O crescimento do Gamepass foi claro no último ano, mas o que é certo é que o que estamos a ver é que o investimento tambem. Daí que as dúvidas sobre a sustentabilidade do serviço continuam, e são neste momento maiores que nunca.
Foi em finais de Julho de 2020, que Aaron Greenberg, General Manager de Marketing da Xbox, em entrevista à What’s Good Games, deixou clara a situação: O Gamepass não estava a ser lucrativo para a Microsoft. No entanto, este tambem deixou claro que a ideia não era ser lucrativo e que o Gamepass era um investimento, onde o relevante era a criação de uma base de clientes que pudesse vir a dar lucro.
Ao longo do ano de 2020 a Microsoft anunciou um crescimento do serviço, que alcançou os 18 milhões de utilizadores. Um aumento ao qual não podemos alhear a realidade mundial, com uma pandemia e confinamento que prende as pessoas em casa e que tem levado a uma procura pelos serviços de entretenimento e hardware que tem mesmo levado a saturação de redes e à escassez de hardware, no qual as placas gráficas tem ocupado lugar de relevo.
Independentemente do facto, a realidade é que o serviço alcançou os 18 milhões de assinantes, algo que, num serviço relativamente contido, poderia mostrar uma base de utilizadores que garantisse já princípios de rentabilidade.
No entanto, há sempre de se ter em conta que a pandemia não durará para sempre, e que os valores podem decair! E certamente isso vai acontecer!
Mas numa altura em que a Microsoft tinha reunidas algumas condições de atrair os mais relutantes sobre o futuro do serviço, o que ela faz? Mais do que nunca adquire jogos de terceiros, não só para lançamento de dia um no Gamepass, como para melhorar a oferta e, cereja no topo do bolo, adquire uma Zenimax por um valor 7,5 mil milhões de dólares.
Ora 18 milhões de assinantes a 10 euros, a pagar 200 ou mais jogos por mês, não conseguem sustentar um serviço e ao mesmo tempo cobrir estas despesas crescentes. Por exemplo, o jogo Outriders foi anunciado como vindo a estar disponível no Gamepass no dia 1… E basta uma visita aos fóruns para se ler a quantidade de mensagens de potenciais compradores do jogo que referem que vão anular a pré reserva, aderindo ao serviço por um ou dois meses e acabando o jogo.
Basicamente estamos a falar daquilo que mais se teme. Da redução da receita criada por este tipo de serviços, e onde os produtores do jogo terão de cobrir as perdas com pagamentos da Microsoft, que por sua vez terá de as cobrir com mais assinantes e mais jogos exclusivos para os manter.
A coisa parece uma pescadinha de rabo na boca, e não conseguimos ver que a coisa tenha fim, e que o serviço se venha a mostrar lucrativo.
Repare-se o exemplo que nos está a ser dado agora com o Netflix. Basicamente a Netflix recebeu um concorrente de peso, o Disney+, que em pouco tempo arrebatou mais de 100 milhões de assinantes. A Disney+ consegue isto com uma aposta forte em exclusivos, e um enorme investimento financeiro que levou mesmo a que o preço da mensalidade já tivesse subido face ao preço inicial. E a realidade é que para manter estes milhões de assinantes são precisas mais e mais séries, e mais e mais investimento. Mais uma vez uma pescadinha de rabo na boca.
A Netflix perante isto pretende acabar com as assinaturas partilhadas do serviço. A ideia é retirar alguma folga no pagamento às pessoas que lhes possam permitir assinar outros serviços, mesmo que com isso possa perder clientes, a Netflix espera que das contas partilhadas por 4 pessoas, pelo menos uma acabe por ficar, o que levará a que o número de assinantes não desça, e idealmente, espera até que subam.
Mas tal só demonstra mais uma vez a realidade… que o que a Microsoft faz, com promoções a 1 euro, com partilhas de contas, terá também de acabar… e que o custo do serviço vai subir. Tal como a Disney+ a Microsoft encontra-se a investir para subir o número de clientes, mas infelizmente o que vai encontrar quando ele subir é o mesmo que o Netflix já encontrou… uma estrada sem fim, onde para se manter os clientes é preciso investimento, e para pagar o investimento é preciso clientes. E infelizmente quanto mais clientes, mais investimento, e quanto mais investimento, mais clientes.
Estes serviços tem tudo, em teoria, para funcionar… mas a realidade é que o Netflix não tem dado lucros… E tem escondido os seus prejuízos com jogadas contabilísticas de valorização do património com o conteúdo produzido. E o Disney+, ao ritmo que vai, vai seguir o mesmo caminho… Assim como o Gamepass.
No caso do Disney+, ao explorar séries de sucesso no cinema a Disney corre não só o risco de criar saturação, como de que o cliente de cinema perca o “fio à meada” das histórias, com partes que não são percetíveis a quem não for assinante do serviço, e dessa forma, matar ou criar dano a filmes que seriam grandes fontes de receita no cinema.
A realidade é só uma, a economia destes serviços está longe de ser provada, apesar de aparentar ser extremamente simples. Mas o problema é que tudo depende de um equilíbrio extremamente precário! Depender exclusivamente destes serviços é perigoso, e se a Disney pode ganhar dinheiro ao disponibilizar, após algum tempo, as suas séries a canais de TV, a Microsoft não tem como rentabilizar adicionalmente o serviço senão com a expansão do serviço (que poderá vir a incluir o Xcloud). Mas as receitas derivadas das vendas físicas e digitais, uma alternativa de receita ao serviço, são canibalizadas por ele, e tal torna-se um caso que é diferente do cinema e, acima de tudo, arriscado.
O receio final é o perigar a industria. O destruir das grandes produtoras e dos jogos AAA, para cairmos num mercado de baixo custo, monetizado, e massificado nas menores produções, como acontece nos smartphones, algo que traz grandes lucros, mas não a qualidade que a atual industria dos videojogos que tanto nos apaixona, nos traz. A criação de produtos de curta duração e entregues espalhado no tempo, é outra alternativa, e vemos isso no Netflix e Disney+, com a entrega de séries em detrimento de filmes. Algo que, apesar de poder funcionar bem com cinema, infelizmente, nos videojogos não seria nada de bom!
A alternativa final é a monetização ingame… mas sobre isso creio que nem vale a pena falar, certo?
O certo é que lemos e lemos como o Gamepass é um negócio excelente. E a realidade é que é! Uma oferta fabulosa, da qual eu mesmo gostaria de usufruir. No entanto é uma oferta que não uso pelo receio que possa danificar o mercado que tanto prezo e que acompanhei ao longo de toda a minha vida.
Daí que talvez fosse altura da Microsoft colocar de vez um ponto final na especulação, revelando não receitas, mas lucros. Não lucros globais, e nem sequer da Xbox, mas do Gamepass. Quanto investiu, quanto recebeu, e quanto lucrou depois de todas as despesas. E dessa forma calar os que não tem razão, e eu até gostava de ser calado caso não tenha razão. Mas até lá, dado que as contas não aparentam bater certo, irei continuar a dizer o mesmo. Que o Gamepass é neste momento um engano, uma amostra de algo que não é sustentável, que não é o que será no futuro, e que é uma ameaça aos videojogos no que toca à qualidade atual, e AAA.
E mesmo que a minha luta seja contra moinhos de vento, defenderei o que acredito até que me provém o contrário.
E não serão frases de equipas que produzem jogos multi ou jogos indie, que venderiam pouco e que com este serviço até podem aumentar receitas, e mesmo vendas, que me tranquilizam. Afinal o receio existente não passa pelos jogos acabarem, mas sim de a qualidade dos AAA que esse equipas não produzem, descer!
Recentemente a Sarah Bond da Microsoft revelou o seguinte:
On average, according to Bond, Game Pass subscribers spend 20% more time playing games, play 30% more games, play 40% more genres and, crucially, spend about 20% more on gaming overall.
E esta situação é parte do que preocupa. Repare-se:
A parte de se jogar mais 20% apenas afecta quem não tem vida. Porque o Gamepass não dá mais horas ao dia, apenas dá mais jogos. E dessa forma a afectação de mais tempo não pode ser feita de forma responsável por quem trabalha ou tem responsabilidades numa família. Acaba assim por ser uma consequência dos mais desocupados, e algo que não podemos extrapolar para o mercado em geral.
