Tendo realizado a instalação do jogo com a consola offline, mal meti o jogo na drive a consola colocou logo um update para descarregar, mostrando que o jogo vem de fábrica já preparado para a instalação de um patch.
No outro dia o Leitor Lívio entrou em contacto comigo. O jogo dele, ao mesmo tempo que estava a instalar, estava a descarregar um patch de 36 GB, pelo que ele ficou curioso sobre o que afinal vem no Blue Ray do jogo, e o que não vem. Nesse sentido, ele questionou-me se eu já tinha instalado o jogo, e como eu ainda não o tinha feito, resolvemos verificar isso fazendo a instalação do jogo com a consola… ofline!
Deixei a instalação ir até ao fim! E com a instalação terminada arranco o jogo, sendo recebido com o seguinte texto:
Vamos com calma! Esta versão do ASTRO BOT está desatualizada. Tens de fechar a aplicação e instalar a atualização mais recente já que contêm melhorias críticas.
Como é que o jogo sabe da existência de um patch? A consola estava offline, e como tal não contactou nenhum servidor!
Resumidamente, isto é algo que vem com o jogo, e nesta fase acreditei mesmo que o jogo nem sequer estava jogável.
Mas carregando no X para passar o ecrã à frente tenho acesso aos menus de jogo, e começando uma partida o jogo está lá… e funcional!
Basicamente o jogo está completo, mas vem preparado para um patch dia um. Provavelmente quando o jogo ficou GOLD a equipa entendeu que algo ainda não estaria bem, e resolveu colocar logo o aviso.
Apesar de tal ser uma situação aparentemente inócua não deixa de ser chocante. Isto porque um jogo quando vai para Gold não deveria estar num estado em que reconhecidamente precisa de um patch. Ou seja a Sony lançou para o mercado um jogo que, para ficar a 100% requer um patch, e sabia disso no momento em que mandou gravar os BDs. Por outras palavras, a Sony colocou no BD um jogo que sabia não estar em condições e que iria precisar de um patch!
E isto é chocante, e vergonhoso!
O que isso significa é que um dia mais tarde, caso os servidores venham a ser desligados (o que é o mais certo), o jogo que poderemos jogar é um jogo que, reconhecidamente, não está ainda em condições. O que falha? Não sei! Aliás nem sei se o jogo está completo. Agora uma coisa é certa, 36 GB de patch não parecem mostrar que seja coisa boa!
Eles estao nos testando de todos os jeitos pra ver se emplacam o digital de qualquer jeito. Esse jogo vendeu abaixo das expectativas pelo que estão falando e eu não compro antes de estar por R$50,00. Querem emplacar isso, que os jogos nunca serão do cliente, então vou adotar a prática de comprar jogos assim somente em promoção que cheguem aos 50 Reais. Ou seja, depois de 4 ou 5 anos de lançado e SE eu tiver com curiosidade de jogar ainda.
Eu era assim… só mídia física, passei por uma transformação nos últimos tempos e hoje sinto um alívio em não ter aquelas caixas de jogo entupindo o ambiente, está muito mais Clean e prático, o console não faz barulho de leitor (parece que tá usinando uma peça lá dentro na primeira varredura da sessão), não tenho que trocar os discos, fica tudo nos SSD, compro fácil e prático, não tem perigo do Blu Ray Disc quebrar… Enfim tem as desvantagens que é não poder revender, um dia ficar sem o jogo porquê o negócio é licenciado enquanto eles bem entenderem, dá pra comprar mídia física usada a preço de banana às vezes mas o digital também tem promoções agressias constantemente.
Só compro mídia física agora de um GTA 6 da vida e olhe lá.
No PC sempre foi assim e nunca me prejudicou, eu não costumo rejogsr muitos jogos antigos, muitos eu termino e não me interesso mais… Enfim, eu tô de boa quanto a isso sabe, mas entendo perfeitamente seu ponto de vista
O verdadeiro terror pra mim se chama Streaming, porquê se um dia minha conexão com a internet estiver indisposta ou mesmo tiver qualquer outro problema como um ataque hacker ou sei lá, aí eu vou querer jogar e ficar frustrado, a latência ainda me incomoda, pagar assinatura (mais uma) e se eu gostar não posso ter nada, e por aí fora.
