A questão surgiu após rejogar Mass Effect!
Recentemente comecei a re-jogar a popular Trilogia Mass Effect.
O jogo é de 2007, pelo que aquilo que ele é hoje, não é o que era visto em 2007.
Animações mais do que medianas, uma jogabilidade muito repetitiva e fraca, que se limita a clicar em zonas do cenário para recolher armaduras e armas, umas secções de tiro bastante fracas para os padrões atuais e condução de um veículo que nunca capota por terrenos íngremes para se alcançar objectivos.
Claro que o que refiro é algo visualizado por alguém em 2022, e não o que era visto em 2007, altura em que o jogo saiu, e onde tudo o que refiro estaria até bastante acima dos padrões da época.
Mas digo isto porquê?
Porque a realidade é que, apesar de tudo o que refiro em cima, Mass Effect está-me a apaixonar, tal e qual como fez em 2007.
E se o motivo não é a jogabilidade, é então o que?
Bem, há aqui um conjunto enorme de factores. Que não invalidando nada do que digo em cima, tornam o jogo em algo, muito, muito forte.
Basicamente o jogo tem uma diversidade de acções muito grandes, desde conversar, optar por formas de diálogo que pressionam ou encantam, obtendo resultados diferentes, a missões bem construídas e estruturadas que dão ao jogador a sensação que está a fazer algo realmente importante, apesar que o que vai fazer não vai ser mais do que o que faz em todas as missões.
Para isto contribui a forma extraordinária como o universo foi criado e pensado! Há uma estrutura de fácil compreensão sobre as raças e os seus hábitos, e sobre o universo. A própria nave torna-se um ambiente familiar, com uma das personagens mais secundárias, o piloto, codename joker, que pelas suas ações e atitudes, dá vida à mesma.
Depois, numa coisa que é feita de forma extraordinária, as escolhas nos diálogos possuem consequências!. E se na maior parte dos jogos, essas consequências tem a ver com a forma como o jogo se desenrola, aqui a situação é bem diferente.
Não só as escolhas definem a personalidade da personagem, o que lhe vai permitir ou negar certas escolhas futuras, como muitas consequências são imediatas e bem sentidas pelo jogador, resultando na morte de personagens aliadas e nas quais investimos para evoluirem.
Tudo isto cria uma sensação de imersão fabulosa!
Mas o ponto principal e mais forte do jogo é, a meu ver, a história fabulosa do jogo. Mas mais até do que isso, a forma como ela é contada e como novos dados nos vão sendo fornecidos. Associemos isto à escala do universo, e a sensação de algo épico e de uma missão verdadeiramente importante tomam conta do jogador, cativando e querendo avançar e saber mais e mais.
Daí que, sem que este seja um jogo apoiado em enorme cinemáticas, este é um jogo apoiado numa enorme e complexa narrativa que vai sendo desvendada ao jogador conforme este vai avançando no jogo.
E a qualidade do que está ali feito, não só permite perceber-se o sucesso do jogo em 2007, como explica os motivos como um jogo que envelheceu algo mal a nível de jogabilidade, ainda hoje consegue superar isso e mostrar-se com uma qualidade e capacidade para cativar o jogador, extrema.
E se é certo que todos os jogos vão envelhecer de uma forma ou de outra, os grandes jogos criado e apoiados neste tipo de suporte, continuarão a ter qualidade para sempre.
Mass effect é meu top2 de jogos preferidos, quando lançou a Legendary edition fiz questão de comprar mesmo ja tendo para o ps3, e assim como você me apaixonei de novo pela série e fiz questão de platinar e agora eu tenho todos platinados incluindo o Andromeda e no aguardo do novo Mass effect.
Como está o Andrômeda? Na altura abominei.
Então… O Andrômeda é um jogo complicado, depois das atualizações eles melhoram a questão das animações faciais (porém eu diria que esta ok), bugs eu não presenciei nenhum que me atrapalhasse, apenas alguns de NPC’s secundários que ficavam se colidindo no mapa.
