Basicamente é o Diretor de subscrições (um cargo que nem imaginava existir), a tentar vender a ideia das subscrições.
Philippe Tremblay… Um nome incomum para um cargo incomum: Diretor de subscrições da Ubisoft.
Eis o que este senhor tem a dizer sobre as subscrições:
Quando observamos como os jogadores se envolvem com nossos diferentes jogos, vemos que nosso catálogo anterior ainda está muito ativo e vivo. Então, vimos uma oportunidade de oferecer esses mundos aos nossos consumidores por uma taxa mais baixa. E esta é uma resposta ao comportamento que vimos dos jogadores.
Tremblay diz que a empresa viu “milhões” de assinantes nos últimos quatro anos, que jogaram coletivamente mais de meio bilhão de horas de jogo. Alguns inscrevem-se apenas para testar um jogo por um ou dois meses, enquanto outros entram, ficam e jogam vários títulos.
Existem vários comportamentos. Definitivamente, há muitas pessoas que vêm para um jogo e decidem comprá-lo após [o término da assinatura]. Isso faz parte da realidade e está tudo bem para nós.
Recorde-se que o preço do Ubisoft+ Premium excede, em alguns casos, o que o Xbox e o PlayStation cobram pelos seus serviços de subscrição. Parte disso tem a ver com a realidade comercial por trás da colocação de novos jogos AAA em um serviço de assinatura, algo que a Xbox tambem faz, mas Tremblay acredita que o custo é razoável considerando o que está em oferta.
Estamos a falar de lançamentos no dia um, e com jogos como Prince of Persia, o cliente obtém acesso antecipado. Já temos Avatar, Assassin’s Creed: Mirage… todos esses jogos estão disponíveis para jogar. Isso já é um valor tremendo. E depois há o catálogo também. Milhares de dólares em jogos.
E o cliente não tem apenas acesso a esses jogos, ele obtém as edições premium. Então, é todo o conteúdo adicionado que vem com isso. Também temos recompensas. E uma das grandes vantagens do Ubisoft+ é que se pode jogar isso em vários dispositivos. Com uma assinatura, pode-se aceder aos nossos títulos por meio de PC, Xbox e Amazon Luna.
Estas posições não tem muito que se lhes diga. São apenas um descrever do que eles entendem como vantagens do seu serviço.
Onde a coisa descamba verdadeiramente é quando o seguinte é referido:
Não tenho bola de cristal, mas quando se olha para os diferentes serviços de assinatura disponíveis, tivemos uma rápida expansão nos últimos anos, mas ainda é relativamente pequena em comparação com outros modelos. Estamos a ver expansão nas consolas à medida que PlayStation e Xbox trazem novas pessoas. No PC, do ponto de vista da Ubisoft, já tem sido ótimo, mas estamos procurando penetrar mais no PC, pelo que vemos oportunidades aí.
Uma das coisas que vimos é que os jogadores estão acostumados, um pouco como o DVD, a ter e possuir seus jogos. Essa é a mudança de consumo que precisa acontecer: Eles sentirem-se confortáveis em não possuir sua coleção de CDs ou DVDs. Isso é uma transformação, e quetem sido um pouco mais lento para acontecer [nos jogos]. À medida que os jogadores se sentem mais confortáveis nesse aspecto… você não perde seu progresso. Se você retomar o jogo em outro momento, o seu arquivo de progresso ainda estará lá. Ele não foi excluído. Você não perca o que você construiu no jogo ou seu envolvimento com o jogo. Portanto, trata-se de se sentir confortável em não ser dono do seu jogo.
Ainda tenho duas caixas de DVDs. Definitivamente entendo a perspectiva dos jogadores com isso. Mas à medida que as pessoas adotam esse modelo, elas verão que esses jogos existirão, o serviço continuará e você poderá acessá-los quando quiser. sinto. Isso é reconfortante.
A recepção a estas frases foi, no seu global, muito, muito má. Eis alguns comentários que destaco de resposta a isto:
ANGROD14
Existem muitas diferenças entre videogames, músicas e filmes em termos de consumo de mídia.
As assinaturas de música funcionam porque são muito baratas e os artistas não estão fragmentados em diversas plataformas (como acontece com os filmes). 8 dólares por mês oferecem toda a música do mundo sem complicações.
Quanto tempo dura um filme? Em média 1 hora e meia. Com um mês de assinatura, você pode assistir a muitos filmes e fazer seu dinheiro valer a pena e depois cancelar a assinatura. Não há progresso a perder. Você quer comprar o filme porque quer vê-lo muitas e muitas vezes? Você pode comprar o blu-ray ou uma cópia digital.
