Curiosamente, quando tanto se falou do Github como revelador da PS5, o que aparentemente o que ele revelou foi a Xbox série X.
Sabemos agora pelas declarações da AMD que tanto Xbox série X como PS5 são baseadas no RDNA 2, e que ambas terão como base o Ray Tracing da AMD.
Esta situação, apesar de não alterar nada do lado da Xbox, que já tinha sido confirmada como sendo RDNA 2, altera muito do que se pensava saber sobre a PS5.
O leak do Github abordou o Arden, o APU da Xbox, bem como o Oberon, que se pensava ser o APU da PS5. Mas esta revelação acaba por anular o que se soube aqui.
O Oberon, testado e reportado no Github, era um APU RDNA 1.0, e sem capacidades Ray Tracing. Ora isso levou a especulações sobre o uso pela Sony de um RT externo. Mas agora a declaração da AMD vem mostrar que esse chip estava longe de ser o APU final da PS5, e que este teve alterações. Não só é agora RDNA 2 como inclui Ray Tracing. E nesse sentido, perante alterações tão radicais, também teremos de deixar de tomar como válida a questão dos 36 CU que atirava a performance da PS5 para os 9.2 Tflops, uma vez que o aumento de unidades de computação no GPU passa a ser igualmente uma possibilidade.
Mas curiosamente o Github parece revelar-se válido num outro ponto. Apesar de o leak incidir mais sobre o Oberon, o Arden tambem foi abordado. E agora que ele é uma realidade e anunciado como tendo 12 Tflops podemos comparar com o que o Github nos dizia e verificar.
E o Arden era dado como sendo RDNA 2.0, com RT da AMD, como foi confirmado. Mas mais do que isso, ele era dado como tendo 56 unidades de computação activas, funcionando a 1675 Mhz.
Ora 56 unidades de computação ou 3584 stream processors a 1675 Mhz dão-nos… 12 Tflops exactos.
O valor que a Microsoft anunciou.
Ou seja, quando se andava a discutir aquilo que poderia ser a PS5 e que não se confirmou, ignorou-se que a Xbox poderia estar revelada. E isto mostra bem a atenção que o mercado está a dar a cada uma das consolas.