De acordo com a Microsoft a Xbox One permitiria o acesso de um máximo de 10 pessoas a partilhar a sua livraria de jogos. E esta é uma situação que muitos lamentam ter-se perdido com a alteração das políticas da empresa. Mas agora um funcionário da Microsoft vem revelar que aquilo que era partilhado eram apenas versões limitadas de demonstração dos jogos.
Sinceramente quanto mais ouvimos falar no antigo DRM da Xbox One mais repúdio pelo mesmo temos. Felizmente este foi removido, mas há agora quem lamente certas situações que foram perdidas como é o caso do Plano de Partilha Familiar.
O Plano de Partilha Familiar permitiria que até 10 pessoas que estivessem na lista de amigos de um utilizador pudesse ter acesso à sua livraria de jogos. A Microsoft definia a situação como uma forma de famílias e grupos extensos de amigos pudessem aceder à lista de jogos. Mesmo que não estivessem na mesma residência ou local.
Esta situação conhecida pouco antes da E3, seria efectivamente uma perda. Apesar de continuarmos a achar que mesmo que ela funcionasse como descrito as restantes desvantagens superavam a vantagem, vem-se agora a saber que afinal a história não seria bem como foi contada.
Com a alteração do DRM para algo mais tradicional alguns empregados da Microsoft envolvidos no processo de criação do antigo sistema de DRM tem vindo a lamentar a perda do mesmo. Mas ao mesmo tempo tem vindo a revelar a realidade por detrás de tanta suporta generosidade numa situação como esta.
Assim o CNET refere um post anínimo no Pastebin de alguem que se define como um “empregado da Microsoft com o coração partido”. Este post está devidamente escrito e mostra efectivamente alguem com conhecimentos interiores do funcionamento da consola, sendo que refere o seguinte sobre o Plano de Partilha Familiar:
Primeiro há a partilha familiar, e esta características era-me muito próxima e querida e sinceramente acredito que teria ajudado a Indústria a crescer e fazer tanto os jogadores como os criadores felizes. A premissa era simples e elegante, quando comprasses os jogos Xbox One poderias fazer com que estes fizessem parte da tua livraria partilhada. E qualquer pessoa que indicasses como família poderia aceder a estes jogos, independentemente do local do mundo onde estivesse. Nunca houve aqui nada a enganar e não tinham de partilhar a mesma morada física ou de facturação, sendo que poderia ser adicionada qualquer pessoa.
E isto foi efectivamente o que a Microsoft contou. Até um máximo de 10 pessoas, estas poderiam partilhar os nossos jogos. Mas o empregado da Microsoft continua:
Quando algum desses membros da familia acessasse aos vossos jogos, eles eram colocados num modo DEMONSTRAÇÃO especial. Esta DEMO seria o jogo completo mas com um tempo limitado a algo entre os 15 aos 45 minutos e em alguns casos até 1 hora. Isto permitiria à pessoa o jogar do jogo, tornar-se familiar com ele e compra-lo caso gostasse. Com o tempo limite esgotado a pessoa seria levada directamente para o mercado onde poderia encomendar o jogo caso o quisesse e tivesse gostado. Andamos a experimentar o número de vezes que seria permitido aos membros aceder ao jogo partilhado (para impedi-los de acabar o jogo jogando várias vezes), mas acabamos por não determinar a melhor forma de lidar com essa situação.
Por outras palavras, o tão apregoado Plano de Partilha Familiar era uma falácia. Apenas uma forma de demonstrar jogos e não de os partilhar. A pessoa da lista apenas poderia jogar entre 15 a 45 minutos em média, e muito certamente iria acabar por o poder fazer apenas uma vez. E daqui se vê a realidade do antigo DRM, pensado apenas em fazer dinheiro e não verdadeiramente preocupado com o utilizador.