ser impactada. E eu prefiro qualidade do que advogar por exclusividade.
E se a falta de exclusividade resultar em um port mal feito, como aconteceu com TLoUs no PC, apesar do enorme gasto, ou em jogos ultrabem feitos, mas com 10 anos pra lançar de um pro outro como GTA, e com riscos de flop, será que vale pra empresa e é sensato essa lógica do retorno demorado e alto risco?
Professor, será isso a solução para um modelo sustentável/viável de lucro?
Será que jogos abissalmente carríssimos, de grande risco e de retorno demorado é algo mais lógico, sensato e lucrativo que apoiar seu console com exclusividades
com orçamento equilibrados e mais frequentes, atraindo gente pra sua plataforma com isso ganhar comissões nas vendas gerais não é melhor?
E será que se incentivando esse tipo de coisa, consoles ainda existirão no futuro (só pra deixar claro que isso é do meu interesse)?
Agora, o que é irônico nessa história toda é que GTA será exclusivo nos consoles, mesmo que de forma temporária, e é um jogo no qual sempre passo ao lado por não gostar da temática por mais bem feito que possa ser, embora saiba que é um jogo apelativo pra muitos e console seller, bem como que é um dos pilares da indústria de jogos…
Resposta curta: não sei. lol
Resposta longa: Felizmente ou infelizmente é o mundo no qual a Sony está inserido, e que cativou a maior parte de nós aqui . Quando voltamos para as E3 que a Sony “espantou” o mundo, ela não apresentou apenas grandes jogos, como também referências dentro da indústria, que viram palestras em conferências como o GDC. Então esse é o cordão umbilical que mantém ela presa a muitos de nós aqui na PCmanias.
Ela pode gradativamente minimizar o seu foco em grandes e longas produções, e maximizar entregas de jogos AA bem feitos (eu adoro Kena, comprei em day one). Honestamente não sei bem qual é o impacto disso, já que a Sony também conta com um público casual enorme que joga Fifa, COD, Fortnite, dentre outros. Ou seja, para muitas dessas pessoas, o cordão umbilical é a plataforma em si, e não necessariamente os jogos first-party.
Mas por outro lado, eu creio que a abertura dela em outros mercados como o do PC (e em breve o mobile) visa até alternativas de sobrevivência em longo prazo. Não sei até quando o mercado de consoles irá durar, já que a própria Sony diz que esse mercado está estagnado.
Tocas num ponto interessante. A ameaça às consolas pelo Streaming é real. Afinal podes manter um sistema antigo e ele revela-se adequado a correr jogos novos por streaming.
Nesse sentido, o hardware físico, especialmente o de topo e caro, podem efetivamente ter os dias contados, e nessa altura interessa uma marca ser conhecida globalmente e não apenas por uma fatia do mercado.
Mas o certo é que já se dizia que a PS4 seria a última geração de consolas, e a PS5 é um sucesso, sendo que vai existir uma PS6.
Acredito que quando essa mudança começar, vamos começar a vê-la primeiro no PC, com quebra de vendas no Hardware mais caro.
Essa é a maior dúvida que tenho. Alguém sabe explicar porque os custos de produção vêm dobrando a cada geração? Entendo que ficaram maiores e mais complexos. Mas o dobro é um número inaceitável em qualquer mercado.
Eu não sei como as coisas estão por aí, mas aqui as coisas subiram brutalmente de preços face ao pré Covid.
A industria dos videojogos é assolada pela mesma economia e subida de preços, sendo que os jogos agora usam capturas de ecra, orquestras filarmonicas para a banda sonora, etc.
Acaba, por exemplo, o GOW, e vê a lista de pessoas que trabalharam no jogo. Vais perceber o custo.
8 anos é muito e tens a questão do aumento de custos, a tecnologica, e a evolução geral dos jogos, animações e bandas sonoras.
Meu palpite é megalomania e má gestão, mas é só palpite. Um projeto precisa ter orçamento razoável e ser executado o que se quer pode fazer com aquilo. Não me parece razoável, exceto por fenômenos colossais da Indústria, como GTA ter-se orçamento de milhões para um jogo. Veja a Epic que vive de atualizações de Fortinite (sem querer desmerecer o trabalho dos desenvolvedores) mas não estão se arriscando em nenhum jogo novo, outro dia estava no vermelho, e o problema ali era gestão.
Também acredito nisso. Não significa que ocorra em todos os estúdios. Mas que existe muito desperdício é inegável.
Apesar de o custo ter aumentado brutalmente há coidas que não se entendem.
O primeiro SpiderMan e Horizon custaram 70 e 75 milhoes respetivamente. Os segundos foram sis 250, apesar de o motor e o mundo já estarem criados. E fala-se de 325 milhies no SpiderMan 3.
Aí eu tenho dificuldade em perceber esse crescimento.
