Os pais não tem consciência das exposição que dão aos seus filhos com os posts online. Há casos onde a vida da criança está toda ela documentada e online.
Casos de crianças que possuem a sua vida documentada online são os milhares.
E isto é um problema. Era-o e continua a sê-lo. Os país não tem o direito de roubar o direito da privacidade dos seus filhos, partilhando coisas sobre o que estes estão a fazer, online.
Infelizmente, até uma determinada idade, os filhos não tem nada a dizer sobre o que os seus pais partilham online… e daí que eles limitam-se partilhar. Mas as crianças crescem e subitamente apercebem-se que não possuem controlo sobre as suas vidas nos meios sociais, tendo sido peões nas mãos dos país.
A questão surge após um inquérito da Microsoft, que refere que os adolescentes não possuem qualquer noção da quantidade de vida privada que perderam pelas atitudes nos seus pais nas redes sociais. Mas quando se apercebem dela a ideia geral é que estes partilharam demais.
No global dos inquiridos, 42% dos adolescentes inquiridos em mais de 25 paises referem que tem um problema com aquilo que os seus país publicaram nas redes sociais.
O pior de tudo é que o estudo da Microsoft revela que 66% dos inquiridos já foram expostos a um dos vários tipos de risco online criados pelo conhecimento de situações das suas vidas que deveriam ter sido privadas, e colocadas online em fases onde estes não tinham controlo sobre isso. Entre estes riscos contam-se: Esquemas e burlas, discriminação, ódio, contactos indesejados, ameaças, gozo, bullying, atenção sexual, notícias falsas, ataques à reputação, etc
E apesar de muitos estudos garantirem que não há qualquer relação entre esses riscos e o que os pais colocaram online, a realidade é que é inegável que a exposição não ajuda nada nesse sentido, muito pelo contrário.
Indicações de colégios dos miúdos, locais de férias, actividades, e outros são dados privados, que dizem respeito apenas às pessoas em questão. A sua colocação nas redes sociais permitem que terceiros fiquem a saber dados que não deveriam ser do seu conhecimento.
Mas os país sentem uma necessidade de se “gabarem” dos seus filhos, expondo-os para auto proveito do seu ego pessoal. No fundo revelam dados sobre os filhos que os próprios filhos, quando tem controle das redes sociais, não revelam sobre si mesmos.
É de questionar porque motivo um pai se questiona sobre o que o filho coloca online, e este não se apercebe que ele próprio esta a expor demais dados da via dos seus filhos. E casos de Facebook, instagram e outros onde a vida das crianças, desde o seu nascimento, vai sendo relatada, são demasiadamente comuns.
O resultado é que essas crianças encontram depois um mundo onde a sua imagem é a criada pelos seus pais, e não as pessoas que realmente são. Um mundo onde estão expostas a situações relacionadas com o conhecimento de dados privados seus, onde a possibilidade de serem levados em logros ou esquemas é muito maior pelo potencial criado pelo conhecimento de situações que não deveriam ser do conhecimento geral.
A imagem das crianças é delas e só delas. E os pais deveriam conter-se no que partilham publicamente ou a grandes grupos de pessoas.