Se acham que tal é rápido, esperam até saberem que os cientistas que a criaram acreditam que podem aumentar a sua velocidade em até 100 vezes mais.
A velocidade da luz… a velocidade suprema do universo. E algo que parece inatingível!
Mas e se vos disséssemos que Cientistas da Caltech criaram uma sonda que permite a captura de imagem a uma cadência impressionante de 10 mil milhões de fotogramas por segundo, e que é capaz de captar a luz conforme ela avança?
Impressionados? na realidade este é um protótipo, e os cientistas acreditam que conseguem tornar esta câmara em algo 100 vezes mais rápido.
As motivações da equipa do cientista Jinyang Liang são bem claras e pretendem melhorar a capacidade de aplicações potenciais em física, engenharia e medicina que dependem muito do comportamento da luz em escalas tão pequenas e tão curtas que atualmente estão no limite do que pode ser medido.
A estrutura desta câmara não é exactamente pequena. Na realidade ocupa uma sala inteira! Aliás na realidade a câmara nem é bem uma câmara, mas sim um consjunto de câmaras todas geridas e sincronizadas por algoritmos computacionais de fotografia.
De forma mais concisa, o sistema consiste numa ultra câmara fotográfica comprimida (que recebe 100 000 milhões de fotogramas por segundo), e uma câmara estática (que permite chegar aos 10 mil milhões). Depois os dados de ambas as câmaras são processados recorrendo a um algoritmo que usando o método T-CUP, permite a reconstrução de imagem em velocidade super lenta.
Eis o esquema da câmara:
Ao contrário do que se possa pensar o grande problema posto a esta equipa não foi a captação de todos estes fotogramas. O grande problema é que depois de capturar os fotogramas, os mesmos tem de ser armazenados. Ora o problema é que actualmente não há nada rápido o suficiente para gravar 10 mil milhões de fotogramas por segundo. Daí que apesar da sua velocidade de captura que se equivale a 10 mil milhões de fotogramas por segundo, a câmara só consegue capturar um máximo de 25 fotogramas.
Tal não é no entanto impeditivo de muito, e nos testes foi possível captar a luz de um laser, permitindo observar como o fotão interage quando atinge o material.
A captura permite ver como parte da luz que embate com o material é refletida e perdida, enquanto outra parte atravessa o material.
É um passo de gigante neste campo e que melhorará com o tempo. Daí que só há que esperar!