Adaptação ao iPhone – Diário – Dia 4

Recebi o iPhone… a ideia é usa-lo por uns tempos e verificar a minha adaptação a ele. São 10 anos de Samsung e Android, que ainda uso no dia a dia, pelo que vamos ver o que o iPhone me diz. Esta é a experiência dia a dia com o telefone da Apple, vindo de um Android.

Note-se que a ideia do artigo não é criticar o iPhone… Mas sim e apenas relatar as dificuldades que estou a encontrar no uso de um sistema operativo diferente. Será de se referir igualmente que algumas situações poderão ter alternativas de execução diferentes das aqui referidas, eventualmente até mais simples, mas que se existem requerem um conhecimento do telefone que na altura não existia.

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Dia 4

Hoje foi a vez de experimentar a conectividade com os meus aparelhos. E estou agradavelmente surpreendido em alguns casos, decepcionado em outros.

Smartwatches

Ontem já tinha dado a indicação que o Iphone se tinha conectado e usado com sucesso os meus 4 smartwatches, um Samsung, um Zepp (Ex-Amazefit), um Haylou, e um Clone do Apple Watch. Diga-se aliás que a conectividade do clone da Apple é diferente e até se revela mais prática do que no Samsung.

Explicando esta situação, este clone faz duas conexões distintas ao telefone, uma para notificações, outra para audio. Esta segunda ligação permite que o relógio seja usado como coluna bluetooth e/ou para receber chamadas no relógio.

Apesar de no Samsung tudo funcionar impecável, podendo ser desativada a opção coluna Bluetooth e a opção de atendimento de chamadas de forma distinta, a facilidade de ligar e desligar estas opções não é imediata, requerendo ir às configurações do Bluetooth.

Por norma não quero o relógio como coluna Bluetooth, e também não o quero a tocar quando há uma chamada. Mas como por vezes me dá jeito atender chamadas por ele, o que faço é cortar no relógio (e isto é direto), a conectividade com o telefone.

Infelizmente, no Samsung, este corte implica o corte da conectividade total, incluindo a recepção de mensagens.

Já no iPhone não tenho como separar a coluna Bluetooth da parte de atendimento de chamadas, o que quer dizer que para todos os efeitos a situação é bem pior que no Samsung pois obriga a que o relógio reproduza todos os sons do telefone se quisermos ter a opção para recepção de chamadas ativa.

Mas isto compensa-se de outra forma. É que desativando a conectividade no relógio o iPhone não corta a conectividade com as mensagens. E isto não é possível no Android do Samsung.

Dado que o relógio ativa a conectividade com um simples toque no icone de conectividade acessível no ecrã ao pressionar o botão lateral, atender uma chamada no relógio é bem mais simples do que no Samsung, tendo só de ter o cuidado de no final voltar a cortar a mesma.

Basicamente, esta situação, apesar de não ter a separação de funcionalidades que há no Samsung, acaba por se revelar mais funcional no iPhone.

É apenas uma curiosidade que diz apenas respeito a este relógio, mas mesmo assim algo que achei digno de ser referido.

Airplay

A restante conectividade testada foi o Air Play com as minhas TVs, uma Samsung, uma LG. Estes são os dois maiores fabricantes de TVs do mercado, pelo que os resultados aqui são relevantes.

Começando pela Samsung, uma Qled Q70 de 2018, a ligação foi bem diferente do que acontece com o Smartphone da marca. Ali basta escolher a opção de espelhar o ecrã e o resto é totalmente automático. De forma imediata tenho o telefone espelhado no ecrã com tremenda qualidade, podendo mesmo reproduzir vídeos sem delay notório.

No iPhone a coisa não foi bem assim. Apesar de saber que a TV suporta Airplay, o iPhone não a detetava. Tive de ir aos menus da TV, escolher a opção airplay, e só aí, com os menus do airplay no ecrã o iPhone viu a TV.

Mesmo aí a conexão não foi directa. O iPhone recusava-se a ligar!

Li algures num forum que esse problema se resolve escolhendo a opção de ligar com uma palavra passe em vez do pin automático. De forma que alterei a opção na TV, e… Voilá! Conectados!

A ligação era “flawless”, tal e qual como com o telefone da Samsung. Tudo funcionava impecavelmente!

Pena que a ligação não seja tão imediata pois repeti o processo e não há forma de o telefone ver a TV sem eu entrar nos menus do airplay. Pode ser uma bug temporária do firmware da TV, mas a realidade que encontrei foi esta!

Como nota igualmente importante, tentei nova conexão largas horas depois, sem qualquer sucesso, tendo de fazer um reset à TV, que no caso das Samsung’s implica remover o cabo da energia por 1 minuto.

Após o reboot a opção airplay demorou cerca de 1 minuto a ficar acessível na TV, mas quando ficou a conexão foi imediata. Diga-se que tudo funciona bem, mas está longe da simplicidade, automatismo e ausência de problemas do screen mirroring do android.

Passei então à LG.

A LG é um modelo de 2023, e também suporta Airplay. Mas tal como com a Samsung a ligação esteve longe de ser simples e directa como é com o Android.

Tal como no Samsung, a TV não foi visualizada enquanto não entrei nos menus do Airplay, mas a ligação… essa era para esquecer! Pura e simplesmente não acontecia!

Tentei mudar para password, tal como no Samsung… Mas nada!

A solução ocorreu magicamente quando resolvi fazer igualmente um reset à TV. Pressionei o botão de power por 10 segundos, a TV desligou e passado um pouco voltou a ligar. Percebi que o reset tinha sido efetuado quando me apareceu a mensagem de que os comandos de voz estavam desativados temporariamente pois estavam ainda a iniciar.

Curiosamente nem foi preciso entrar nos menus do Airplay. Entretanto o telefone detectou a TV e pediu a Password. Meti-a e tudo funcionou na perfeição!

Algo a ver nos próximos dias será o que acontece em futuras ligações, pois se vou ter de andar a fazer resets à TV, estamos muito, muito mal.

Seja com for, tudo funcionou. Apesar de não ser tão direto e simples como no Android, a realidade é que tudo funcionou impecável. Daí que mesmo que diferente as funcionalidades estão igualmente lá, e funcionam impecável. Agora se os resets se revelarem uma necessidade, está o caldo entornado.

Numa ultima nota, recebi hoje uma chamada a meio de uma reunião. A primeira reação foi virar o telefone com a face para baixo… mas nada! A funcionalidade que tinha no meu iPhone 5, desapareceu e agora o virar não tira o som da chamada. É pena, dado isso ser algo universal no Android, que essa funcionalidade não seja universal, sendo forçado a pressionar uma teclapara calar o telefone.

Amanhã… e espero conseguir ter o artigo pronto a tempo, vem a prova de fogo… A conectividade com o meu BMW, e a comparação com o Android Auto. E diga-se desde já que se há coisa que enche os fóruns da BMW são problemas de conectividade com os iPhones.