A conferência da E3 da Nintendo foi directa ao assunto. Não esteve com rodeios, e apresentou aquilo que os fans querem ver… Muitos jogos, muito conteúdo ingame, muito suporte e muitas novidades de interesse.
A conferência da Nintendo na E3 foi o que se chama de “um tiro na “mouche””. As revelações sucediam-se e todas elas mostravam-se significativas para o universo Nintendo, sendo todos eles bem montados, com cenas ingame e não CGIs ou animações.
A Nintendo chegava mesmo a detalhar pormenores da jogabilidade de alguns jogos como em Luigi’s Mansion 3, mostrou um suporte third party impressionante e revelações que mostravam aquilo que se quer e se procura, jogos com humor, divertidos e com jogabilidade incrível. Sinceramente, e aqui cada qual poderá ter uma opinião diferente, até porque há pessoas que pura e simplesmente não apreciam o estilo da Nintendo, esta foi a melhor das conferências que vi na E3, batendo a da Microsoft, a da Square Enix e a da Ubisoft. A conferência da Nintendo apontou ao coração do gamer, e acertou em cheio.
E gostos à parte, a E3 trata-se de conseguir passar uma mensagem, de mostrar jogos, de conquistar o público de mostrar o que aí vem e com o que se pode contar. E isso, independentemente de se gostar da Nintendo ou não, foi claramente conseguido aqui, tendo bastado 42 minutos para isso.
First Party. Oh yeah Baby!
Se houve empresa que mostrou suporte First Party ao nível que se espera para o produto que possui foi a Nintendo: Luigi’s Mansion 3, Animal Crossing: New Horizons, e o remake de The Legend of Zelda: Link’s Awakening foram títulos de peso. Mas o melhor aqui é que ao contrário das restantes conferências onde o CGI foi dominante (no caso da conferência da Microsoft, e os minutos de cenas ingame contaram-se pelos dedos), aqui não houve nada disso, e o jogo era mostrado a ser jogado, eram detalhadas as características do jogo, de forma divertida, e que mostravam aquilo que o jogo realmente é!
Algumas das revelações eram acompanhadas de descrições informativas sobre modos de jogo, caracteristicas do jogo, dos modos online, da existência de co-op, das armas, da sua criação, da evolução, etc. A Nintendo, ao contrário de todos os outros, não se apoia no grafismo, ou pretende contar uma história. O que a Nintendo quer é garantir que os seus jogos são divertidos, e transmitir essa ideia. E conseguiu-o com sucesso! Link’s Awakening, Luigi’s Mansion 3 e Animal Crossing: New Horizons foram excelentes exemplos nesse campo.
Depois tivemos outros títulos exclusivos como Mario and Sonic at the Olympics, Ultimate Alliance 3, Astral Chain, Daemon X Machina, and Fire Emblem: Three Houses que foram mostrados com algumas novidades.
Third Party. Double Oh Yeah Baby
A questão é que quem não aprecia os títulos da Nintendo viu nesta conferência que a Switch é muito mais do que isso. E jogos como The Witcher 3: Complete Edition foram uma surpresa que certamente apanhou muitos desprevenidos, especialmente por incluir todos os DLCs e expansões. Este é um dos jogos mais emblemáticos dos últimos anos e o jogo que colocou a CD Projekt Red no mapa de empresas cujos jogos não se podem perder (e que podemos adiantar correrá a 720p com a consola na dock e 540p com ela fora dela).
O trailer mostrado mostra que, apesar de alguns cortes, a Switch consegue manter o essencial do jogo e oferecer a quem o jogar nela a experiência única que este jogo trouxe.
Mas tivemos outras novidades. Panzer Dragoon, Contra: Rogue Corps, Trials of Mana, Spyro: Reignited Trilogy, e Resident Evil 5/6 e até mesmo o Super Lucky’s Tale da Microsoft. Sim… o exclusivo Xbox passa para a Switch na parceria entre as duas empresas, contendo tudo o que o original tinha e ainda mais. Tendo sido um jogo basicamente ignorado na Xbox, ele tem agora uma nova oportunidade de conquistar novamente o público.
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A Nintendo basicamente deu aos fans aquilo que eles mais pediam. O Super Smash Bros. Ultimate vai receber novas personagens tais como Erdrick da série Dragon Quest e ainda o Banjo and Kazooie, algo que mostra que a Nintendo está a beneficiar de jogos da parceria com a Microsoft, que por sua parte não parece levar qualquer jogo Nintendo para os seus clientes da Xbox, limitando-se a amealhar os dinheiros das receitas. Este duo não aparecia nas consolas Nintendo desde a Nintendo 64.
Mas o mais surpreendente estava para vir. Um trailer da sequela de The Legend of Zelda: Breath of the Wild’s. Tudo se passa após a queda de Calamity Ganon, sendo que aqui ele acorda e ataca tanto o Link como a Zelda. O jogo ainda não tem data e nem sequer nome, sendo que tudo o que foi anunciado foi o seu desenvolvimento. Foi a parte mais semelhante com as restantes apresentações de tudo o que a Nintendo mostrou, mas que é realmente especial dado o sucesso do primeiro jogo.
Conclusões e porquê a Nintendo venceu a E3
No global a E3 da Nintendo era aquilo que se espera de uma E3, mas apesar de muitas surpresas a Nintendo ainda foi mais longe e criou grandes expectativas nos fans. Nenhuma outra empresa tem o lineup que a Nintendo mostrou ter para o ano que se avizinha, sendo que apenas a Sony tem algo a nível de qualidade e quantidade em títulos já conhecidos e altamente esperados para serem lançados nesse período.
Basicamente a Nintendo mostrou o que mais ninguém mostrou… Novos títulos, títulos excitantes, e que estarão disponíveis em breve. Comparativamente, o que vimos na conferência da Microsoft basicamente foi a reciclagem de alguns títulos já conhecidos, e muitos indies e CGI, com poucas novidades de peso, e ausência de datas de lançamento e de amostras de jogo jogado.
E isto acaba um pouco por dar razão à Sony para estar ausente. Porque uma apresentação de E3, com novos títulos a serem lançados em breve, foi o que a Nintendo teve, e isso nem a Sony nem a Microsoft estavam em condições de mostrar.
Eis a Nintendo Direct da E3 2019 na integra!