Este post não é uma análise ao jogo, mas sim umas palavras sobre o mesmo. Porque se há jogo que me fascinou… foi este!
Porque falar de Elden Ring, sem fazer uma análise ao jogo? Bem, porque este jogo desafia a minha ideologia dos parâmetros que definem um grande jogo, sendo a prova provada que a jogabilidade é, e sempre será, o fator que define a qualidade de um jogo.
Elden Ring é um jogo enorme! Não apenas porque é um grande, grande jogo, mas igualmente porque é realmente grande em extensão. O mapa é gigante, e cada canto, cada recanto tem coisas novas para descobrir. Coisas que se revelam fascinantes, e que não as ver, é perder parte do que o jogo tem para oferecer. É realmente um mundo super fascinante, e fantástico!
E não posso deixar de realçar o fantástico que este jogo é! Porque é realmente algo de extraordinário!
Quando o jogo começa, a sensação que nos é dada é de… vazio! Um mundo grande, hostil, com um “boss” logo à porta, e “mobs” que por vezes chegam a ser piores que “bosses”. E nós ali, sem ter verdadeiramente nada, sem saber o que fazer, ou para onde ir. E o jogo é assim. A sensação de não sabermos o que fazer ou para onde ir existirá sempre. Este é um mundo de exploração e onde vamos percebendo as coisas à medida que avançamos.
Desistam da ideia de lutar com os “mobs”. Isso pode ser interessante no início para obter armas e dinheiro, mas mal tenham algum equipamento e o vosso cavalo espectral, os “mobs” são para se lutar apenas quando absolutamente necessário, ou conveniente. Este é um jogo de lutas contra “bosses”, onde os “mobs” são apenas uma forma de se chegar até eles. Mas mal se atinja um determinado nível, eles são secundários, e até indesejados pois muitos deles são basicamente “bosses”, e pior ainda, atacam em grupos.
Mais cedo ou mais tarde irão começar a perceber aquilo que realmente interessa matar no jogo, e que as graças onde gravam o jogo são das poucas coisas que nos dão alguma dica de para onde ir. É pequena, mas melhor do que nada!
A ideia é “farmar” armas equipamentos e runas para evoluir… E a evolução é a chave do jogo, pois sem ela não tem acesso ao uso de melhores armas, e consequentemente lutas com bosses!
A questão aqui é que as runas (o dinheiro do jogo), podem entrar diretamente no bolso ou nos baús. E nos baús elas estão seguras, mas nos bolsos, se vocês morrem elas ficam no chão! E na próxima vez que lá forem tem de as recuperar! Morram de novo… e elas foram-se! É frustrante, mas isso acaba por ser uma característica do jogo a que se vão habituar rápido.
O certo é que a determinada altura vocês vão começar a sentir-se poderosos para a área… e vão avançar. Apenas para perceberem que na nova área tem de evoluir ainda mais. E por aí fora! Parece frustrante, mas as vitórias aos “bosses” são uma sensação de realização que é impressionante. E que cativam e fazem querer jogar mais, e mais!
Outra coisa que vos vai fazer parecer perdidos é a enorme quantidade de objetos, magias, encantamentos, armas, escudos, capacetes, espíritos, ashes of war, e outras que apanham. Que parecem inúteis e sem uso, mas mal percebam a mecânica das coisas, e lhes comecem a dar uso, e percebem como as evoluir, vão ver como o vosso poder começa a subir.
Uma coisa que me impressionou e muito é que o jogo não tem uma grande história. O pouco que há vai sendo contado ao longo do jogo, particularmente pelos NPCs com quem podem interagir, e que vos dão missões paralelas, que normalmente também não tem grandes ajudas, e que sem larga exploração são quase impossíveis de serem feitas. Mas no entanto é possível chegar-se ao fim do jogo sem se fazer seja o que for, e consequentemente percebendo muito, muito pouco da história do jogo. Apenas convêm perceber que vocês são um “Tarnished”, alguém nascido para conhecer a derrota, e que avança contra os Elden Lords, com o intuito de assumir o trono e dominar o Elden Ring.