30% mais jogos por mais 20% de tempo acaba por ser muito pouco. Isto quer dizer que basicamente as pessoas experimentam mais jogos, mas não que jogam verdadeiramente mais jogos. Mais 1.5% de tempo por cada jogo adicional não é algo realmente significativo.
Uma pessoa que jogasse 5h por dia, com mais 20% jogaria mais 1 hora, totalizando 6h. Ora 1.5% de 1 h ou 60 minutos são 0.9 minutos por jogo adicional, se considerarmos que não há cortes nos que já se jogavam. Isto nem sequer é algo que seja digno de ser apresentado a não ser em Marketing onde números como 20%, 30% soam a algo bem maior do que é, por serem números grandes.
Mas a realidade é que há mais dados… 20% mais de tempo, para 30% mais jogos e 40% mais géneros. Isto já dá a entender menos tempo nos jogos que normalmente se jogaria, o que quer dizer que há menos receita para os jogos mais relevantes e mais receita para os indies. Nada que não se soubesse e aliás a grande preocupação causada por este serviço.
Mas o mais preocupante surge depois… Com a indicação que se gasta mais 20% no global.
Ora as pessoas quando aderem ao Gamepass fazem-no porque lhes parece algo barato. E o que vemos aqui é que não é! Acaba até por ficar a nível global 20% mais caro. Mas 20% mais caro, sendo 20% mais viciante, e numa distribuição de receitas que, pelo aumento do número de jogos e de géneros acaba por retirar receita aos grandes jogos para alimentar receitas e vendas de jogos menores. É a questão que sempre se referiu! O Gamepass pode ser uma ameaça à qualidade pela oferta da quantidade, pelo menor amealhar de receitas e pela distribuição das mesmas de forma não adequada aos grandes jogos. E tudo isto, oficialmente confirmado pela Microsoft, a sair globalmente 20% mais caro.
Meu maior medo é esse gamepass dá certo e outras seguirem o mesmo caminho.
Sou um jogador que acredita no valor de jogos menores como AA ou A, para mim nem todos os jogos precisam ser blockbusters, mas não quero pertencer de forma alguma a uma indústria que só vive disso e o pior jogos que não são meus e isso inclui ate o mercado digital para mim.
Para se ter uma idéia eu sou extremamente paciente ao comprar um jogo, já que o preço aqui no Brasil não ajuda também, ontem comprei por 80 reais o resident evil 2 lacrado de presente, e quando eu fui pesquisar o preço da Ps store para comparação ele esta de 200 reais. São por exemplos como esse que eu nunca quero depender do digital/serviço.
o gamepass abre pra todos os jogos até indie, o que cria mais facilidade justamente pra esses mais simples serem vistos e recebem por isso, então esse sucesso se concretiza pois no começo da netflix ficavam com medo também no ent~~anto hoje tudo é streeming e no futuro assim será super bom, pois populariza pro gamer de verdade e não só pra uma empresa, toda empresa fará jogos pra todos
Nos filmes da Disney também todos vivem felizes para sempre. Mas depois a realidade é outra.
Basta uma conta muito simples para se perceber que o Gamepass não consegue alimentar jogos AAA, muito menos jogos AAA regulares e ainda menos uma indústria de AAA.
Daí que essas teorias e perspectivas do lado do consumidor são muito boas… Mas a realidade é que um mercado ainda maior que o do Gamepass é dos smartphones, que gera muito mais dinheiro que o das consolas. E os detentores das plataformas ganham muito dinheiro… Mas em compensação os jogos são o que são.
Se é nisso que queremos ver os jogos de consola a tornarem-se, então garantidamente o Gamepass é muito bom.
Mas de resto… As contas pura e simplesmente não batem certo… E ver a contabilidade do Netflix, com os prejuízos acumulados, não tranquiliza.
Exatamente como eu penso Mário, veremos por quanto tempo a MS vai segurar os prejuízos…depois disso só vejo 2 opções:
01- Aumento significante de preço para manter orçamentos de AAA no serviço em day one para não tomar prejuízo é haver lucros, o que eu acho menos provável, pois se o preço deixar de ser atrativo muita pessoas deixaram de assinar o serviço.
02- Diminuir o orçamento dos jogos para não subir tanto o preço do serviço e ainda sim ter lucros, o que seria muito triste pois seria praticamente fim dos AAA, pelo lado da MS claro.
Ainda tenho a esperança que a Sony não siga esse caminho..que ela continue fazendo jogos com orçamento AAA e tenha o serviço como PS now com jogos que já venderam e deram seus lucros…
Sony tá mostrando claramente que não está seguindo por esse caminho. O recado foi dado na geração passada: AAA de qualidade vende, e muito! Mais de 140 milhões de unidades vendidas de First party PlayStation em 3 anos.
Discordo; a Sony está sim seguindo o caminho, mas de maneira devagar e mais inteligente, sentindo aos poucos o mercado e essa nova tendência. Talvez o modelo de subscrição ideal , com o passar dos anos, advenha da Sony. Uma subscrição com jogos antigos e lançamentos indies e AA, excluindo os triple A mais novos. Estes jogos batendo a meta, atingindo X milhões de unidades, ai sim vão para o psnow, por exemplo.
mas “AAA velho” é normal cara, todo mundo espera isso em serviço de assinatura.
não espera é lançar MP lixo caça niquel day one e nem estragar os “AAA” (Halo 5) pq tem que custar pouco para day one no GP
vai ser o mesmo modelo do INICIO do Netflix one custava 20 reais por mês o netflix tinha lucro… conteúdo Velho que já se pagou dando renda extra
o mesmo do cinema, pelo menos antes do covid, lança no cinema (vende jogo) e ainda antes pode fazer promoção para vender mais, e depois lança no serviço (locadora antes, hoje streaming)
Não está. Ela não tá lançando nenhum triple A day one no serviço. Está lançando lá os jogos que se pagaram já. São coisas muito diferentes.
verdade amigo a sony só não está totalmente no dessa forma pois não teve estrutura pra montar tudo , então assim como a coca cola ela não quer mudar o mercado pois tava ganhando agora tem que mudar a estratégia, o futuro é streeming de jogo, como xclaud, assim como um dia existiu mídia só e hoje vc compra on line fácil,
Meu amigo.. o futuro é o que nós quisermos que seja.
Se o streaming tem como consequência a perda de posse, eu não entrarei, e garanto-lhe que a maior parte dos actuais gamers tambem não entrarão.
O streaming tem o problema de se ficar dependente de um serviço de terceiros para funcionar. Não me interessa estar numa situação onde porque ali ao lado estão a fazer obras, não tenho internet estável, ou algo assim, e não posso jogar.
Nem estou para estar dependente de servidores em manutenção na hora em que posso jogar, ou se estes estão hackados ou não!
A sua maneira de ver as coisas não é errada, mas é provavelmente a de um jovem que só pensa em obter sem gastar muito. E isso não traz qualidade…
Posso questionar a sua idade?
se continuar desse jeito que estão azendo no serviço gamepass eu pago até o dobro, 80 reais que vale ainda, tá muito bom, nem 80 reais paga tudo que tem lá no Gamepass Ultimate, muito bom, assina pra ver é pra todos
Ninguém nega que o conteúdo do Gamepass é excelente. O do PSNow também, com 700 jogos por 60 euros por ano.
Mas fazer omoletes sem ovos… Não dá… E quando os financiamentos promocionais acabarem… O azedo vem à boca.
Pagar por uma coisa que nunca vai ser minha não e ainda mata esta industria não obrigado.
Mesmo digital só compro quando existem grandes promoções.
Fora isso sempre fisico!
Chamem-me velho do restelo se quiserem 🙂
Não se preocupem Gamepass vai dar errado, Microsoft vai vender a divisão X-box na próxima semana e sempre tem a Sony para nos salvar. Campanha por mais remakers no valor de R$ 350,00.
Embora não queira fazer uma defesa da Sony a minha frase abaixo irá fazer.
Porque sempre o ataque a Sony pelo preço dos jogos estar na faixa dos R$350,00?? Chegou a fazer no mínimo a conta da cotação atual?
Um jogo de U$70.00 com a cotação de hoje custa R$387,63. Não seria a Sony a culpada por esta alta de preço, o culpado é(são) outro(s).
Se o aumento foi igualitário na Europa, custando também €70,00 na conversão sai por R$460,57.
Já faz um tempo que quem é de fora (EUR, EUA) tem economia se comprar jogos na store brasileira. Isso até já foi alvo de artigo em sites de jogos.
