Quem acredita na possibilidade de jogos Sony dia um no PC, tem de acordar para a realidade.
Se há algo que não mente… São os números! Não falo de estatísticas ou de valores desenquadrados de contexto, pois esses podem ser enganadores, mas sim de números de comparação devidamente enquadrados.
Recentemente a Sony deu a conhecer as receitas que gerou com as vendas de jogos no PC. Eis a tabela fornecida!
O PC no ano fiscal de 2023 que terminou em Março de 2024, gerou na venda de exclusivos Sony uns respeitáveis 730 milhões em receita. Bem, na realidade não foi só o PC, mas como o título indica, o PC e Xbox dado que o referido diz respeito a vendas de jogos, dlc’s, micro transações e outras fontes de rendimento fora da Playstation. Mas justiça seja feita, a Xbox aqui terá contribuído em menor parte pois lá as receitas são apenas do MLB e do Destiny.
A questão é que quando estes valores de vendas foram revelados, os fans do PC gritaram logo “Agora só faltam os jogos no dia um. E já falta pouco“. E estas frases mostram como certas pessoas andam iludidas e desconhecem a realidade da Playstation!
O que parece faltar perceber é que a PlayStation é uma plataforma. E isso implica que a receita ali gerada não é só dos seus jogos, mas que a Sony recebe dinheiro por tudo o que se vende nela. Isso quer dizer que se a Sony lá recebe 100% da receita gerada pela venda dos jogos vindos dos seus estúdios, bem como dos seus produtos e serviços. Mas a isso acrescenta 30% de toda a receita gerada por terceiros na sua consola, seja a vender jogos, produtos, ou serviços.
Está combinação permitiu à Sony no ano fiscal de 2024, exatamente o mesmo que estamos aqui a falar, encaixar uma receita de 8,2 biliões de dólares. E como se percebe facilmente, os 730 milhões gerados com vendas na Xbox e PC, apesar de relevantes pois representam 8,9% da receita total, e como tal são algo a manter, estão longe de ser um valor que justifique. minimamente, colocar em causa o negócio da Sony com a Playstation. Estamos a falar de 7,47 biliões de dólares regados pela consola, contra 0,73 biliões gerados pelo PC.
Mas há que ter em conta uma outra situação que diferencia as duas receitas. Naturalmente que receita e o lucro não são valores iguais, mas se no caso das receitas vindas das consolas apenas temos de retirar os custos de produção e de gestão corrente, no caso das receitas vindas do PC, para além disso, temos de retirar uma fatia de 30% que é quanto a Sony tem de pagar à Steam por vender os seus jogos.
Ou seja, para compararmos laranjas com laranjas e batatas com batatas, os 730 milhões a nível contabilístico e comparativamente às receitas geradas pela consola, teriam de ser contabilizados como apenas 70% desse valor, ou seja 511 milhões, o que num comparativo em pé de igualdade das receitas representaria 6.2% das mesmas.
Um valor que ainda assim respeitável, e a manter ou se tentar aumentar, mas que, de forma alguma se torna relevante para fazer colocar em risco a potencial venda de consolas que ocorreria caso os lançamentos ocorressem dia um no PC.
Resumidamente, não soa a algo minimamente coerente acreditar-se que os lançamentos dia um no PC estejam sequer a ser ponderados pela Sony.
O que acontecerá, e isso sim faz sentido, é que os jogos GAAS saiam dia um no PC. Esses jogos requerem uma base de jogadores o maior possível para garantirem receita, e são preferencialmente jogados nessa plataforma, que deverá garantir iguais ou até melhores vendas que a consola (como aconteceu com Helldivers II), e nesse sentido a Sony já anunciou que esse tipo de lançamento dia um acontecerá nesses jogos.
Apesar de tal poder ser também uma realidade extensível à Xbox, a aderência à consola concorrente está longe de ser garantida. Aconteceu com Destiny pois o jogo já estava na consola quando da aquisição da Bungee, e com MLB por imposição da MLB, detentora dos direitos sobre o jogo, mas nos restantes jogos, nada é garantido, e até ao momento a Sony não mostrou pré-disposição para isso.