Note-se que aqui o anel de Elden Ring nada tem a ver com um anel físico, como no senhor dos anéis. O Elden Ring é a lei natural das terras intermediárias onde o jogo ocorre. É constituído por grande runas que ditam o funcionamento do mundo, incluindo a vida e a morte. Dominar o Elden Ring é ser o senhor das terras intermédias e da lei da vida e da morte.
Diga-se no entanto que este mundo é tão vasto e tão rico que, apesar de rasgados elogios que teço ao jogo, não me estou a ver a joga-lo na altura do seu lançamento. Este é um jogo de exploração que requer que se visite absolutamente todos os locais. E isso é algo para se perder meses e meses ali, especialmente sem se saber para que serve o quê! Este jogo torna-se bom para mim neste momento devido à enorme quantidade de guias existentes que consulto sempre que empanco. Sem eles, não creio que alguma vez pegasse neste jogo tanto tempo! Mas o certo é que para quem vai jogar o jogo agora, as duas opções estão disponíveis. Explorar e descobrir por si, mesmo que isso demore meses por se falhar uma sala num determinado local onde está aquilo que percorremos o mapa todo à procura, ou recorrer aos guias, o que facilita as coisas sempre que se empanca.
O que tenho de dizer é que este jogo, por ser um jogo Souls, seria um jogo do qual eu me manteria afastado. Após ter jogado Dark Souls, e Bloodborne, desistindo pelo enorme grau de dificuldade, eu nunca tocaria novamente num novo Souls. Mas Elden Ring é diferente! Aqui não temos corredores e “mobs” obrigatórios. Aqui o mundo é aberto, podemos explorar, podemos escolher quem matar, e há caça basicamente inócua para a fase inicial do jogo até podermos adquirir algo decente no vendedor mais próximo. O certo é que aqui o jogo não é visto como ultra difícil ou mesmo impossível, mas sim algo desafiante, que percebemos que conseguimos vencer, mesmo sendo-se um jogador mediano, e que apenas temos de dedicar ali algum tempo.
O jogo possui um total de 180 “bosses”, o que mostra que este é um jogo para se lutar com esses “bosses”, sendo que tudo o que apanhei até agora nesse campo foi desafiante… mas não impossível. Alguns mais complicados que outros, outros mais simples, mas no fundo sempre acessíveis, mesmo que alguns requeiram algumas tentativas.
Neste momento já acabei o jogo, apesar de ainda andar a explorar o mapa antes de avançar para o modo NG+2. O certo é que, mesmo com o jogo terminado, estou ainda a descobrir novos e fantásticos cenários, e a pensar até que ponto não irei platinar o jogo..
O que sei dizer é que, desde há alguns anos para cá, que sentia que os jogos já não me cativavam e prendiam como antigamente. Jogava, e até gostava dos jogos, mas aquela pica, aquela vontade de jogar mais, de explorar mais, aquela sensação de adorar o jogo, de sentir prazer em avançar, estava arrumada a um canto. Atribuía isso ao avançar da idade, e achava que nunca mais sentiria isso devido a tal. Mas Elden Ring despertou o jogador em mim. Não me sentia assim realizado por um jogo à muitos, muitos anos, e nesse sentido tenho de considerar que este jogo é um colosso e, talvez, um dos melhores jogos alguma vez feitos.
Estou viciado, quero explorar tudo, ver as armas todas (e elas são diferentes, e todas fantásticas), e eventualmente, comprar o DLC. E dado que o jogo criou este sentimento em mim, não posso deixar de escrever sobre ele, dizendo a todos os leitores do site que o experimentem. Porque o jogo, mesmo que eventualmente não gostem, realmente merece que lhe deem uma oportunidade.
Pessoalmente entendo que Elden Ring é um colosso, e pela paixão que me transmitiu tenho de o considerar mesmo como sendo dos melhores jogos que já joguei na vida! E por isso mesmo, mesmo sabendo que nem todos gostarão, a minha recomendação é que todos o deveriam experimentar.
Percebo-te perfeitamente, Mário, e que bom para ti. A sensação que pareces relatar, de empolgação e o deslumbramento, querendo que todos provem um pouco para saber do que realmente falas, se parece em tudo com o que tenho sentido com o VR.
