A PS5 entrou no seu quarto ano de vida, mostrando decréscimo de vendas. No global a sua curva de vendas é normal, e a este ritmo, venderá mais do que a PS4!
A PS5 mostrou pela primeira vez uma quebra de vendas. 29% foi o valor registado, e um valor que era já expectável dada a atual idade da consola.
A Sony anunciou que vendeu no ultimo ano 20,8 milhões de consolas, falhando a sua estimativa de 21 milhões por 200 mil unidades. Ou seja, no global, a PS5 está a portar-se como se esperaria que se portasse. Eis um gráfico das suas vendas:
A Sony prevê que em 2025, altura em que acaba o ano fiscal de 2024, a consola tenha caído em vendas para os 18 milhões anuais.
Vamos comparar a sua curva com a da PS4:
Como se pode ver, a PS4 teve um comportamento semelhante, apesar de uma curva no topo algo diferente pois manteve as vendas em dois anos seguidos.
Mas no final do seu quarto ano de vida, a PS4 tinha vendido um total de 57,1 milhões de consolas, ao passo que a PS5, segundo os números oficiais da Sony, vendeu 59,2 milhões. Ou seja, a PS5 está a bater os números de vendas da PS4.
Teremos agora de tomar em conta as seguintes situações comparativas que fazem prever um futuro melhor para a PS5 do que para a PS4:
- A PS4 caiu de preço no seu terceiro ano.
- A PS5 subiu de preço no terceiro ano.
- A PS4 teve um refrescamento no seu terceiro ano.
- A PS5 só vai ter um refrescamento no seu quarto ano
- O potencial de vendas da PS4 foi restringido no fim do seu ciclo de vida devido à pandemia
- A PS5 teve quase 3 anos com severas restrições nos fornecimentos devido à Pandemia.
Outros pontos a favor da PS5:
- O atual estado da Xbox, que vendeu menos que a Xbox One em igual periodo, tornam a PS5 muito mais atrativa.
- Em alguma altura o preço da PS5 vai cair.
- O GTA 6 vai sair durante a vida da PS5. O GTA V saiu na era PS3. Basicamente o GTA vai vender mais consolas PS5 do que vendeu consolas PS4.
Como nota extra, neste período de 3 anos e meio a PS5 já vendeu mais do que a maior estimativa de vendas existente da Xbox One, em toda a geração anterior, que foi de 58 milhões de consolas.
Agora vamos ver como fica com a PS5PRO a caminho se as vendas tendem a descer ou subir devido a novidade. Mas console bom é assim. Vende porque tem jogo e suporte coisa que falta a MS.
“O potencial de vendas foi restringido no final da geração por conta da pandemia ” Mário, não seria o inverso? Na pandemia, faltou ps5 onde muitas pessoas compravam ps4 a ponto da Sony colocar muitos games como cross gens.
Percebo a perspectiva, mas a produção da PS4 foi restringida também. A falta de chips atingiu todos os produtos.
Como falei ontem, pelo menos no Brasil o preço vem caindo, no lançamento custava R$5000,00 e agora pode ser encontrado em lojas oficiais por R$3600,00, portanto creio que o Brasil seja o único mercado em que o console diminuiu de preço.
É um fenômeno estranho… Mas a Sony, ao menos em hardware tem tido preços mais razoáveis ultimamente por aqui. Acabei de comprar o Pulse Explore, coisa que seria esperado algo como 2k já que a precificação aqui costumar ser o dólar a 10 reais vezes o valor do produto no exterior (200 USD) e na verdade saiu quase o preço equivalente ao preço de outros países em conversão direta do dólar, pouco mais de 1k. Também não é incomum ver os dualsenses por menos de 400 reais, por exemplo… Mas realmente o PS5 tem caído o preço, que é algo extraordinário, já que não há queda globalmente.
Off: Com Helldivers 2 as vendas de jogos Playstation no PC subiram brutalmente. Atingindo o valor recorde de 54 bilioes de Yens.
No entanto, o PC continua a ser uma migalha nas receitas Playstation. As receitas da divisão foram de 970 biliões de yen, pelo que as vendas do PC só são 5.5% da receita total.
Nada de se deitar fora, mas mesmo assim, insignificante faca ao que a consola gera!
Tenho uma dúvida grande em relação ao tema. Quantos do sucesso do helldivers no PC é consequência do estilo do game e quanto o lançamento simultâneo influência nesse sucesso?
