A tentativa de se tentar atirar as consolas para baixo chega a ser chocante, e desta vez envolve mesmo fans de uma plataforma até agora neutra, o PC.
O Raio X da Xbox foi revelado durante a Hotchips, e permitiu visualizar muita coisa, sendo que uma das quais é que a consola usa uma série de componentes do RDNA 1 e mesmo alguns que herda da Xbox One.
Curiosamente a situação não foi abordada… e praticamente ninguém falou dela. Nesse sentido julgávamos perceber o que se passava, uma vez que nós próprios tivemos conhecimento de tal, e optamos por não escrever nada sobre o assunto, pois sabíamos que tal só ia gerar confusão e discussão.
O motivo? Bem, foram vários:
- O primeiro é que sabemos que as consolas são hardware customizado, criado com a intenção de se obter as performances, mas a baixo custo.
- O segundo é que essa situação não só não é de agora, nem é exclusiva da Xbox, pelo que era expectavel que a PS5 seria igual.
Não se julgue que se consegue a 100 euros um GPU que é vendido no mercado PC a 600. Naturalmente que nas consolas os GPUs são vendidos ao cliente a preço de custo ou até com prejuízo, e é certo igualmente que os preços conseguidos por eles são mais baixos dado que são investidos largos milhões no seu desenvolvimento e as tecnologias são posteriormente cedidas à AMD para serem exploradas, o que permite reduções grandes.
Mas só isso não chega… torna-se necessário trabalhar o hardware no sentido de se conseguir o menos custo possível sem se comprometer as performances, e com as consolas a definirem um alvo de performance, e a serem construídas em torno disso, tudo o que puder ser mais barato e cair dentro daquilo que é o pretendido, é usado.
Depois são feitas personalizações a esse hardware, de forma a, se necessário, ajustar as suas performances ou capacidades, mas mantendo o custo o mais baixo possível!
Um bom exemplo disso são as Raster Backends da série X. Segundo os dados de output em Gpixels da Xbox série X, uma simples conta matemática permite verificar o débito de cada Raster Backend, percebendo-se facilmente que estes caem nos Raster Backends do RDNA 1 e não nos do RDNA 2, cujo output passou para o dobro.
No entanto, o suporte avançado ao VRS exige características apenas presentes nos Raster Backends do RDNA 2, sendo que nesse sentido a Microsoft terá criado algumas alterações, criando aqui um sistema hibrido, com as capacidades da nova versão, mas o output da primeira. Tudo pelo simples facto que para aquilo que se pretende da consola o que existia inicialmente chega perfeitamente, e dessa forma pode-se cortar no custo tendo uma peça ajustada que se mantêm adequada.
Outro exemplo, é o pequeno downgrade que se sabe que a PS5 fez nas unidades de virgula flutuante do ZEN2. Basicamente o que ali foi feito não tem impacto no processamento geral uma vez que as caches mais rápidas, com mais largura de banda e apoiadas pelos motores de coerência e cache scrubbers da consola compensam perfeitamente a redução na capacidade dos registos que passam assim a ficar mais dependentes da cache.
Onde tal tem um impacto é no cálculo das instruções AVX 256, que essas sim, apesar de o suporte continuar existente, se tornam mais lentas…
Mas porque é que este corte existiu?
Curiosamente a resposta veio de James Stanard, um engenheiro da Microsoft, e que refere que o AVX 256, sendo útil, não é essencial para jogos, e que o GPU acaba por ser muito melhor a fazer esse tipo de coisas que o CPU, sendo este por isso um compromisso inteligente
Lower power consumption means you can turn up the clock rate. AVX2 instructions are useful, but not that essential to games. And there is an included GPU that is far better at SIMD work anyway. Designing the SoC is the art of making smart trade-offs.
— James Stanard (@JamesStanard) February 18, 2021
E é inteligente porque não só pode ser feito no GPU de forma simplificado, como o seu uso é relativamente esporádico e isso pode ser visto pelo uso do AVX 128 na geração passada, onde quase não há registo do seu uso.
Ora a questão é que este corte tem uma outra implicação… uma redução nos consumos do CPU, que por sua vez, num sistema com um envelope energético contido como uma consola, permite outra situação, o subir as velocidades de relógio.
Ora as velocidades de relógio mais altas é algo que se pode usar sempre, ao passo que o AVX sendo de uso muito pontual só traria ganhos num punhado de situações.
