A quantidade de mecânicas, física, capacidade de construir e colocar a funcionar objetos nunca antes pensados, e toda a capacidade de interação num jogo de mundo aberto são algo que muitos deves referem ser algo que se consideraria impossível para uma Switch.
Sem que tivesse um criador de software a dize-lo, a realidade é que o já tinha visto de Zelda: Tears of The Kingdom já me tinha feito pensar nesses pontos.
Como é que a pequena Switch, tremendamente limitada em todos os aspetos, consegue fazer aquilo que faz, quando todas mecânicas que vemos ali nem sequer as conseguimos ver em jogos para as consolas de nova geração? Um mundo aberto, com interação e consequências, com físicas diversas em ação, capacidade de rebobinar os acontecimentos, e de se criar objetos funcionais usando as físicas disponíveis. O jogo é absolutamente fantástico nesse aspeto!
Esta é a questão que é colocada por criadores como o que se segue:
Here’s a game dev (@ModestLaw) explaining why Tears of the Kingdom is such a technical achievement. pic.twitter.com/q8arTEBfZf
— Andy Cortez (didn’t pay) (@TheAndyCortez) May 21, 2023
Cito particularmente a seguinte frase sobre o jogo:
Seria algo monumental de ser feito numa consola de nova geração, mas de qualquer forma, a Nintendo fê-lo em algo que se compara a um smartphone com 5 anos.
Sinceramente há programadores que são autênticos génios, e que revolucionam aquilo que é capaz de ser feito em sistemas com capacidades limitadas. E provavelmente estaremos aqui perante alguém que criou algo revolucionário.
De vez em quando aparecem visionários que nos revolucionam a forma de se programar. Basta olhar para o Unreal Engine 5 e a o seu Nanite.
Mas ao longo da história tivemos outros casos.
Por exemplo, em 1996 aparecia-nos o jogo Quake… Doom já tinha sido em 1993 uma revolução, mas o seu 3D era limitado, não havia sobreposição de níveis/zonas de passagem, e a arma apenas se mexia num eixo, com os disparos a serem ajustados automaticamente em altura, e os inimigos eram sprites, mas Quake revolucionava com 3D total, mapas complexos, liberdade de camara total, e disparos na direção para onde efetivamente a camara apontava.
Curiosamente em 1996, os GPUs eram algo que não existia, sendo absolutamente tudo feito pelo CPU, e este jogo conseguia a proeza de correr num CPU Intel Pentium a 75 MHz (sim, MHz e não GHz) com 8 MB de RAM (sim, MB e não GB!).
Este jogo foi por isso uma revolução, e obrigou John Carmack, um progaramador visionário a aplicar sistemas matemáticos que tinham sido concebidos muitos anos antes, para coisas com simuladores de aviões, tendo-os aplicado no seu Quake Engine.
E isto deu origem aos BSP e os Portais de Visibilidade, que se explicam nos vídeos que se seguem.
Daí que não tenho grandes dúvidas que este Zelda está a revolucionar igualmente de alguma forma que ainda não foi explicada. E nesse sentido, certamente teremos aqui algo revolucionário que quando aplicado em outros jogos e em sistemas mais poderosos poderá trazer inovações tão grandes como o Nanite do UE 5.
Honestamente isso é algo que eu valorizo na Nintendo, apesar de ser contra as políticas da empresa.
Estou jogando o Zelda ToK e uau, é muito impressionante o que o switch esta conseguindo fazer, ai em comparação temos a Sony… que só aposta em jogos mais do mesmo e me perdoem pois até as narrativas dos jogos estão muito parecidas.
Depois do sucesso merecido de The last of us, todos os jogos parecem ter ficado da mesma forma ou como falei uma vez em algum dos Directs a Sony hoje segue uma formula Marvel dos jogos e para mim esta formula estava de deixando enjoado, tanto que parei de jogar.
As narrativas para mim não convencem mais, não fico empolgado e os jogos só tem gráficos… ai pego um Zelda para jogar que não tem 1/3 dos gráficos de um Ps4 e fico fascinado pelo jogo ao ponto de ficar jogando sem parar. Enfim a equipe do Zelda esta de parabéns pelo que conseguiram e outras empresas deveriam seguir o mesmo exemplo.