Bom, se o senhor acha justo pagar isso em um remaker, ótimo pra Sony. Pago isso em um AAA muito bom, com muito fator replay, criado para esta geração do zero. Penso no meu bolso, não na paixão pela empresa. Não gosto de comida requentada, de dois dias, pelo preço de prato feito na hora.
Eu não disse que acho justo pagar por um remake, respondi de modo geral de que os jogos estão a este preço no Brasil não por culpa da Sony e sim a nossa moeda que está se desvalorizando a cada dia.
Agora se tratando de remake eu concordo sim, se pegar o exemplo do Shadow of The Colossus do PS2 e um remake para PS4 eu acho justo pagar os US/€70.00. Há um trabalho envolvido nisso, houve uma equipe com pessoas que tornaram o remake possivel, até agora não vi um hardware , por mais poderoso que seja, fazer melhorias a estilo de um remake, sempre há pessoas envolvidas e se tem pessoa envolvida esta deve ser remunerada, a exemplo do artigo de ontem da Rockstar que remunerou o carinha que fez o mod do GTA, algo muito mais simples que um remake.
E aqui faço do uso da resposta que muitos deram sobre a decisão da Apple em não fornecer o carregador junto com o iPhone: “Se não concorda, não compra”. E aqui posso estar sendo contraditório em usar esta frase em que geralmente sou contra, mas no caso da Apple tu fica em desvantagem pois tu compra um Iphone e não recebe mais o carregador(vendido a parte), enquanto no remake você tem uma versão atualizada do jogo, com melhorias que tiram proveito do hardware atual.
Eu não tinha nenhuma preocupação com o futuro da industria dos jogos até ler sua resposta. Agora tenho. Pagar preço full, por jogos com história pronta, game desing pronto, levels, até os bugs prontos. Realmente merecemos pagar R$ 350,00 por um The Last Of Us 2 remaker. Bom escolhas, o importante é podermos escolher. Gostei da sinceridade na resposta, de que acha justo pagar preço cheio. Só discordo. Só compro remakers por 1/3 do valor de jogos novos. E ainda olhe lá.
O jogo tem o seu valor se ele merecer. Fiz o uso do Shadow of The Colossus, um jogo que me marcou no PS2 e eu daria sim preço full nele, é um jogo que merece, não é qualquer um(até desmereci o jogo quando vi em um programa de games na TV, mas quando o joguei pela primeira vez no PS2 a minha opinião deu um Phil Spencer movement, um 180°). Por incrível que parece peguei este jogo pela Plus.
Foi o que falei mais acima, se não concorda, não compra, não são todos que merecem um preço full. Se TLoU 2 tiver um remake no PS5 que se justifique a compra e preço full eu pagaria, agora você está somente na visão daquele que jogou um jogo nas gerações anteriores e aquele que pela primeira vez tem acesso um jogo remake para PS4? Para ele a experiência é nova, não se justifica o preço full?? Pode até ser história pronta, design pronto, levels e até bugs(no caso do Demons a desenvolvedora explicou do porquê conservou os bugs) mas para aquele que não teve acesso nas gerações anteriores irá pegar um jogo “novo”.
Outro ponto que citei no comentário anterior, há sempre uma equipe por trás. A história é pronta, game design pronto, levels prontos, mas há de se fazer a conversão e isto tem custo. A arquitetura de um jogo no PS2 é diferente de um PS4, até mesmo de PS4 para PS5 tem suas diferenças, embora seja uma conversão mais rápida e facilitada. Então se há uma equipe para fazer a conversão esta deve ser remunerada no seu valor full, ou defendes que a remuneração da equipe deva ser pela metade ou proporcional por está pegando a história pronta, um design pronto…. Não sei com o quê você trabalha mas achas justo receber menos só porque estas refazendo, convertendo algo? Trabalho com desenvolvimento de sistema e não acho justo eu receber menos por fazer uma conversão de um trecho de sistema que funcionava em uma arquitetura e agora deva funcionar em outra.
O Remake de Demon Souls vale o full price também. Se eu paguei? logico que não! Monitorei pra ver se achava um valor melhor e achei. Eu não tinha jogado DS no ps3 e tive a oportunidade de jogar de cara o Remake. Por ironia do destino Acabei indo na casa de um amigo que estava jogando DS no ps3 dele. E cara, parece outro jogo! O trabalho da bluePoint foi magnifico! Convidei esse meu amigo a vir aqui em casa ver a versão do ps5 e ele ficou de boca aberta quando viu.
Outro ponto é que DS tem um fator replay alto que lhe permite passar horas e horas jogando novamente.
Sim, era o jogo que eu mais queria, mas por esse preço, nunca. Não crítico o jogo, nem a equipe, mas o preço. Pago no Returnal preço cheio, mas no DS no máximo R$ 150,00. Crítico essa postura, vai que vira regra. Requentar The Order e pede R$ 350,00…Imagina ai?? E tenho que dizer que isso é bom para a indústria, nunca. Prefiro nunca mais acessar essa página. Mas a preocupação não é isso, apenas os jogos AAA day one no gamepass.
Entendi seu ponto sobre Remake n valer preço full e a respeito. No meu ponto de vista eu acho que isso vai de jogo para jogo. Imagina um Remake de MGS1 ou MGS3 ? Eu compraria tranquilamente. Já um Remake de the order eu não pagaria…
Agora é ponto de vista bem particular: preço cheio, só com conteúdo novo, mesmo jogo não. Cheguei a sonhar que DS teria novas áreas, mágias…por ai vai. Então pagaria mais, por mais, não pelo mesmo com atualização gráfica.
Isso não seria um remake! Um remake não altera o jogo original.
Primeiro que veja os remakes que foram feitos, não confundir com remaster(estes sim não valem preço full) (a exemplo do The Last 1 no PS4), eu lembro de remake de jogos que foram sucesso no passado, não lembro do surgimento de um remake de jogo criticado.
The Order foi um jogo criticado e que faltou algo, foi, mas isso não indica que um remake dele possa incluir mais elementos que desfaça as críticas do jogo original. Sony pode pedir os R$350,00 num possível remake do The Order? Pode devidoa conversão do valor dos outros mercados, se ele merece?Vai depender de como foi o remake.
Eu nunca joguei Demons Souls, se eu tivesse um PS5 no lançamento eu cogitaria pegar pro preço full, pois embora ele seja um remake para mim é um jogo novo, nunca tive experiência antes e este é o ponto.
Se o valor está caro para a situação brasileira, não é culpa da Sony cobrar os U$/€70,00 lá fora e sim da nossa moeda , a que mais desvalorizou no período da pandemia.
Se a Sony deixa de ofertar um jogo na Plus brasileira em relação aos outro mercados o pessoal reclama pedindo tratamentos iguais porque devemos pagar menos que U$/€70,00 em relação aos outros?? Aqui não vale tratamento igual perante o resto do mundo?
São estas as minhas opiniões, um jogo custa mais de R$300,00 atualmente não por culpa da Sony e sim da moeda e um jogo remake vale sim o preço full, mas você que deve ir com a carteira e decidir se paga ou não
O meu ponto é diferente, a estrutura do jogo esta pronta. Ou você acha que os roteiristas foram pagos de novo? Ou o pessoal que trabalhou na, digamos, vou chamar de estrutura fixa do jogo? Você acha que eles receberam o mesmo valor de quando trabalharam na criação do jogo? Ou vai dizer NÃO TENHO ACESSO A ESSAS INFORMAÇÕES?
Mesmo valor com certeza não receberam porque os custos de hoje são diferentes dos custo da geração PS2 e PS3.
Lembra que falei que arquitetura do PS2 é diferente da do PS4 e a do PS4 tem sim diferença da do PS5? Pois elas mexem na arquitetura do código, terás que pagar novamente por um arquiteto de software, não é só colocar o código em um convertedor que sairá pronto, não é uma receita de bolo, na conversão poderá surgir bugs que não existiam na original. Não existe estrutura fixa do jogo, digamos ele pode ter sido desenvolvido numa linguagem de programação destinada para o PS2, mas no PS4 deve usar a Lua, e aí? Como vai reaproveitar o código? Vai ter que refazer com base no antigo e se a arquitetura do PS4 permitir. Não é porque vou fazer uma conversão que vou dispensar arquiteto de software, um analista de dados…. Não é assim que funciona.