Naturalmente que perante esta resposta, James Stanard foi questionado porque motivo a Xbox não fez igual, sendo que ele não respondeu. Mas a resposta está já presente no que ele referiu, e onde refere o facto de ele não ser essencial… em jogos! Mas a Microsoft faz re-aproveitamento do hardware para os seus Racks da Azure, onde ele é bastante usado, motivo pelo qual precisa dele plenamente funcional.
Ora num nosso artigo anterior, que podem ler neste link, prevíamos já que, pela sua conceção, a PS5 fosse mais fraca no AVX 256 do que a Xbox. Ora se nos foi possível perceber isso, os engenheiros da Sony também o perceberam, e dessa forma compreende-se esta opção. Basicamente assume-se a realidade, cortando no hardware de forma que de uma fraqueza possa extrair-se benefícios para o ponto forte da consola, a velocidade em Mhz. Nada parece parece mais lógico, e esse é o motivo pelo qual James Standard se refere à situação como “A arte de fazer compromissos inteligentes“.
Tudo o resto que tem vindo a público sobre as consolas é lixo… referir que as consolas são RDNA 1.1 é falso! Sony, Microsoft e mesmo a AMD afirmam serem hardware customizado baseado no RDNA 2.0, e isso é o que elas são!
As referências a versões intermédias do RDNA são igualmente disparates, pois tal não existe. O RDNA ou é 1.1 ou 2.o, sendo que ambas as versões são idênticas a nível de capacidades:
O RDNA 2 acrescenta porém, como alterações significativas menores consumos, Raster Backends melhorados com suporte hardware ao VRS, suporte a maiores velocidades de relógio, Ray Tracing e um conjunto de outras pequenas coisas. Basicamente as consolas possuem tudo isto, com a Xbox a não tirar partido das maiores velocidades, e a Sony a não suportar os novos Raster Backends por não suportar o VRS da mesma forma.
E isto é o único que de útil se tira de todo o lixo que tem vindo a público, e onde os entusiastas PC, que se veem agora obrigados a pagar 600 euros por um GPU equivalente ao das consolas, alimentam, os fans da Xbox repetem incessantemente, e onde curiosamente os fans PS5 pouco retorquem com argumentos iguais para a XBox.
E assim vai o mundo das consolas. A tentar dar enfase a algo que no fundo se torna irrelevante, não percebendo que estes GPUs não são, e nem nunca foram de PCs, sendo peças personalizadas, customizadas e alteradas, e nas quais o único que importa é a performance final.
Excelente Mário. Ainda bem que existe alguém pra falar disso.
Mas…
Uma coisa curiosa é que os fanboy’s afirmam que o PS5 é RDNA 1… Mas vamos ver:
O console de “9 teraflops” e RDNA 1 consegue bater os 12 TF “RDNA 2 FULL” do Serie X em tantos casos ou igualar?!
Acho que seria melhor aceitar a boa engenharia do PS5 logo que passar uma vergonha dessa por conta de mentiras
Imagine o que virá ainda de mentiras se o PS5 entregar jogos surreais durante a geração e o Xbox ficar pelos jogos “Gamepass” de qualidade duvidosa como tem acontecido! Sim pois tirando esses Bleeding Edge da vida, a maior franquia deles, Halo, não teve carinho algum, e passaria batido se não tivesse sido pulverizado pela crítica. Enquanto a Sony emplacava outro Game of the Year com um nível gráfico impressionante e paralelamente outro candidato queridinho da galera, o Ghost of Tsushima…
É a dura realidade. Eu não vejo a hora do anúncio do Forza Horizon 5, pois este sim é um exemplo do que a MS tem de bom. E espero que tragam jogos fortes mas o costumeiro gosto da MS é muito diferente do meu e de muita gente.
Aqui no Brasil desde de criança ouço o ditado: ” Não se discute futebol, política e religião!” Isto devido as contendas intermináveis que geram, agora no século 21 temos mais um item para esta lista “videogames”, que pena que seja assim, pois é no debate sadio que acrescemos nossos conhecimentos.
É de impressionar! O que vejo são fãs de PlayStation jogando e o pessoal do Xbox hypando poder e features Full RDNA2. TB vejo a negação em reconhecer que na maioria dos games o ps5 é superior ao Xbox. Esse papo já deu e não vejo a hora de ver os novos jogos, pois já tivemos uma amostra do que Studio Sony vai fazer. Do lado da Microsoft, sinto em dizer que é muito papo e pouco trabalho.
