É possível jogar-se largas horas um jogo sem se gostar dele?

A resposta é simples… Sim!

O mundo dos videojogos mudou muito. Antigamente os jogos eram lançados e avaliados, e a coisa ficava por aí!

Mas agora as coisas mudaram… E não é incomum vermos developers a tentarem cair em cima de quem deu más avaliações aos seus jogos.

Torna-se até um pouco patético ver alguns criadores a falar com os analistas e a explicar-lhes que eles… estão errados, e temos o caso recente da Betehesda que resolveu começar a responder a análises negativas ao Starfield.

O facto é que, agora, quando alguém diz mal de alguma coisa, tenta-se desacreditar a pessoa! Antigamente, e estes casos foram públicos, para a desacreditar más avaliações a jogos Xbox, era pedida a Gamertag na Xbox Live para se confirmar a pontuação da pessoa, e se ela era capaz de fazer tal avaliação! Agora a moda é analisar o número de horas jogadas e alegar que se quem critica jogou tantas horas, é porque gostava do jogo! Uma argumentação especialmente usada agora contra más avaliações do Starfield, e aplicada a quem tinha mais de 100 horas de jogo.



Daí que surge a pergunta: Pode uma pessoa que não gosta de um jogo, jogar mais de 100 horas no mesmo?

A resposta é simples…. Sim, pode!

Eu joguei, e acabei o Assassins Creed Origins… E apesar de tudo, após centenas de horas, se no final do jogo tivesse que lhe dar uma nota, ela seria negativa.

Basicamente o jogo possuía o suficiente para me atrair, mas a maior parte das mecânicas eram pobres, o jogo monótono e repetitivo, com um cenário e uma mitologia que não me fascinou.

Não deixou porém de ser um AC, uma série que me cativa, e como tal insisti na mesma, e dediquei ao jogo as horas necessárias para o terminar.

Basicamente o que estas horas todas me permitiram foi estar bem habilitado para falar sobre o que o jogo era e o avaliar convenientemente. Mas não forçosamente para dizer, só porque o joguei tantas horas, que ele era um excelente jogo, e que gostei dele, pois isso não era verdade, e a meu ver, o jogo tinha mais “offs”, do que realmente “ons”, apesar que os “ons” que tinha eram suficientes para me irem prendendo.



O caso contrário… esse é mais sério: Jogar-se uma hora e meia e dar-se uma boa ou má avaliação, isso é chocante! Não há verdadeiro conhecimento do jogo para se fazer isso. Agora jogar-se 100h e dar-se uma boa ou má avaliação, é algo normal e perfeitamente aceitável.

Mas o facto de se ter jogado 100 horas não implica que se ache o jogo bom!

Isto talvez se perceba melhor se falarmos de séries e de TV. Os reality shows… são o que se chama de “trash tv”, e a maior parte das pessoas acha aquilo um degredo. No entanto muitas veem, e as audiências comprovam isso.

Quantas séries viram na sua totalidade, mas não estão minimamente desejosos de ver novamente caso saia uma nova temporada? Eu por exemplo vi as temporadas quase todas da série “Suits”, e ainda hoje me pergunto sobre o porquê! Porque a série, na minha opinião, era do mais fraco que se pode ter.

 





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Alexandre Oliveira
Alexandre Oliveira
10 de Janeiro de 2024 9:54

Mário, antes de mais força para esta fase da tua vida e um bom ano para todos, que este ano ano ainda não comentei aqui.

Ando a mastigar o Suits com a minha mulher, começou bem, mas vou na sexta temporada e já só quero que aquilo acabe, já tenho tantas horas investidas que quero ver o final, mas está a ser muito complicado não desistir de ver hehehe.
É uma pescadinha de rabo na boca, neste caso apesar da quantidade de horas assistidas também daria nota negativa, penso que a historia podia ser encurtada umas 5 temporadas rsss.

Ainda bem que existem gostos para todos os jogos, no caso do Origins eu gostei bastante da temática, sou fascinado por esse tempo, penso que o deserto assenta que nem uma luva no AC e na altura foi uma lufada de ar fresco na série, platinei!

Agora estou com o Mirage e apesar de ser muito repetitivo estou a adorar o regresso ás mecanicas antigas e estou a devorar o jogo.

Já o Valhalla já peguei nele 5 vezes e não consigo terminar a história principal, é demasiado grande e secante, apesar de não se passar no Deserto rssss.

O marketing da XBOX/Bethesda está a ficar muito bom a jogar com as palavras.

Last edited 11 meses atrás by Alexandre Oliveira
Hennan
Hennan
Responder a  Alexandre Oliveira
10 de Janeiro de 2024 10:38

Cheguei a termina o Valhalla, mas sua extensão é o maior dos seus problemas. O game não tem conteúdo suficiente para ser tão longo, mas insiste em repetir as mesmas mecânicas. Se tivesse 30 horas ao invés de mais de 100, seria um dos melhores do seu tempo.

