Se pensavas que poderias ter, nem que fosse só um cheirinho daquela qualidade nos próximos tempos, esquece!
A Eurogamer analisou a demo de Star Wars que a Nvidia usou para fazer showoff das capacidades de ray tracing dos seus GPUs e deu a conhecer os resultados, bem como apresentou dados sobre o hardware usado.
Vamos analisar o video:
O que a Eurogamer nos revela logo nos primeiros minutos é um conjunto de dados relevantes, pois segundo eles, a demo corre a… 1080p!
Mas pior… o futuro dos videojogos, como foi apresentada, não só se mantêm 1080p, como… com uma média de 24 fps!
24 fps seria relevante se esta demo tivesse sido mostrada numa sessão sobre o futuro dos efeitos em tempo real no cinema, mas no entanto isto foi apresentado na GDC e pretende demonstrar o futuro dos videojogos. Daí que se o futuro passa por 1080p e 24 fps, então, perante a introdução do Ray Tracing, estaremos a regredir e não a progredir!
O video da Eurogamer refere ainda que a demo corre em tempo real usando um conjunto de 4 Nvidias Titan V, e que os 4 GPUs são ligados usando uma conexão NV Link fornecendo uma capacidade de cálculo de 60 Tflops na precisão total ou 32 bits (500 Tflops de precisão mista), com uma largura de banda disponível de 2.6 Terabytes/segundo.
Ora como a Eurogamer muito bem conclui, o simples custo de apenas um destes GPUs (3 mil dólares), bem como todas as questões térmicas que este conjunto gera, impedem a sua utilização, de forma minimamente semelhante, num futuro próximo de consolas.
Naturalmente alguns elementos podem ser usados de forma muito mais ligeira, o que não é novidade nenhuma pois mesmo nesta geração já tivemos o “The Tomorrow Children” como dos primeiros jogos anunciados a usar algum Ray Tracing em tempo real. Mas claro… no futuro, poderemos ter algo superior a isso, apesar de bem longe do visto naquela demo.
Como Outros exemplos de jogos já existentes que usam algo de ray tracing e referidos no video são Claybook, um jogo de 2017, o motor Cry Engine que suporta Vortex Ray Tracing desde à muitos anos (não sei porque motivo o video refere 2015, mas na realidade , pelo menos em 2011 o Cry Engine já suportava Ray Tracing, e esse suporte e caracteristicas foram até referenciadas na apresentação da PS4 quando falaram das capacidade de ray tracing do GPU da consola), e ainda o extremamente popular Fortnite
O que a Eurogamer não refere no artigo é que a demo em causa não dependeu apenas de 4 GPUs Tesla V100, mas igualmente de 128 GB de memória video e de um CPU Xeon E5-2698 v4 a 2.2 GHz com 20 núcleos, e com outros 128 GB de memória acessíveis (total de 256 GB). Isto porque aqueles GPUs não estavam num PC de trazer por casa, mas sim numa Estação DGX da Nvidia, cujo custo, como já tínhamos revelado noutro artigo sobre esta demo, custa 60 mil dólares.
Por outras palavras, aquilo que nos mostraram é basicamente o mesmo que durante anos se passou quando nos mostravam um video CG dando a entender que se tratavam de imagens “ingame”. Ou seja, uma completa burla que está a anos e anos de poder vir a ser uma realidade. E esta novidade de que mesmo este super computador só calcula o video a 1080p 24 fps atira qualquer expectativas ainda mais para baixo.