A vantagem seria que pagando uma assinatura eu poderia jogar um AAA com Path Tracing ativado no meu tablet ou laptop sem ter que torrar uma pequena fortuna. Vou tentando tirar o melhor proveito, a vida é curta também
Carlos, enquanto puder evitar de ser refém de empresa, o farei.
Todos os jogos que comprei em mídia física saem muito mais em conta que os digitais no lançamento e eu não quero casar com jogos. A maioria dos jogos que compro no lançamento vou revender depois de zerar e as vezes até com valorização. Além da mídia física o jogo ser seu e não depender do on-line (quando está no disco), ainda existe algo que faz eu conseguir negociar… algo chamado CONCORRÊNCIA!
Alguns exemplos de jogos no passado recente que comprei no lançamento em mídia física por preços que seriam impossiveis no digital:
Demon’s Souls R$250,00 VS digital R$350,00
Sackboy R$200,00 vs digital R$300,00
Miles Moraes R$200,00 vs digital R$300,00
Veja, que com a economia que eu fiz em 3 jogos, tenho a possibilidade de comprar mais um. Concorrência é tudo de bom pro consumidor. E a Sony é qualquer empresa sabe disso e agora quer é acabar com o físico, porque as margens de lucro sobem!
Não tenho preguiça de colocar o disco ou trocar ele, e o barulho no Ps5 faz só na primeira leitura, depois o drive fica quietinho lá… Ah, não tem nada mais gostoso que você pegar uma mídia física que foi feita no capricho, com livro, mapa, cards, adesivos, etc… tira da luva de papelão, abrir a caixinha e colocar a mídia no drive. Sim, ainda fazem mídia física assim e é o caso de cyberpunk 2077.
Sim, eu te entendo. Como disse eu pensei assim por eras, mas hoje eu sou muito mais voltado ao digital e estou muito satisfeito com isso.
Teve um dia que vendi meus mídia física em uma pancada só. Tenho só 2 restantes que ainda tem uso, caso contrário estariam juntando pó.
Quanto aos encartes, sempre foram bem sem vergonha a excessão daquelas versões caríssimas, e como não sou colecionador isso pouquíssimo ou nada vale.
Por mim o PS6 pode vir já sem leitor (certamente eu compraria o digital Editon), comprei o PS5 com leitor porquê ainda tinha resquícios do “eu” antigo.
Já com o Astrobot foi diferente, o preço tá igual no digital, antes as pré-vendas na Amazon Br te retornavam 20,30 e até 50 reais, mas nesse nem 5 reais retornou.
Agora algo que gostei, na caixa do Astrobot veio um encarte que de um lado é uma historinha relacionada com a estória do jogo e d outro lado tem um poster. Quando abri a caixa tomei um susto ao ver.
Isso é legal demais. Problema é se não der pra instalar sem Internet… É a isso que me refiro apenas, pois parece um jogaço!
Só estás a perder um jogo que provavelmente vai ser um clássico.
Se não der pra instalar sem Internet, não vou pagar muito pra jogar algo que não é meu.
A Sony esta numa fase péssima, são muitos erros de gestão e condutas contra o consumidor, não sei se vai aguentar-se muito nessa toada. Se não tomar um rumo melhor, não sei não, freei meus gastos com PS por um tempo, vou concentrar-me no meu jogos já comprados não finalizados e nos dados pra plus e esperar um tempo pra refazer meus planos como consolista.
Na realidade o que ele faz é ignorar o conteúdo do disco, e sacar a versão digital atualizada, porque 36gb é o tamanho do jogo, e o teu disco serve somente para autenticação.
O verdadeiro estado Gold acabou na geração PS2, tudo o que veio a seguir está irremediavelmente arruinado devido à cultura do patch, desde o tempo da PS3, passando pela PS4 e até à PS5, que 99% dos jogos vem com o chamado day one patch, a que se segue um sem número de outros patches.
Um dia que esses servidores se desliguem, nem a existência do formato fisico permite a viabilidade do produto, e é por estas e por muitas outras, que a pirataria é um aliado de peso quando o detentor do IP onde investimos o nosso dinheiro, está-se nas tintas.
Não acho que a cultura do patch é de todo ruim, o problema é fazerem disso um DRM ou motivação cínica pra lançar jogos inacabados.
