Pelos vistos a Microsoft também sabe comprar bem… e barato!
Apesar de a Microsoft nunca ter revelado quando pagou pela Ninja Theory, o processo contra a FTC revelou esses dados. E sabe-se então que a empresa custou 117 milhões!
Esta terá sido uma compras mais baratas e, numa opinião pessoal, uma das que mais valeu o seu custo. A Ninja Theory tem um histórico de qualidade no que fez até hoje, e nesse sentido, o preço revela-se uma bagatela!
Segundo os mesmos registos, a Microsoft queria adquirir também a Bungie e a Sega, sendo que a primeira é agora pertença da Sony.
Eis os documentos.
Interessante é o Phil Spencer falar dos benefícios de ter uma Sega e também das dificuldades de aquisição, por conta da mesma ser japonesa. queria saber qual seria a manobra para conseguir adquirir uma Sega, msm a MS sendo Estadunidense.
Compras tudo separado
Essa tara da Microsoft por uma grande japonesa é grande, tanto que tentaram comprar logo a Nintendo ao entrar no mercado. A MS tentou emplacar o Windows CE como SO tanto na Nintendo, e Playstation, (com interesse próprio em de facilitar port futuro de tudo para seus windows no PCs, ou mesmo seu console que já deveria estar nos planos), mas só conseguiu emplacar a ideia no Dreamcast. Por coincidência ou não, o resultado dessa parceria estratégica é história… É quase um Mick Jagger da indústria essa Microsoft, isso sendo bem generoso na analogia.
tem tara por qualquer empresa q tenha crescido e ficado grande sem precisar falir a concorrência fazendo dummping.
imagina só a tara que a MS tem com Nintendo, faziam baralho de cartas e agora fazem video games… enquanto a MS tá tentando a 20 anos emplacar algo que não seja windows e office
Lol
O Windows CE do Dremcast não era a base no desenvolvimento. Tinha ali um SO particular da Sega pra isso e o Windows CE ficava a cargo de funções multimídia e Internet
É verdade Netto, e essas escolhas podem ser mais uma das questões que podem ter comprometido o sucesso do Dreamcast, nem sempre os jogos usavam o Windows CE como base desenvolvimento, mas muitos foram (ver o primeiro link abaixo se tiver curiosidade). Provavelmente a Sega num último momento percebeu o que poderia significar, de qualquer forma, foi uma vitória para a MS que conseguiu emplacar um SO seu, mesmo que limitadamente, como base de desenvolvimento nos consoles, o que foi um ganho de qualquer forma, e depois de 3 anos após o lançamento do Dreamcast veio com seu primeiro console próprio, coincidentemente o mesmo ano em que a Sega anunciou que se afastaria da produção de consoles e viraria uma Thirdie (2001), um ano antes a Microsoft havia anunciado o Xbox (2000), antes mesmo da Sega se aposentar.
https://segaretro.org/Windows_CE.
https://www.retroreversing.com/dreamcast-windows-ce
https://alvanista.com/historia_dos_games/posts/3914618-a-saida-da-sega-no-mercado-de-consoles-domesticos
Um OFF que tem relação com essa nossa conversa foi um artigo interessante sobre vazamento de documentos sigilosos da Sega, mostrando que a Sega America compartilhava um pensamento bastante parecido com o da Microsoft atual:
https://br.ign.com/sega/110925/news/documento-antigo-da-sega-demonstra-confianca-descontrolada-e-fala-em-matar-a-sony
Onde ela toca, ela mata, Deto! Ironicamente, quando compraram a Zenimax, veio no pacote a Tango game works e Phil se derreteu com o Mikami lá, mas… Mikami deu tchau rapidamente, pq as más línguas já apontavam que a MS estava se intrometendo nas decisões criativas por lá também! Enquanto a MS deixar o lado negócio falar por um todo e não entender games como arte, ficarão sempre em últimos nos games.
A Ninja Theory é aquele estúdio que tem esmero e qualidade que ninguém questiona, pelo histórico inclusive, mas não consegue emplacar um jogo. É como se faltasse algo nas histórias ou gameplay para realmente interessar uma boa massa de pessoas… Ao menos foi assim com Heavenly Sword que tinha tudo pra ser excelente na época e Enslave… Hellblade é até legal e como abordou problema psicológico/psiquiátrico, chamou mais atenção, mas é aquele negócio que não decola e ainda parece muito “old school”… Mas sim, é gente talentosa por pouco dinheiro, espero que tenham êxito com Hellblade 2, graficamente, pelo que se tem mostrado, parece bem bonito.
Eu gosto muito dos jogos da Ninja Theory e posso dizer que tenho todos até o momento que eles lançaram, mas é como você fala Juca parece que falta algo neles, não sei dizer se é o pacing dos jogos que ou é inconsistente ou lento e nas partes de ação são rápidos, mas falta uma alma.
