A notícia originalmente escrita abordava apenas a possibilidade de Halo Infinite poder ser lançado na modalidade de jogo como serviço, tendo no entanto sido alterada para incluir a novidade que Halo MCC sairá para PC e que estará disponível tanto na Windows Store como no Steam. O motivo prende-se com a difícil dissociação das duas notícias.
Sem grandes surpresas, dado o rumo que se percebe que a Microsoft está a tomar, e o sucesso de Fortnite, Halo Infinite deverá ser um jogo como serviço. Isso quer dizer que terá conteúdo libertado ao longo do tempo e que será um jogo criado e concebido com o intuito de manter as pessoas pelo maior tempo possível.
De acordo o citado pela Gamespot, os comentários feitos pelo responsável pela secção de transmídia de Halo na conferência de Brainstorming Design promovida pela revista Fortune, dão a entender que os estúdios estão a imaginar Halo como um serviço e não como um jogo clássico.
Entre as afirmações podemos ler:
Temos de ser capazes de mudar o conteúdo rapidamente, Não podemos dar-nos ao luxo de esperar três anos sempre que lançamos um novo produto e tê-lo como uma caixa negra (fechado), porque os jogos que os miúdos jogam mudam todos os dias.
A referência ao ciclo de três anos como ultrapassado, ligado ao título Halo Infinite, sugere claramente que a Microsoft e a 343 estão a planear que esta nova entrada de halo seja um projecto contínuo de algum tipo. Tal adequa-se à sua frase sobre os jogos que os miúdos estão a jogar presentemente. Soa a uma referência a jogos como Fortnite, com atualizações regulares, novo equipamento, e alterações e actualizações regulares por temporadas.
A frase que parece confirmar isso tudo é quando Wolfkill refere que existirão “uma série de regras com as quais as pessoas podem interagir e comprar durante vários anos.”
De notar que Wolfkill, sendo responsável pela secção de Transmídia, ela não está directamente ligada ao desenvolvimento do jogo, sendo que o seu objectivo é alcançar as pessoas usando diversos tipos de média. Mas a sua relação com o jogo é real, e o trabalho necessita de ser conjunto, sendo que ela necessita de saber dos projectos da equipa para estabelecer ela mesma as suas prioridades e etapas. Basicamente a secção de transmídia necessita de contar histórias ligadas ao jogo, e se a história do jogo se adapta, as histórias necessitam forçosamente de reflectir isso e coordenar com o jogo.
Numa outra nota, a 343 industries já confirmou que Halo Infinite terá microtransações, mas afirmou igualmente que elas não incluirão “loot boxes” pagas.
O jogo foi confirmado por Frank O’Connor, responsável pelo desenvolvimento do Franchising, como saindo para o PC e a Xbox One, o que quer dizer que não aguardará pela próxima geração de consolas.
Basicamente, dado o sucesso de Fortnite, e o rumo da Microsoft, nada do de cima será uma surpresa caso aconteça.
Curiosamente, dias depois desta situação ser conhecida, a Microsoft vem dar a conhecer que Halo MCC sairá para PC. Isto não acaba por ser uma novidade dado o suporte anunciado ao PC com os exclusivos Xbox, e Halo, sendo o maior franchisig da Microsoft, era um título que estava em falta.
O que é novidade, e vai mesmo contra tudo o que a Microsoft tem defendido até agora, é que Halo MCC vai aparecer no Steam. Isso implica uma versão não UWP!
Daí que surge a questão. Porque isto? O que levou a Microsoft a alterar a sua política e suportar uma loja à qual tem vedado o acesso aos seus exclusivos?
A resposta só a Microsoft a conhecerá, mas a especulação acaba por ser que tudo se prende com Halo Infinite. Sendo este um jogo como serviço, a ideia da Microsoft é alcançar com Halo MCC o maior mercado possível, tentando depois atrair o mesmo para Halo Infinite.
A questão aqui coloca-se sobre duas vertentes da resposta à questão: Será que isto vai manter-se no futuro, ou será que a Microsoft está apenas a usar a Steam porque nesta fase isso lhe convêm?