Alexandre Oliveira
Alexandre Oliveira
Responder a  Hennan
10 de Janeiro de 2024 10:47

Concordo!

Hennan
Hennan
10 de Janeiro de 2024 10:35

Na minha opinião existe uma grande diferença entre gostar e ser bom. Eu posso gostar de um produto sem qualidade e não gostar de algo excelente. O problema é que as pessoas não conseguem fazer essa distinção. Eu adorava Destiny, mas o jogo é claramente medíocre. Por outro lado não gosto de The Last, mas sei reconhecer que é uma obra prima. Para piorar a maioria das análises hoje não consegue fazer essa distinção.

Carlos Eduardo
Carlos Eduardo
10 de Janeiro de 2024 12:32

Antes de tudo, quero expressar meus mais sinceros sentimentos, Mário. Que Deus traga conforto aos seus corações neste momento.

Em relação ao artigo, compartilho de um ponto de vista similar ao mencionado no exemplo do Assassin’s Creed Origins. Mesmo que um jogo não me agrade inicialmente, procuro terminar a campanha, na expectativa de que possa melhorar com o tempo.

Um exemplo foi a minha experiência com Cyberpunk 2077. As primeiras 10 horas não me cativaram, e joguei sem muito entusiasmo. No entanto, após esse período inicial, consegui me adaptar ao jogo e a minha percepção sobre ele melhorou. Se eu tivesse desistido cedo demais, não teria vivenciado a experiência completa e, consequentemente, minha opinião não seria tão embasada.

Por outro lado, acho curioso quando alguém afirma não gostar de um jogo, mas ainda assim o finaliza diversas vezes, especialmente visando conquistar a platina. Na minha visão, alcançar a platina não deve ser um objetivo em si, mas uma consequência natural dos jogos que realmente nos cativaram.

Last edited 11 meses atrás by Carlos Eduardo
Saber Sword
Saber Sword
10 de Janeiro de 2024 13:08

Eu só sou horista em jogo que eu gostei dele. Cyberpunk por exemplo eu fiz pré
compra, joguei 3 horas descobri que o jogo estava uma zorra.

E só voltei depois da Phantom Liberty. 3 anos depois. Onde parecia que eu estava diante de outro jogo. Resultado mais de 150 horas.

Existem vários outros que fiquei mais energético também depois de correções como o Halo Infinite. Que pela última vez que olhei tinha umas 90 horas (campanha incluso).

A Turn 10 do Forza Motorsport soltou uma lista maior que meu braço dos problemas que foram apontados no jogo, eles prometeram atuar sobre eles. Espero nível Cyberpunk de correção. Mas continuo jogando o Forza independente disso. Acho o jogo bom mesmo com seus problemas, poderia ser melhor, talvez até venha a ser.

Starfield tem seus problemas, a exploração precisa de ser melhorada. Mas a mainquest(que ainda não terminei) e sidequests achei interessantes. O problema deste jogo assim como Halo, Forza e Cyberpunk foram a falta de polimento. Talvez mais um ano ou dois de desenvolvimento fariam o lançamento ser diferente.Mas ele não é a desgraça que ficam propagando na internet não, é um jogo bom. Estou com 40 horas.

Last edited 11 meses atrás by Saber Sword
Sparrow81
Sparrow81
10 de Janeiro de 2024 16:56

Meus sentimentos, Mário! Que Deus lhe dê conforto nesse momento triste e difícil. Um forte abraço!

CarlosP
CarlosP
10 de Janeiro de 2024 17:10

Mário, força nesta fase difícil da sua vida e um bom ano para todo pessoal que acompanha a pcmanias.

Sem sombra de dúvida que este tema de gostar ou não de um jogo mas ter a sensibilidade de analisar de uma forma justa o trabalho realizado é muito importante e que hoje em dia tem sido motivo de muita discussão.
Na minha opinião dar uma nota a um jogo neste caso tem que ter os critérios certos e adequados. Por exemplo: Last of us 2 foi polémico e sofreu da parte de muita gente críticas relacionadas com a história e até notas da parte de alguns jogadores que não conseguem fazer a distinção entre gostar ou não da história e a forma como ela é contada, se eu tivesse que dar uma nota de 0 a 10 à história deste jogo provavelmente era um 7, mas a forma como está contada para mim é um 10, em relação ao resto (gráficos, som, jogabilidade, cenários, etc) é tudo 10. Ou seja, obra prima. Os jogos da Rockstar por exemplo eu não consigo ter a pachorra de terminar os jogos deles, mas daí dizer que os jogos são muito maus e não prestam vai uma grande distância. Agora starfield por exemplo para um jogo de nova geração dizer que é bom ou levar notas altas, só podem estar em negação, mais uma vez digo, gostar é uma coisa mas analisar parâmetro a parâmetro todos os aspetos é outra. Um abraço Mário e força.

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