Citando uma coisa aqui… Há um ano atrás mais ou menos eu fiz uma aposta com o Sparrow sobre o Death Stranding e há um ano atrás logo depois de fazer essa aposta eu platinei o jogo e digo com todas as palavras que Death Stranding em minha opinião é um jogo super valorizado por causa de seu criador Kojima, onde a história é estregue de bandeja ao jogador que não precisa fazer o mínimo de esforço para entender a história… apeser de ter 2 coisas que tiro meu chapéu que são a trilha sonora (que é fantástica) e conceitos interessantes, mas que são jogados e nunca aproveitados na história. Pronto Sparrow cumpri minha aposta e joguei o jogo de mente aberta.
Um edit rápido: Quando falei que as empresas deveriam seguir o mesmo exemplo, me referi ao de inovação e o de tentar algo novo mesmo em uma plataforma muito limitada e isso é o que me chama a atenção em jogos hoje, gameplay.
Daniel, no máximo se darão ao trabalho de copiar, e outros, nem isso…
Daniel, isso é relativo… A Nintendo inova muito em mecânicas, etc… Porém, ao msm tempo, desgasta muito suas ips ao meu ver, pois são são uns 40 anos que lançam consoles e por mais que tenham inúmeras Ips, o foco sempre é em Zelda e Mário. A Sony por sua vez, não tem nada perto do tamanho de Zelda e Mário em níveis comerciais, mas aposta em ips novas e de altíssima qualidade. Não concordo muito com essa coisa de dizerem que a Sony faz sempre a msm coisa, pois há muita variação de jogos, além de serem jogos com níveis técnicos de capricho ainda inigualáveis na indústria.
The Last of Us se enquadra bem nisso, do 1 pro 2 a evolução no gameplay é extraordinária. É o mesmo que critico dos jogos de Uncharted da geração passada pra essa, embora possam parecer a mesma coisa, sobretudo pra que só vê pelo youtube, o gameplay do 4 está em outro nível acima dos outros 3. Depois vejo algumas pessoas a perguntarem porque nam lançam os 3 primeiros no PC? A resposta é simples, porque as mecânicas envelheceram mal, são antiquadas pro que é hoje.
Também existiu audácia em mexer-se no combate e câmera de GoW… Agora, a Sony mantém um certo padrão de câmera e gameplay, o que nada tenho contra, pra algumas pessoas isso pode ser ruim, pra outras não.
Então Juca, eu acho exatamente isso do The Last of Us 1 para o 2, uma evolução, mas não uma inovação e você diz bem quando fala da série Uncharted e GoW.
Concordo com você Edson, mas no meu caso eu não tiver contato com uma plataforma Nintendo desde o lançamento do 3ds, não tive o wii, wiiu e Switch (jogando com um emprestado), então eu já estava saturado dos jogos da Sony a um ponto que enjoei de jogar, ai quando “voltei” para Nintendo eu tive essa sensação de Uau um jogo desse rodando no Switch.
Fora isso concordo com você que a Nintendo desgasta muito de suas Ip’s e tudo que eles tentam de novo esta sempre nas franquias mais conhecidas como Zelda e Mario.
Estás a tocar no ponto mais dificil… que é o inovar.
Basicamente está quase tudo inventado, e inovar não é fácil. Descobrir algo como Zelda fez, é algo complexo.
A Nintendo sempre se preocupa com o que está fora do óbvio, isso sempre foi seu grande mérito, e por isso sempre surpreende. São detalhes de gameplay que fazem a diferença.
Agora, não podemos negar que o valor afetivo da marca, muitas vezes faz-se abrandar nas críticas e superlativizar nos elogios, que são, normalmente,merecidos.
Dito isso, o primeiro Zelda é maravilhoso, esse segundo, vou deixar pra emitir opiniões depois, mas o hype da galera é grande, provavelmente é muito bom mesmo.
[OFF] Famitsu deu nota máxima pra Street Fighter 6, parece que teremos outro candidato forte ao GOTY.
A Blizzard também alega que Diablo 4 está batendo recordes, mas sabe-se lá de quê. Seria outro candidato?!?!
