Actualmente o termo exclusivo é usado de muitas formas, mas todas elas querem dizer coisas diferentes. Eis as diversas definições!
Os exclusivos são jogos que acabam por ditar o sucesso e o insucesso da industria. Todos os sabem, mas alguns querem-no negar!
Mas que o sabem sabem, e daí que, mesmo quando o negam, o termo exclusivos aparece sempre de uma forma ou outra nas apresentações.
Mas com tanta deturpação do termo exclusivo, o que quer dizer cada um dos significados que atualmente se usam?
É o que vamos ver de seguida!
- Exclusivo – O termo mais antigo e mais comum. Trata-se de um jogo que quando é lançado não tem qualquer previsão de poder vir a aparecer em outras plataformas. O verdadeiro exclusivo é único de uma plataforma! Atualmente apenas Sony e Nintendo lançam exclusivos deste tipo.
- Exclusivo consola – Um termo que apareceu mais recentemente. Nesta definição o jogo em questão aparece tambem no PC, mas que no que toca a consolas fica limitado a uma delas. De referir que este termo é por vezes deturpado com o jogo a aparecer em mais do que uma consola, mas uma sendo de mesa e a outra uma portátil. Nesses casos o termo não deveria ser usado!
- Exclusivo de lançamento consola – O termo mais recente de todos e que apareceu na E3 2017 usado pela Microsoft. Tal como em exclusivo consola tratam-se de jogos que aparecerão no PC e numa consola específica. No entanto estes jogos serão lançados posteriormente, e num espaço de tempo relativamente reduzido em outras plataformas (garantidamente menos de um ano).
- Exclusivo Temporário – O jogo sairá para várias plataformas, mas será exclusivo de uma consola por um período de tempo significativo, nunca inferior a um ano.
- Conteúdo exclusivo – O jogo sairá para multiplas plataformas, mas algum conteúdo específico adicional (DLC) será apenas disponibilizado numa plataforma específica.
- Exclusivo de Marketing – Na realidade estes jogos nunca deixa de ser multi plataforma e não possuem exclusividade nenhuma. Mas no entanto toda a publicidade ao jogo será feita usando apenas os logótipos de uma marca de consolas específica.
- Exclusivo de Pré-reserva – Pedaços de jogo adicional – skins, mapas, armas, etc – que são ofertados aos jogadores que fazem a pré-reserva.
- Exclusivo de Retalho – Ofertas de DLC ou outro conteúdo como armas, skins ou outros que são ofertados apenas aos clientes que comprarem o jogo num retalhista específico.
Se há empresa que refere que os exclusivos já não tem a mesma importância que antes, mas no entanto brinca com a palavra como nunca, é a Microsoft. Na Gamescom 2014 a empresa anunciou o Tomb Raider como um exclusivo Xbox para as “Holiday 2015.”. Uma mensagem completamente deficiente e totalmente obscura que deixou a confusão gerar-se entre os Gamers e mesmo entre os retalhistas. No fundo o jogo era apenas um Exclusivo Temporário.
Em Março de 2016 a empresa unificou a Xbox com o Windows 10 graças às Universal Windows Applications (UWA). E na E3 do mesmo ano a Xbox lançou a iniciativa “Play Anywhere” que permitia a quem comprava o jogo na Xbox One de o jogar tambem no PC. O programa acabou com os verdadeiros exclusivos da Xbox One pois todos os seus jogos passaram a sair também no PC.
Mas para recuperar o impeto de mercado trazido pela palavra a Microsoft usou uma série de variantes da palavra. Na E3 2017, 15 jogos foram apresentados antecipados da palavra Exclusivo. Dos 15, oito eram exclusivos consola pois sairão para PC, e 7 eram apenas “Exclusivos de lançamento consola”, o que quer dizer que sairão para as consolas da concorrência num prazo que não se prevê ser alargado.
Mas a Microsoft não é a única a ter culpa neste estado de coisas. Apesar desta empresa manter um fluxo robusto de verdadeiros exclusivos na sua consola, a Sony também as tem!
Um exemplo passou-se com destiny onde a Sony obteve os direitos de Marketing do jogo. E junto com isso a PS4 teve direito a conteudos exclusivos como Raids, mapas e equipamento que demoraram um ano a sair para a Xbox One, sendo que algum nem sequer sairam. Foi a exclusividade de DLCs e conteúdo adicional que é sempre condenável pois sem ter direitos sobre um jogo, torna a sua versão do mesmo mais apetecível.
A Sony tambem fez algo que é tremendamente criticável quando fez um acordo com a Capcom e pegou num jogo multiplataforma com vários anos e fans em todas as plataformas, e o tornou exclusivo PS4. Falamos de Street Fighter 5.
Basicamente o mercado está como está porque há que se arranjar maneira de prender o cliente, seja ofertando-lhe conteúdo exclusivo, seja impedindo o outro de ter o mesmo conteúdo, ou tentando enganar o o cliente com o uso de definições pouco claras. É o estado actual das coisas!