A história é legal tem ótimas ideias, mas não são aproveitadas totalmente neste jogo, uma coisa que me tirou um pouco do sério nesse jogo foi o viés político que ele tem sendo que entra até em conflito com a lore já estabelecida de Mass Effect (lembrando que tecnicamente esse jogo começa entre Mass effect 1 e 2, então os personagens não sabem o que aconteceu na via lactea) e a falta de responsabilidade do Ryder (personagem principal), deixando ele ate inconsequente, os planetas apesar de vazios são legais e muitos bonitos.
E o maior ponto positivo para mim é a jogabilidade que é de longe a melhor da saga.
Hoje em dia eu diria que é um jogo para ir com as expectativas baixas e relevar algumas coisas, que você irá se divertir.
Quando acabar a trilogia vou ponderar esse.
Tentei jogar. Mas mesmo na época a jogabilidade era bem medíocre. Acabei desistindo. Mesmo problema que tive com TW3
Se tem uma coisa que me irrita em um jogo e faz eu dropar é a jogabilidade ser ruim. Dropei The Witcher 3 com 50 horas e o principal fator foi a irritação que a gameplay me proporcionou. Aperta o botão hoje e o Bruxo responde amanhã.
Pode ser que hoje, com um modo 60fps tenha sido resolvido esse problema pra você.
Era triste. Quando tiver tempo devo testar a versão com update. Ver se algo melhorou.
Os três jogos que voltei a jogar e que estão no meu top 10 foram, Residente Evil 1, Fable e Skyrim.
Eu por acaso também ando numa fase retro, ando a jogar a trilogia do devil may cry.
O 1 na ps2 há uns 19 anos atrás achei um jogo divinal, atualmente mesmo a fullhd o jogo bem é engraçado… Mas tenho me divertido e isso é que conta.
Quanto ao mass effect tenho os 4, fisicamente e digitalmente através do game pass e tenho a revista da multiconsolas que avaliou o 1 me, recebeu um 8 na altura.
Quando vejo meus filhos se divertindo com Pac Man do Atari, eu só posso entender que os jogos diferenciados resistem à barreira do tempo, são atemporais. Do meu lado existe saudosismo, mas as crianças não tem esse tipo de sentimento. Eles tem acesso ao Pac Man, como também tem acesso ao Super Mario 3d world, Sackboy, e outros.
O que faz um jogo bom, ou mesmo memorável, e até virar um clássico é o mesmo que se tem para o sucesso de qualquer coisa. A gente pode até teorizar e achar que existe fórmula, mas isso não existe de fato.
Há coisas como Tetris que encantam muita gente até hoje, ao tempo que há pessoas como eu que não vêem nenhum barato no gênero Souls, então, embora teorizemos, penso qie não dá pra realmente dizer o que faz um jogo memorável e bom de forma objetivamente óbvia, pois não são coisas sempre replicáveis com um mesmo resultado certo. Pode ser simplesmente o momento em que o jogador estava receptivo ao tipo de experiência, ou que mexa com a nostalgia dos bons momentos vividos, há boas histórias, há boas memórias e tudo isso faz um jogo muito bom, mesmo que em alguns pontos ele ainda possa ser considerado um jogo fraco.
Certo… Mas há fórmulas que funcionam mais do que outras. Este jogo segue um pouco a fórmula da Sony, apesar de nós ser apresentada de uma forma diferente.
Uma história complexa, bem criada, num universo bem pensado, que nós vai sendo desvendada aos poucos, e nos vai criando um sentido de missão relevante.
Off: Assisti recentemente a entrevista do Rafael Grasseti (diretor de arte da santa monica), na entrevista ele fala da vantagem de usar um motor proprietario, ele menciona a “facilidade” de fazer alterações e criar mecanismos proprios para atender a demanda do diretor do jogo e por diversas vezes criaram tecnicas novas para isso e que caso dependessem de outro motor(um generico) acabariam por não fazer pois dependem das ferramentas do proprietario que acabam por ser limitadas.
Essa situação deixa clara a vantagem de ter seu proprio motor, e ter um software desenhado para o hardware, por isso os exclusivos da Sony tiram “leite de pedra”.
Vantagem tem, mas também tem custo, é preciso um time à disposição e capaz.