Acredito que a crítica do Mário vem no sentido de que um jogo em mídia física deva ser jogado do princípio ao fim, uma experiência completa de poder instalar e jogar sem precisar de online, pois o DRM já é o próprio disco, não precisa ser a melhor ou última versão de um jogo, mas tem de ser um jogo acabado e funcional, isso é o mínimo esperado porquem compra uma versão física de um jogo, pois se não ligasse pra isso, teria comprado a digital.
A ideia do patch em si é boa, na teoria é uma forma de reparar algo que escapou ao controlo de qualidade, na prática o patch transferiu o controlo de qualidade para o consumidor, portanto não tem nada de bom porque esta industria é especialista em transformar uma boa ideia, numa prática danosa.
Sabes quanto é que custa submeter um patch na PSN?
Cerca de 3000 dólares.
As próprias detentoras das plataformas incentivam este comportamento porque é rentável para eles, imagina aqueles jogos com N patches a 3000 cada uma.
O problema é que não existe legislação sobre isto, e o que existe não é aplicado, as dezenas de milhares de jogos feitos desde a era PS3, não são produtos acabados porque a sua integridade está comprometida por um elo com a empresa que o pode quebrar quando quiser.
Engraçado, no does it play existe a info que o jogo está completo no disco.
https://www.doesitplay.org/game/Astro%20Bot/ps5/Base%20PS5?region=PEGI&version=Standard
Talvez algum problema na versão européia?
Vou testar depois em casa.
Pelo que entendi, o jogo está jogável, apenas com o conteúdo instalável do disco, mas estando offline durante a instalação e em seguida entrando no jogo, tem-se o aviso de que você deve atualizá-lo “para uma melhor experiência”.
O artigo do Mário é uma crítica de que o que está no disco é jogável, mas sabidamente foi considerado em “estado gold” um produto inacabado por parte da empresa já que dá o aviso inicial de que precisa de um patch.
Na versão brasileira também então
Ninguém disse que o jogo não está completo. Mas que ele pede logo o Patch.
Ok. Desculpe o engano.
Não é motivo para pedir desculpas. O erro é natural até porque eu mesmo fiquei na dúvida sobre o que vem no BlueRay.
O certo é que o jogo estando completo ou não está num estado onde os programadores reconhecem a necessidade de um Patch. E reconhecem de tal maneira que colocam um aviso para ele ser feito.
Será que a indústria de jogos no geral trabalha alinhada para que os jogos o futuro só tenham a versão digital?
Claro que sim!
O sonho molhado da industria é eliminar intermediários para rentabilizar os seus investimentos, nem que a escolha do consumidor vá pela janela.
Reparaste que na revelação da PS5 Pro, o formato fisico ficou na sombra?
Através do marketing, vão omitindo a opção do fisico de forma a normalizar a ausência deste, depois as pessoas mentalizam-se que não há nada a fazer, quando na realidade as pessoas foram lentamente manipuladas a aceitar a realidade que a industria quer.
Eu acredito que a PS6 ainda vai ter uma drive de Blu-ray, mas porque a Sony tem medo de dar o passo para o all digital, porque só um cego é que ignora que a PS5 digital vendeu pouco mais de 20%, mas vão penalizar quem optar pela consola com drive, criando uma grande diferença entre a PS6 e a PS6 Digital.
Sua opinião tem tons conspiratórios, mas não acho que esteja longe da verdade…
Não tem nada de conspiratório, é o resultado de 40 anos a seguir a industria, consolidado com o que está à nossa frente.
Só não vê quem não quer.
A manipulação das massas não é nada de novo, a industria dos videojogos é um alvo constante de manipulação, olha a forma como as microtransações funcionam, a produtora cria um problema, o grind, e depois vende a solução, e ”nós” ainda agradecemos.
Agora que prestei atenção no seu comentário anterior e nesse, acho que está certíssimo nesse ponto de vista, toda empresa quer aumentar o lucro e se tornar um gigante, um líder. O que leva ao crescimento é justamente um desequilíbrio que uma hora enfrenta o teto possível ou a opinião pública, até essa altura vai como uma praga de gafanhotos querendo devorar cada grão sem pensar nas consequências pro público
Não só do Pro, mas a edição especial de 30 anos do PS só tem em PS5 digital, seja Slim ou Pro
Eles agora só mostram os modelos Slim digitais nas pubs, no anuncio da edição dos 30 anos, o único rasto do fisico foi uma tampa de plástico, que tristeza…
Perfeito José! E deve piorar com essa nova geração que é muito imediatista. Mídia física em games vai ser igual vinil, pra poucos. Fico irritado só em imaginar…
Primeiro agradeço ao Mário por dedicar o seu tempo para sanar essa dúvida que tive, pois quando inseri o disco no PS5 este, pelo que lembro, não executou o jogo pois estava a baixar uma atualização e quando fui ver o tamanho da atualização me surpreendi pois eram 36GB de dados, logo fiquei na dúvida se existia ali no disco um jogo completo ou um pass para baixar o jogo. O que foi reforçado com a cópia do disco super lenta, demorou mais de 12 minutos para concluir, sendo que desde o PS4 a cópia do disco para o armazenamento do console é rápida.