PC Manias como sempre um oasis de sensatez 👏🏼
Acho que todos nós , como entusiastas, gostamos de entender e debater detalhes técnicos, mas confesso que já estou cansado dessas tretas. No fim das contas eu quero saber do resultado, performance se traduzindo em bons jogos!
É como o Carlos Eduardo me falou ontem: o Full rdna 2 do Xbox tá levando sufoco do rdna 1 do ps5 né. Fica até mais feio ficar hypando isso quando os resultados mostram que o concorrente está melhor. Pior, está melhor onde não deveria estar, que é força bruta. Também estou cansado disso.
Penso igual. Enquanto o PS5 estiver entregando jogos de qualidade e no mesmo nível da concorrência, por mim pode ser RDNA 0.
Eu vi um fã do ps5 falando essas abobrinhas https://www.neogaf.com/threads/sony-fanboy-is-owned-by-xbox-engineer-on-twitter.1592567/
Tanto fans da Xbox como da PS tem argumentos para vir falar que não GPU não é RDNA2. Mas ambos caem nesse erro de esquecer que o hardware é personalizado para as performances pretendidas e que a base, o único que conta aqui, é RDNA2.
Por esse motivo não pretendo aprofundar muito a coisa. Nenhum dos lados ganha com isso e o que conta são as performances.
Sobre o que aí vem, teremos ainda de ver. Sobre o que já veio, a PS5 tem levado a melhor.
Na verdade esse cara aí cansou dos fanboys do Xbox falando que o PS5 era RDNA1 e resolveu fazer igual o que eles fazem.
Ele começou a usar semântica da palestra da HotChips para dizer que a MS disse que o Xbox era RDNA1 nas entre linhas.
E óbvio que os caixistas fizeram o que eles sempre fazem quando tomam troco na mesma moeda, foram se vitimizar dizendo “olha esse Sonysta malvadão”
Agora eles vão passar meses se vitimizando e falando “ain, Sonysta tóxico, fez em uma semana o mesmo que a gente faz a um ano e meio”
Tá no lucro. A quantidade de fã de Xbox fala do merda na internet é alto absurdo. Então tá tranquilo pro lado do PlayStation.
Olha os termos… Ficas sinalizado… Não uses palavrões.
Que palavrão, Mario?
Creio que a gíria para fezes…
Merda = bobagem. Se estão sensíveis assim, não vejo o que podem achar das besteiras ditas por fanboys desde 2013.
Eu acompanhava o tópico do raio x…
Depois de uma semana com caixista enchendo o saco com RDNA1 com esse cara falando q era RDNA2, ele encheu o saco e falou “tb posso fazer isso” e foi Full caixista argumentando com semântica da MS que o Xbox era RDNA1.
Aí os caixistas fazem o que sempre fazem, foram fazer um circo de vitimista.
1 ano e meio fazendo FUD de RDNA1, e com uma semana de um “Sonysta malvadão” fazendo o mesmo eles correm na internet se vitimizar.
Pior que eu entrei nessa discussão apenas para dizer exatamente o mesmo conteúdo do comentário abaixo. E choveram notificações no meu twitter
https://twitter.com/CarlosEduardoCD/status/1362446173680918528?s=20
Eu basicamente fui contra o que foi dito pelo Ethomaz das unidades computacionais do PS5 serem RDNA 2 e do Xbox Series X serem RDNA 1 somente em virtude do clock. Achei um argumento estúpido e raso da parte dele. https://twitter.com/HugoRamGar/status/1362433936505372674?s=20
E para piorar, o sujeito ainda foi querer tirar satisfação com o James Stanard, o que terminou de queimar o filme dele.
Sabe o que foi mais engraçado?
Faz uma semana ele estava no tópico falando que o PS5 era RDNA2 com lunáticos caixistas falando que era RDNA1.
Sabe o que ele fez depois de corrigir eles 10x?
Disse “a é? Tb posso fazer isso” e começou a fazer igual caixista… Usar semântica, procurar cabelo em ovo para falar que o Xbox é RDNA1.