Já nos restantes jogos… perante as receitas geradas, o dia um é uma miragem ilusória.
Há quem veja a coisa toda com um cinismo de que lhe seja próprio e diga, mas em 2020 esse percentual era 0, agora já vai perto dos 10%… Lol
Já, na minha opinião, a Sony vai avançar por lá cada vez mais. No que isso implica, precisamente, não saberia dizer. Talvez na redução de tempo pro lançamento dos single (1 ano… 6 meses), e/ou focar-se cada vez mais nos jogos como serviço… Difícil dizer, só sei que ganância faz esse pessoal tomar atitudes estúpidas, e há exemplos históricos pra eu afirmar isso, como a Atari e o próprio Xbox.
Sei que os consolistas saem prejudicados em qualquer hipótese, já que, no mínimo, agora os games também serão pensados pra PC e não só para o console como seria de se esperar.
A Sony deveria apostar mais na Nintendo como plataforma alternativa pros seus jogos como serviço, já que têm uma base menor que o PC, mas mais concentrada de consumidores dispostos a gastar dinheiro com jogos, e imagino que a potência do novo console permita ports competentes, a questão toda fica pela diferença de arquiteturas, o que pode deixar os ports bem mais trabalhosos que no PC e Xbox.
Acho que a arquitetura é muito diferente. Fora isso, seria loucura financiar a sua concorrente.
[OFF] vendo aqui uns gameplays de Hellblade 2 no series X e os gráficos muito bons, sem dúvidas os melhores visuais de um jogo nesse ano, o jogo abusa de pós-processamentos que o deixam mais movie-like, embora não seja impecável, mas está muito bom, físicas de cabelo, até onde percebi, perfeitas, mas vou ver mais para chegar a maiores conclusões. Pra quem curte gráficos, parece um jogo e tanto.
O problema como imaginei é que a performance está uma porcaria. Ainda não tem driver específico da Nvidia, mas no geral está bem ruim. Curioso para saber como está no Series X.
Eu vi só vídeo do SX e parece que está bom em termos de otimização. Mas é uma opinião baseada em vídeo, então, não é o mesmo que ver pessoalmente.
Tu jogaste o primeiro? Era, na época, igual.
Joguei o primeiro muito depois do lançamento, já com o patch de melhoria gráfica. Quando joguei, o desempenho estava bom. Mas não terminei, achei bem chato. E esse está ainda pior. As expressões faciais são as melhores que já vi. Mas não aguento ficar andando em corredor como se fosse uma lesma. Para piorar os caras acharam que expandir o game era aumentar o tamanho dos corredores. Agora está gigante.
O jogo é bem parado mesmo e as vozes recorrentes podem irritar alguns, o gameplay é simples também e é como você diz, corredor, puzzle e combate de modo repetitivo, não é jogo pra todo mundo mas os gráficos estão bons, as nevoas bem feitas, modelos, movimentação, cabelo. Ainda acho a pele das pessoas claras pouco natural, tendente ao plástico, mas o jogo visualmente tem muitos momentos movie-like, se é bom aí é outra história, é como o The Order, era um jogo muito bonito no geral, mas não emplacou boas notas, mas há quem goste. Mas a Ninja Theory é esmerada na parte visual dos jogos que já fez, não lembro de um jogo feio feito ou pouco caprichado visualmente por eles. Heavenly Sword era bonito, Enslave tb… Mas eles têm dificuldades de fazerem um gameplay cativante.
É Hellblade… Não sei o que as pessoas esperavam. É a continuação do primeiro, logo segue as mecânicas do primeiro. Corredores, puzzles e cenários vazios. Mas tal como o primeiro jogo na sua época, é visualmente imponente, consequência do facto de ser um jogo vazio o que permite concentrar recursos.
Como disse um amigo que participa aqui pra mim ontem: Não é um jogo, é gráfico! Abriu mão de todos os elementos de um jogo para ser apenas gráfico.
Depois disso eu fico imaginando como alguém da mídia “especializada” tem a coragem de me dar nota máxima pra isso. Nunca vou entender.