Só vejo 1 motivo para isso que a Sony e/ou team Asobi fizeram, cumprir os prazos. Astrobot já vinha num momento de hype muito bom e provavelmente a desenvolvedora optou por inserir uma mensagem de aviso, pois era muito mais rápido, do que esperar a finalização da correção e ter que atrasar etapas de manufatura dos discos.
Mas um movimento desses me deixa receoso, a Sony está apostando muito na mídia digital, só ver o PS5 Pro que só tem a versão digital, a edição do PS5 de 30 anos só existe em versão digital tanto para o PS5 Slim quanto para o PS5 Pro, com isso me pergunto, se ela está começando a forçar a mídia digital, que raios ela inventou de investir em uma fábrica de mídias aqui no Brasil no ano passado? lembrando que a Sony encerrou a manufatura de mídias em um outro país, não lembro se foi no Japão.
Creio que este problema da atualização do dia 1 vai ocorrer somente para nós que adquirimos o jogo na pré-venda, Sparrow e Carlos Zidane quando forem comprar o disco (se o Zidane for comprar) é certo deles pegarem a versão atualizada.
Pelo menos a Sony, nesses casos deveria associar a quem tem essa versão do disco a uma cópia de mídia digital, ela tem meios de travar isso a somente 1 usuário, lembro de anos atrás ela ter desenvolvido um ID único para disco e associar a conte do usuário, tinha outra que havera a possibilidade de gravar no disco o ID do aparelho, logo com a implementação do ID unico para o disco ela evitaria que um terceiro viesse a baixar a versão digital caso o primeiro proprietário do disco resolvesse revender. Nesse caso, de disco revendido, o usuário jogaria com o que tem no disco com as devidas atualizações.
E sinceramente, com esses altos e baixos que a Sony fez somente neste mês me desanimou muito se continuo a investir neste tipo de entretenimento. Como uma vez falei para o Mário, estou a investir em componentes dos aparelhos das gerações anteriores. Tenho leitor de disco reserva, tenho HD, tenho everdrive, tenho micro-SD, tudo isso que me permita a jogar nas gerações anteriores.
** Mais um para a conta negativa da Sony, a última atualização do PS5 conta com funcionalidade exclusiva para o PS5 Slim, é a Sony a estragar a sua principal fonte de receita.
Lívio, não acho que eles mudem o master do disco fabricado, a menos que lancem outra versão do jogo, tipo uma completa, edição de diretor e etc. Não acho que eles tenham interesse nisso, e tudo é custo.
Este jogo ficava bem era na switch 2, até porque na ps5 vai ser um fracasso uma vez que os fans playstation odeiam estes jogos infantis estilo nintendo!
Então duas coisas:
– Os fans da PlayStation são parvos e não reconhecem um grande jogo quando veem um.
– Os fans da PlayStation são parvos porque elogiam a Switch e quando tem um jogo do estilo dizem mal dele.
Em qualquer dos casos, se os fans da PlayStation dizem mal deste jogo… São parvos.
A questão é que o jogo está a vender muito bem, sendo mesmo o segundo maior lançamento do ano no Reino Unido e Eua, e a nível de jogos de plataformas é mesmo o segundo mais vendido dos últimos 10 anos, pelo que eles não são parvos.
E nesse caso há que questionar o que são aqueles que dizem mal do jogo…
Isso que dá viver na bolha de achar que a nintendo “detem o monopolio da verdadeira diversão”
Agora vai ver se a Nintendo consegue fazer algum jogo parecido com Last of us part 2… quem sabe até um Returnal já seria muito
Essa narrativa não existe! Fã de jogos é Fã de jogos, não fanboy!
Foi isso que eu quis dizer num outro comentário. Talvez não com as melhores palavras, mas essa era a ideia.