O State of play da Sony

Como já não acontecia à algum tempo, o ultimo State of Play da Sony teve qualidade. Apesar que poderia ter sido melhor.

Apesar de algumas vozes criticas que se queixam que a Sony poderia ter apresentado muito mais, a realidade é que achei que o apresentado no ultimo state of play da Sony teve qualidade. Não foi o melhor que poderia ter sido, mas a qualidade retornou, o que é um excelente sinal.

Quando se analisa este tipo de apresentações temos de saber distinguir uma critica devidamente bem feita, de outra onde alguem se queixa porque os jogos que esperava não estavam presentes, ou de alguém que não gostou do state of play porque os jogos ali apresentados não são do seu agrado. Quando alguém está numa posição de análise e se pretende ser sério na análise, não pode pensar se a apresentação cobriu os seus gostos pessoais, mas sim verificar qual poderá ser a aceitação genérica do mercado do apresentado.

Neste aspecto posso dizer que 90% do que foi apresentado não me interessa, o que normalmente é o caso em todas as apresentações, e como tal, não vou gastar dinheiro nesse conteúdo. Mas isso não me pode impedir de ver que esses jogos, para os fans dos respectivos géneros, tem qualidade, e poderão ser sucessos, ou pelo menos, jogos bem aceites.

Teremos ainda de verificar de bom grado que nada do apresentado foi GAAS, parecendo que a Sony poderá ter refreado os seus ânimos nesse campo, o que são boas notícias.



Vamos analisar, muito sumariamente, os jogos um a um:

DLC Astro Bot

Poderá não ser um estilo que agrade a todos, mas neste caso, a mim satisfaz! Estou a adorar o Astro Bot, e foi com bons olhos que vi este DLC, que por acaso, até será gratuito.

Quem não gosta do jogo, ou sequer do estilo, não poderá deixar de reconhecer que um DLC que se refere como gratuito para um jogo que está a ser um sucesso de vendas, é algo fabuloso para os fans do mesmo.

Foi por isso uma abertura em cheio para este State of Play.

The Midnight Walk

Na parte pessoal, este é um jogo que não me cativa por motivos diversos. Estranho e abstrato, não me encanta minimamente e, sinceramente, fico na dúvida a quem agradará em pleno!



No entanto. Tecnicamente o jogo parece bem executado, e o suporte PSVR 2 é um ponto a seu favor, mas este foi um jogo para o qual, pessoalmente, não olhei duas vezes.

Hell is us

Apesar de também não me ter cativado, a realidade é que o trailer mostrado revela muito pouco do que é o jogo. Mais uma vez entra pelos domínios do fantástico e surreal e, eventualmente, poderá ser um jogo com algum mercado, mas pelo que foi mostrado, não me fascinou.

Não foi por este jogo que achei que o State of Play valeu a pena, assim como não consegui ver qualquer tipo de grande recetividade para o jogo.



Metro Awakening VR

Conforme já terão percebido,  não sou um amante destes jogos com monstros surreais, mas no entanto a série Metro é uma série que granjeia algum prestígio, e que tem uma legião de fans. Nesse sentido, este jogo, com suporte PSVR2 é um bom acréscimo à série, que poderá ter boa recetividade.

Apesar de não ser um jogo no meu estilo, confesso que achei que foi um ponto positivo na apresentação e um bom jogo PSVR.

ArcheAge Chronicles

Mais uma vez um jogo que não vou a correr comprar. Mas um jogo que não me deixou de impressionar pois até gostei do que vi.



Temos aqui um jogo que poderá ser interessante, e que poderá cativar alguns, pelo que o considero um ponto positivo na apresentação.

Palworld

Se queremos um exemplo de um jogo que não me vai fazer ir a correr adquiri-lo, mas que vai vender como pipocas, temos aqui o Palworld. O jogo foi um sucesso de vendas na Xbox e PC, e certamente sê-lo-á igualmente na Playstation.

E apesar de a mim não ser um tipo de jogo que coloque na primeira linha, não analisando a coisa pelos meus gostos pessoais, mas sim por aquilo que acredito ser a aceitação do mercado, a apresentação deste jogo foi um ponto altíssimo deste State of Play.



Lunar Remastered Collection

Mais um jogo que não me cativa, e mais um que não sei se obterá grandes interesses gerais pelo seu aspecto global. Considero assim que foi apenas mais um jogo apresentado!

Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge

Um DLC para um jogo que nem conhecia. Terá certamente um publico alvo pequeno pois destina-se a quem comprou o jogo. Foi, para mim, tempo perdido na apresentação.

Sonic X Shadow Generations

Nunca fui fan dos jogos Sonic apesar de acompanhar a série desde pequeno… mas a questão é que os há… e muitos. E nesse aspecto este jogo baseado nos filmes deverá obter sucesso. Tecnicamente interessante, considerei-o um jogo de interesse, apesar de não ser claramente para mim.