Foi a mesma coisa que senti jogando o cyberpunk, falta uma alma para o jogo que em um certo ponto me deixou desinteressado e eu só queria acabar logo, em comparação Deus Ex HR e MD são para mim obras primas que abordam até situações atuais.
Eu acho que o problema do Heavenly Sword foi o PS3, no caso ter sido lançado praticamente na janela inicial do PS3.
Gostei do Heavenly Sword, foi um dos últimos jogos que zerei nos últimos anos (sim zerei em 1 ou 2 anos atrás) e não sei se era o costume com os jogos mais fluídos do PS4, ms no Heavenly tinha muita queda de fps. Também creio que o acelerômetro do DualShock 3 não ajudou muito, era muito sensível (nem me liguei em ver se tinha como ajustar nas configs do jogo).
Você fala daquelas partes das flechas… Aquilo era bem chatinho, pois não tinha uma grande precisão, parece coisa empurada pra mostrar feature de console.
Eu até gostei do jogo, mas reconheço, como o Daniel bem disse, parece que falta uma alma nele. Eu nunca mais joguei porque nem suporte a troféus tinha pra ter algum apelo pra mim.
Edit: a propósito, uma curiosidade, tu sabias que a Nariko é a atriz que fez a namorada do Joel na série televisiva do The Last of Us? “Anna Torv” é o jome dela.
Não sabia, agora vendo fotos de 2010 e comparando com a série TLoU ela modificou e muito.
Algo que eu não sabia era que teve um filme adaptação do Heavenly Sword ao qual ela refez o papel.
Isso eu não sabia.
Pois vim saber ao fazer a pesquisa sobre a Anna e em mais de 1 fonte cita este filme pós 2010. Foi um filme com apresentação restrita a poucos cinemas.
Parece ser uma animação:
https://www.justwatch.com/br/filme/heavenly-sword
Estúdio sem propriedades vale praticamente nada. Já são quase 5 anos de salário sem gerar praticamente nenhuma receita. Cujo investimento será decidido em um único game. Não é uma aposta barata.
Receita gera, mas é gasto. Gastos também entram como receita. Eu até tentei gostar de Hellblade, tem uma narrativa interessante e tals, mas o gameplay é horroroso!
Gasto é custo, ou despesa, e essa última pode ser operacional ou não operacional.
Não entendi o que você quis dizer com “gastos entram como receita”, se puder me explicar pra eu entender melhor o que você quis dizer, eu agradeço.
As receitas são tudo que um negócio gera. É o geral.
Exemplo: gastei X numa compra pra determinado negócio, isso vai virar receita.
Num exemplo…
Imaginem que peço a uma empresa de impressão 3D uma peça 3D impressa e pintada
Ele usa meio litro de resina (20 euros), perde 9 horas a imprimir, 1 hora a limpar, secar e lixar, e 10 horas a pintar (10 euros em tintas).
Ele vende-a por 80 euros.
Qual a receita deles(income)?
80 Euros.
Qual a sua receita liquida nesta peça (net income)?
Aos 80 euros temos de descontar o custo da resina e das tintas, o que implica uma receita liquida de 50 euros.
Qual o seu lucro (profit)?
Ao de cima teremos de deduzir os custos com o adquirir a resina (combustível, transporte, etc), a eletricidade de 9 horas de impressão, o desgaste da máquina que é basicamente o seu custo dividido pelo numero estimado de horas que a máquina funcionará, e o tempo de trabalho a secar, limpar, lixar e pintar.
Basicamente o seu lucro poderá não ser nenhum! Se esta empresa tiver de pagar a um funcionário 5 euros por hora (o que é um valor ridiculamente baixo), esta peça daria prejuízo pois 11 horas*5 euros = 55 euros, sem contar com o desgaste da máquina, eletricidade e outros custos.
Esta empresa teria tido prejuízo.
O income é algo que conhecemos tanto na Sony como na Microsoft.
O net income nem sempre a Microsoft revela.
O profit… só sabemos o da Sony!
Isso vira ativo, patrimônio, agora entendi o que você quis dizer, mas isso não é propriamente um gasto em si, apesar de gasto ser um desembolso de dinheiro, é na verdade mais pra aquilo que chama de investimento. O que você chama de gasto aí é uma mera troca de troca de ativos (dinheiro por um bem de produção) e por conseguinte se espera que no futuro esse bem venha gerar receita, que é apenas num momento futuro. Mas agora entendi o que você quis dizer.
A questão aí é que gasto não entra como receita, no futuro aquele aquilo que gerou o gasto pode vir a gerar receita, por isso não havia entendido a questão.
Eu estive para no exemplo que dei incluir algo assim.