Aí entro o modo “vitimismo” clássico de fã de xbox, que passaram um ano chamando o Cerny e a Sony de mentirosos, se vitimizarem com o ataque do “Sonysta malvadão”
5700XT base clock RDNA 1 = 1.6GHz
Xbox Series X fixed clock RDNA 2 = 1.82GHz
5700XT boost clock RDNA 1 = 1.9GHz
PS5 continuous boost clock RDNA 2 = 2.23GHz
Caso fossem micro-arquitetura RDNA 1, não teriam esse ganho de clock. Lembrando que consolas são caixas pequenas, com requisitos bem mais rígidos de resfriamento do que placas de vídeo desktops. Logo, a tendência é que o PC apresente clocks mais altos, ou muito mais poder de computação para o mesmo clock.
Uma frase resume,” Designing the SoC is the art of making smart trade-offs.”
Empresas investem muito dinheiro, e contam com pessoas competentes para o projeto, quer exemplo maior que a PS4 que ja era “ultrapassado” no seu laçamento e olha o que uma APU de 2013 proporcia jogos com The Last of US part2 em 2020, e no final o que importa são os jogos !
PS5 uns 95% de uma RTX 2060 Super
SX uns 110% de uma RTX 2060 Super.
Esses SKU’s não passam disso. E ainda por cima associados a um Ryzen operando a mais de 1 Ghz abaixo do que os R7 3700X operam, o que subdimensionam pra baixo qualquer coisa que se tenha no PC na 3ª geração mesmo.
Nomeiam essa arquitetura com o posfixo que quiserem. Veja se muda essas metas de desempenho daí.
https://www.altchar.com/game-news/ps5s-gpu-is-on-par-with-rtx-3070-in-latest-call-of-duty-black-ops-cold-war-benchmark-aNFcx3B1i3Pa
https://www.reddit.com/r/PS5/comments/k7cxqp/ac_valhalla_on_ps5_performs_like_an_rtx_2080_with/
Convêm antes de vir aqui obter informações sobre a realidade das coisas (especialmente quando este site já publicou vários artigos sobre o tema que, claramente não foram lido, assim como não foram lidas as comparações da DF), e acima de tudo perceber que as consolas nunca debitaram ainda o que podem debitar pois todos sabemos dos aumentos de performance que se conseguem ao longo da sua vida graças às programação dedicada e APIs optimizados para o hardware específico.
Quanto ao CPU o seu overhead ou sobrecarga varia dependendo do nível do API, sendo que o pobre do Jaguar da anterior geração acabou a fazer coisas que nunca se julgaram possíveis obter de um CPU tão fraco.
Acabamos por isso com as comparações inúteis ao PC, recordando que, a não ser que vá para o Ali Express, só um Ryzen 7 3700x custa 320 euros, e uma PS5 DE custa 399.
Com Ray Tracing a realidade é essa daí mesmo VGA e de processador estamos falando de algo operando a 1GHZ mais baixo que os desktops e sabe-se lá com quanto de cache (não acho que seja os mesmos 32MB), ou seja, bem mais lentos.
Não tenha espectativa do que ambos não são (que no caso é uma RTX 2080 Super ou um Ryzen 7 ).
Não há absolutamente nada de fantástico nesses consoles. Nada.
Ray Tracing não é um problema das consolas… É da AMD…
Seja como for estás a fazer uma comparação baseada num jogo, o Watch Dogs, que nem de longe, nem de perto se aproxima do Miles Morales a nível de RT.
Prevejo que vc vai se decepcionar. Consoles não são placas de vídeo e vão superá-las! A 2080ti é a primeira a ficar pelo caminho e a 3070 em seguida. Acha que pode comparar consoles com PCs de forma uniforme? Não compreende o mínimo então.
E se vc acha que não há nada de impressionante nos consoles, vai se decepcionar ainda mais. Faltou a aula de sistemas fechados né? Um console não é feito apenas de gpu e cpu. Vc deveria saber isso há muito tempo.
Desculpa te incomodar por ainda não ter visto nada de impressionante.
Esse é o problema. O esperar demais.
Não está em causa e nem nunca esteve se uma consola completa de 500 euros bate um ou não bate um GPU de 500 euros inserido numa máquina de 1000 euros ou mais. O que está em causa é a relação custo performance, bastante próxima por uma fração do custo.
Num cenário que um ps5 está custando 4600 e uma 2080 super absurdos 5k. O desempenho do ps5 em Valhala é fantástico. E o mais interessante, Valhala não chega perto do Demons souls remake.