A dev pode até economizar no autor da estória, texto está pronto, mas gastará pela atualização de valores de custo com pessoal. Não é que digamos ela gastou 100 milhões para fazer o jogo no PS2 que irá gastar 40 milhões para convertê-lo para PS4/PS5. Há outros custos envolvidos também e que se atualizam (energia elétrica, água, mobiliario, aluguel, Impostos, distribuição….)
Não fique preso somente no fator de algumas coisas serem “reaproveitadas” das gerações passadas.
Ahh e não tenho acesso mesmo as informações de custo de uma desenvolvedora na geração PS2 com a geração PS4, se você tiver então compartilhe, me mostre e mude minha opinião. Agora sei certamente que o custo com desenvolvimento lá no PS2 não é o mesmo agora com PS4/PS5, eu mesmo que trabalho desde 2013 com sistemas os custos não são os mesmos.
Como assim paixão pela empresa ao comprar um jogo? Hahaahah Tá de brincadeira né? Comprei Demon’s Souls no lançamento por 290,00 mídia física e valeu cada centavo. Foram mais de 100 horas de diversão. Depois revendi por 250,00, ou seja, gastei 40,00 para jogar mais de 100 horas. Foi muito fora da realidade isso. Haahah
Porque ficas preocupado com isso. Só os compras se os quiseres. Não é que a não tenhas alternativas…
É como o Gamepass assina quem quer, ou pode pagar o valor de quase um ano de assinatura e um remaker. Nisso eu concordo com o senhor, temos que ter escolhas. Gostei dessa sua resposta.
A vida é feita de escolhas… As consequências são depois dependentes dessas escolhas.
A questão é que comprar um remake não tem as mesmas possíveis consequências de assinar um Gamepass, apesar que ambos são alimentar más práticas.
Gosteis da palavra “possíveis”, seguida de consequências, o que trás uma realidade, digamos, pouco tangível no momento. E da honestidade do plural em: “más práticas”. Disse tudo em poucas palavras.
Pois Ennio… Tudo são possibilidades. A questão passa depois pela simples pergunta: Queres arriscar? Eu não!
Sempre me pautei na vida por isso… Não arrisco!
Mas uma coisa há que se ter em conta. Os remakes são uma queixa dos utilizadores. Já os receios sobre o Gamepass vieram de CEOs de grandes empresas e de pessoas da indústria.
Tenho minhas dúvidas. Sei que as contas não fecham. Não sou assinante do Gamepass, por tempo mesmo, não tem como jogar só os bons jogos que tem ali, jogos são diferentes de filmes e séries, exigem muito mais tempo e dedicação. Acredito que essa será o maior obstáculo do gamepass.
Microsoft está fazendo um investimento maciço, adicionando valor ao gamepass com parcerias EA e Ubisoft, FPS Boost visando melhorar a performance de jogos legados. Também comprou diversos estúdios para ter uma biblioteca forte no gamepass, seja com jogos legados da Zenimax, ou novas produções que estarão por vir.
O público de consolas e PCs também usufrui de todos estes benefícios, já que é assinante do serviço. Mas o foco da Microsoft está em outro lugar, que é o público de smartphones e tablets que a mesma pretende atingir com o X-cloud.
O público de consolas é de cerca de 200 milhões de consumidores, com Sony e Nintendo muito bem estabelecidas. O público de PC é maior, mas por outro lado é uma selva gigantesca com predadores como Steam, Epic, e outros. Já o público mobile é várias vezes maior e a Microsoft pretende alcançá-lo com os serviços de streaming. Todo o investimento que você está vendo é para atingir este público. A Microsoft fala em bilhões de clientes jogando os seus jogos desde os tempos de Xbox 360. Tenho até recorte de revista se quiserem que eu procure e mande.
Então os pontos positivos são claros, o gamepass estará cada vez mais atraente para todos os seus assinantes, pois o investimento é pesado na parceria gamepass e xcloud.
E quais são os possíveis pontos negativos?
1) É óbvio que 18 milhões de assinantes está looongeee da meta que a Microsoft possui com o gamepass. E com o x-cloud, querem alcançar centenas de milhões de assinantes. Por isso que estão investindo tanto. E se não conseguirem? Não é problema nosso, somos apenas assinantes. Mas todo investimento busca o retorno. Toda empresa vive do lucro.
2) Suponhamos que a Microsoft tem orçamento de 100 milhões de euros para desenvolver jogos e colocá-los no dia 1 no gamepass. E como o objetivo é atingir o público mobile, este possui um perfil mais casual que o público de consolas. Será que vão investir 100 milhões de euros e fazer 1 único jogo AAA, ou entregar 10 jogos AA a 10 milhões de euros cada? Se o público majoritário do serviço muda, naturalmente o formato também muda para atender esta nova cadeia de consumidores.
Obs: não estou dizendo que jogos AA de 10 milhões como The Medium são ruins. Mas creio que no geral o público de consolas valoriza muito grandes investimentos, vide os jogos da Rockstar que não param de fazer dinheiro. Já o público mobile valoriza muito grandes catálogos.
Removi um comentário teu. Não sei se o termo em causa tem o mesmo significado no Brasil, mas aqui em Portugal é um palavrão que não posso permitir.
olá.
como foi ter a Gold aumentada em 200% por causa do gamepass?
voltaram atrás pq a MS não tem força moral para aumentar preço de nada, a marca está totalmente fragilizada.
Justamente, e a Sony não é burra; se determinados jogos, como remakes e jogos menores como o próprio Returnal e R&C não venderem tanto, eles vão lá e abaixam um pouco o valor através de promo num curto espaço de tempo, seja 10, 20, 30%… etc. É a lei do mercado, e diferentemente da Nintendo que tem políticas de preço mais fixado, com a Sony, em poucos meses, seja mídia física ou digital, diminui o preço de seus jogos.
Excelente colocação Daniel. A crítica do ennio ao preço dos remakes, eu acho valida, mas é uma situação que se regula pelo próprio mercado. Basta ver após alguns meses esses jogos sempre entram em promoção (temos até o FFVII remake na plus).
Já a questão do gamepass na forma que se encontra tem potencial para corroer as estruturas do mercado, por isso gera um debate (e preocupação) maior.
reparou que toda a argumentação dele se baseia em “esquecer” da tentativa de dobrar o preço da Gold por causa do gamepass.
Comentário editado, pois não tinha visto o comentário do Lívio com o mesmo ponto de vista.
reclama de jogo por 350, mas apertou 17 na urna e faz arminha com a mão.
E por conta desse 17, só hj, foram mais de 3 mil mortes!
Triste realidade
não deu errado não, so tentaram DOBRAR o preço da Gold por causa do gamepass.
aposto que vc esqueceu isso né?
Bem defendido o ponto de vista. Acho que algumas pessoas confundem “gostar do gamepass” x viabilidade do gamepass.
Como o Mário bem colocou o serviço é ótimo para o usuário, mas não parece viável no longo prazo para os jogos AAA, principalmente nesse preço.
(Uma coisa que acho curiosa é que vários usuários do gamepass, apesar de saírem experimentando diversos jogos, não zeram nenhum!)
Eu penso que o gamepass é um ótimo modelo para jogos Indie, jogos de nicho, etc. Ele poderia ser uma boa para esses jogos A e AA, incluindo AAA depois de esgotado o potencial de vendas. E eventualmente ter um AAA First party day one para servir de chamariz.
É aquela coisa: O cara sempre sonhou em ter uma piscina em casa, quando consegue realizar o sonho, usa meia dúzia de vezes e depois é só despesa.
Eu penso que é algo do ser humano mesmo, onde, querendo ou nao, você valoriza o produto pelo valor real dele, não o nominal.
Na minha opinião, o Quick Resume, funcionalidade inclusa no Xbox Series, se assemelha a esta sua opinião. Na minha visão é como se a pessoal não desse uma atenção total ao jogo, tipo se não vai bem em um jogo X ele não se foca em melhorar e parte logo para um jogo Y, não vai bem vai para um Z… Daí que com o GamePass seria o mesmo, começa um jogo aqui, não zera/termina, passa para outro ali, depois outro….
também achei isso.
enquanto a MS tem uma funcionalidade para ajudar a “pular de jogo em jogo” com o quick resume, a Sony tem uma funcionalidade para ajudar a “zerar o jogo” com os Cards
eu vou me concentrar no “gastam 20%”
isso é comparando com quem não assina, e não comparando com a diferença entre o sujeito antes e depois de assinar.
pode ser que quem assina gasta 20% a mais comparado com quem não assina, mas estaria gastando 50% mais sem o gamepass.
números vazios… Só serve para chamar atenção e enganar acionista ignorante e engajar fanboy
fico me perguntando qual o alcance desse tipo de numero, digo… quantas pessoas a MS engana?
pq eu duvido que engane DEV, duvido que engane publicadora de jogos e não deve enganar os grandes acionistas… algum consultor deve avisar que essa metrica ai é vazia… Acho que engana pequenos acionistas e fanboys da marca.