Gamepass e PS Plus são caros. Eles não têm todos os jogos, têm uma seleção limitada que muda constantemente. Quantos jogos você vai jogar em um mês? E toda aquela história de “você não perde seu progresso” é meio besteira, já que essas empresas costumam banir contas inteiras das pessoas pelos motivos mais ridículos. A Apple não está proibindo meu ID, nem o Netflix ou outros serviços. Mas, por alguma razão, nos jogos, eles têm que ser tão maricas.
PALTHEOS
Isso é uma besteira de ‘falar pelos dois lados da boca’. Os jogadores estão preocupados com o desaparecimento do progresso porque os serviços desapareceram e continuam a desaparecer, e se ele for perspicaz o suficiente para identificar essa preocupação, ele saberia que o endereço mais direto seria afirmar que os serviços da Ubisoft nunca ficariam offline. Como ele sabe, no entanto, que isso é obviamente impossível e que dizer isso o colocaria mais diretamente na linha de fogo, ele elaborou uma declaração que consegue não dizer nada, mas ainda nos pede para concordar de qualquer maneira. Eu entendo, Philippe – você faz o que tem que fazer. Isso é covardia, mas eu entendo você.
TAJAZ2426
Não, o problema é que as pessoas estão bem em gastar dinheiro em subs digitais, MTXs que não têm valor no mundo real. Não compro jogos para download, nem microtransações porque não os possuo e podem ser retirados.
Estou lutando para entender como as pessoas podem aceitar jogar dinheiro nessas empresas sem absolutamente nada em troca e o consumidor não terá recurso se ele for retirado. Aprendi isso em economia básica na escola. Eu olho em volta completamente pasmo para as pessoas que querem o digital e compram essas microtransações como armaduras, cortes de cabelo ou espadas e sinto pena delas por serem reféns de empresas como essa. Acho isso completamente patético e constrangedor, mas sou só eu. Quero dizer, essas vadias contratam psicólogos para fazer com que nossos idiotas se separem do nosso dinheiro, isso deve nos dizer tudo o que precisamos saber.
As pessoas estão se tornando ovelhas idiotas que farão tudo o que lhes for mandado. Assim como eu disse anteriormente, o nome nock do meu filho mais novo é meio retardado porque ele gastou o dinheiro de verdade que ganhava para cortar o cabelo em um videogame.
Se isso parece duro, desculpe, apenas digo isso sem rodeios.
I LOVE ROCK,N,ROLL
Não, não temos mais opções… Empresas, como a MS ou a SEGA ultimamente, estão fazendo o possível para matar os meios físicos, mas as coisas estão mudando.
As pessoas, inclusive os jovens, estão começando a perceber o quanto são fodas com os assinantes online, agora entendem que não possuem nada. É impossível para os consumidores assistirem a determinados filmes online, eles nunca estiveram online ou foram removidos. Enquanto isso, mais e mais pessoas estão comprando música física. No ano passado, foram vendidos mais vinis do que em 1990. Até CDs e cassetes estão de volta! Agora é uma marca da contracultura possuir coisas, então é legal de novo!
ECO FERAL
Então espero que os diretores/investidores também se sintam confortáveis em não possuir meu dinheiro, porque não estou comprando nada deles nem fazendo assinaturas. O único que ainda tenho é o Nintendo Online sub para os títulos de console retrô, caso contrário, eu não faria isso. Também não dou a mínima para isso.
Este não é o meu futuro nos jogos! Se eles se concentrarem apenas em assinaturas no futuro e eliminarem a opção de comprar e possuir um produto, então me concentrarei nos jogos retrô e todas essas empresas poderão morrer pelas mortes gananciosas que tanto desejam.
BRAAG
As pessoas ficaram muito mais inteligentes com os serviços de assinatura em comparação com 5 a 6 anos atrás.
Ninguém que eu conheço simplesmente substitui alguma coisa e depois esquece.
As pessoas continuam cancelando e substituindo coisas diferentes, dependendo do que desejam assistir.
Isso também acontecerá com os jogos à medida que esses serviços aumentarem. Você verá pessoas pagando um mês de algo para jogar os jogos que desejam e cancelar imediatamente.
No longo prazo, alguns jogos ganhariam mais dinheiro se as pessoas os comprassem, em vez de pagar US$ 10 para jogá-los no primeiro dia e depois cancelar a assinatura.
Mas esta indústria está fixada nesta porcaria, então boa sorte para eles.
Sobre o Sr. da Ubi aí, aqui onde moro, chamamos esses tipos de um legítimo “filho de uma égua”, com o perdão da palavra.
Com os comentários todos daí, me identifico com quase tudo, e exceto por um ou outro radicalismo ali expressado, estão cobertos de razão.
Há um grande abismo entre os serviços que se popularizaram em outros ramos e os de games, algo que vai de uma seleção bem menor de conteúdo nos catálogos (limitação enorme perante o todo existente); a preços bem mais caros, proporcionalmente ao quantitativo e qualitativo que oferecem; e a questão dos banimentos, que há propósito, deveriam ser apenas banimento para interagir online com outros participantes, e aquele de se perder o direito de acessar aquilo pelo qual pagou, sem ser restituído ao menos parcialmente caso ocorra.