É complicado realizar essas generalizações.
Nem vou me prolongar com textões. Apenas se lembre que em 2013 a GPU do PS4 era comparada com uma HD 7850.
E em 2020 o PS4 encerrou seu ciclo com obras-primas visuais como The Last of Us parte 2 e Ghost of Tsushima.
E como a HD 7850 terminou 2020?
Isso serve de dica para termos uma noção de como PS5 e RTX 2060 Super estarão em 2027.
Carlos… Não adianta. Quando se tem de explicar isso, está tudo dito.
E o Ray Tracing vai ter grandes revoluções no seu uso… Usado como bruto não dá, mas as técnicas de uso misto, com meras amostragens por RT devem progredir.
Ou num outro exemplo… Corre o Horizon Zero Dawn numa 7850 e compara…
Primeiro essa GPU era comparada a HD7870 na época não a HD7850.
Segundo se eu pegar um BF5, ou algum outro multi, é provável que ele como média, rodando melhor nessa placa que no PS4 já que ela era levemente superior.
Você pegou dois jogos exclusivos e desenvolvidos apenas para o PS4, para exemplificar. Justamente para que evitássemos comparações diretas em outros títulos.
Também quero ver onde vamos estar com Ray Tracing nesses consoles. Já que infelizmente o talento que a AMD deu em raster nessa arquitetura ela não deu em Ray Tracing.
Não duvido que Nvidias da série RTX 2000 high end estarão operando isso melhor em 2027.
Você deve saber que a HD 7870 tem 2.3 TFLOPs, mais do que 1.8 TFLOPs do PS4 e 1.3 TFLOPs do Xbox One. Na época o PS4 era comparado a uma HD 7850 e o Xbox One a uma HD 7770.
Quando falo da HD 7850 não suportar mais, digo por experiência própria. Entre 2013 e 2015 ainda rodava jogos com qualidade igual ou superior ao PS4. De 2016 em diante, quando as consolas começaram a ter mais optimizações específicas, essa VGA ficou para trás com códigos genéricos. E actualmente, se trata de uma VGA que mal suporta jogos recentes em 720p 30fps com jogos no low.
É notório que o PS4 alcança mais do que isso, e que seu envelhecimento foi melhor do que configurações de PC equivalentes.
https://www.systemrequirementslab.com/gpu-compare/11024/radeon-hd-7850
Escusado será dizer que a PS4 corre esses jogos todos e com detalhes bem mais elevados e 99% a 1080p.
E mesmo a HD 7870 com seus 2.3 TFLOPs, rodando Red Dead Redemption 2 a 1080p com todas as configurações no mínimo possível ou desativadas, fica a maior parte do tempo entre 28 e 30fps.
https://www.youtube.com/watch?v=Nl0vvdnFimI
Este i3 é 2 cores /4 threads . Vê aquela HD 7870 caindo para 60% , 70% , 80% de uso ali ? Seguido por quedas no FPS ?
O nome disso se chama gargalo por processador.
Significa que há mais placa que poderia estar sendo extraida mas não está.
A questão é que esse CPU bate o Jaguar da PS4.
https://gadgetversus.com/processor/amd-jaguar-vs-intel-core-i3-4160/
A questão é que o PS4 tem uma GPU 28% mais fraca. E a coisa está mais equilibrada que com este i3 e essa VGA. O processador obviamente vai empurrar melhor a GPU mais fraca.
O multicore a diferença é pouca. Observe.
O gargalo está claro ali neste exemplo. Exemplo digamos mal escolhido.
Tu usas o termo gargalo de uma forma muito livre… Quem te garante que há gargalos? Esse GPU está muito bem para esse CPU e só há gargalos se o CPU não conseguir fazer a parte dele. Neste caso o CPU não está limitado pois se o da PS4 chega, este tem margem. Não vejo, numa análise simplista, motivo para gargalos.
Eu utilizo o termo gargalo quando eu vejo um layer do afterburner, me mostrando claramente que ele existe, como é o caso desse exemplo de gameplay daí.
Quedas acentuadas de FPS. E no momento dessas quedas. GPU tendo quedas em 60 a 80% de uso. E o Processador operando no limite.