Pois… Se consideres que quem mais tem a ganhar com um Gamepass é quem gasta mais, essa questão é bem válida… Ele gasta mais 20% que os outros, mas quanto gastaria sem o Gamepass?
Minha aposta é que gasta menos, caso o contrário teríamos:
“Depois de assinar o GP os gastos do usuário aumentam”
Acho que o Pcmanias não é um lugar mais pra mim. Foi bom enquanto durou.
Caro Ennio… Não sei o motivo da tua amargura e só escrevo isto porque és leitor de longa data.
Se a ideia é todos dizerem ámen, a missa é o lugar ideal. Mas aqui, como bem sabes, expressam-se opiniões. Se discordarem de ti é motivo para a tua atitude, só tu podes avaliar.
Eu removi um comentário teu, não porque tenha algo contra ti, mas porque era ofensivo. Mas era mais do que isso, era um insulto directo a outro utilizador, algo que daria direito a ban. Por respeito a quem és, não o fiz… E nem sequer toquei no assunto.
Agora a decisão de ires ou não, é tua e só tua. O máximo que posso dizer é que fico com pena, e agradecer-te a tua participação que sempre achei interessante e produtiva.
Espero que reconsideres…
Apesar de o artigo estar bem fundamentado tenho que discordar.
Sou assinante do game pass ultimate (15€ mensais) que te dá o game pass na consola, PC e Xcloud e ainda inclui o gold e mais algumas regalias.
A preocupação em relação se é rentável ou não, a nós consumidores não nos fiz respeito, a Microsoft tem um orçamento para a divisão XBOX ( e bem grande pelo visto) e em que traçaram um plano de negócio a ver se a coisa rende, e como em todos os negócios pode correr bem ou correr mal, mas para chegar ao ponto de isso acabar com uma indústria é um pouco exagerado.
Em relação ao que game pass pode trazer de bom para a indústria dos video jogos, em primeiro lugar é uma montra para vários estúdios pequenos e que não ficam dependentes apenas das vendas que lhes permite ganhar experiência e segurança no trabalho que fazem.
Para os grandes estúdios garante o retorno imediato de grandes investimentos (claro que vai depender do negócio de cada um).
Na perspectiva do consumidor tem um vasto catálogo e variado.
Pelo que vejo aqui nos comentários dá a impressão que se assinar o game pass tem de obrigatóriamente de jogar os jogos todos do catálogo e não é isso que se pretende, o catálogo tão vasto terá quase de certeza um jogo que possas vir a gostar e dá-te a possibilidade de experimentar outro gênero de jogos que nunca irias comprar.
Todos temos gostos diferentes e é também certo que não vais gostar de todos os jogos do catálogo, mas outra pessoa pode gostar de um jogo que não gostes e vice versa.
Resumindo, não precisam de ficar com receio que o game pass vai acabar com a indústria, quanto mais enriquecerá e a Microsoft está a pagar para isso.
Caro Gervas… Se é rentável ou não, a nós consumidores deveria ser o que mais queremos saber. O Gamepass afasta as pessoas dos jogos full price, diminuiu vendas e mina o mercado.
Se gosto realmente do que tenho e se o quero manter, preciso de saber que consequências pode ter no mercado o sucesso deste serviço
De resto o teu optimismo não é partilhado pelos CEOs de outras empresas.
Mas ok, é a tua opinião.
Se não for rentável qual é o pior que pode acontecer? A Xbox acaba com o serviço e continua no formato habitual, até lá os estúdios lá presentes tem sempre rendimento.
Mas em que medida o game pass afeta a venda dos jogos full price?
Pelos comentários que vejo muitos só compram jogos quando estão em promoção ou em 2ª mão????
O game pass faz com que os consumidores gastem dinheiro desnecessariamente num jogo que fica a apanhar pó numa prateleira ou ser mais um numa conta?
As preocupações dos CEOs de certas empresas o game pass afeta-lhes porque os obriga a trabalhar mais e melhor para fazer face a concorrência, e ter de trabalhar é uma chatice, sei por experiência própria.
Mas pelo preço de uma bica porque não testa o serviço? claro que é mais vantajoso se tiver uma consola, mas não é obrigado a ter
Estás a ver mal a coisa. Porque caso os clientes cresçam, e a aposta seja em conteúdo de menor custo, a coisa pode ser rentável… Para a Microsoft.
Mas não é a Microsoft que preocupa… Nem eu, e creio que alguém aqui está a falar na perspectiva da empresa A ou B. O problema é a indústria como um todo.
O Gamepass pegar teria implicações sérias na qualidade. Num mercado de abundância, e de receitas repartidas, jogos AAA seriam um risco. As grandes empresas deixariam de os fazer. Faziam jogos de gráficos bonitos, mas de jogabilidade superficial e repetitiva. O que temos nos smartphones!
Isso coloca e risco a produção dos melhores jogos, os jogos que definem e criam a paixão pelas consolas.
Daí que não está em causa e nem nunca esteve as receitas ou ou lucros da Microsoft. Isso é um problema deles e só deles, uma decisão deles e só deles. O mal é a decisão poder arrastar os outros e mudar o mercado. Porque se a Microsoft,Sony ou Nintendo metem a pata na poça, podemos lamentar… Mas a indústria continua. EA, Ubisoft, Rockstar, Capcom, Square Enix, Activision e outros podem sofrer, mas não acabam. Com um Gamepass de sucesso, a produção AAA que estes gigantes nos habituaram pode ficar em risco.
De resto, nem percebo a tua pergunta:
Imagina que o God of War saia para a Xbox. A 70 euros e no Gamepass. Em pouco mais de um mês acabas o jogo. Tu assinas o Gamepass, vais comprar o jogo?
Um jogo com um potencial de venda de 5 a 6 milhões na Xbox, que poderia fazer 420 milhões de receita para o produtor, certamente nem 1/4 disso venderia, e o resto daria uns cêntimos dos 10 euros durante um ou dois meses ao criador do jogo.
Vale a pena criar esses jogos quando um Indie jeitinho no Gamepass dá a mesma receita?
É que nesta fase a Microsoft ainda tem de pagar para lá colocar os jogos, e o produtor nem perderia nada. Mas se o mercado virar para o Ganepass, podemos chegar ao caso em que são os produtores a pagar royalties para lá terem o jogo.
Eu sou dos tais que não paga 70€ por um jogo, o Outriders vai sair no game pass e vai estar disponível também para outras plataformas e era interessante saber até que ponto será ou não uma vantagem estar no game pass, mas quase de certeza que não vão divulgar nada, não é um God of War mas já dava para ter uma ideia.
O problema com os jogos para telemóvel é outro, esse que deverá ser pior que o próprio game pass, que são os os jogos free to play carregados de microtransacoes e anúncios e faz com que os estúdios andem atrás do sucesso do Fortnite
Ninguem é obrigado a pagar 70 euros por um jogo… Podes perfeitamente ir buscar jogos usados ou outra solução.
O gamepass é, para o cliente, excelente! A única questão é se com isso não se está a alimentar algo que destroi o mercado.
Se eu começar um serviço, de come o que quiseres, incluindo refeições de luxo de 5 euros por dia, incluindo a possibilidade de comeres refeições de luxo de 70 euros, certamente que irei tirar clientes aos restaurantes de luxo.
Basicamente a lógica do risco aqui existente é fácil de se perceber… é só tirar a cabeça das consolas para que as marcas não possam tolher a lógica e aplicar a coisa em outro negócio qualquer, pensando nas consequencias.
Eu percebo o que quer dizer, só acho que não irá correr assim.
Se a Microsoft tem, por exemplo, o objetivo de atingir os 100M de assinantes, que já não é tarefa fácil porque nem tem tantas consolas vendidas mesmo contando com a Xone, o mais difícil nem é atingir o objetivo, mas sim mantê-lo, e se o serviço não tiver qualidade e não a mantiver apenas o número de jogos não vai conseguir manter.