Nunca saberemos o quanto é devido ao lançamento simultâneo, já que os jogos como serviço sempre terão lançamento em simultâneo. Sobre o gênero, acho que contribui para a boa venda no PC, já que é um jogo multiplayer e sempre online o que cria mais facilmente uma comunidade no PC e combate a pirataria (não perde vendas) por requerer o online.
Helldivers é um grande jogo. O seu sucesso no PC deve-se a isso mesmo, mas igualmente ao facto que é um estilo de jogo que é mais procurado no PC do que nas consolas. Agora o facto de ser um jogo PlayStation influencia muito as vendas pelo facto que abre um maior mercado no PC ao garantir boas performances numa gama maior de PCs.
Fazendo uma matemática simples, baseado no histórico de vendas da Sony. Dá para dizer que Helldivers 2 vendeu entre 6 e 8,75 milhões de unidades no PC.
Dado que se falava em 60% das vendas no PC, apontaria mais para os 7 milhões.
É um bom sucesso e mostra que o mercado PC pode ser relevante. Só é preciso agora é que ele passe a ter de pagar o mesmo e não arranjar o jogo nestas lojas de keys a preços de feira, e que passem a requerer PSN também.
Esta coisa de o mercado PC não pagar NET e as consolas pagarem não faz sentido. Ou eles pagam também ou as consolas tem de deixar de pagar. Agora uma plataforma consola ter vantagens no PC não faz sentido nenhum. E isto não é uma boca ao PC, é uma boca à Sony.
Acredito que a Sony optanto sempre por multiplayers terá sucesso no PC, já que costuma ser a preferência de muita gente e um certo impeditivo de pirateamento.
Câmbio e custo de frete. O objetivo da Sony não é ganhar dinheiro com hardware. Como o câmbio local valorizou e o custo de frete reduziu. O desconto foi repassado no preço. Outros países sofreram com o efeito contrário. Por isso tal diferença.
Não entendi muito bem, Hennan. Pelo que percebo, o dólar meio que segue quase estável nos 5 e pouco há pelo menos 2 anos… Também não entendi como o custo do frete caiu se houve aumento de salários e até mesmo de combustível, bem como dos veículos… Me parece mais algo da Sony no Brasil mesmo.
Ano passado o dólar caiu 9,52%. Já a questão do frete é bem complexa de explicar. Porque envolve oferta e demanda, relação de troca entre países, conflitos, terrorismo, etc. Mas caiu bem nos últimos dois anos, voltando a subir esse ano. Mas não em patamar anterior.
PS: esqueci de especificar que é o frete de container. Que impacta diretamente o preço da Sony.
Ah tá!
Acredito que o anúncio da ps5 pro deve estar segurando as vendas pois o hardware ainda não se sabe qual será (pelos menos oficialmente) e nem mesmo o preço. Mas é óbvio que a melhor forma de jogar GTA VI será na pro. Vendas represadas por esse motivo?
Harry Potter. Cheguei a comentar isso no passado. Hogawartz legacy vendeu mais ps5 que a maioria dos exclusivos da Sony. Não me lembro do número exato, mas acho que vendeu entre 10-12 milhões de unidades só no Playstation. Veremos fenômeno semelhante justamente no Gta 6.
Interessante é ver que esses 20.8 milhões é um recorde da Sony em vendas de Hardware, que só foi superior na era Ps2, no ano fiscal de 2003, com 22.52 milhões de consoles vendidos.
[OFF] Mario e demais colegas,
Estava lendo esse artigo (https://www.eurogamer.pt/playstation-muda-foco-da-venda-de-jogos-para-tempo-a-jogar), e percebo que houve uma interpretação de que a Sony está meramente querendo buscar expandir o GaaS. Mas creio que a interpretação não é bem essa, e a fala do presidente que consta na página 9 (https://www.sony.com/en/SonyInfo/IR/library/presen/er/pdf/23q4_sonyspeech.pdf) me parece mais voltada à realidade do “attention economy” (economia da atenção) que vários tipos de ferramentas digitais vêm aplicando em larga escala.
Precisava ler e refletir melhor sobre o tema, e até pensar sobre como a indústria de games vai trabalhar nisso. Mas existem múltiplas formas.
O que eu entendi é que vão priorizar eufemismos de engajamento pra marquetear os resultados, mas não duvido que a ideia por trás continue a ser os jogos como serviço, já que até emplacaram Helldivers 2 dos vários que ainda irão sair, isso também deve ter correlação com a exigência de conta na PSN nos jogos de PC, já que dessa forma é que pegarão as estatísticas e o engajamento dos seus clientes. Pelo menos é essa a minha percepção, estão seguindo as práticas da MS a sua maneira.