O trabalho da GPU está sendo freado pelo processador.
o que se vê é um CPU em alguns casos perto do limite, assim como o da consola deverá estar pois está a fazer o mesmo e é menos capaz.
Mas apesar de ver lá por meio segundo um 99% no uso do CPU, em momento nenhum vi o CPU a 100% (não vi o vídeo todo), significando que ele pode estar a ser bem puxado, mas nunca alcança o limite.
Daí o não estar a ver um real gargalo de CPU, e muito menos poder dizer que a PS4 não se comporta igual a nível de CPU.
O indício principal disso daí é a GPU subutilizada Mário.
E observe como um Ryzen 1600X pode por exemplo gargalar uma GTX 1080Ti sem por exemplo estar a 100% de uso quase nunca. Uns 70 a 80% pelo que já vi.
Estou errado ?
O 7700K não proporcionava uma entrega melhor da GPU ?
O gargalo pelo processador não vem apenas do quando está sendo usado.
Um GPU tem um enorme número de componentes e nem todos são usados em simultâneo. Tu podes ter gargalos de GPU em cenas simples e com baixa ocupação, basta que um componente em particular atinja o limite.
Um exemplo, entre muitos, é a largura de banda. Podes ter o GPU com 10% de ocupação, se a largura de banda estiver saturada, tens um gargalo.
Basicamente a ocupação do GPU não te diz grande coisa sobre se ele está ou não com gargalos.
Me desculpe discordar. Mas diz sim.
Penso que não percebeste… O que não te diz é se o gargalo vem do CPU ou de outro componente.
De onde viria neste caso ?
Sistema Operacional, Windows 7 diferença é pouca pra o Windows 10, coisa marginal.
Memória não é 12GB Ram DDR3 1600.
Disco não é.
Driver placa de vídeo não é (eu pesquisei e por incrível que pareca a HD 7870 tem drivers com releases até este ano 0_0, um suporte impressionante. )
Este jogo tem um aproveitamento bom de VGA’s AMD.
Sobrou o que ? Processador.
É o caso que eu citei do 1600X e da 1080 TI só que acontecendo em hardware mais antigo.
Efectivamente dizia o Sherlock Holmes que se removermos o impossível, aquilo que resta, por muito improvável que seja, é o culpado.
Mas neste caso não há elementos visuais que nos permitam perceber que o CPU é a causa.
Ele começa com 50 e pouco por cento de uso, sobe depois para os 80 e tal e no fim anda nos 90 e pouco.
Isso quer dizer que por esses valores não há gargalos. Pelo valor da ocupação não podemos afirmar linearmente que é o CPU que está a limitar se o CPU não está a 100? Porque havendo capacidade de processamento livre, não há porque haver gargalos.
O que sobra? É juntar o que referes ao que se vê, e ver o que efectivamente resta.
E uma das coisas que resta é o CPU, apesar de processamento livre no seu global, poder estar limitado não no todo, mas num dos núcleos, e apesar de o CPU não estar no máximo, esse núcleo está a limitar.
E isso levá-nos ao cerne desta discussão. O início da mesma.
O código é o mesmo na PS4 e a capacidade por núcleo do Jaguar é bem mais baixa. Daí que, se aceitarmos o limite num dos núcleos do CPU (e não no CPU em si -0culpa do código e não do hardware pois a coisa não se repete no CPU mais fraco da PS4), isso deve-se a melhor óptimização na distribuição do código entre núcleos na consola, o que lhe permite superar o PC.
É o tal nível de óptimização que com o tempo melhora nas consolas mas que não se dá da mesma forma no PC, que estava na origem da conversa.
Exacto. Para se caracterizar claramente como um gargalo de CPU, geralmente a mesma fica entre 95% e 100% na maior parte do gameplay, com a GPU abaixo disso. Considerando claro que se tenha memórias com quantidade e barramento suficientes.
Em 2012 eu estava com uma GTX 470, e um Core 2 Duo E7500. Estava com problemas de performance em alguns jogos, e ao ativar os benchmarks, vi que a GTX 470 estava entre 40 e 50% de utilização, e o E7500 alcançando quase 100% durante todo o período. Fiz o upgrade para o i7 3770k (foi caríssimo, CPU recém-lançada), e tudo ficou bem.
Contestação deste ponto de vista no vídeo anexado abaixo.
