Se querem ter uma ideia do que serão as performances da Nintendo Switch em modo de secretária e em modo portátil, este é o artigo a consultar.
Como sempre, quando há rumores sobre uma nova consola, é costume da PCManias analisarmos a mesma de forma a sabermos o que esperar. E nesse sentido vamos comparar a Switch com alguns aparelhos móveis, de forma a percebermos o que nos aguarda!
Será no entanto de ressaltar que nada do que aqui é referido se pode confimar como real. O artigo em causa analisa as especificações em rumor fornecidas pela Eurogamer e referidas neste outro artigo, e estas, como muitas vezes acontece, podem ser falsas.
Mas a confirmarem-se estes rumores, o que esperar da Switch? Para sabermos vamos pegar nos dados fornecidos e comparar a capacidade gráfica da Nintendo Switch com uma Xbox 360 no campo das consolas de mesa e com um Samsung Galaxy S7 no campo dos dispositivos móveis.
Nintendo Switch vs Microsoft Xbox 360
GPU |
Xbox 360 |
Nintendo Switch |
Velocidade de relógio | 500 Mhz | 768 Mhz |
Stream Processors/Cuda Cores | 240 | 256 |
Gflops | 500*240*2= 240 Gflops |
768*256*2= 393,2 Gflops |
Com características mais avançadas equiparadas ao DirectX 12 e suporte Vulkan, a Nintendo Switch deverá conseguir uma eficiência e optimização que permitirá superar a sua vantagem teórica de 63% a nível de performance de cálculo bruta vista pelos méros números. Trata-se de uma boa evolução a nível gráfico face ao que era oferecido pela Xbox 360, o que complementado pelo aumento de RAM de 512 MB (X360) para 4 GB revela uma capacidade para uma melhoria significativa face à Xbox 360.
No entanto há que se referir que, mesmo com estas melhorias, a diferença face ao que o hardware com idênticas optimizações e eficiência que uma Xbox One (1,31 Tflops ou 1310 Gflops) ou PS4 (1,84 Tflops ou 1840 flops) apresentam será notória. Tendo a consola especificações que indicam suporte de resoluções 1080p, esta performance máxima de apenas 393,2 Gflops é deveras limitativa no que a consola pode apresentar com essa qualidade. E jogos que utilizem a performance das consolas mais potentes só podem ser aqui adaptados com enormes sacrifícios.
Claramente a Nintendo apostou mais uma vez num produto de geração intermédia, mas com mais semelhanças com a geração anterior do que a atual.
A WiiU, por exemplo, possui 320 stream processors a 550Mhz, o que lhe confere 352 GFlops. Apesar das melhorias a nível de suporte hardware da Switch, que suporta efeitos mais avançados, triplica o “fill rate” e duplica a saida de triangulos texturados face à WiiU a Switch não é efectivamente um grande passo em frente. Para todos os efeitos é apenas melhor, mas não uma diferença geracional.
Há ainda que se referir que face à Xbox 360 há ainda outra diferença que, perante os dados actualmente conhecidos, podemos referir.
Eis uma esquemática da arquitectura da Xbox 360:
A Xbox 360 possui um acesso total à RAM de 22,4 GB/s, mas no entanto o GPU possui um acesso dedicado com uma largura de banda de 32 GB/s a uma memória eDRAM de 10 MB com uma largura de banda interna de 256 GB/s. Esta largura de banda enorme usada na memória video da 360, associada ao canal de ligação com 32 GB/s era o que lhe permitia as suas performances gráficas sem saturação da largura de banda da RAM. OS restantes 22,4 GB/s eram partilhados entre o CPU e o GPU, mas o GPU aqui acedia apenas ao estritamente necessário uma vez que possuía alguma memória dedicada. De referir que a própria WiiU usava uma solução em tudo semelhante.
No caso do que é conhecido da Nintendo Switch esta memória dedicada não existe. A consola da Nintendo conta com um total de 25,4 GB/s de acesso à RAM (e isto graças ao uso de LPDDR4), e esta largura de banda, tal como na 360 é partilhada entre o GPU e o CPU. A diferença aqui é que o GPU não tem uma memória auxiliar rápida, necessitando forçosamente do uso desta largura de banda. Neste aspecto a consola revela-se muito mais limitada do que a 360, podendo haver situações onde, apesar da maior potência teórica de cálculo, os resultados não superam os da já com 11 anos Xbox 360!
Nintendo Switch vs Samsung Galaxy S7
GPU |
Galaxy S7 – Adreno 530 |
Nintendo Switch |
Velocidade de relógio | 624 Mhz | 307.2 Mhz |
Stream Processors/Cuda Cores | 256 | |
Gflops | 498.5 Gflops | 307.2*256*2=157,3 Gflops |
Fonte de performances Adreno 530: Wikipedia entre muitos outros
Os benchmarks realizados entre os equipamentos equipados com o X1 com GPU a 1 Ghz e debitando 512 Gflops/s e com equipamentos usando o GPU Adreno 530 a 624 Mhz, como usado no Galaxy S7 mostram que as suas performances são basicamente ela por ela. Eis um exemplo, comparando uma versão com velocidade desconhecida do Adreno 530 (provavelmente 512 Mhz) com o Tablet Google Pixel C equipado com o X1 a 850 Mhz.
Esta situação mostra que a Switch, ao apresentar apenas 157,3 ficará bastante atrás do Samsung Galaxy S7. E a sua performance irá para valores semelhantes aos obtidos entre 2014 e 2015 com os iPhone 6 (115,2 Gflops) e 6S (172,8 Gflops).
Neste aspecto podemos claramente dizer que, caso este hardware se confirme, a PS Vita com os seus 4 CPUs Cortex A9 a 444Mhz estava bem mais próxima dos tablets topo de gama do que a Switch está em 2016 dos topos dos smartphones (que por questões de consumo nem sempre atingem as performances dos tablets). Mas mais ainda, a consola só será lançada em 2017.
Conclusões
O que se percepciona aqui é que, a serem verdadeiros os rumores, o hardware da Nintendo não inova em qualquer aspecto a nível de performances. Trata-se de hardware antigo e com performances ultrapassadas, mas que, no entanto, se propõem a grandes ambições, ao dobrar como consola de mesa e portátil.
Certamente, a confirmarem-se estes dados, este SOC não estaria nos planos iniciais da Nintendo e algo se passou que obrigou ao seu uso. Com ele a Switch é apenas um gadget interessante, mais do que uma consola de referência! Mas o certo é que nesta fase é ainda muito cedo para falar, e nada do que aqui é referido a nível de especificações pode ainda ser tomado como certo.