Para atirar lenha para a fogueira, já andam rumores que o serviço da Ubisoft também se irá juntar ao game pass.
É como disse em cima, para o consumidor o serviço é bom, no caso de ter possibilidade de o usufruir.
Eu não vejo a coisa assim.
O Netflix pode ter sucesso pois os grandes filmes, os caros, vão ao cinema, ao mercado de BD, e só depois vão para o Netflix.
O Netflix em si só produz filmes de baixa qualidade e séries… Conteúdo barato de entrega no tempo para manter o cliente.
Os grandes jogos custam tanto como um bom filme. Podem passar os 100 milhões sem dificuldade. Mas depois os jogos não rentabilizam como os filmes. O mercado de vendas físicas/digitais é onde eles conseguem dinheiro, e o Gamepass ao lançar dia um mata isso.
O Gamepass concorre com a grande fonte de receita dos jogos AAA, as vendas. E mesmo que possa render igual, não rende no mesmo tempo. Recordo que os 10 euros são na maioria para a Microsoft, e os resto para dividir pelos jogos todos jogados no serviço.
Mesmo com milhões de utilizadores, cada jogo vê uns cêntimos por mês de cada assinatura. Realizar o que poderiam realizar em pouco tempo com vendas a 70 euros é impossível. E é esse retorno rápido que permite uma equipa ter vários jogos em produção e lançar vários jogos por ano.
Daí que sim, há um grande risco de o Gamepass matar os jogos AAA. É impossível não ver isto.
E depois há mais… Para garantires clientes em quantidade vais ter de sair do nicho de mercado das consolas, e ir para o mobile. É aí que estão os biliões de clientes.
Esse mercado está habituado a qualidade de trampa, a baixíssimo custo. Daí que o satisfazes sem necessidade de AAA.
Concordo, a única diferença é que troco o game pass pelas micro-transaçoes.
É algo que já estamos a assistir de momento em que apenas os estúdios internos garantem os jogos AAA, as 3ª party já não lançam um jogo sem ter forma de o monetizar, sejam dlc’s ou loot boxes.
Para mais, grandes orçamentos não garantem bons jogos, Halo é um exemplo flagrante, o Cyberpunk também não se deu bem.
Deu o exemplo do cinema e pegando no mesmo exemplo vimos a Netflix a relaxar e a Disney+ passou-lhe á frente exatamente pela questão da qualidade.
Portanto o game pass para continuar a ser atrativo tem de ter qualidade, número e diversidade e pelo que dá a entender é nessa fórmula que a Microsoft pretende ter o serviço.
O culpado para a situação que descreve não é o game pass
Sinceramente Gervas, eu vejo o Gamepass como algo que seria fantástico se não pensasse em lançar jogos novos no serviço. Se permitisse o mercado continuar como está pegando apenas em jogos mais antigos que já não vendem mais.
Ou até podíamos ir mais longe, e ter produção própria em jogos AA para o Gamepass lançados no dia um. Mas excluímos os AAA que só apareciam lá depois de esgotarem as vendas.
O que e crítico não é o modelo do aluguer, é mesmo o Gamepass e as suas políticas exageradas na ânsia de arranjar clientes, que estão a levar a um investimento perdido enorme, e que podem colocar o mercado em risco.
Na teoria os jogos do game pass seriam rotativos, estam lá por um determinado período de tempo e depois saem, na verdade entram mais dos os que saem.
O GTA V e o RD estiveram lá cerca de dois meses cada um.
Acredito que no futuro adicionem as novos jogos e não fiquem mais de dois meses e quem quiser continuar a jogar terá de comprar. Mas isso já vai depender de como a Microsoft irá gerir isso.
O receio que vê no game pass eu vejo nos f2p e mesmo em alguns jogos pagos , o que EA fez com o FIFA, e ainda queria incluir publicidade nos ecrãs de loading.
Vamos ver se Xbox cumpre o que promete para não ficar dependendo apenas da Sony os grandes jogos AAA
O tempo que ficam é irrelevante. A partir do momento que estão lá quem tem o serviço pode-os jogar e deixa de precisar de comprar. Nesta fase, a Microsoft paga para ter lá os jogos. Mas como referi, se a coisa pega e o serviço se torna popular aniquilando as vendas físicas e digitais, poderão ser as empresas a ter de pagar para os ter lá.
Após o surgimento do GamePass foi perceptível que alguns jogos da MS caíram de qualidade, outros AAA tiveram uma queda na qualidade, a exemplo do Halo Infinite e outros que antes eram lançados anualmente agora estão com espaço maior na janela de lançamento a exmplo do Forza, Forza 7 foi lançado no último trimestre de 2017, já são 3 anos e meio sem sucessor para uma franquia que saia de 2 em 2 anos
Você citou God of War vendendo 4,5 milhões, agora, imagina o quanto de assinantes um God of War poderia trazer ao Game Pass? Quantas pessoas poderiam jogar o God of War? Talvez, 20 ou 30 milhões? Fall Guys foi lançado day one na PS Plus, se eu não me engano, tiveram mais de 20 milhões de jogadores em poucas semanas, isso é fantástico para o produtor.
Ter 20 milhões de pessoas a jogar é efectivamente bom… E ainda por cima tendo o produtor recebido por isso.
Mas 20 milhões de pessoas a jogar God of War não é fantástico… O jogo é single player. Acaba-se num mês! Isso daria ao produtor uma percentagem baixa de 10 euros por cada um dos 20 milhões de jogadores.
Se 4.5 milhões de vendas pagavam o jogo num mês permitindo haver dinheiro para produzir outro (315 milhões em receita), no Gamepass, mesmo que recebesse 5 euros, ele geraria apenas 100 milhões desses 20 milhões de pessoas.
Que vantagem tinha a Sony em fazer isto num serviço equivalente, quando as receitas a curto prazo desciam? Como é que consegues manter várias equipas a produzir jogos de qualidade em lançamentos regulares se as receitas demoram muito mais a entrar?
Repara que 5 euros é optimista, seria parir do princípio que não há mais nenhum grande título no serviço que pudesse atrair as pessoas, e basicamente arrebatando a receita quase toda que é destinada a 200 jogos.
Isto para jogos de baixo orçamento é uma mina… Para AAA, esquece! É um serviço que os coloca em risco.
Faz muito sentido o que o Mário disse: Uma grande quantidade cada vez maior de jogos menores AA tirando receita do jogos AAA….
Seria perigoso e péssimo para a indústria …e isso foi um exemplo do que a MS fez com a maior parte dos seus exclusivos durante a geração passada…e eles deixaram bem claro que preferem quantidade no momento….e se o Game pass der certo poderia levar o mercado a um efeito cascata e projetos AAA sendo considerados de alto risco pela grande parte das grandes produtoras.
Os estúdios Microsoft entregaram poucos triple A nessa geração comparado a Sony. No mais, dado a aquisição de estúdios que mais que triplicou o número (7 contra atuais 23), é pelo menos razoável supor que ela entregará mais que na geração Xbox One. Não me parece que Doom, Starfild, TES6, Fable, Gears, Halo, Fallout, Avowed, Forza, Forza Horizon, Perfect Dark, Indiana Jones, etc serão jogos AA. Pode ser que no final, entreguem menos que a Sony/Playstation, mas perante a geração passada do Xbox em específico, até em quantidade de triple A, estará mais recheada, day one no gamepass. Perceba que saímos de só ter Halo-Gears-Forza; se vai superar os jogos da Sony em qualidade cinematográfica? Acho que não, pois para mim e para muitos a Sony tem 2 dos 3 melhores estúdios de games (Sony Santa Mônica, Naughty Dog + Rockstar) mais ainda assim, muito mais promissor que outrora. Quanto a risco do mercado de jogos em si, não me parece que ela se importa com a concorrência (o que é péssimo realmente), e parece que continuará com essa política predatória de adquirir estúdios. Uma empresa que ofereceu $51 Bilhões para o Pinterest e segundo rumores atuais, $10 Bilhões para o Discord não me parece estar se importando com ninguém não é mesmo?
Parece-me que a maioria dos frequentadores deste blog, assim como o Mário têm uma visão muito limitada do GP, enxergando só o pior cenário possível.