Mesmo 95% não é garantia de gargalo. Um número diferente de 100 indica que há CPU livre, e haver gargalo é devido a um núcleo saturado por má distribuição de tarefas. Apesar que concedo que acima de 95% isso se torna provável de acontecer.
A questão é que este i3 é superior à PS4 quer em multinucleo, e especialmente em núcleo simples. Básicamente um núcleo deste me equivale-se a quatro do Jaguar.
E se o Jaguar que terá a mesmíssima ocupação ou até superior, pois está a correr a mesma coisa, não satura é porque tem optimizações que o PC não tem ao mesmo nível, o que no leva à questão que referiste de o hardware das consolas conseguir muito mais devido a optimização extrema ao longo dos anos, distanciando-se do equivalente PC.
Olha que benchmark perfeito. Pra mostrar o que é um gargalo de processador.
Repare como nenhum dos dois (8700K vs FX 8350 ) chega nos 100% de uso, apesar de que a placa de vídeo (no caso uma 1080TI ) fica subutilizada no AMD
O mesmo cenário em vários jogos.
https://www.youtube.com/watch?v=3ZR-3r-RTfU
Eu creio que há aqui um mal entendido… Ninguém disse que não há gargalo no CPU, o que é dito é que sem o CPU alcançar os 100% isso não pode ser afirmado de forma directa.
Sem os 100% o que pode acontecer é a saturação de um dos núcleos, um caso onde sem se saturar o CPU, temos gargalo. É o mesmo que eu referi do exemplo do GPU. Podes ter o GPU a 10% e ele ter um gargalo, por exemplo na largura de banda.
Aqui tens o CPU sem ser a 100%, com um gargalo num dos núcleos.
Isso é já má distribuição de trabalho, e a PS4 deveria ser pior pois são 8 núcleos e todos eles muito fracos. Mas no entanto a PS4 não sofre pois está muito otimizada, quer a nível de software, quer de hardware.
Mas no caso do video que é enviado, não há gargalo nenhum no CPU. O que acontece é bem diferente e não se enquadra na definição de gargalo a não ser se usado de forma livre.
Basicamente os CPUS são radicalmente diferentes, e o i7 ao ser mais de 2x superior, permite maiores débitos do GPU ao alimentar o mesmo mais depressa. Isso é uma consequência de velocidades de processamento, não de um gargalo… São coisas bem diferentes! Chama-se a isto escalonamento com a performance, sendo que um CPU melhor permite melhores débitos a um GPU.
Um gargalo, na plena definição do termo, ocorre quando um dos componentes alcança um valor máximo de performance impedindo outros de poderem funcionar na sua capacidade máxima.
O nome gargalo adequa-se pois é a questão da água a passar numa garrafa, onde o débito de saída é limitado pelo gargalo, a componente que alcançando o seu débito máximo, limita tudo o resto.
Longe de ser adequando comparar isto a um débito menor de um CPU que está a funcionar na sua plenitude sem alcançar os limites de qualquer componente. E daí que o nome gargalo, na sua plena definição, não se adequa aqui, a não ser de uma forma muito genérica.
Então Mário. Margem a interpretação. Pra mim isso é uma forma de gargalo.
O vídeo que eu mandei é só algo com uma intensidade maior pra demonstrar o que acredito ser o mesmo problema.
Como referi isso não é tecnicamente um gargalo dado que o sistema em causa está a debitar a performance toda que pode de forma livre e sem restrições, com performance livre em todos os componentes. Chama-se escalonamento com a performance, e mostra os ganhos de se ter um sistema melhor. Basicamente ocorre nos dois sentidos, com ganhos no GPU com um CPU melhor, e com ganhos no CPU com GPUs que façam menos chamadas de desenho.
Mas dado que muitos websites se referem a este tipo de coisa como gargalo, aceito e compreendo o teu uso do termo uma vez que tal mostra que o CPU em causa não permite que o GPU debita o que poderia.
Normalmente o que os websites fazem para perceber essas limitações é reduzir a resolução de modo ao GPU não ser limitativo. O que quer dizer aqui que, neste caso, apesar de não ganhares fps, poderias subir a resolução sem grande quebra na performance.
Mas a questão é que esse tipo de limite está igualmente presente, e bloqueado, na consola. O hardware daquele PC com uma 7850 e um i3 4160 está bastante próximo da consola, pelo que replica mais ou menos o que se passa na mesma.