Fantasian Neo Dimension

Talvez mais destinado ao público japonês, este é um jogo que não deixou de me agradar pelos visuais cativantes, apesar de o achar mais adequado a smartphones do que a uma consola como a PS5. Mas mesmo assim não o achei um total desperdício, podendo ser algo que explore. e achei que justificou a inclusão na apresentação.

Dragon Age: The Veilguard

Quando vi este trailer a questão foi: “Meus senhores… o que é isto?” O Trailer quase só mostra uma arvore de evolução e uma luta contra um dragão com um grafismo que achei miserável. Sinceramente, para mim, este foi o ponto mais baixo de toda a apresentação.



Alan Wake 2 DLC: The Lake House

Uma expansão para o jogo Control, baseada no universo Alan Wake… Sinceramente o trailer pouco ou nada mostrou, e o aspeto esverdeado do apresentado também não ajudou. Apesar de ter gostado bastante de Control, este foi também um dos pontos baixos da apresentação ao não mostrar verdadeiramente nada.

Hitman World of Assassination

Foi a partir deste momento que as coisas melhoraram.

Apesar de estar já a ver com bons olhos jogos com suporte PSVR 2, uma lacuna que existia até ao momento, este jogo foi a cereja no topo do bolo. Um jogo do universo Hitman em PSVR é certamente algo digno de nota. Bom grafismo e uma imersão total no universo! Um jogo a ser seriamente ponderado.



Legacy of Kain Soul Reaver 1 and 2 Remastered

Confesso que quando vi este Remaster vi-o com um misto de sensações. Uma de felicidade dado que tenho grandes, grandes recordações deste jogo, e como tal irei adquirir este remaster, mas ao mesmo tempo de tristeza pelo facto de achar que se tinha perdido aqui a oportunidade de algo que este jogo realmente merecia… um Remake!

Seja como for, só por aqui, para mim, este jogo já valeu a apresentação!

Fear the Spotlight

Pouco tenho a dizer sobre este jogo, Não foi dos que achei piores, mas o grafismo que foi adoptado, apesar de uma homenagem aos jogos antigos é, a meu ver, totalmente desadequado aos dias de hoje.



Towers of Aghasba

Ora aqui temos um jogo que fiquei sem saber o que pensar dele. Mas confesso que o que vi também não foi suficiente para me despertar o interesse para refletir. Pelo menos para mim, foi apenas mais um a encher algum espaço na apresentação.

Dynasty Warriors Origins

Possuía eu um Atari St quando vi o primeiro jogo da série Dinasty Warriors. Este é um jogo que sempre se caracterizou por batalhas épicas e personagens icónicos, tendo criado grupos de fans ao longo dos tempos, e esta nova versão do jogo parece manter bem vivo aquilo que tornou a série tão popular. Uma boa inclusão nesta apresentação.

Monster Hunter Wilds

Nunca joguei um jogo desta saga, mas confesso que este trailer me deixou vontade de adquirir este jogo. Diga-se mesmo que irei estar atento a outros trailers e informações, pois não descarto mesmo a hipótese de  o adquirir. Achei a apresentação bastante interessante, especialmente por, sendo um jogo de uma franquia que sempre me passou ao lado, me ter conseguido despertar a atenção.



Dado que o Franchising é altamente popular, acredito que este possa ser um jogo de sucesso.

Lego Horizon Zero Dawn

As imagens que fui vendo ao longo dos tempos sobre este jogo cativaram-me, fazendo-me lembrar o grafismo do Link’s Awakening da Nintendo Switch, um jogo que adorei. Mas o vídeo usado na apresentação matou todo o interesse que tinha no jogo! O que vi foi uma palhaçada total, com fatinhos, festinhas, montanhas russas e outras porcarias que nada tem a ver com o jogo. Sinceramente preferia que este vídeo nunca tivesse existido!

Horizon Zero Dawn Remaster

Ver este tipo de jogos que entendo como claramente desnecessários, é sempre um off para mim. São recursos usados em remakes de jogos que entendo não precisarem verdadeiramente deles.



No entanto não posso deixar de reconhecer que o remake traz melhorias, e dado que o mesmo é anunciado como tendo um custo de apenas 10 euros para quem já tem o jogo na PS4, fiquei entusiasmado com o mesmo.

Stellar Blade

Um DLC básico para o jogo com um modo fotografia avançado, e uma colaboração com Nier Automata. Nada de extraordinário!

PlayStation Plus

Foi com agrado que soube que Blood Omen: Legacy of Kain e Dino Crisis serão adicionados ao catálogo de clássicos do PS Plus ainda este ano, assim como que The Last of Us Part 1 se vai juntar ao catálogo de jogos PS Plus no final desta semana, a 26 de setembro.

