É uma estratégia que tudo ou nada, sendo que caso este jogo não seja bem sucedido, o futuro do Gamepass pode estar em causa.
A Gamesindustry.biz faz uma reflexão sobre o que significa para o Gamepass o lançamento de Call of Duty Black Ops 6, e como o que advier daí poderá alterar a estratégia futura da Microsoft. O artigo que se segue é assim um apanhado das suas ideias.
Basicamente, este jogo será o grande teste para a Microsoft no sentido de perceber se a aquisição de 75 biliões da Activision Blizzard valeu ou não a pena, ou se a marca tem mesmo de apostar na multiplataforma para se manter.
Basicamente Call of Duty: Black Ops 6 e a forma como este se portará no Gamepass irá ser uma importante fonte de dados para se tentar descobrir o valor do acordo e o tipo de estratégia que provavelmente veremos da empresa nos próximos anos. Isso porque o Black Ops 6 estará disponível para assinantes premium do Game Pass no lançamento — um aparente grande trunfo para o Game Pass, mas cujos custos e benefícios permanecem praticamente impossíveis de prever.
Não hajam dúvidas que Call of Duty foi o IP da Activision que a Microsoft mais desejava. Tanto que a Sony se viu obrigada a intervir no sentido de impedir as exclusividades deste jogo para o lado da Microsoft. E foi essa franquia que justificou o preço extraordinário de aquisição (isto se é que algo pode justificar um valor daqueles que não será recuperado tão cedo).
O resultado de possuir Call of Duty e que saiu da aquisição foi uma situação algo estranha, e isto porque a Microsoft possui uma franquia enorme que gera uma fatia muito grande de suas receitas na PlayStation.
O grande receio da Sony, e a razão pela qual ela pressionou as autoridades de concorrência para bloquear a aquisição, era um pouco mais sutil; ela temia que Call of Duty tivesse que ser pago a 70$ pelo jogo no PlayStation, ao passo que a Xbox poderiam jogá-lo “de graça” no Game Pass.
Ora num desafio enorme aos reguladores, é isso que está exatamente agora a acontecer. daí que o desempenho deste lançamento, e em particular o impacto que a disponibilidade no mesmo dia no Game Pass pode ter nas vendas em outras plataformas, será observado de perto tanto pela própria Microsoft quanto por seus rivais.
Diga-se porém que para a Microsoft não basta que o COD seja um sucesso no Gamepass, ela precisa que o COD seja estrondoso ao ponto de aumentar os assinantes no serviço de assinatura, a métrica crucial do sucesso de seus negócios gerais de jogos. No entanto, isto é um pau de dois bicos, pois ela também precisa que o Call of Duty gere receitas em quantidade, como sempre fez. E isto mais do que nunca já que a Xbox causou um rombo de 75 biliões nas contas da Microsoft, e não pode se dar ao luxo de sacrificar o potencial de ganho do maior IP da Activision.
Esse foi o motivo dos aumentos de preços e reajuste dos níveis do Game Pass antes deste lançamento. Os jogadores da Xbox precisarão estar no nível mais caro de 19,99$ por mês para poderem ter o CoD no dia do lançamento (apesar que no PC ele está disponível no nível de 11,99$). Há aqui uma concessão no mercado PC por este ser mais sensível aos preços. A Microsoft também suspendeu a oferta de Game Pass a 1$ por 14 dias para evitar aproveitamentos.
O ato de reajuste, no entanto, foi uma decisão difícil. Foi impopular entre os consumidores e uma atitude arriscada num serviço que tem o seu crescimento estagnado. Se CoD for para continuar um título do Game Pass, a empresa precisa de estar satisfeita que o Game Pass, mas sem arriscar afundar as receitas de lançamento do jogo. E aqui reside a incerteza pois ninguem consegue afirmar que este seja um equilíbrio que pode ser alcançado com sucesso.
Assim, a Microsoft ficou-se pelo meio-termo. Black Ops 6 vai para o Game Pass no dia um, mas apenas para o nível mais caro, e somente após um aumento de preço para o serviço.
Mesmo assim, se muitas pessoas assinarem por um mês para jogar o jogo e depois cancelarem, este vai resultar em enormes perdas de receitas. E há que pensar também que aqueles que lhe vão dedicar muito tempo ficam melhor servidas em pagar o jogo do que em assinar o serviço por largos meses. Mas seguindo a tendencia, a maior parte das vendas do jogo serão na PlayStation 5.
Outra coisa a ser considerada é que o Black Ops 6 vai ser lançado sem o suporte de marketing e a receita de parceria que a franquia tradicionalmente recebia da Sony. Daí que mesmo que a Sony possa perder potenciais vendas, a realidade é que também desce as suas despesas, e daí que, dependendo de como a situação do Game Pass se desenrolar, de quantas novas assinaturas isso gerar e por quanto tempo esses novos clientes permanecerão inscritos, continua a ser, pelo menos marginalmente, possível que a Sony acabe por ser a empresa que mais lucra com este lançamento.
Navegar pelo Game Pass hoje não dá nenhuma pista de que a Microsoft gastou US$ 75 bilhões na compra de uma grande editora para reforçar este serviço. Basicamente apenas três jogos da Activision Blizzard chegaram ao Game Pass, e apenas um deles é um título do Call of Duty. O catálogo anterior do CoD não está lá!