Sim inovar não é fácil e nem para todos, quando comparei com a Sony é que ao meu ver na gen Ps3 e Ps4 ela dava essa liberdade aos estúdios, hoje eu tenho a impressão que dentro da Sony se você não lançar um imediato sucesso diga adeus ao estúdio. Ou seja para mim com as políticas atuais ela esta limitando indiretamente a inovação e arrisco a dizer que até a criatividade dos seus estúdios.
Poderás ter razão Daniel, dado o valor investido nos estúdios.
Agora a Sony tem alguns estúdios menores destinados a essa criatividade. Mas o certo é que como a Nintendo… só temos tido a Nintendo!
Por isso tenho apreciado alternar e jogar alguns jogos que não seguem a fórmula triple-A, como os indies e outros. Embora não necessariamente signifiquem inovação, é fato que costumam ser jogos menos presos às fórmulas repetitivas.
Kena me agradou bastante pelo estilo artístico, assim como as mecânicas de Bugsnax. Concrete Genie e Stray também são legais. Ori and the Will of the Wisps e Cuphead, sem dúvida, estão entre os melhores indies que já joguei. Returnal é um excelente rogue-like. Tchia, Sifu e Hades estão no topo da minha lista de prioridades no meu backlog.
Pensei que já tinha jogado Tchia… Mas lembrando bem o que disseste era que seu filho gostava de jogar o porquinho na água.
Jogamos a primeira hora do jogo usando a conta do meu filho. Em geral, na minha própria conta, costumo jogar até completar o jogo, e quem sabe até mesmo alcançar a platina.
Esses devs da Nintendo são mágicos e sempre há a pergunta que não se cala: ” Imagine um Hardware melhor, o que eles fariam?” Tomara que com o Switch 2, a Nintendo possa colocar um Hardware bem decente, em acordo com os tempos atuais. É óbvio que não estará nem próximo do ps5 ou Series X, mas que esteja mais próximo de um Series S do que de um one fat em capacidade computacional.
A versão PC para mim é a Nintendo com o hardware melhor. Não creio que haja como modificar a estrutura do game a ponto de ficar melhor. Acredito que ele reflete as ideias dos desenvolvedores. A única coisa que falta é um polimento técnico, ou seja gráfico melhor.
Se tiver muito poder a bateria irá durar pouco. Steam deck e o novo portátil da asus tem jogos que não tem nem 2 horas de bateria.
Infelizmente a evolução das baterias não está boa.
Mas não precisa de muito. DF mostrou que o overclock da ram já deixa o jogo mais estável.
https://youtu.be/Mik-AAu0glo
Opa! Meu Zelda só chegou ontem depois de a Amazon tanto me enrolar, aí vou saber direitinho do que falam.
Então, é cheirinho de GOTY pra esse ano pra Nintendo.
Caramba, demorou hein. Eu devo estar com umas 20h de jogo já.
Cara, parece que foi uma operação padrão da Receita Federal que atrasou as coisas (entrada de importados)… Eu, só por mim, teria comprado o digital, mas como é um jogo que depois vai ficar para um sobrinho que me emprestou o Switch dele, e ele preferia o físico, por problemas de gestão de espaço, foi o jeito eu optar pelo físico.
Eu também estava com problemas de espaço no Switch. Apelei e comprei um cartão de 1 TB.
Comecei o Zelda ToTk. Primeiro tenho que elogiar bastante a galera que trabalha no PC. É impressionante a qualidade do trabalho feito. Tirando algumas vegetações, não existe aquele shimmering horrível da versão do console. O game roda na maior parte do tempo a 60 fps, muito fluido. É uma experiência muito superior a que tive no primeiro jogando no console.
Em relação ao jogo, até agora não me pegou. Acabei de terminar os 3 primeiros shirnes. Pequeno spoiler abaixo:
Gostaria de saber quem teve a brilhante ideia de tirar todos os poderes do link. Ter que refazer o tutorial é horrível. Lembro que achei o início do primeiro ruim. Esse é ainda pior. A área inicial é maior e a limitação de estamina e os equipamentos quebraveis torna o jogo muito cansativo. Fora a porcaria do menu que aparece o tempo todo quando pego um item. O game é uma continuação, não tem para que ficar repetindo os mesmos tutoriais.
No mais é cedo pra emitir uma opinião.