A Nintendo tem um modelo de negócios próprio que funciona para ela e seus clientes. E a princípio esse modelo não comporta jogos com orçamento de centenas de milhões e que custam menos de 30 dólares após 16 meses de lançamento.
Ninguém pediu à Sony para fazer jogos de 200 milhões, mas pediram jogos no estado da arte em aspectos tecnológicos, o que demanda orçamento. É o mesmo que meu filho não me pedir 3000 reais, mas me pedir um PS5. No final dá no mesmo.
A Sony se vendeu assim, Professor, ela que se vire pra achar a solução para o problema que criou pra si. A Nintendo fez o caminho dela, e o modelo dela é um sucesso, a Sony já sinaliza que precisa de outras fontes, ou pode ser só desculpa pra sua ambição financeira e de seus estúdios internos.
Bem, é boa sorte pra ela ver se seu intento não vai minar o seu “ganha pão” principal.
E a Sony está buscando essa solução, que é a multiplataformização. Cabe a cada um decidir o que é melhor para si.
Claro, professor, é essa a questão que surge.
O fato é que a Sony ruma pra isso (virar thirdie), a questão real é se isso destruirá ou não a sua plataforma de console, e se esse novo modelo pro qual ela transita se sustentará e será mais lucrativo que o anterior.
Como cliente, acredito que com essas adoções ela enfraquece o modelo de console e no longo prazo, será como tem acontecido com os consoles Xbox que definham, mas antes que digam algo, é óbvio que a Sony está sendo mais sutil que a MS, então a diferença entre as coisas passa, obviamente pela estratégia e velocidade com que é feita, logo, não são idênticas, mas apontam ao mesmo rumo.
Como disse ao Carlos, a Sony não vai colocar em risco 9,8 biliões por meia dúzia mais de milhões. Ela anda a calcar a linha para ver até onde pode ir, mas se a passar, garantidamente não se vai manter para lá dela.
E disso podes ter a certeza.
Eu acredito que a Sony está no meio do caminho, meio que tentando se preparar para sobreviver sobre qualquer mudança. E se nada mudar, mantém como está.
Por exemplo, e se na próxima geração o consumo de consoles ruir diante das ofertas em streaming e mobile? Não tem como prever.
A Microsoft tem poder financeiro e tecnológico para se adaptar, e a Nintendo tem a maior IP de todos os tempos que é Mário. A Sony parece meio que sem plano B, então está ciscando em outros terrenos para tentar garantir alternativas.
Essa hipótese 1 está cheia de equívocos.
1) A Sony está licenciando os personagens da Disney, ou já esquecemos de Wolverine. E se seu objetivo é alcançar novos públicos, a franquia Lego é uma excelente opção.
2) O Hulst nunca mentiu. Ele classificou os jogos em produção pela Sony em três categorias. Entre elas os experimentais, cujo o objetivo é atrair novos jogadores e desenvolver novas tecnologias. A única forma de fazer isso é lançando em outras plataformas. Ao mesmo tempo que justifica a utilização de um novo motor.
3) A entrevista do desenvolvedor da Guerrilla deixa claro dois aspectos. Que eles estão desenvolvendo o jogo e que foi desejo deles lançar em no Switch.
4) Esse William em outro comentário se contradiz “Who approached who or whose idea it was to go on Switch whether it was PlayStation OR LEGO doesn’t matter and doesn’t change the above points nor the attached post.”
Por fim, fica claro que a decisão é da Sony ao excluir o ps4. Todos os jogos da Lego saem em todas as plataformas. Porque é do interesse deles alcançar o maior público possível. O único interessado em excluir o ps4 é a Sony. Para estimular seu público em migrar de plataforma.
Como falei antes, não existe uma verdade nesse caso. Cada pessoa terá sua opinião e tem direito. O tempo vai definir. Mas deixo o aviso, esse não é o fim. A Sony vai testar o mercado até o consumidor votar com a carteira.
Why the gradual death of the console exclusive makes business sense | Eurogamer.net
1 – Não, a Sony não licenciou os personagens da Disney. A Marcel é que negociou os direitos de SpiderMan para os seus filmes e no negócio cedeu direitos para jogos de outras personagens.
2 – Eu já ouvi essa teoria e, para mim, ela não cola. Um jogo Lego nada tem de experimental. Jogos lego com online há aos pontapes.
3 – Os devs, sejam eles quais forem, querem que os seus jogos cheguem ao maior mercado possível. Mas não são eles quem decide isso.
E sim, a Guerrilla colaborou na elaboração do jogo.
4 – Quem decidiu suportar a PS4 não é abordado no artigo. Não sei quem foi. Mas a Sony como detentora do IP tem efetivamente poder para decidir isso, independentemente de quem é o jogo.
No global creio que estás demasiadamente influenciado pela onda gerada que tenta fazer crer que a Sony está a seguir a Microsoft.
Porque a opção alternativa basicamente explica tudo, mas parece que essa nem a consideras.