Joguei, mas não lembro de ter terminado. Mas joguei sim.
Eu não joguei o primeiro, e estou na metade do segundo. Até agora, estou perplexo. Cheguei a dormir no sofá enquanto simplesmente andava para frente.
Muitos jogos possuem partes arrastadas ou excessivamente scriptadas, aquelas que todo mundo reclama e diz que são chatas. Mas, geralmente, são apenas um pedacinho do jogo. Já Hellblade 2 parece ter pegado essas partes chatas e arrastadas e as transformou em um jogo inteiro.
Sim, os visuais são muito bonitos, com um altíssimo nível de detalhe e assets extremamente bem feitos, com alta contagem de polígonos. O sistema de iluminação global é um show à parte, extremamente realista. Mas fica a impressão de que o jogo como um todo foi sacrificado em função disso, como se fosse resumido a esses momentos de aproximação de câmera com interações limitadas (QTE por ex), como em Uncharted 4.
Vou concluir o jogo para confirmar minha opinião, mas creio que após 50% concluído, a dinâmica do jogo não deve ser muito diferente do que já joguei.
Tal e qual o primeiro…
Talvez eu devesse ter jogado o primeiro antes e chegado no segundo mais “vacinado”.
E vou além, qualquer estúdio grande conseguiria fazer um jogo nesse nível de detalhe. Não fazem porque não vale a pena, seria abrir mão do “jogo”.
É como pedir a um carro de Fórmula 1 para alcançar as mesmas velocidades de 400 km/h que um carro de Fórmula Indy faz nas pistas ovais. Certamente, o projetista da Fórmula 1 vai dizer que não vale a pena, porque são 20 pistas mistas na Fórmula 1 e o sistema aerodinâmico precisa ser projetado para fazer as curvas na maior velocidade possível. Hellblade 2, nesse cenário, seria como um carro de Fórmula Indy: alcança os 400 km/h, mas não seria tão competitivo além disso.
Para mim, a questão aqui é bem simples. Se a Sony pretende ou não lançar uma loja própria no PC e o quanto ela acredita que os lançamentos no PC afetam as vendas do console.
Não vejo jogos single player saindo dayone, mas também não via jogos saindo no PC.
Força da necessidade. As consolas, apesar de gerarem dinheiro, estão saturadas de jogos, e a possibilidade de as vendas não cobrirem os custos são grandes. Se a ideia é só ter consolas e jogos, elas estão bem. Se a ideia é manter os jogos de topo nas consolas, quebrando as barreiras tecnológicas como fizeram alguns jogos no passado, é preciso que se garanta que há formas de rentabilizar os mesmos. E o PC é a solução que existe!
700 milhões são 700 milhões… Não se podem deitar fora para alimentar egos!
Ainda acho que não é uma boa ideia. O risco é muito grande. Não sei se é reproduzível, mas acredito que o modelo da Nintendo é mais sustentável. Foco na margem e não na receita.
A Nintendo tem a vantagem de produzir mais barato. E consequentemente tem mais por onde subir, podendo ir aos 80 euros aumentando margens. Mas a Sony produz caro e a subir teria de ir para os 100. E isso seria fatal.
Mas já alertaram que a produção dos jogos vai demorar mais, logo, o esperado é aumento de custos também, lógico, ainda deve ter uma margem maior que a Sony.
Sinceramente, acho que a Sony deveria lançar no PC todos os jogos MP, e não entendo porque não lançam coisas como Dreams e os LBP, inclusive poderia lançar remasters no próprio PS5. Acho que o gap de tempo deveria ser de ao menos meia geração e proncipalmente portar coisas antigas, o que seria muito bom pra todos, inclusive jogos de PS3 da própria Sony…mas a Sony não porta nem os jogos dela própria de VR1 pra VR2, imagina ela se dá ao trabalho de fazer isso…
O PC não recebeu 1 infamous… nem um LBP…
Mas daí ela acha bom lançar jogos mais recentes numa comunidade que aceita de boa jogar games como CS por 20 anos e não tá nem aí pra gráfico, ou jogo filminho como dizem.