Basicamente uma maneira de recompensar por um serviço prestado do qual se usufruiu.
A ideia de Mike Ybarra pode parecer estapafúrdia, mas a realidade é que não deixa de ter alguma coerência. Este refere:
Já pensei nessa ideia há algum tempo, como jogador, já que ultimamente tenho andado imerso em jogos single player.
Quando eu termino um jogo, há alguns que me deixam maravilhado com o quão incrível foi a experiência.
No final do jogo, muitas vezes pensei: “Gostaria de poder dar a essas pessoas mais US$ 10 ou US$ 20 porque valeu mais do que meus US$ 70 iniciais e eles não tentaram me ganhar a cada segundo”.
Jogos como HZD, GoW, RDR2, BG3, Elden Ring, etc. Sei que $ 70 já é muito, mas é uma opção no final do jogo que às vezes gostaria de ter.
Alguns jogos são tão especiais.
Eu sei que a maioria não vai gostar dessa ideia. 🙂
A propósito, percebo que estamos cansados de “dar gorjeta” em todo o resto – mas vejo isso diferente de um cenário sob pressão para dar gorjeta que muitos enfrentam e sobre o qual dão feedback.
Sinceramente, eu não discordo disto. Apesar que não acredito que esta situação fosse melhorar fosse o que fosse no sentido de reduzir as micro transações ou outras formas de rentabilização. Basicamente serviria apenas como uma forma de se amealhar mais algum dinheirinho.
Mas sendo uma situação perfeitamente voluntária… qual o problema? Até porque há muitos jogos onde os produtores nos oferecem qualidade e não apostam em querer ganhar dinheiro de outras formas que não a venda do jogo. Daí que não vejo problema nenhum nisso!
O Mike Ybarra é americano, logo para ele é absolutamente normal a cultura da gorjeta, aliás na restauração e outros serviços, a gorjeta é algo praticamente garantido por parte de quem serve à mesa, onde é normal a gorjeta rondar entre os 18 e os 20% da despesa total, e isto levou a uma politica de ordenados baixos porque os patrões sabem que o cliente acaba por pagar uma boa parte do salário.
Isto aplicado à industria, ia ser um fartote de rir, porque rapidamente iamos ter uma situação em que a gorjeta ia para o patrão em vez de ir para o funcionário, um pouco como naqueles restaurantes em que o patrão fica com o dinheiro da gorjeta e depois ”distribui” pelos empregados, portanto acho que é uma má ideia, e além disso, os jogos já são demasiado caros para eu ainda andar a dar uma gorjeta a devs que ganham cerca de 100$ dolares à hora.
Percebo a ideia mas não, as pessoas têm é que votar com a carteira na hora de comprar jogos que pela etiqueta full price, oferecem menos e pedem mais dinheiro que outros jogos.
Pois é, já precificam e sobem os preços o quanto querem, não faz sentido esse tipo de coisa, se querem isso, que façam um desses sistemas de patrocínio para criar jogo, buscando os mecenas de outrora.
Eu entendo que todos devam valorizar seus trabalhos, mas é preciso ter limites, essa de dar agrados termina que só ajuda a inflacionar o mercado e a subir o sarrafo do aceitável, é assim com tudo, hoje já pagamos por jogos depenados a “preço cheio”, e vão sempre forçando os limites com os clientes, no geral, pura ganância, algo que vai terminar destruindo esse mercado.
Veja, eu quando curto muito um jogo, procuro o perfil deles na rede social, elogio e sempre indico ao outros, isso já é um tipo de pagamento extra, percebes.
O problema é que já existem DLCs e Season Pass a remunerar as coisas num mesmo jogo, e quanto a solução pra ele, é algo que já existe, tipo só comprar 2x um mesmo jogo, ou procurar nas redes sociais ou páginas da internet dos desenvolvedores e procurar saber como contribuir com mais pra eles, fazer doação e etc.