A consola no entanto tem alterações no hardware que a permitem, apesar da igualdade de performance teórica, superar a 7850, assim como tem óptimização muito mais elevadas no API e na programação que no global lhe dão performances superiores que acabas por ver com o tempo, deixando o hardware equivalente para trás.
É um bom benchmark, mas tenho outros pontos de vista.
Primeiro, estamos falando de kits diferentes (CPU + RAM + MOBO). Não é só poder de CPU que está em discussão, mas também velocidades tanto do barramento interno e externo.
Segundo, a comparação envolve um i7 8700k 13910 vs FX-8350 5931 (https://www.cpubenchmark.net/high_end_cpus.html). Ou seja, uma CPU 2,34x superior à outra. Você deve saber que é uma diferença colossal de performance.
Se a sua idéia é provar que colocar um kit superior estaremos estressando a GPU até chegar em 100% aumentando o FPS, eu estou de acordo. Aliás, é o esperado já que um kit superior terá memórias mais rápidas e consequentemente fará drawcalls() e outras funções mais rapidamente.
Mas permita-me ponderar três coisas:
1) Esse benchmark está usando DX11, que é claramente conhecido por não distribuir bem tarefas entre os núcleos da CPU. Então neste caso a CPU superior é boa o bastante para saturar a GPU mesmo com DX11 e alguns cores subutilizados. Já a CPU inferior poderia alcançar resultado melhor caso os cores não fossem subutilizados. É até por isso que jogos DX12 tem performance bem superior no PC. Red Dead Redemption 2 por exemplo usa Vulkan, que é conhecido por explorar bem melhor os cores da CPU.
2) A GPU e CPU estarem em 50% com memórias mais lentas e menos FPS (mas com indicadores aceitáveis) não caracteriza necessariamente gargalo na CPU. Um sistema consiste no equilíbrio de performance entre os componentes. O que este benchmark fez foi colocar um kit (CPU + RAM + MOBO) bem superior à demanda destes jogos mais antigos (o vídeo é de 2017), estressando a GPU. É claro que se pudéssemos colocar um Rysen 9 3900XT no PS5, poderíamos estressar mais a GPU e alcançar mais FPS. Mas o fato de ter um Zen2 não se caracteriza necessariamente em gargalo, mas sim em uma expectativa de equilíbrio na performance entre CPU e GPU. O gargalo do Jaguar ocorre porque existe um claro desbalanceamento. Isso é fácil de se provar até comparando o Jaguar com as CPUs RISC da geração anterior. Uma performance bem questionável para um salto geracional de 7 anos.
3) Isso descaracteriza um pouco a proposta inicial da nossa discussão, já que a comparação era entre PC e consolas equivalentes. Eu não posso colocar um i7 8700k no PS4 e ver quantos FPS o mesmo alcançaria. É uma caixa fechada. O que podemos fazer é comparar com configurações aproximadas e medir.
Da mesma forma que eu poderia te citar vários momentos do vídeo com CPU e GPU ambos acima dos 80%.
É um bom exemplo porque mostra CPU e GPU superiores às configurações equivalentes do PS4, e mesmo assim obtendo resultados similares.
E além dos FPS cravados, nada garante que o PS4 esteja com tudo no low e desactivado como feito neste benchmark. Consolas tem configurações personalizadas. É provável que a grande maioria dos presets no PS4 seja no low (ou até uma personalização abaixo), mas pode ter algum efeito um pouco melhor no PS4 sem comprometer a estabilidade de FPS.
Por fim, a idéia transmitida aqui é o óbvio, que consolas recebem mais optimizações ao longo dos anos. Isso porque os jogos possuem builds dedicados e optimizados nas consolas. Isso não acontece no PC, onde configurações como HD 7850 ou 7870 já foram abandonadas por muitos bem antes da geração acabar, sendo substituídas por GTX 970 ou 1060, que possuem bem mais poder bruto e seguram os jogos em 1080p 60fps.
Eu mesmo passei de 2016 até 2020 jogando em um i7 3770k 16GB DDR3 com uma GTX 970, bem superiores ao PS4. Mas nesse caso, estamos citando uma diferença muito desproporcional de poder bruto. Então seria ingenuidade esperar milagres das consolas nos jogos de terceiros. Mas em configurações não tão discrepantes, as optimizações de consolas podem fazer a diferença, como fez neste caso que citei.