A comparação com os serviços de streaming me parece inevitável, mas existem muitas diferenças substanciais, que não irei abordar agora, apenas deixarei indagações pertinentes a esse respeito. Se esse modelo de streaming de filmes/séries é ruim, porque não voltam para o antigo, de venda de leitores e discos? Porque existem tantas empresas nesse mercado e consequentemente tanta fragmentação? A qualidade dos filmes e séries em geral caiu após a vinda desses serviços? Quanto de receita se tinha antes e após a consolidação desses serviços? Quantas pessoas tinham acesso a filmes de maneira oficial antes e depois dessa consolidação? E de maneira não oficial? Qual era a vendagem média de filmes de forma física? Se a maioria das empresas tem prejuízo, não lucros, porque continuam investindo pesado? Quantas séries e filmes temos hoje exclusivamente graças a esses serviços, porque eles não seriam criados para o cinema/TV/Blu Ray?
Claro que existem diversas diferenças entre os dois mercados, como o fato de o GP ser um serviço de assinatura, não de streaming (que ainda está em beta e é “grátis”); o mercado de games ser maior que o de cinema; a MS ser dominante nesse nicho; a MS ter a receita adicional tanto pela venda de jogos de terceiros quanto próprios; ser impossível haver uma fragmentação e concorrência tão grande como nesse ramo; filmes e séries serem bastante mais rápidos e baratos de se produzir e necessariamente precisarem de quantidade; ser uma indústria que nunca teve grandes preocupações com qualidade.
Quanto ao GP em específico, existem muitos argumentos sólidos no sentido de que teóricamente o GP tem mais potencial de gerar receitas, mais quantidade e variedade de jogos. A questão da qualidade é pura treta. Se há algo que pode ser afetado são os próprios jogos first party day one da MS (que é o principal motivo para o serviço ser muito mais atrativo que o Now), mas é impossível conjecturar uma queda indireta da qualidade dos jogos AAA de terceiros, que certamente não farão parte do serviço até seu potencial de vendas estar quase esgotado. Inclusive dos AAA dos consoles next gen até agora não dá para se notar queda de vendas, pelo contrário. Fica o questionamento, porque a EA Play se juntou ao GP e há rumores da Ubisoft também o fazê-lo? Por que tantos estudios indies são parceiros da plataforma? Isso aconteceria se não fosse financeiramente viável para eles?
Acho que estão demasiadamente preocupados com as financas de uma empresa trilionária e com a lucratividade de um negócio bastante complexo.
Me parece uma alternativa muito melhor que um futuro de jogos a preço cheio, como o bom Returnal e Sackboy, que têm quase nenhum apelo pelo preço, numa indústria que vende no máximo 10 jogos por geração por console. Isso sem contar o aumento para 70 USD e cada vez mais DLCs cosméticas e microtransações/lootboxes. Também me parece um futuro muito melhor que um dominado pela pirataria e/ou compartilhamento de contas/aluguel de jogos por locadoras, em que as empresas envolvidas não ganham nada com isso.
Eu não vejo só o pior cenário possível. A questão é que a partir do momento que esse cenário existe eu não posso defender o produto.
A qualidade dos filmes não caiu… Pura e simplesmente desapareceu. Os filmes criados pelo Netflix não valem a ponta de um estouro e a qualidade está nas séries. Conteúdo episódico entregue no tempo. Nada que queira nos videojogos.
Quanto aos jogos AAA dos first party da Microsoft, confesso que fico triste de os perder se eles perderem qualidade. Mas isso é algo que é uma decisão da Microsoft e que afecta apenas a Microsoft. Mas se arrastar terceiros, aí é pior pois vai-se toda a indústria.
A EA e a Ubisoft apostam num serviço estilo PSNow. Nada de mal nisso! E juntarem-se à Microsoft poupando nos custos da infraestrutura do serviço tem toda a lógica.
10 jogos por consola, se considerarmos um preço médio de 50 euros, em 112 milhões de consolas são 56 mil milhões de euros em receita.
10x50x112000000 =56000000000
10 euros por mês por 12 meses por 8 anos, por 50 000 0000 de utilizadores (todo o mercado Xbox), são 48 mil milhões.
Mesmo com todo o mercado Xbox no Gamepass, ele não daria o mesmo dinheiro…
Basta fazer contas…
Mas eu nem vou por aí… Porque eu nem quero entrar na viabilidade do negócio. Eu quero entrar na distribuição dos lucros.
No caso do mercado tradicional quem recebe o grosso são os produtores dos grandes jogos. O que lhes permite criar mais grandes jogos. E como se recupera a receita rápido pode-se ter vários a ser lançados no mesmo ano.
Já como Gamepass a receita entra lentamente o que mata a capacidade financeira de se produzir muito em simultâneo, e pior que isso é dividida, muitas vezes com pequenos jogos.
Dado que no Gamepass o dinheiro é dividido pelos jogos de acordo com o tempo remoto, jogar-se mais, em mais jogos e mais estilos, não é boa notícia, pois o dinheiro é dividido por mais…
Oh pá… Podia estar aqui a noite toda… Mas por muito que faça esforço, eu não consigo ver nada bom a sair daqui.
10 euros por mês durante 12
A questão era sobre a qualidade dos filmes em geral, não os da Netflix em específico, desde a consolidação do serviço, que ocorreu aproximadamente em 2014. Na minha percepção subjetiva, melhoraram bastante em comparação aos 5 anos anteriores ao da consolidação. Objetivamente, a Netflix tem muitos filmes medianos, mas também tem várias produções premiadas e indicadas.
O cálculo que fizestes está certo, mas contém duas situações que ignoram a realidade. O primeiro é que a venda de jogos não vai passar a ser zero após o GP. O segundo é que essa conta deveria ser feita em abstrato. Portanto, 10 jogos a 50 euros dividido por 7 anos são pouco mais de 70 euros por ano. O GP a preço cheio custa 120 euros por ano, ou seja, basta que o usuário fique subscrito por pouco mais da metade da geração para igualar o modelo inteiro de vendas tradicionais, sendo que o do GP não o exclui. Quanto ao número de usuários, hipotéticamente, alcançar os 100 milhões do PS4 seria muito melhor do que vender 100 milhões de consoles e 10 jogos em cada, porque a receita é corrente e esse número provavelmente não perderia força ao final da geração, como ocorre com os consoles. Os 50 milhões do Daniel são puramente suposição de alguém que não sabe nada das finanças da MS. Sinceramente acreditas que a nova geração tem forças para superar a anterior em vendas de jogos e consoles, com ambos custando substancialmente mais que na geração passada e numa época em que a renda da maioria das pessoas e economias decaiu vertinosamente?
Teu nível de pessimismo seria equivalente a se eu dissesse que com o grande aumento dos preços, a indústria estaria fadada à pirataria e compartilhamento de contas. Veja que é uma situação muito incerta ainda, diferentemente das DLCs, microtransações e lootboxes, em que desde o início era algo óbvio no que iriam se tornar.
A Netflix, bateu recordes de indicações a premiações, qual teu ponto aqui Mario? Como você avalia a qualidade de um produto? Por pessoas que assistiram? por avaliação da mídia? Por premiações?
Esse argumento de que tudo que a Netflix faz é ruim, fica muito vago para mim.
Se você pesquisar ”Netflix Recorde” no Google, vai encontrar um monte de recorde, como séries que atingem a marca de 80 milhões de visualizações, quantidade de indicações as premiações e ects.
Quem disse que as séries do netflix eram más? Leste o que não foi dito! Eu assino o Netflix e gosto do serviço.
A Netflix produz excelentes séries… Conteúdo entregue no tempo para manter utilizadores, com muito chouriço pelo meio. Mas mesmo assim excelentes.
Agora filmes… Diz lá se são assim tantos os nomeados. Arranjarás alguns? Sim… Mas não muitos.
O Netflix está concorrendo com 35 indicações esse ano ( 11 a mais que no ano passado) sendo Record absoluto da plataforma e liderando a premiação desse ano. Mank (Um de seus filmes, está com dez indicações, sendo favorito a ganhar melhor filme do ano). O Amazon Studios ( que abastece o Amazon prime) ficou atrás da Netflix, mas msm assim, com mais indicações que empresas icônicas do cinema como Warner, Sony, Focus Features, A24, Searchlight e Disney.
Citaste um filme… Cita mais…
God do War é um jogo 10/10… Tlou 2 arrebatou os prémios todos nos Bafta Awards. E?
Todos gostaram? Todos jogaram?
Não! Porque nem todos gostam do mesmo!