Sinceramente, entendo o lado que quem produz as coisas, e do cliente que pode achar que um jogo deveria receber mais, afinal, é por isso que compro remasters e mesmo mais de uma cópia do mesmo jogo (tenho cópias digitais e em disco de diversos jogos como alguns FF, Kingdom Hearts, The Witcher, TLoUs…).
E também como cliente, sinceramente, não acho que deveriam criar mais maneiras de explorarem os clientes, é só criarem uma “roupinha”, sem grande trabalho, e a precificarem como quiserem. Mas é só opinião minha.
Eu comprei duas vezes Horizon Zero Dawn na PSN… Pronto.
Comprei o jogo base mais DLCs no lançamento, preço cheio
Depois comprei a versão Completa em promoção.
Resolvido… A Sony não teve nem o custo das mídias físicas
O problema dessa história não é como começa, mas como termina. Hoje parece algo inocente, mas é difícil saber as consequências dessa decisão. De toda forma, o problema da indústria está muito mais nos gastos que na receita. Usando o Brasil como exemplo, não existe ajuste fiscal por parte da receita. Porque o gasto é infinito, mas o quanto as pessoas aceitam pagar é limitado.
Mas tipo, esses jogos AAA não dão bonus aos devs?
E é preciso lembrar ainda, que até onde sei, o Mike Ybarra nem desenvolvedor é há pelo menos duas décadas, é um executivo daqueles que sempre recebem gordos bônus.
Mas vivemos num mundo onde é todo mundo tentando sempre tirar dinheiro do outro. Aí, vez por outra aparece um sujeito desses com essa história, mas gerenciando games como Overwatch 2 e Diablo 4 a arrancar até a alma dos que acham que o jogo valeria mais… E Overwatch ao menos virou f2p até onde sei, já diablo se vendeu e ainda cobra, depois vêm reclamar que a desenvolvedora ganha pouco, mas duvido que ratei seu bônus entre os funcionários. Gente pra fazer caridade pra si com recurso alheio nunca faltou, quero ver com o seu. Depois de entregarem mediocridades caça níqueis e fazer os fãs desgostarem do seu trabalho ficam a choramingar dizendo que o modelo não é sustentável, enquanto isso a Nintendo vai fazendo 40% de lucro no seu negócio. E a Sony torrando dinheiro em um filme ruim atrás do outro. E ainda vai comprar a Paramout…
Um detalhe é que ele nunca disse que o dinheiro iria para os devs.
Exacto! 😉 O termo programadores é na realidade a equipa de programadores, ou seja para toda a equipa/empresa que produziu. O dinheiro era para a empresa produtora, como forma de agradecimento pelo jogo.
Não acho qualquer tipo de logica nisso.
A ideia das gorjetas é gratificar o funcionario/s pelo serviço que nos foi prestado e dizer que o trabalho foi bem feito.
Tudo bem que até seria possivel gratificar, mas nós como consumidores vamos saber que essa gratificação chega às maos dos funcionarios?
E dos jogos retratados envolvem equipas de dezenas, se não mesmo centenas de funcionários.
Se for um sistema transparente não vejo porque não, mas comprar jogos a dobrar apenas beneficia a empresa e não os funcionários.
Nunca Ybarra referiu em gratificar os programadores, mas sim a equipa. O dinheiro entraria na empresa como gorjeta. Não para os programadores, mas sim para a equipa/empresa produtora, como forma de agradecer o produto criado.
Mas no título da matéria está “dar gorjeta aos programadores”
Sim, mas não ao Manuel ou ao Joaquim. Programadores é no sentido de quem faz o jogo, a equipa.
Dar gorjeta aos empregados é diferente de dar gorjeta ao empregado. Quando usas o termo no plural falas de toda a equipa, no singular da pessoa.
Ou seja, tu estás a entregar dinheiro à equipa.
No caso de um jogo quem são os programadores do Uncharted? A equipa com o nome Naughty Dog. Ao dares gorjeta seria para eles, uma forma de os compensares pelo resultado entregue.
Isto no entanto, como diz o José Galvão e bem, seria um problema. A gorjeta ficaria nas contas da empresa e provavelmente nunca chegaria aos programadores em si!