Fiquei bem curioso pela fonte do item 1. Porque nos slides da Insomniac fica bem claro que foi um licenciamento da Sony. Inclusive com custos bem elevados. No mais, daqui um ano você muda de opinião. Sem pressa.
Eu nâo tenho aqui um trofeu Hennan. Nem sequer estou a discutir contigo, apenas a dialogar. E renho apenas aqui uma opinião baseada na coerencia.
Não há histórico da Lego se licenciar, nem da Sony pagar Royalties por licencimentos, ou de usar motores de terceiros em detrimento dos seus.
Isso pode ser tudo novidade, mas como o artigo refere e bem, havendo outra explicação bem mais simples que não está excluida, eu prefiro-a a ter engolir sem explicação todas estas questões.
Mas isso não me torna correto nesta argumentação, apenas menos polémico.
Mas linka-me esse slide. Pode ser que seja esclarecedor.
Insomniac Games Leak Rundown – Wolverine, Venom, X-Men, and More – Out of Games
Está faltando slides, mas foi o único que encontrei. A fonte do reddit está toda off.
Só pra deixar claro, não estou ironizando você. Só conversando mesmo.
Eu pensei que estavas a falar de um slide sobre o jogo da Lego. O conteúdo deste artigo já o conhecia.
Chamo a atenção que quem fala de licenciamento dos X-Men é o site, e se calhar o termo até é válido. Mas este licenciamento não surge de um pagamento. Mas de uma troca de licenças (Spider man no MCU vs uma ou duas (creio que li em tempos serem duas), nos jogos Sony, com uma percentagem para a Marvel. A Sony não tem por norma, pelo menos até hoje, pagar royalties por licenças de terceiros para os seus jogos.
Multiplataformização me parece um caminho sem volta.
Não estou sugerindo Last of Us 3 em day one em todas as telas.
Mas toda vez em que existir uma mínima brecha para isso, assim o farão.
O que me entristece na indústria hoje em dia é saber que talvez já estarei aposentado quando Red Dead Redemption 3 e Fallout 5 forem lançados, e que a indústria triple-A que chegou no ápice durante a geração X360 tende a ficar cada vez mais escassa.
Que tá tudo virando Thirdie, principalmente do PC, acho que já é quase consensual.
Nunca pensei é que o sonho da Sony era ser uma EA. Lol
Carlos, enquanto as plataformas forem um negócio elas serão estimadas.
A playstation gerou 9.8 bilioes, com 750 milhoes a virem do PC. O que a consola gerou não foi dos seus jogos, mas das royalties de tudo o que se vende na plataforma.
Ninguem vai colocar isso em risco!
Agora que se tente pisar o risco a ver até que ponto se pode ir sem prejudicar a plataforma, acredito que possa acontecer.
Sim.
Não estou defendendo isso. Só vejo como uma tendência que farão a multiplataformização em qualquer oportunidade que tiverem.
Por exemplo, tem rumores de que a Aloy vai para o Smash Bros. Eu não duvido, embora seja rumor .. logo deve ser tratado como tal.
Não foi isso que li. Quem disse isso foi um dev da Guerrilla, e sinceramente achei que disse isso no gozo.
Não vejo problema nessas coisas, Mário, as empresas poderiam ser mais amistosas entre si, com participações e etc. O problema é a ideia de jogar tudo em todo lugar que não convence. Exclusividade é um diferencial importante e que se confunde com a própria identidade do console. Ninguém toma coca-cola só pelo nome, toma porque é diferente de outras coisas. Não faz sentido pra mim é transformar tudo numa mesma coisa e querer que depois eu escolha jogar num PS por causa de um nome.
Aloy no Smash Bros seria da hora, assim como num jogo da MS bem conceituado. E um
Masterchief no LBP ou Yoshi por lá também, isso sim é algo legal de ver acontecer, amistosidades e concorrência sem medo, reconhecendo as potencialidades das diferentes empresas. Agora, perder exclusividades não faz sentido lógico do ponto de vista do seu público.
Nessa geração a Sony aumentou preço de jogo, costuma lançar DLC, remasters, remakes e nada disso paga o custo dos exclusivos? Complicado.
Eu acho que o jogo são dos 2: Lego e Sony. Lego pode ter exigido que o jogo fosse multiplataforma assim como os demais Lego e a Sony exigu que não saísse no xbox.
Já sobre o PS4 isso é geração anterior, o foco tem que ser o PS5 senão ninguém mais vai trocar o PS4 pelo PS5 confiando que jogos multi da Sony também sairão no PS4
A Sony exigir que não saísse no Xbox é *oda!!! Aí é a volta da Sony malvadona! Lol
Não… É mercado. A Xbox é a concorrente direta da Sony. E a Microsoft se coloca jogos na PS não é por boa vontade, é porque a sua consola não vende o suficiente para ser auto sustentável.