Microtransações, GAAS, Always Online, etc, etc. Práticas que não são bem vistas nas consolas, mas que proliferam no PC. E numa altura em que as vendas caem, o PC surge como a alternativa a se apostar.
Se o PC é visto como o Santo Graal que pode salvar as receitas das empresas, a realidade é que este tem também o potencial de alterar a face dos videojogos para sempre… E não forçosamente para melhor pois estas práticas de monetização são algo que não agradam todos, eu incluído.
Perante a queda nas vendas, não é de admirar que a aposta no PC cresça.
Vamos ver as quebras nas receitas de vendas, ano a ano.
Numa altura em que o custo de produzir um videojogo cresce, a receitas com vendas atinge um valor mínimo histórico. Não fossem os serviços e outras fontes de receitas, seria incomportável para os produtores continuar a produzir aos atuais custos.
Mas infelizmente nem todos tem acesso a esses recursos e isso implica que a aposta em jogos monetizáveis esteja em crescendo, sendo que isso torna o PC a plataforma de excelência. E todos recorrem a ele para tentar receitas adicionais.
A realidade é que os valores de vendas começam a ser preocupantes. E infelizmente isso não se deve a um desinteresse dos jogadores, mas sim aos custos dos videojogos e o custo crescente do nível de vida. jogos a 80 euros não são algo que se compre num impulso, pois já tem peso no orçamento familiar da maior parte das famílias. E isso implica controlos de custos que se refletem nas vendas.
A piorar, outros serviços, como o Gamepass também atiram as vendas para baixo, não ajudando em nada a situação.
Basicamente a indústria caminha para um precipito. Se irá cair nele ou não, não me vou pronunciar, mas há uma tentativa desesperada de se aumentar as receitas que não aparecem de outra forma em muitas empresas exatamente pela falta das vendas.
Desde do lançamento da PS3 que eu foquei me apenas e só nas consolas, nomeadamente na ps e comprei a nintendo switch para o meu filho. A nintendo pus de lado porque o meu filho gosta de jogos online e joga com os amigos e não se identificou com os restantes jogos, além disso, tudo na nintendo é caríssimo. Nesta geração a minha ideia foi comprar a PS5 e quando saísse a pro ele ficava com a normal e eu com a pro. Obviamente não comprei a pro devido ao preço e comprei a Slim para ele. A 70 euros comprei o Ac valhalla e os 2 últimos Ff7r, tudo o resto e foram muitos, comprei em promoção ou joguei porque estavam no serviço ps plus que partilho com um membro da família. Neste momento, jogos é tudo na promoção. Muito dificilmente dou 70 ou 80 euros por um jogo, porque 70 ou 80 euros é caro e caro é diferente de muito dinheiro e quando oiço conversas de que o próximo GTA pode vir a ser 100 euros, isso é só absurdo e na minha opinião é gozar com o cliente. Isto tudo para dizer que não tenho problemas nenhuns em dizer que não ao preço que aplicam nos jogos. O pessoal tem que saber dizer que não aos GAAS, micro transações, etc, etc… E já tinha reparado que no PC existe realmente uma tendência maior destas formas de monetizar.
E pra piorar existe o Gamepass kkk ?
Agora vou fazer uma pergunta. Porque eu não devo assinar o Gamepass ?
Eu compreendo o atrativo do Gamepass. Barato e com tudo.
Mas eu questiono. Se estivesses numa ilha, com tudo o que podias comer, mas sabias que se comesses ficavas sem alimentos, tu comias?
O Gamepass é barato, mas tem um retorno lento para os criadores de Software, sendo verdadeiramente vantajoso é para quem tem o serviço. Ora os criadores de software investem largos milhões para criar um jogo, e precisam do retorno para criar outro. Se não tem retorno rápido, algo que o Gamepass não dá pois apenas faz um pagamento à cabeça, e o resto baseia-se num engajamento que não é garantido, mas que mesmo que exista dá um retorno ao longo dos tempos, mas não imediato, como desenvolves outro jogo?
A solução é a monetização. Os jogos mais baratos, com vendas, que garantam um retorno mais rápido. Ou por outras palavras, o tornar as consolas num universo equivalente ao dos smartphones, onde tudo tenta fazer dinheiro com monetizações, e onde os jogos são basicamente todos iguais em conceito pois o conceito usado é o que dá retorno.
É por isso que não deves assinar o Gamepass. Se tens visão e percebes o mal que um serviço desses pode fazer à indústria, tal como a conheces, não assinas.
Existe uma falta de paciência em esperar crescer a receita porque não se vislumbram mais crescimento ou “boom” na base de consumo, pra piorar a coisa, a concorrência usa de sabotagem num modelo de negócios que sempre funcionou bem e que havendo qualidade, mostrou-se capaz de superar receitas de outros ramos de entretenimento.
Resumindo, “apressado come cru”, e é melhor dividir algo bom com os outros que comer em prato de m**** ou nada sozinho, mas a ganância, a falta de paciência e a falta de prospecção razoável vai botar tudo a se perder, como sempre foi o mundo desde o “tempo das cavernas”!