Até então, achei que minha idade havia me tirado a empolgação de outrora pra jogar, mas o que tenho sentido com o VR, mesmo em jogos simples e até mal acabados, muitas vezes, é sempre uma sensação de chamamento e deslumbramento, sempre que ponho o capacete. E agora então, que meus sentidos parecem quase que perfeitamente adaptados… Quando volto a games 2D, por mais belos que sejam, parecem-me faltar imersão, pra dizer do mínimo…
Confesso que ainda me sinto relutante em sequer testar Elden Ring, não sinto que jogos do tipo Souls, ou mesmo jogos do tipo Rogue Like, são para mim, é uma sensação persistente que sinto desses jogos, depois de abandonar vários deles, como: Demon’s Souls, Dark Souls, Bloodborne; e coisas como Dead Cell, Hades, Returnal… Jogos aclamados por público e crítica, mas com fórmulas que me passam uma sensação comum e que pouco me divertem e sempre me trazem o questionamento do porque estou jogando isso; se e só porque paguei, deveria continuar jogando; e meu tempo de divertimento, de prazer onde fica?
Sabe, confesso que adoro experiências narrativas (meu gênero favorito é RPG), mas nem por isso, desprezo games focados grandemente em jogabilidade, que é o que sempre faz um jogo, e é aquilo que sinto trazer-me a vontade real de jogar. Mas a ideia de usar guias, desde o começo, embora eu entenda a situação para jogos como os Souls, é algo que não me atrai muito. Sendo que sempre quando uso guias é pra, só depois de um jogo finalizado – onde já fiz tudo que acreditava ser possível – busco platinar ou matar a curiosidade de saber onde está algo, ou o que eu deveria ter feito em algo que não consegui, o que muitas das vezes me faria inclusive ter de jogar o jogo novamente, coisa que só faço se gostei demais de um jogo, e ainda não me vejo deixando-o… Então, por “mandamento pessoal”, não uso guias, pelo menos, até terminar um jogo uma primeira vez, justamente para não me tirar a sensação de descoberta e exploração que tanto gosto, se faço isso, ou se “emperro” no jogo e preciso apelar a guias, imagino de cara que, ou o projeto do jogo não é bom, não consegue me dar uma boa curva de aprendizado e um aumento de desafio gradual mantendo o meu interesse no jogo, e está apelando desmedidamente ao punitivismo pra me fazer passar mais tempo nele, ou que sou muito incapaz (mesmo depois de jogar games pormais de 40 anos), e olha que não sou afeito a autodepreciação. Por fim, nenhuma dessas sensações, eu gosto. Mas uma hora qualquer eu tento novamente um novo Souls, pois sabes que a natureza humana faz insistir-se no erro mesmo sabendo que vai levar uma “lapada” novamente… Pra mim, só não está, ainda, no meu momento certo pra isso.
Bem a propósito Mário
Platinei-o ontem com muita ajuda dos guias e do meu filho, depois de ter explorado muito mundo.
A nuvem também ajudou e muito na gravação, para evitar de repetir o jogo para os 3 finais.
E tenho realmente aquela sensação de querer explorar mais. Não me larga.
Curioso é que comprei o jogo desde que saiu e abandonei-o por não conseguir passar mais os bosses que tinha encontrado até então. Até por força da exploração morria diversas vezes com inimigos inferiores pelo jogo ser implacável com os erros.
Estive perto de 2 anos sem o pegar, mas lá está, apanhei a curiosidade novamente por ver o meu filho jogá-lo. E sim foi ele que me motivou ao dizer-me que havia desde o início uma arma estupenda que a podia evoluir e utilizá-la até ao final.
E foi ela que me acompanhou até ao fim, evoluindo-a nos mais diversos apetrechos, juntamente com um ash divino que me multiplicava.
Afinal é tudo uma questão de gosto, perseverança, objetivo, compreensão, e muita diversão.
Grande jogo.
Como fizeste para repetir os 3 finais. Eu aparentemente não consigo pois o fired Frenzy uma vez ativado implica o final. Fiz o rain of Stars e tenho de fazer o lord of Elden Ring.
No meu caso gravei no Queen’s Bedchamber, ou seja na sala anterior quando te falta o último Boss (após seguir o do Forge of the Guants – o caminho mais óbvio) e depois foi fazer os outros (o da Ranni deu mais trabalho. Não segui bem a net pois grande parte tinha já efetuado. Algumas falas nem foram necessárias). Cuidado: deixa para ultimo o final o final do lorde da chama frenética, pois uma vez feito não de deixa fazer os outros).
