Em 2023 a Microsoft lançou mais exclusivos para a Xbox do que a Sony para a PlayStation 5.

4 jogos na Microsoft e 1 jogo e 1 DLC na Sony.

Em 2023 a Microsoft lançou 4 jogos: Hi-Fi Rush, Forza Motorsport, Starfield e Redfall

Em 2023 a Sony lançou uma DLC, Horizon Burning Shores, e um jogo, SpiderMan 2.

Vamos analisar a realidade e receptividade de cada um destes jogos usando o Metacritic para as médias das análises profissionais, e o Steam, por este obrigar à posse do jogo para avaliar, para a recetividade do público:

Microsoft

Hi-Fi Rush

Um jogo de baixo orçamento, ou Indie, mas com elevada qualidade.

Este foi um jogo tremendamente bem aceite por todos, obtendo atual e te uma média de avaliações dos media de 87 valores, e com 95% de avaliações positivas no Steam feitas pelos utilizadores.

Não é exatamente um jogo que venda consolas, mas mesmo assim, foi um excelente jogo exclusivo da Xbox.

Starfield

Um jogo AAA da Bethesda, foi um dos jogos mais falados do ano. Foi envolvido por uma valente polémica no seu lançamento pelo facto de a Microsoft ter sido extremamente seletiva sobre a quem enviou o jogo a ser avaliado.

Conta com uma avaliação dos media de 83%, e avaliações neutras (50% positivas, 50% negativas) no Steam.

Basicamente o jogo divide opiniões, estando assim longe de ser consensual. É um jogo que ou se adora, ou se odeia.

Forza Motorsport

Anunciado como uma revolução na série, e criado de raiz para as novas Xbox, o jogo dececionou ao não se revelar superior a Gran Turismo 7 na PS5, que é um jogo Crossgen.

A média da crítica é de 84 valores, mas a receção no Steam foi bastante más, com a média de avaliações a ser ligeiramente negativa.

Redfall

Considerado unanimemente dos piores jogos do ano, Redfall, da Arkane Studios foi uma das maiores deceções do ano.

Com uma avaliação média dada pela crítica de 56 valores, a avaliação do público no Steam é ligeiramente negativa.

Resumindo, 4 jogos, dos quais apenas um caiu verdadeiramente no gosto dos utilizadores.

Sony

Antes de falarmos dos jogos da Sony, convém uma introdução extra.

Os jogos Sony não vão para o PC de forma imediata. E se escolhemos o Steam para verificar as avaliações do público pelo facto que ali só pode avaliar quem efetivamente adquiriu o jogo, não vamos poder fazer o mesmo nos jogos da Sony.

E isso vai fazer com que eventuais comparações não devam ser realizadas, pois não se antes já ignoravamos os clientes consola, aqui passamos a ter avaliações de pessoas que nem garantia há de que tenham a consola, quanto mais o jogo. Daí que cremos que as avaliações aqui são mais penalizadas do que as acima usadas na Xbox.

Seja como for, com os elementos disponíveis, e usando o Metacritic como base de informação, aqui vai uma informação semelhante para os jogos Sony.

Horizon Forbidden West:  Burning Shores.

Antes do mais, porque incluir um DLC aqui?

Bem, o motivo é simples. Este é um DLC AAA, o que implica que, mesmo sendo um DLC, o seu custo o coloca ao nível de um Hi-Fi Rush. E sendo este um DLC com princípio, meio e fim, e co história autónoma, não deixa de ser por si, um jogo.

A sua receptividade pela crítica alcançou uma média de 82 valores, com a média do público a ficar-se pelos 4.5, ou seja algo ligeiramente desfavorável.

Spiderman 2

Com a crítica a avaliar este jogo com uma média de 90 valores, o público avaliou o mesmo com 9.0.

Basicamente, a nível de AAAs exclusivos, este foi o único do ano a ser bem recebido pelo público.

Conclusões gerais

Cada vez mais se percebe que o público é difícil de se satisfazer, sendo mais fácil contentar alguém com um indie do que com um AAA, algo que, naturalmente, também advém do custo de aquisição jogo que é, forçosamente, diferente, e como tal criando expectativas diferentes no comprador.

Assim, as pessoas esperam que os AAA sejam perto de perfeitos, não aceitando grandes falhas nesses jogos, e tornando a aposta nos mesmos algo cada vez mais caro, e mais complicado de rentabilizar.

No entanto, são esses os jogos que vendem consolas! Os jogos que destacam uma marca de outra. E nesse sentido, a aposta nos mesmos é relevante para que a plataforma seja lucrativa.

Para se perceber a importância dos jogos de terceiros para uma plataforma, a Sony anunciou a 10 de Maio de 2022, que tinha vendido 468,8 milhões de cópias de jogos na PS5.

A PS5 a essa data tinha vendido poucos jogos exclusivos first party. God of war não tinha sido lançado, O Remake de Tlou também não, e as maiores vendas vieram do Remaster de SpiderMan, Miles Morales e de Ratchet & Clank. No global somando tudo o que veio da Sony, estamos a falar de algo que não passou os 20 milhoes.

Vamos porém considerar 28,8 milhões, o que, a 70 dólares, são 2,016 biliões em receita, ao qual se tem de subtrair os custos de produção. Vamos apontar para algo liquido na casa dos 1,8 biliões.

Já os third party tinham vendido 440 milhões de cópias. Dado que aqui temos jogos de todos os preços, vamos atirar o valor médio para os 40 euros. Provavelmente uma estimativa por baixo, mas vamos mesmo assim considera-la.

Estes jogos geraram 17,6 biliões em receita, sendo que 30% dela foi direita para a Sony. São 5,28 biliões limpos de lucro.

Estes jogos são ainda importantes pelo facto que são eles que alimentam a consola durante a maior parte do tempo, sendomassim essenciais para o sustento de serviços como a PSN. Afinam quem pagaria o online se só houvessem 2 ou 3 jogos ano? E aqui falamos de uma receita adicional de, pelo menos, 4 biliões.

Por aqui se percebe a relevância das royalties das vendas das thirds. Apesar que um exclusivo de sucesso pode alterar isso, estes jogos são por norma os que mais receitas geram, e de uma forma garantida e sem risco, sendo por isso que eles, e as suas vendas, são o motivo do interesse em se possuir uma plataforma. São lucro limpo, sem risco e sem despesa! Os exclusivos são acima de tudo relevantes para separar os produtos e fazer com que estes jogos se vendam na consola A em vez da B.