Te acalma, o Playstation 5 já foi projetado “para engajar” assim, os card de ajuda para passar as partes difíceis dos jogos SP são feitos para isso.
A falação dos NPCs nos jogos também…
Não quer dizer nada, quer dizer apenas que a Sony pretende manter as pessoas platinando os jogos… Horizon Forbidden West tem 7% de platina… Capaz de ser mais % que de zeramento do Starfield.
Engajamento tem relevância sim, depois do lucro com as vendas… Agora a Sony talvez nem se importe com vendas, pq está garantido, e agora é competir com netflix, youtube, rede social.
Nada a ver com a MS, mas sim com a realidade experimentada. A PS5 tem mantido uma base de utilizadores engajada como nunca antes aconteceu. E perante a dificuldade em lançamentos de novos jogos, isso tem sido crucial. É uma forma necessária à continuidade das receitas numa altura em que não consegues lançar nem rápido, nem de produção barata.
Bom, as vendas já estão garantidas ainda mais com o fim do xbox…
Negocio agora é manter os jogadores jogando depois que eles compram o console. Até os cards de ajuda em single player podem ser contados como recurso para ganhar atenção dos jogadores.
Bom dia Carlos. Eu também não entendi bem isso pois está pouco explicado. Mas o que parece é o seguinte:
Até ao momento a Sony sempre funcionou numa base de venda de consolas e de jogos, estando a base ativa variável e não forçosamente ligada de forma direta ao número de consolas no mercado.
Segundo os textos do documento que linkas a Sony tem conseguido na era PS5 manter uma base sólida de utilizadores ativos, pelo que,o decrescimo nas vendas da consola que se esperam daqui para a frente, poderão não ter o mesmo impacto desde que se consiga manter a base atual ativa. Daí que se torne relevante o foco no tempo de jogo conseguido por cliente.
Da mesma forma a PSN tem registado valores excelentes de receita, pelo que o manter os jogadores ativos só por si é uma fonte de receita constante e não negligenciável. Aliás a Sony quer passar a colocar os jogadores PC também na PSN, como quer criar um launcher para PC onde terá a sua loja de forma a contabilizar e a aumentar receita desse lado.
Acredito ainda, que a longo prazo, a Sony poderá vir a colocar igualmente pagamentos no PC para o acesso a determinados tiers da PSN. Aí a coisa terá de ser sempre opcional e de introdução lenta pois o mercado PC não está habituado a pagar, mas dado que o futuro passa por serviços e todos eles pagos, ele não terá grande escolha.
Para quem reclama do Herman Hulst
https://twitter.com/firstadopter/status/1790273086111076380
O da Sony conta como sucesso ter criado co fundando a Guerrilla Games
O Matt Boot bota no curriculo como ele “cortou custos e demitiu” quando era CEO da Midway
Lembrando que ele FALIU a Midway
Deto, mas comparar o ruim com o péssimo é ter uma qualidade de bom relativa.
O Herman é o Jimbo… Veja, o Xbox se acabou enquanto console, é isso que você quer para o PS?
Do ponto de vista de negócios, a PS está certa em expandir-se para onde conseguir, mas eu sou consolista, quero jogos de que goste, e jogar no meu console, não vejo com bons olhos a empresa querer abraçar o mundo, isso é perda de foco no meu interesse… Se eu acho que eles vão ganhar mais dinheiro com jogos como serviço e expandindo-se pra mobile, streaming e pc? Acho. Mas também acho que o console será um segmento que aos poucos perderá atenção. Minha ótica é de que aos poucos a Sony está adotanto tudo que a MS faz, mas num timming melhor pra ela. A questão é que o que a MS fez não é o que eu quero pra indústria de jogos, muito menos pra consoles que são o modo como gosto de usufruir de jogos.
Sozinha no mercado, a Sony irá começar a forçar a barra, não demora quererem tudo digital/sempre online. A Ubisoft já estou ignorando completamente… Uma pena que o futuro esteja indo pra onde as empresas querem, não o jogadores. Pois não acredito que as pessoas queiram pagar por um jogo apenas pelo direito de jogá-lo enquanto essas empresas deixarem. Eu defendo o meu interesse, não o de nenhuma empresa, das empresas espero que entreguem produtos que eu queira ter e jogar, jogos como serviço, serviço de jogos, streaming, mobile, não são do meu interesse, e não tenho nada contra isso, desde que não afete aquilo que gosto, mas parece que vai afetar, é esperar pra ver que o futuro não dá pra prever, mas há sinais indicativos persistente do rumo que querem pra indústria e da relação cliente/empresa.