Mank pode ser um bom filme e ter uma boa história. Mas é apenas isso! Trata-se de um filme a preto e branco sobre um bêbado na Hollywood de 1930. As pessoas vão ver porque é de graça. Hollywood vai premiar porque tem uma boa história.
Mas se fosse lançado no cinema… Seria um sucesso de bilheteria? Questiono séria mente. E mesmo que fosse, agradaria a todos? Não!
Não se pode citar um filme e dizer: Aqui está… Compara quantos filmes o Netflix produz com quantas séries produz.
Nota que para mim isso está bom. Eu tenho o Netflix pelas séries, e gosto delas. Todos os meus argumentos não são para o Netflix em si, mas em comparação com o que seria um Netflix de jogos, com os AAA a serem os filmes e o resto jogos lançados por episódios ou jogos como serviço, com conteúdo adicional a ir sendo libertado no tempo.
Nada tenho contra o Netflix. Acho um serviço excelente. Mas em séries… Nada mais.
Você citou que jogos serão lançados por episódios. Mas isso já ocorre com Final Fantasy 7 Remake e nem precisou de um ”Game Pass” da Sony.
Outro ponto, para você atrair assinantes e mantê-los assinando, não basta quantidade, precisa de qualidade, caso contrário, eu irei cancelar minha assinatura. Você mantém sua assinatura Netflix, pois sempre tem algo que você gosta ali, assim será com o Game Pass, Microsoft fez aquisições para que sempre tenha novos conteúdos no serviço e conteúdos que as pessoas gostam, mantendo as assinaturas e aumentando consequentemente.
Eu creio que há aqui falta de entendimento. Eu não sou contra o Gamepass. Eu acho o Gamepass um serviço excelente. Eu sou é contra os jogos day one no serviço. Porque isso impede vendas, rouba vendas aos que não estão no serviço e porque o serviço não consegue gerar por si dinheiro para pagar AAA sem outras fontes de rendimento.
Não fossem os jogos day one no serviço e nada haveria a dizer do Gamepass.
Mário, talvez não tenha entendido o que eu escrevi. O filme que eu citei, está concorrendo em 10 categorias, mas os 35 prêmios que os filmes da Netflix estão concorrendo, divide-se em mais filmes, não somente no Mank. Eu esqueci de mencionar que as grandes produções foram praticamente nulas nesse ano, por conta da pandemia, ajudando à Netflix ser protagonista do evento. Quanto ao gamepass, tbm tenho as minhas ressalvas, mas li algo que vc disse que me preocupou a respeito de jogos, falando que eles com o gamepass, fariam AA bonitos e mais do mesmo, etc… Pelo que vejo, a indústria de games está se inovando pelos jogos menores, com exceção da Sony. Os games AAA na esmagadora maioria, são games pasteurizados, seguindo a msm fórmula, pois há o medo da mudança e o game não vender, sendo arriscado para a empresa. Eu joguei vários indies nessa geração, me divertindo na maioria das vezes com eles do que com os AAAs, salve algumas boas exceções, como os exclusivos da Sony, além de poucos outros. Se a MS conseguir entregar AAs inovadores, associado com bons AAAs, além de incentivar indies no serviço, o gamepass poderá dar frutos. Em relação à dar lucro, óbvio que ainda não dá, sendo assumido por alguns executivos da empresa. Gamepass é investimento de médio e longo prazo, criado para o Xcloud. Lembrando que essa conversa de ser só celular é mentira. O foco dos caras é lançarem o Xcloud nas tvs, vendendo uma peça como chromecast ou app nas tvs e virtualizando o console xbox series X nos pcs. Isso tudo foi dito por várias pessoas da MS como o próprio Phil Spencer, mas há pessoas que insistem em dizerem o contrário para querer desmerecer o serviço. Querendo ou não, se não fosse o gamepass, a MS já teria largado o ramo de jogos e ao contrário do que dizem, a tendência dos jogos da MS é aumentarem de qualidade, por isso há aumento substancial de suas equipes, várias ofertas de games AAA e contratações de devs de grandes jogos AAA. Sim, tivemos games de baixo orçamento como The Grounded, Bleeding edge, fora o péssimo Crackdown 3, porém tivemos Gears 5 que está claramente acima do Gears 4 na parte técnica, Forza Horizon 4 que tbm está acima do FH3, Flight Simulator, Ori and the will of the wisps que foi bem mais caro para desenvolver do que o primeiro. Veremos jogos mais baratos, mas tbm veremos jogos caros e isso não é diminuir a qualidade do serviço e sim aumentar. Tbm tenho muitos receios sobre esse serviço, quanto à prejudicar a indústria AAA, por mais que entendo que um AAA de uma third party chegando ao serviço no day one é bem mais danoso do que um AAA F Party chegando. Não concordo com a compra da Zenimax por achar danosa para o mercado. Estamos falando de vários estúdios de muitos bons jogos que a MS pode fazer o que quiser, Jogos esses sempre ligados a todas as plataformas e que só estando no xbox e pc, afetaria outros consumidores. Para mim, teria que ser banido na lei antitruste, mas… Nunca concordei com exclusivos temporários, muito menos com esse absurdo que a MS fez em relação à Zenimax. Dentro de 2, 3 anos, teremos uma ideia maior se o gamepass fará sucesso ou não, pois creio que o serviço já terá mais games AAA que foram anunciados ano retrasado e passado, fora a tecnologia 5g já ganhando tração, não para estar no mundo todo, mas para estar já nos países ricos e que são os que mais consomem jogos.
Enquanto a galera (que alimenta a indústria com pagando 350 em um game reclama)
Vários amigos saíram do PS4 direto para o Series S com gamepass.
Em tempo de pandemia e preços absurdos não tem coisa melhor.
Tenho amigos que tem um PS5 e compraram um Series S para o gamepass.
E hoje só ligam o PS5 quando sai um game que querem jogar exclusivo.
Curiosamente eu não conheço nenhuma pessoa que tenha largado a PS para ir para a Xbox. Assim como não conheço nenhuma pessoa que tenha largado a Xbox para ir para a PS.
Não é uma questão de não conhecer pessoas. 🙂 É mesmo de as pessoas que conheço sabem bem o que querem.
Com as ofertas da Sony dos jogos PS4, com as ofertas da PSN, e com os exclusivos da Sony, eu pessoalmente não vejo, pelo menos nesta fase, nada no Gamepass que me faça pensar em aderir.
Até porque penso sempre que ao aderir estou a alimentar um mercado não lucrativo que pode destruir o hobby de que tanto gosto! E perante essa simples possibilidade não adiro.
Para além do mais, os lucros da Sony, a serem confirmados, mostram que o Gamepass não está a fazer mossa.
PRA quem é gamer tem que sair dessa onda dos jornalistas pouco importa se a empresa está lucrando ou não, contanto que ela faça algo melhor pro consumidor é o que temos que ver, se o serviço dobrar o valor eu como consumidor ainda to vendo vantagem, testa pra vc ver a quantidade de coisa que tem no GAMEPASS ULTIMATE, é pra todos nao só pra caixista, pra todo mundo popularizar jogos pra todos, e acesso fácilitado, e ainda mais quando chegar xclaud, assim como ficaram com medo da netflix, e hoje é sucesso assim será com os jogos, acesso pra todos e sem video game melhor ainda, todo mundo pode jogar em todo lugar !
A empresa lucrar ou não é irrelevante. É um problema deles e só deles.
A questão aqui é os danos que isto pode causar no mercado como um todo. Um serviço barato com muita oferta leva a que as pessoas se sintam menos tentadas a pagar full price… E isso quer dizer que empresas que vivem disso podem desaparecer.
O problema do Gamepass não é o conceito em si… É a inclusão dos AAA no lançamento. Enquanto a Microsoft pagar para os ter lá, as empresas até podem aderir. Mas se o serviço pega, e as pessoas aderem habituando-se ao muito e barato os AAA podem ficar em risco.
E nessa altura a Microsoft já não pagará para os ter… Eles é que teriam de pagar para ir para lá… E isto arruinaria o mercado.
Tirar-me esta ideia só com uma contabilidade que me comprovasse o contrário.
Relembro só que, oficialmente, a Microsoft reconheceu não há muito tempo que o Gamepass não era lucrativo.
Entretanto os utilizadores subiram… Mas a Microsoft está agora a pagar mais jogos que nunca, e a comprar empresas a 7.5 mil milhões. Só para recuperar este investimento serão precisos vários anos de Gamepass. E recorde-se que receita vale zero… O que conta são lucros.