Ghost of Yotei

O ponto alto da apresentação. Ghost of Yotei é mais um jogo ao estilo de Ghost of Tsushima, um jogo que adorei e platinei.

Recorde-se que aqui o termo Ghost nada tem a ver com um fantasma no sentido da palavra, mas sim o domínio da arte da espada denominado como Ghost. E nesta nova versão veremos uma samurai feminina (e sim, elas existiam), como protagonista.

Um grafismo de morrer, e paisagens Japonesas icónicas, num jogo que promete.

As queixas de que o jogo parece de PS4 revela um pouco de desconhecimento da realidade que os jogos atravessam. Basicamente vemos isso muito bem no PC, onde um jogo entre o nível de detalhe mínimo e máximo, por vezes até nem se revela algo de chocante, mas no entanto requer uma diferença de hardware brutal.

A realidade é que o refinamento gráfico, muitas vezes em situações que pouco impacto visual possuem, exige processamento, e um hardware mais poderoso. Esse é o mal atual dos videojogo, pois as pessoas habituadas a uma progressão gráfica que até hoje se revelava notória de forma clara a olho nú, acham agora que as coisas estão estagnadas. Mas isso não corresponde à verdade.

Aumentos de resolução, acompanhados de texturas para a mesma resolução, e melhorias nas qualidades dos shaders podem requerem um hardware muito mais potente. Vê-se isso nos modos performance e qualidade de muitos jogos, alguns dos quais onde a diferença gráfica até nem é grandemente perceptível, mas onde se liberta bastante processamento com as simplificações. A realidade é que aumentar resoluções, qualidade das texturas, e qualidade dos shaders, requer muito, mas mesmo muito processamento.

E Ghost os Yotei usa o poder da PS5 para essas melhorias.

Conclusões

Como deixei claro no início, até gostei da apresentação. Longe de ser das melhores da Sony, tambem contava com a DLC de Spider Man, e mais de Wolverine. No entanto perante a fuga de dados de Wolverine é provável que a Sony tenha decidido mudar bastante o jogo, e isso poderá traduzir-se num atraso do DLC de SpiderMan.

Seja como for, este não é o ultimo State of Play da Sony, e mais haverão, pelo que algo não ter sido apresentado não implica que não possa vir a ser lançado. Basta ver o Ghost of Yotei, que não estava ainda apresentado.



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Daniel Torres
Daniel Torres
28 de Setembro de 2024 11:26

Bom dia Mário, só uma correção na Dlc Lake House ela não é para o jogo Control é para o jogo Alan Wake 2, contando uma visão do FBC de control sobre os eventos que são mencionados em control.

No mais uma boa apresentação, mas só me animei por essa Dlc e por Ghost of Yotei o resto no foi do meu gosto e gostaria de ter visto mais projetos dos estúdios internos da Sony.

Ps: O ponto mais baixo para mim foi Horizon Remaster

Edit: Esqueci de mencionar que fiquei muito feliz quando vi o The Legacy of Kain uma de minhas series favoritas quando era jovem e esse é compra certa e uma fagulha de esperança de reviverem a série.

Last edited 1 hora atrás by Daniel Torres
Juca
Juca
28 de Setembro de 2024 11:30

Foi uma apresentação regular e que decepciona um pouco pelos lançamentos first party poucos e apenas 1 verdadeiramente interessante para o público cativo de PS, apenas um jogo dali é realmente desejável e dá gosto em se ter o console.

A questão toda aí acho ser referencial, e explico, é que nos últimos tempos a coisa tava tão feia que isso, agora, nos parece melhor do que é. Noutros tempos a Sony viria com ao menos 2 grandes jogos dela, sequer anunciados, agora vem com um grande jogo, e o resto é todo de terceiros ou perfumaria.

A Sony acaba de lançar Astrobot, que tem mais ou menos o mesmo público que o lego aí, e seu público de histórias narrativas de aventura e ação vai se contentando com um título ao ano, ou nem isso, e imagina se esse único aí sai ruim… Um único jogo novo First Party por ano pro o seu público que foi fiel até aqui, parece ser a nova toada da PS.

PS: O que mais me frustrou foi o tratamento dado a coletânea Legacy of Kain que poderia ter tido um cuidado bem maior, Fora a ausência dos primeiros, (Blood Omen2: Legacy of Kain ainda é o meu preferido). Era uma franquia que merecia um tratamento especial de remake ou mesmo reboot, não só um pós processamento de AA e pra clarear a imagem.

Last edited 1 hora atrás by Juca
Nuno Sousa
Nuno Sousa
Responder a  Juca
28 de Setembro de 2024 12:52

O astrobot foi anunciado 4 meses antes. Por isso não é factual. Para além disso vais certamente ter deadstrading 2, não é fisrt mas no final pela qualidade é como se fosse. Por isso podes ter que vir a retratar

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