Microsoft teve a melhor E3… mas nem tudo foram rosas.

É inegável… a Microsoft teve a melhor E3 de 2018. Mas apesar de tudo, a Microsoft ainda tem de fazer mais pois a E3 mostrou não só bons pontos fortes, mas igualmente lacunas que ainda tem de ser superadas.

A E3 2018 da Microsoft surpreendeu. Não só porque bateu aos pontos toda a concorrência, como mostrou uma aparente inversão no marasmo de suporte em que a Xbox estava a cair.

Mas no entanto, apesar de bons sinais positivos, a conferência não deixou de mostrar que ainda há fraquezas que necessitam de correcção no futuro.

Se por um lado a conferência da Microsoft impressionou pelos números (50 jogos, 18 apresentações mundiais e 15 exclusivos), a realidade é que por outro lado os números não mostram tudo.

Se formos a ver os grandes nomes que ali apareceram como novidades, aqueles jogos que se espera possam vir a ser grandes sucessos de vendas, vemos que Sekiro: Shadows Die Twice, Shadow of the Tomb Raider, Just Cause 4, Dying Light 2, The Division 2, Metro Exodus, Kingdom Hearts III, Cyberpunk 2077, Devil May Cry 5, e outros são todos jogos de terceiros. E mais ainda… jogos multi plataforma que aparecerão igualmente na consola da concorrência.

Dos exclusivos XBox, aqueles que realmente farão a real diferença entre o que uma consola tem e a outra não, infelizmente ainda tem há muito que se dizer sobre as novidades apresentadas:



  • Halo Infinite é ainda apenas uma promessa, tendo-se visto apenas uma demo tecnológica do motor, e não o jogo em si, do qual se deve ouvir falar de um lançamento tão cedo.
  • Gears 5 não tem ainda uma janela de lançamento definida, apesar que se espera que possa vir a aparecer em 2019.
  • Battletoads também não passou de texto e grafismo do logótipo, sem termos sequer direito a qualquer tipo de imagem do jogo.

Os restantes jogos ou já eram conhecidos/esperados, ou não são nomes de primeira linha (AAA).

Seja como for, mesmo olhando para a coisa de uma forma mais global, o que vimos foi que as equipas first party da Microsoft continuam a trabalhar e a insistir em mais do mesmo… Halo, Gears e Forza!

Havia aqui uma oportunidade de mostrar algo mais, que estas equipas iam ter mais liberdade criativa, fazer uma pausa, sair das suas rotinas, mostrando algo mais vindo das mesmas, por exemplo revelando o novo Fable em que se refere que a Playground Games está a trabalhar… mas não!

Aliás a própria aquisição de estúdios não parece mostrar que a Microsoft esteja muito interessada em sair muito das suas rotinas. A maior parte destas equipas já trabalhavam exclusivamente para a Microsoft limitando-se por isso a mudar o estatuto das empresas de Second para First Party. A Ninja Theory é a grande novidade aqui, mas convenhamos que estamos a falar de uma equipa que, apesar de ter relevado um enorme talento, é muito limitada face ao que são equipas AAA, e que requererá recursos adicionais para poder crescer ao nível desejado.

Estas situações mostram que, apesar da vontade e aparente tendência de mudança, a Microsoft ainda tem muito que fazer para quebrar a tendência atual, e que a E3 deste ano não foi mais do que o aparente seu primeiro passo no bom caminho, sendo que a caminhada ainda é longa,e tem de ser mantida.



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