Se por exemplo, em vez de uma peça em resina fosse em argila e precisasse de comprar um forno para a cozer, o custo do forno não era uma despesa pois ele ficava como bem…
Mas isso conta no balanço. O que importa é o que vai no relatório e despesas entram como receita.
Esta existindo entre nós uma pequena confusão entre o uso contábil das palavras e o coloquial no português. Mas basicamente receita é o que entra e despesa o que sai. Na empresa coisas que entram como receita mas nessa troca ocorre um 0 a 0 inicialmente. Mas entendo o que você quer dizer. Agora ativo e passivo não se confunde com o cálculo da receita da empresa. A troca de um ativo por outro de mesmo valor não gera propriamente receita.
Algo só é receita se for computado como dinheiro ou direitos a receber. A compra de um bem é a basicamente troca de um ativo por outro de mesmo valor, e se não é dinheiro ou direito a receber, não é receita.
Comprar um bem não trás acréscimo patrimonial, só substitui um ativo por outro, um bem por um bem, logo não é receita. Isso falo do ponto de vista contábil.
A conta de ativos/passivos não se confunde com as contas de receitas/despesas.
Receitas e despesas são frutos da atividade da empresa. Comprar e vender bens que não resultam disso é meramente uma troca patrimonial.
Obviamente que falo das regras de contabilidade aplicadas no Brasil.
Editado pra tentar deixar mais clara as ideias.
Contabilisticamente e financeiramente as coisas são diferentes.
No exemplo que dei, se comprares o tal forno, financeiramente tens uma despesa. Mas contabilisticamente não.
Há apenas uma troca de liquidez por um activo.
Isso. O que o Sparrow dá entender, pelo menos é o que presumi, é que a MS pode estar tendo um grande gasto, mas que lá na hora de demonstrar suas receitas aos acionistas e imprensa está adicionando o valor que gastou em sinal invertido a computar como receita a propriedade da ABK em igual valor, por exemplo, mas acredito que contabilmente isso não é possível e seria considerado fraude, se descoberto. A menos que as regras contábeis de lá sejam diferentes, mas muita coisa segue um padrão internacional de convenções.
Não é fraude… A compra da Activision é, contabilisticamente, algo com efeitos nulos. Desde que usando dinheiro líquido da empresa, sem empréstimo, é apenas uma troca de um activo (dinheiro), por outro (um bem).
Basicamente a Microsoft, e mais uma vez, contabilisticamente, não sofre seja o que for com a compra.
Agora o que fica é mais exposta. Qualquer situação na sua gestão que envolve largos biliões, e tem de pedir empréstimos. Mas isso… Não se vê no valor final da contabilidade.
Acho que a galera está confundindo receitas e despesas com ativo e passivo. A aquisição do estúdio é uma despesa. O estúdio e suas propriedades entram como ativo na Microsoft.
Sim… Exato! Mas contabilisticamente um equilibrado outro.
Não sei se é assim como você pensa, Sparrow. Eles não podem declaram um bem que compraram como receita, pois como eu disse, não é decorrente da atividade da empresa e nem é dinheiro ou um “direito” a receber. Como não sou contador, apenas precisei estudar um pouco quando prestei alguns concursos no passado, e sei que é algo confuso mesmo, não é difícil causar certa confusão como agora.
Mas como disse, também não sei como é lá nos EUA, se uma aquisição pode entrar como receita, mas acho que não é possível isso, pois seria falsear o resultado das empresas.
Editado pra corrigir uma palavra errada.
A aquisições não entram como receita. No caso da Activision, imagino que a Microsoft não vai incorporar dentro dela. E sim manter independente. Logo seu resultado será incorporado via equivalência patrimonial. E os gastos com a aquisição devem entrar como despesa financeira.
É um dos problemas em ser adquirida, em não tendo o sucesso esperado, pode ser fechada por quem adquiriu o estúdio, coisa que poderia não acontecer sendo um estúdio independente. Mas vamos torcer pra que tenham sucesso. Ao menos parecem estar tendo tempo pra fazer um jogo como gostariam de entregar, e não haverá desculpas pra não ser bom, havendo tempo e farto financiamento, já que dinheiro não é problema para Microsoft.
Exatamente, lembro que na época da aquisição o dono do estúdio falou que para eles estava sendo bom, pois sem ela o estúdio não teria grana para continuar o desenvolvimento dos jogos.
Para o estúdio foi excelente. Muito difícil sobreviver no mercado atual. Adquirir um estúdio não é caro, manter que é difícil. Provavelmente a Microsoft já gastou mais do que esses 117 milhões para manter.
na verdade eles tentaram, com bleeding edge.
mas flopou tão forte e foi um negocio tão bizarro eles terem lançado um GaaS lixo, que todo mundo esqueceu desse jogo