Tutorial é bom para quem tem o primeiro contato com o jogo ou pouca experiência nos consoles, lembro que o jogo é recomendado para 10 anos ou +, dito isso, uma opção para saltar o tutorial para os experientes ou mais afoitos é sempre bem vinda.
Eu entendo a importância. Mas como é claramente uma continuação prejudica muito a experiência. Ou poderiam fazer diferente. Ficou idêntico ao primeiro.
Espero que não façam algo semelhante no Spiderman.
Não sabia que a Nintendo tinha lançado a versão pc do game.
Lol, o Hennan ao menos comprou uma cópia para o Switch… Mas boa parte do pessoal do PC trata essas práticas como uma versão Trial de tempo indeterminado!
Ela não divulga para não prejudicar as vendas.
Agora falando sério. O switch está precisando de uma evolução. Não precisa de muito, mas um pouco mais de resolução e fps faz milagre. Outra coisa, questão de gosto, mas prefiro o upscale do primeiro. O fsr ressalta muito os defeitos.
Hennan, acho que és muito novo. Com a idade eu ganhei um AA natural e nem preciso mais de FSR ou o que quer que seja para upscale tirando serrilhados. Lol
Durante muito tempo fiz encode de vídeo para fansub. Acabei treinando para isso.
Maioria dos streamings da twitch no Brasil tão jogando no Emulador de PC.
Ficam fazendo piada de tá jogando no Switch Pro
Tenho uma opinião controversa sobre esse formato do zelda. As pessoas falam que é revolucionário. Mas é basicamente uma cópia moderna do primeiro. A Nintendo não criou nada novo, mas retornou as origens. E acho o primeiro melhor. Evidente que é um jogo muito menor. Mas é um jogo balanceado, não foi preciso transformar as armas em consumíveis para isso.
Não existe nada mais revolucionário no entretenimento. Melhor um jogo que retornou as origens e ser divertido do que só gráfico igual o Horizon 2.
Eu joguei umas 15 horas e me diverti bastante. Melhor jogo que joguei no ano
Claramente não jogou Horizon. O game é tudo menos só gráfico. Pessoal precisa parar com o fanatismo. O Breath of Wild é melhor que Horizon e provavelmente esse também. Mas não significa que é perfeito. Além disso, não é fazendo críticas vazias que você irá mudar a opinião dos outros. Para um jogo ser bom não existe a necessidade do outro ser ruim e vice-versa.
De toda forma, se não jogou, recomendo que jogue o Zelda original. Envelheceu muito bem.
Infelizmente, muitas pessoas falam sobre o que desconhecem e acabam agindo como papagaios de pirata, repetindo cegamente todos os argumentos do seu influenciador digital favorito.
Esses assuntos são complicados, muitas pessoas levam tudo muito pro passional quando nem precisa ser assim e nem há necessidade de embate nenhum entre jogos…
Minha esposa esta jogando Zelda e eu assistindo e prestando auxílio quando ela precisa, pois ela por vezes carece de habilidades, pois não joga com muita frequência. Ela está adorando o jogo pelo pouco que já jogou, do mesmo modo que adorou o primeiro, mas do nada disse pra mim: o playstation tem uma imagem bem melhor.
Então, a apresentação das coisas têm relevância, mesmo que no fim você prefira aquilo que não tenha a melhor apresentação.
Outro ponto é que melhor, além de certa subjetividade, não faz dos outros algo ruim.
Mas infelizmente, a humanidade tem dessas de simplificar demais os pensamentos pra tentar entender ou se fazer entender pelos outros.
Os jogos do Zelda sempre foram assentes nestas ideias de jogabilidade que utilizam itens para a progressão do jogo. A serie tem tanto disto que muitos destes itens/ideias nem sempre regressam nos novos jogos e até saltam algumas gerações.
TotK trouxe alguns novos que estão a fazer o sucesso que todos falamos agora. Provavelmente quando falamos no Zelda e até no Mario estamos a falar em jogos que até podem ser revolucionarios no seu tempo mas na verdade são assentes em ideias basicas que são misturadas e cozinhadas por equipas geniais que parecem estar focadas na entrega de jogos inteligentes.
É tudo em redor da jogabilidade e até podemos discutir sim a inventabilidade com que a Nintendo aparece sempre com novos controles de jogo e na evolução do gamepad que todos seguem depois.