Quanto a armas, eu jogo como mago. Apanhei o meteor staff no início troquei-o depois pelo Carian Regal Staff.
Felizmente o Meteorite Staff é super poderoso e não pode ser evoluído, o que permite poupar as somber Stones.
Uso também a espada blasphemia ao máximo, e um escudo da oaktree.
Como Spirit Ash uso a Mimic tear que faz uma cópia de mim.
E eu a Bloodhound’s Fang
Subi até ao 10
Acompanhei com a Raptor’s Black Featers, Claw talisman, e Lord of Blood’s Exultation, bem como o spell Bloodflame Blade, e a Mimic Tear Ashes também com 10
Eu tenho um Death touch Mage. Basicamente consigo matar um Boss com um toque de usar os “buffs”.
Não me recorda dos nomes agora, mas uso uma bandeira de um comandante, que me dá mais 10% de dano, um encantamento que acrescenta loucura e que me dá mais 20% de dano (mas também aumenta o que levo), e também uma outra, a terra mágica que dá mais 30% desde que não saia do círculo criado.
Depois uso na minha flasks uma combinação que me vai regenerando a minha vida e me dá 15 segundos de mana infinito (o que com o Comet Azur é fabuloso).
Nós amuletos uso um que aumenta o dano em 4%, outro que aumentando em 8% (são os mass graven qq coisa), um que me permite lançar magias mais rápido, e outro que me regenera um pouco a vida.
Parece-me muito poderoso. Essas combinações são um must o que eleva a profundeza do jogo. Pessoalmente tive uma dificuldade enorme para abater o 2º boss do final por não usar magias. E tive de o fazer 3 vezes ????. A minha construção foi com base na arma. Tirar o melhor proveito dela. Posso agora estudar outras construções, o que acaba por dignificar ainda mais o jogo que é.
Não deves conseguir os outros finais porque o final que escolheste é mandatório em relação aos outros.
Fico feliz que tenhas gostado Mário, parece que encontraste uma nova paixão, agora é dares uma oportunidade aos outros jogos da From agora que tens outra visão sobre os mesmos.
Bem sonhes… Os outros tiveram a oportunidade. Não são iguais!
Este é um mundo aberto, onde a luta é opcional. Os outros nem por isso.
Tu é que perdes Mário, eu pessoalmente prefiro um jogo mais linear do que um open world, não é por acaso que o Elden Ring raramente está em primeiro na lista de preferências de quem gostas de souls likes.
A forma como os níveis estão interligados no Dark Souls, Dark Souls 3 e especialmente Bloodborne, é um masterclass em termos de level design, e para que saibas, tirando os bosses, a luta é opcional em todos os souls da From.
Off rápido para o nosso colega que dizia que a MS não tem como marketing central difamar, demonizar, empurrar narrativa de bem vs mau:
Antes dos consoles lançarem:
Microsoft: “Poderíamos ter usado clocks variáveis para o Xbox Series X”
Jason Ronald complementa: “Isso tornaria mais difícil para os desenvolvedores otimizarem seus jogos”
https://www.gamevicio.com/noticias/2020/06/microsoft-poderiamos-ter-usado-clocks-variaveis-para-o-xbox-series-x/
Hoje:
Muitos jogos podem pular o Xbox por causa do Series S, afirma desenvolvedor
Del Walker afirma que é “muito chato” otimizar os jogos para o Xbox Series S.
https://www.gamevicio.com/noticias/2024/08/muitos-jogos-podem-pular-o-xbox-por-causa-do-series-s-afirma-desenvolvedor/
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Esse ai é o melhor exemplo sobre o marketing voltado ao FUD e Fake News feito pela MS…
E sabe o que é pior?
Eu acho que ele é burro, o Jason Ronald acreditou nessas groselhas que ele falou… Mas claro, isso não exclui ser um dos pilares do marketing do lançamento do xbox difamar implicitamente o playstation
Eu tive mais ou menos isso com o Horizon Zero Dawn on PS4 e Returnal no PS5.
Eu achei um jogo muito bem feito, não é atoa que é GOTY. Mesmo assim não é o meu preferido da From, gosto mais de Bloodborne e Dark Souls 3.