AMD apresentou os novos Ryzen e o Navi. A performance esteve na ordem do dia com o Navi a apresentar uma nova arquitectura de GPUs

A AMD usou a ComputeX 2019 para apresentar os ses novos CPUs e GPUs. As novidades são muitas e acima de tudo excitantes.

Apesar de AMD ter reservado o dia 10 de Junho para detalhes mais profundos sobre as tecnologias aqui apresentadas, mais particularmente o Navi, a realidade é que o que aqui foi dito foi bastante. E acima de tudo deu para despertar atenções pois as performances estiveram na ordem do dia! A AMD celebra 50 anos, e com eles pretende estourar o mercado com produtos novos, inovadores e de alta performance.

Basicamente a AMD apresentou uma nova gama de produtos que vão definir uma era. CPUs para datacenters, CPUs para o consumidor, GPUs, etc. A capacidade de computação tem sido um dos focos da AMD, e isso aparece agora nesta gama de produtos que irão aparecer.

A AMD falou do Frontier o próximo supercomputador a ser construído, com mais de 1.5 exaflops, e para o qual a AMD foi a escolhida para a produção dos seus componentes, sendo que este será constituido por CPUs EPYC da AMD e GPUS Radeon Instinct.



Os CPUs EPYC são igualmente usados na Azure da Microsoft. Segundo a AMD, a Microsoft registou um aumento de 7500x na velocidade da sua Cloud face à solução que usava antes!

A segunda geração de processadores EPYC, os Rome, a performance e capacidade de Input/output são dobradas, e a capacidade de cálculo em virgula flutuante será 4x superior.

A AMD refere ainda que o seu Rome 2 bate o Xenon 8280 da Intel, e que custará menos.

E eis que chegamos aos GPUs, mais especificamente à NAVI.



A introdução começa com um referência ao alcança dos GPUS Radeon, que vão desde o PC, MACs, Notebooks, Google Stadia e consolas de jogos, como a Xbox e PS4. São mais de 400 milhões de GPUs no mercado com a marca Radeon.

Há na apresentação uma referência directa à Playstation 5 a, como usando um GPU NAVI e um CPU Ryzen baseado no Zen 2, que foi a primeira empresa a dar a conhecer o uso deste GPU.

Lisa Su faz uma série de elogios a Mark Cerny pela sua visão sobre o futuro das consolas nos videojogos.

É então revelado que a NAVI usa uma nova arquitectura, a RDNA, ou Radeon DNA, uma arquitectura diferente da GCN. Tal vem confirmar rumores antigos de que a Navi não seria GCN, mas sim uma nova arquitectura!



Apesar de tal não ser abordado, tal explica as alterações radicais que se referiam como rumor para a Navi. Ao ser uma nova arquitectura, ela quebra com os conceitos anteriores do GCN!

A AMD fala nele como um GPU especializado em videojogos e é o primeiro GPU a usar o PCIe 4.0.

A Navi foi concebida de raiz, tal como foi o ZEN. A AMD acreditava que tal era a unica forma de se quebrar as barreira com o passado.  O RDNA é assim, de acordo com a AMD, a arquitectura que irá ser dominante na AMD na próxima década.

Esta frase mostra que o termo Next-Gen que definia o produto a seguir à NAVI era um termo genérico, e que se referia apenas ao facto de a geração seguinte não ter ainda um nome de código. A nova arquitectura da AMD está aqui, é o que a Navi apresenta, e estará connosco pelos próximos 10 anos.



 

Os slides mostram que a NAVI terá melhor performance por ciclo de relógio, menores consumos, PCIe 4.0, novo design nas unidades de computação, nova hierarquia de caches, e um novo pipeline gráfico “streamlined” optizado para performance.

Os CUs são optimizados para performances e ganhar performance por ciclo de relógio (o que bate certo com os rumores sobre a estrutura do Navi que já discutimos na PCManias).

Eis os números relativos a ganhos apresentados pela AMD.



Como já tinhamos dito em alguns artigos, o referir Tflops comparativos com a atual geração poderia não ser relevante se a Navi não fosse GCN! E efectivamente não é!

Face ao GCN a Navi tem um ganho de 25% de performance por ciclo de relógio, e 50% mais performance por watt, ou seja, para a mesma performance, a Navi gasta 50% menos energia. É uma arquitectura radicalmente diferente do GCN.

A linha de produtos Navi será a RX5000, que será lançada em Julho, e foi mostrada a correr uma demo de Strange Brigade, onde bateu a RX 2070 por 10%.

De referir porém que um  jogo não define performances, e daí que tenhamos de ver muito mais, mas seja como for, são resultados prometedores. A AMD prometeu mais dados sobre performance para o dia 10 de Junho!

Deixo só este tweet para aguçar apetites:



Passando aos Ryzen a AMD dedicou aqui algum tempo à sua parceria com a Microsoft, dando a conhecer que muita da evolução destes processadores se deve a esta parceria.

A AMD e a Microsoft colaboraram de forma clara no mercado PC, quer no domínio dos CPUs, CPUs e outras inovações e ambos pretendem trazer inovação a este mercado.

Os CPUs Ryzen serão essenciais para os ultrabooks de baixo consumo, nomeadamente na linha Surface da Microsoft.



Seguiu-se uma série de apresentações de produtos de OEMs que possuem parcerias com a AMD, mas que não abordaremos aqui neste artigo.

A terceira geração de processadores Ryzen, já confirmada na PS5 pela Sony, foi apresentada. Este CPU baseado no Zen 2 duplica a capacidade de virgula flutuante face à geração anterior, bem como duplica a capacidade das caches, e o IPC, ou número de instruções por ciclo de relógio que subiu 15%, acima das expectativas iniciais da AMD.

O Ryzen 3700x com 8 núcleos e 16 threads a 3.9 Ghz com boost a 4.5 Ghz mostra a capacidade de baixo consumo dos processadores AMD. Apenas 65 Watts.



Comparativamente à geração anterior, temos os seguintes ganhos, apesar do menor consumo:

Este CPU foi mostrado em um benchmark de Ray Tracing contra o Intel i7 9700K, mostrando-se quase 33% mais rápido (1/3).

Foi igualmente mostrado um Benchmark de PUBG num i7 9990k contra um Ryzen 3800x onde o primeiro corria a 141 fps e o segundo a 147 fps.



A AMD acaba misturando tudo e com um Benchmark onde mete o Seu Ryzen 2800x com um GPU Navi numa board X700 contra um i9 9900K com um RTX 2070 TI, a correr o futuro 3DMark. O PCI Gen 4 mostra ganhos de 60% ao correr a25 fps no sistema AMD contra 14 no outro.

O Ryzen 9 será o topo de gama dos desktops, com 12  núcelos, 24 Threads, a 3.8 Ghz com boost a 4.6 Ghz e um TDP de 105 Watts.

O 3700X custará 329 dólares, o 3800X custará 399 dólares. O Ryzen 9 custará 499 dólares. Preços que são ultra concorrenciais face aos Intel, particularmente o do Ryzen 9 que fica a metade do preço.

Aguardemos agora pelos próximos dias e mais dados, para termos um enquadramento mais global da tecnologia e podermos descascar a camada de marketing que por norma há nestas apresentações.



 

 



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