Mas claro, se o Black Ops 6 realmente puder gerar um grande aumento de inscrições no Game Pass, e essas assinaturas se mantiverem por pelo menos alguns meses, a coisa pode ser interessante. Se não, se quem o jogar for basicamente quem já assina, e o Game Pass não for o suficiente para mudar o padrão de vendas do jogo, então isso trará à tona algumas questões sobre a estratégia de conteúdo do Game Pass que têm se tornado cada vez mais difíceis de ignorar nos últimos um ou dois anos.
De qualquer forma, este lançamento vai definir muita coisa sobre o futuro do Gamepass.
Pensei que haviam restrições para CoD ir para o Gamepass… Mas bem, a MS sempre consegue o que quer de um jeito ou de outro.
Consegue o que quer e mesmo assim fracassa LOL
Vamos ver o que sai daqui… porque eu também estava convencido disso! Isso foi cavalo de batalha do regulador britânico durante muito tempo, pelo que esta situação me deixou surpreendido.
Mas hoje. Quão grande seria o impacto do COD no Gamepass? Se houvesse concorrência entre consoles. Mas o Series morreu e ninguém sabe o quanto a Microsoft investirá na próxima geração.
É o que ainda veremos, Hennan. Mas penso que o próprio continuismo do Gamepass é danoso pra indústria, principalmente se lá é um lugar onde grandes ips estão sendo lançadas. A sorte da Sony tem sido de que quando ela erra a mão, a MS parece errar mais ainda, tudo bem que até hoje Concord parece insuperável (suposto 400mi jogados no lixo) mas a MS vem nua maré de jogos bem fracos e que não ajudam em nada o console moribundo. Agora, como a Sony não tem um bom colchão e ainda virão Marathon e Fairgame$, é bom ela se cuidar.
Fui fazer a conta aqui… Esse COD para GP vai ser o maior flop do ano, mais que Concord (so que COD no GP vai dar para maquiar o fracasso ao contrário de Concord)
Supondo que o sujeito que compra COD vai jogar por pelo menos 12 meses, até o próximo COD sair e ele comprar o novo a abandonar o velho:
Um ano de GPU é 240 USD, para jogar COD alugadoComprar COD + 1 ano de GP Core = 190 USD
Do mesmo jeito que contei GP Core no preço do COD comprado para jogar MP, contei o GPU somente para jogar COD. Todos preços oficias sem “mutreta”
Não faz o menor sentido para um jogador alugar COD no GP por um ano, para custar mais caro que comprar COD.
E sim, concordo… o COD é realmente o teste de fogo do GP… pq é o sonho do Phill Spencer serviço de aluguel que o sujeito paga mais que comprar
Também é o sonho do Nadella, um serviço de aluguel de software que a longo prazo dá mais faturamento que vender o software (igual o Office)
Concord foi PT. Anos de investimento, compra de um estúdios e tudo, literalmente tudo, jogado fora. E a MS tem dinheiro de sobra pra errar, ao contrário da Sony, que graças ao Phil Spencer dela (Jimbo Ryan) e seu escudeiro consultor Sancho Pança (Hermen) embarcou numa de jogos como serviço serem o futuro do PS (resultado são jogos cancelados, flopados e adiados, e milhões a perder em buracos negros). Mas no fim, que paga a conta seremos nós, com um Pro mais caro, jogos mais caros e serviços quase que obrigatórios que ninguém que gosta dessa indústria e quer sua preservação quer. Tudo muito lamentável. Xbox foi pro buraco pela incompetência, mas quebrou uma boa parte do PS e induziu a Sony a mudar mais rápido um modelo de negócios que funcionava bem.
Off: The TRUTH About Dragon Age Veilguard REVIEWS
Isso aconteceu com um dos maiores canais de games. Imagine a relação dessas empresas com os canais menores.
A indústria está minada. É um dos motivos pelos quais a PCmanias deverá acabar muito, muito em breve. Como o vídeo deixa claro, quando a maioria das pessoas apontam num sentido, e as empresas forçam-nas a irem nesse sentido ou não lhes fornecem as coisas, ir contra essa corrente coloca-nos numa posição muito, muito má.
Aqui na PCManias, ao longo de 24 anos, sempre disse a verdade… mas estamos numa altura onde a verdade se destaca face à mentira… e isso quer dizer que com tanta aldrabice, tanto artigo patrocinado, tanto patrocínio, alguém que sempre se manteve fora disso para não ser influenciado, surge como algo a destoar.
E consequentemente fica mal, passa por mentiroso, e é atacado.
Eu estou saturado da indústria. Das más decisões, do quererem tornar o Gaming em algo radicalmente diferente do que sempre foi.
Vejo grandes estúdios a fechar, grandes grupos com problemas, e mega corporações, que só veem lucros pela frente, a absorverem o mercado. Não quero alimentar esse mercado.
A Sony também está a entrar por caminhos diferentes dos que conheci toda a minha vida, e não posso deixar de dar alguma razão aos que cada vez veem menos interesse numa consola. Daí que é aproveitar o que ainda há, pois na próxima geração já não sei o que esperar. E daí a minha ideia de fazer upgrade para a Pro.
Acredito que como tudo na vida, o mercado também é ciclico. Uma hora essas políticas darão errado e voltaremos as origens.