E discordo, basicamente, quando dizem que se “pagam pra ficar com nada”, pois assim como algumas coisas são passageiras mas valem, pois se fica sempre com a experiência do momento, quando se joga, mesmo um jogo não é sendo teu, ainda têm-se o entretenimento, e aquilo, certamente, vale algo, assim como uma ida ao cinema, teatro e etc, onde teoricamente se “sai com nada”. Penso que a questão proposta tem muito mais a ver, é em se saber, se o valor que se paga, vale.
Tal como o utilizador tem de se habituar a não ter posse dos jogos, penso que a Ubisoft também tem de se habituar a isso.
Olá PirateBay….
Ironic mode off.
P.S: sou completamente contra a pirataria, só estou a responder na mesma medida á Ubisoft que é estupida.
Esta coisa dias empresas não darem aos clientes o que eles querem, mas dizerem nós o que voamos dar é isto e vocês têm que se habituar, é… enfim… chocante.
Os clientes vão ao mercado procurar o que querem, não o que lhes querem impingir. E no dia que isso começar a acontecer, o mundo está perdido!
OFF:
Segue vídeo de análise de resolução de 3 jogos.
Cyberpunk, Returnal e Guardiões da galáxia.
Eu tive que fazer vários tratamentos de dados para conseguir achar as resoluções de saída e nativa dos jogos.
https://www.youtube.com/watch?v=7LwibWIEByE
PS: Mário, esse vídeo é um complemento daquele do artigo.
Qual era o nome do artigo? Para acrescentar lá!
Não estou a encontrar! Eu creio que cheguei a colocar isso online, ou estou enganado?
Se não o pus… estou mesmo mal da minha cabeça! Porque jurava que o tinha feito!
Oi Mario. Acho que não colocou online. Te mandei por email “Artigo sobre método para detecção de resoluções” . Se quiser mando novamente. Não se preocupe. Sei que você está com a cabeça a mil.
Oh pá… eu passei isso para um artigo…
Eu lembra-me disso…
Mas aparentemente não meti online! Eu ando mesmo com a cabeça cansada! Ao ponto de andar até preocupado com isso!
Mas eu vou-te ver isso! Ainda hoje, coloco o artigo1
Ok. Obrigado
Hildo, você sabe qual a técnica e versão usada das reconstruções?
Cyberpunk é FSR 2 pra 1800p@60?
Returnal me surpreende, pensei que com o tempo haviam melhorado a coisa… Output 1620p saindo de 1080p é pesado ainda.
Fiquei curioso com The Last of Us Part I e agora com esse Part II Remastered, que dizem tem 4k@30/40.
Vou presumir que todos os teste que vc fez, Hildo, são com as atualizações mais recentes desses respectivos games na plataforma. Mas recomendo que você indique a versão patcheado na descrição do vídeo para que tudo lá seja auto-explicativo.
Outra sugestão é que vc ponha um um fundo ligeiramente mais escuro/translúcido atrás das fontes coloridas para melhor clareza visual, ou então use fontes com sombreamento (falo especificamente da dinâmica de resolução que algumas vezes ficou um pouco dificil de acompanhar olhando pros números).
Mas a ferramenta está incrível, novamente, meus parabéns!
Oi Juca. Não sei dizer com certeza a técnica do CP, muitos dizem que é FSR 2 mesmo. Do returnal TB não sei. Já do Guardiões, eu acho que não usa, ele só diminui a resolução de saída mesmo. No modo quality a saída parece ser 4k nativo. Inclusive esse jogo tem um gráfico muito bom, tava jogando ele novamente e é impressionante a qualidade da imagem no modo qualidade.
Depois eu faço umas capturas pra ver as resoluções do Last I e II. A minha cópia do 2 ainda não chegou.
Sim, são todas as atualizações mais recentes. Eu as vezes esqueço de colocar no vídeo qual patch que está … Vacilo.
Então, essa parte do contraste da cor da resolução é complexa. Eu já mexi nisso mas não tem um jeito bom e ficar translúcido. Eu vou ter que colocar um pequeno fundo opaco mesmo. Valeu pelas dicas.
Se o Gamepass é o desastre que é porque empresas menores do streaming querem ter seu Gamepass ?
Não é o modelo do fracasso ? O exemplo da insustentabilidade ?
Ou será que não é ?
Ter um gamepass é algo diferente de existir um Gamepass.
A Microsoft ganha dinheiro com ele… O que ele não faz é sustentar toda uma indústria! Pelo contrário, rouba vendas a quem não está no gamepass! Agora para o detentor do produto… ele interessa! Claro que sim!
E nesse aspecto o mercado não parece deseja-lo, e por isso o crescimento das subscrições estagnou!