A ideia era revitalizar os videojogos aumentando o custo dos mesmos, de forma a suportar os custos de produção. Mas será que esse é o caminho certo?
Os custos de produção estão cada vez mais altos… E isso tem levado a múltiplas estratégias para se conseguir recuperar rapidamente os investimentos.
Talvez a menos popular foi o levar os jogos para o PC; mas apesar de toda a ajuda que o PC dá, o mercado é grande e é necessário que hajam mais fontes de rendimento. Serviços, DLCs e vendas tem sido o mais usado, mas há uma outra hipótese por usar, a subida de preços.
Nesse aspecto, há analistas que “esperam” que GTA 6 traga a tendencia de jogos a 100 euros, levando os produtores a subir os preços de forma a combater os custos crescentes. Mas apesar de esta ser uma tática possível, será a desejada?
Sinceramente vejo jogos a 100 euros como um absurdo. É certo que o custo de vida está a crescer em todos os campos, mas a realidade é que os salários não estão a acompanhar, e 100 euros é um absurdo para um produto que é, no fundo, um produto não essencial.
Basicamente o Gaming deveria ser para as massas, e este custo levaria o Gaming a saltar para pessoas com mais posses, afastando muitos do consumo a que estão habituados, senão mesmo do gaming no seu total.
É um questão debatível, mas uma fonte de rendimentos que realmente existe e está por explorar. Agora torna-se necessário é que o jogo acompanhe o custo em qualidade. E se daria 100 euros por um GTA 6, dificilmente daria 100 euros pela maior parte dos AAA que estão no mercado.
E vocês, o que pensam?
100 dólares é completamente fora da realidade, 70 já é um absurdo. Mas não duvido que GTA 6 saia por 80. O CEO da Take2 já insinuou sobre essa possibilidade.
Em relação aos custos, não se combate aumento de gastos com aumento de receita. Essa conta nunca vai fechar. Já passou da hora da indústria rever seus processos e descobrir para onde vai tanto dinheiro. Se Wukong custou 45 milhões de dólares, nada justifica games similares custando 5x mais ou até mais. Ou as empresas se ajustam ou o mercado vai tratar de fazer esse ajuste de uma forma muito mais drástica.
A questão é o que vale o produto. GTA6, mesmo que a pessoa não goste, vale $80,00 e pra nós R$400,00. O problema principal é um monte de jogo que não vale sequer $60,00 sendo vendido por $70!. Tudo é uma questão de cobrar por algo que todos sabem que vale.
Uma coisa que acho engraçado na indústria é o tabelamento de preço. Não é porque GTA custa 80 que todos triple A valem 80. Já passou da hora das empresas ajustarem o preço a realidade do produto. Só isso já melhoraria em muito a receita de vários games. Um exemplo da Sony foi Returnal. Por melhor que seja o game, não deveria custar mais de 50 dólares. E esse ajuste no preço teria gerado muito mais vendas. Cobrar sempre o máximo só vai afastar o público e fortalecer a pirataria.
Não que não valha, porque apesar de eu não ser fã assíduo de GTA, o custo dele e os detalhes in game o fazem custar muito. Mas vamos a realidade ? Jogar hoje em dia tá virando nicho. Tudo está muito caro. Até a Nintendo com seu hardware ultrapassado vendendo a preço de tecnologia nova. O mercado infelizmente necessita de uma quebra e reorganização de produtoras e fabricantes, igual a quebra de 1983.
Está na hora é de avaliarem se o incremento de custos realmente vale a pena para produzir-se jogos. Disseram que a IA viria para ajudar nisso, disseram que serviços e DLCs ajudariam nisso, mesmo assim subiram os preços, porque tratam jogadores como addicts, bem, nunca deixarei que usem meus gostos, afetos e mesmo amores para me extorquirem. De uns tempos pra cá, já não tenho comprado lançamentos, porque não tenho concordado com os rumos da coisa. Espero que acordem antes de tudo se acabar, porque, nada dura para sempre, mas até pode se transformar e sobreviver de outras formas se forem sensatos.
Quando os jogos custar 100 dólares, e aqui na Europa é 110 ou 120 euros, ou até mais, levando em conta o Ps5 pro 700 dólares vs 800 euros na Europa, posso supor que séria mais ou menos esse o preço, o gaming morreria literalmente pra as massas casual e pobre, onde só rico é que tem capacidade de usufruir isso. Neste ritmo está indústria está com os dias contados.